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andcarvalhochaves@gmail.com
EMENTA
Unidade 1:
1.1. O conceito de Estado e Sociedade Civil;
1. 2. O Estado Liberal ;
1.3. O Estado de Bem-Estar Social;
1.4. O Estado Neoliberal.
• Rousseau:
• Sociedade civil é diferente de sociedade política ou Estado.
• Sociedade civil equivale à uma sociedade civilizada (estado de guerra)
• Hegel:
• Sociedade civil é igual ao momento preliminar do Estado= determinado
• Estado equivale a forma definitivo do Espirito objetivo: determinante.
• Marx:
• Sociedade civil é igual à sociedade burguesa: determinismo econômico.
• Componente estrutural ou base material sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política.
• Estado: determinado
• Componente da superestrutura, esfera das relações políticas que garantem a reprodução da sociedade
burguesa.
• Gramsci:
• Sociedade civil: conjunto de organismos vulgarmente chamados de privados: instituições que garantem a
hegemonia das classes dominantes; complexo das relações ideológicas e culturais, a qual tem as funções de
hegemonia; consenso e direção.
• Portador materiais: aparelho privados de hegemonia.
• Sociedade política: aparelho coercitivo e encarregado do domínio e do comando, a qual têm a função de
ditadura, coerção, dominação. Portadores materiais: Aparelhos coercitivos e repressivos.
• Sociedade civil e sociedade política: Estado ampliado. ( GRAMSCI)
• Principal sustentáculo: o princípio do trabalho como mercadoria e sua regulação pelo livre
mercado;
• Crítica ao Estado Interventor;
• Combinação a um forte darwinismo social, em que a inserção dos indivíduos se define por
mecanismos de seleção natural.
• ELEMENTOS ESSENCIAIS DO LIBERALISMO:
• LIBERALISMO CLASSICO:
• Seu principal teórico foi o filósofo inglês John Locke (1632/1704), que em sua obra “Dois Tratados sobre o
Governo” (1690), defendeu a ideia, que se transformou em ideologia, sobre a natureza humana, sobre o
ser humano em seu Estado Natural, nasceria racional, livre, igual e proprietário.
• Essa filosofia política, incorporada pela burguesia, valoriza o indivíduo, sua liberdade, sua igualdade e o
direito à propriedade (natural).
• Locke, defendeu o Estado Liberal, através de um Contrato Social, com um poder legitimado no Poder
Legislativo e com pouca ou mínima intervenção do Estado.
• O filósofo e economista escocês Adam Smith (1723/1790), defendeu as leis de mercado, o fim das
restrições às importações e dos gastos governamentais improdutivos.
• O Estado no LIBERALISMO deveria intervir somente para coibir os monopólios que impediam a livre
circulação das mercadorias. As funções do Estado seriam garantir a lei, a segurança e a propriedade,
além de proteger a saúde e incentivar a educação.
• O liberalismo econômico tem em Adam Smith sua principal figura. Para ele, ao contrário dos
mercantilistas, não havia necessidade de o Estado intervir na economia, pois ela era guiada por uma “mão
invisível”, isto é, pelas leis naturais do mercado.
• Essas leis eram a livre concorrência e a competição entre os produtores as quais determinavam o preço das
mercadorias e eliminavam os fracos e os ineficientes.
Keynesianismo-fordismo e a generalização da política social
Foto: Bolsa de
Valores de Nova
York – EUA. 1929.
WELFARE STATE
IDADE DE OURO DAS POLÍTICAS SOCIAIS
Fatores condicionantes:
• Estabelecimento de políticas keynesianas com vistas a geração do pleno emprego e crescimento econômico
num mercado capitalista liberal;
• Instituição de serviços e políticas sociais com vistas a criar demandas e ampliar o mercado de consumo ;
• Amplo acordo entre esquerda e direita e entre capital e trabalho;
ELEMENTOS MARCANTES DO WELFARE STATE:
2 – Bismarkiano - ênfase na manutenção das diferenças de status; benefícios comprometidos com a família
tradicional devido ao legado da igreja; incentivo a maternidade, princípio da subsidiariedade: Estado
intervém quando a capacidade da família se exaure. Predispõe o princípio da contribuição social como
requisito para o direito.
3- Beveridgiano - Instituição de políticas universais e direitos sociais estendidos a classe média; promoção
de uma igualdade em melhores padrões; serviços e benefícios compatíveis com os gastos mais refinados da
classe média e igualdade na prestação de serviços; garantia da plena participação dos trabalhadores na
qualidade dos direitos desfrutados pelos mais ricos; benefícios desmercadorizados e universalistas e todas as
camadas incorporadas a um sistema universal de seguros.
Países como Inglaterra, Suécia e Escandinávia.
o Estado e a política social no neoliberalismo: Crise, Reação
Burguesa e a barbárie.
• Reação teórica ao Estado intervencionista e de bem-estar.
• Friedrich Hayeck: “o caminho da servidão” (1944)
• Combater o keynesianismo e o socialismo;
• Prepara bases para um outro tipo de capitalismo duro e livre de regras.
• A crise é resultado do poder excessivo e nefasto dos sindicatos e dos movimentos sociais e do
aumento dos gastos sociais do Estado;
• Intervenção do Estado nas relações de trabalho é negativa, impede o crescimento econômico e a
criação de empregos;
• Proteção social garantida pelo Estado social (políticas redistributivas) é perniciosa para o
desenvolvimento econômico;
• O Estado não deve intervir na regulação do comércio exterior nem na regulação do mercado
financeiro;
A fórmula neoliberal para sair da crise do capital, proporcionada pelos neoliberais provocada pelos anos
de ouro do período Keynesianismo / fordista, pode ser resumida em algumas proposições:
• Para Anderson (2008), as reformas neoliberais na América Latina para serem postas em prática nas
economias latino-americanas, foram encobertas pelo véu do populismo, ( através também dos programas
e transferência de renda) onde se mascarou a real intenção de tais reformas, ou seja, buscou mascarar a
adoção de uma política econômica totalmente atrelada aos interesses dos organismos internacionais e à
revitalização das altas taxas de lucros dos empresários.
Seguridade Social Brasileira
Unidade 2: Estado e Políticas Sociais no Contexto
Brasileiro
• O Estado e as políticas sociais na Constituição Federal de 1988;
• Conquistas constitucionais: desenho de políticas sociais orientados pelos princípios
universalidade, responsabilidade pública e gestão democrática.
• No entanto, há a manutenção de um caráter compensatório, seletivo, fragmentado e setorizado.
• O Estado e as políticas sociais: anos 90 - Contrarreforma
• As medidas de ajuste estrutural adotadas em quase todos os países da América Latina e do Caribe
implicaram uma reestruturação do Estado e desregulamentação das relações econômicas e
sociais em uma perspectiva neoliberal (Soares, 1999), que submete o Estado nacional aos ditames
do capital internacional e de organismos internacionais como Organização das Nações Unidas
(ONU), Banco Mundial, FMI, Organização Mundial do Comércio (OMC).
•
• Essas contrarreformas marcam uma mudança de rota nas políticas sociais após as décadas de
1970/1980, atingem e remodelam o Estado em três áreas estratégicas:
1) As funções típicas do estado (segurança nacional, emissão da moeda, corpo diplomático e fiscalização);
2) As políticas públicas (saúde, cultura, ciência e tecnologia, educação, trabalho e previdência);
3) O setor de serviços (empresas estatais estratégicas – energia, mineração, telecomunicações, recursos
hídricos, saneamento e outros) (Andes, 2007).
• Condições políticas e econômicas possibilitaram um giro conservador para o neoliberalismo, dificultando
a implementação dos princípios orientadores democráticos e dos direitos sociais;
• Contrarreforma do Estado e obstaculização /redirecionamento das conquistas de 1988;
• Ideário neoliberal;
• Privatização;
• Focalização
TIPOS DE REFORMA NA PREVIDÊNCIA SOCIAL
REFORMAS ESTRUTURAIS E NÃO ESTRUTURAIS
Reformas estruturais:
1º) mudanças estruturais nos sistemas de aposentadorias e pensões, com introdução do sistema de
capitalização individual, em substituição ao sistema de repartição até então predominante (lucro para bancos
ou fundos de pensão privados);
2º) O segundo tipo de reforma estrutural, designado de “paralelo”, não eliminou o sistema público. Porém,
introduziu um sistema de capitalização individual que concorre e compete com o sistema público de
repartição. Peru (1993) e Colômbia (1994) são exemplos de países que introduziram esse sistema, onde
contribuições não definidas e benefícios definidos convivem com um sistema privado de capitalização, que
estabelece contribuições definidas e benefícios não definidos
• 3º) Por fim, o terceiro tipo de “reforma estrutural”, considerada mista, agrega um sistema público, que
assegura benefícios compulsórios básicos sob o regime de repartição e gestão pública, com um sistema
privado complementar, regido pelo sistema de capitalização individual. A Argentina (1994), o Uruguai (1996)
e a Costa Rica (2001) reestruturam seus sistemas nessa direção (Mesa-Lago, 2003, p. 229).
• Reformas não estruturais: No conjunto dos países que implementaram mudanças consideradas pelos
analistas como “não-estruturais” ou paramétricas se encontra o Brasil. Por “reformas não-estruturais” os
autores designam mudanças que não eliminaram o sistema público e nem introduziram um sistema privado
como sistema geral, mas modificaram a abrangência e estrutura dos benefícios, ainda que mantendo o
regime de repartição e o modelo de contribuições não definidas com benefícios definidos.
• A “reforma” da previdência social realizada no Brasil em 1998/1999 e com mais rigor a Reforma
implementada desde 2017 pelo Governo Temer e consolidada pelo Governo Bolsonaro em 2019, atingiu,
não só, mas com maior impacto, os trabalhadores e as trabalhadoras regidos(as) pela Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) e inseridos no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), sobretudo aqueles do setor
privado.
• Os efeitos foram todos no sentido de reduzir a amplitude dos direitos conquistados com a reforma social
estabelecida com a Constituição de 1988, daí sua caracterização como contrarreforma.
Era FHC ( 1995 – 2002) : marcada por contrarreformas; orientado para o mercado.
• São diferentes da situação europeia. Caracterizam-se como primeira e única possibilidade de acesso a
qualquer tipo de recurso, em especial efetivo, integrante do Programas que condicionam as transferências
monetárias à realização de investimentos em “capital humano” por parte de seus beneficiários, destacando
entre os pobres os mais pobres.
• Os programas de transferências de renda começaram a ser implementados no final dos anos 80 e início dos
anos 90 do século XX. ( SILVA e SILVA; 2001)
• Foi a partir dos anos 2000 que começou a se intensificar a criação de novos programas de transferências de
renda, e as reformas dos já existentes.
• Programa de transferência de renda no Brasil:
• Brasil: Bolsa Família: unificou os programas de Renda Mínima vinculado à Educação “Bolsa Escola”; de
Acesso à Alimentação – PNAA; de Renda Mínima vinculada à Saúde – “Bolsa Alimentação”; de Auxílio
Gás.
• O PBF integra a estratégia de combate à miséria, denominado Fome Zero.
• Segundo análise de BEHRING e BOSCHETTI (2006), afirmamos que uma das estratégias do Estado
neoliberal ocorre no chamado “ Programa de Publicização” que se expressou na criação das
agências executivas e nas organizações sociais assim como na regulamentação do terceiro setor
na execução das políticas sociais .
• As políticas públicas estabelecem um termo de parceria com ONGS e instituições filantrópicas
denominadas atualmente e regulados pelo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade
Civil ( MROSC) através da lei federal 13.019/2014.
• O incentivo e a iniciativa da sociedade civil estimularam no Brasil as práticas da solidariedade, do
bem comum, pelos indivíduos, através de um trabalho voluntário não remunerado, ignorando o
conceito constitucional de seguridade social brasileira.
• Para entendermos o conceito de terceiro setor, faz – se necessário desmistificarmos o conceito de
Sociedade Civil.
• O conceito de sociedade civil já passou por várias concepções e significados, no Brasil e na América
Latina, sofrendo modificações de acordo com a conjuntura política e social do país.
• Uma sociedade civil deve ter uma pluralidade de atores, pois a definição da sociedade civil como um ator
monolítico é incompatível com a diversidade de concepções de representação dos diversos atores que a
compõem Por essa razão defende se a ideia de um conceito plural de sociedade civil.
• Na linguagem política corrente, ele se tornou sinônimo de participação e organização da população civil
do país na luta contra o governo (processo iniciado durante o regime militar quando a sociedade civil
deveria se mobilizar e se organizar para alterar o status quo no plano estatal.
Importância da Sociedade Civil nos Processos Decisórios
• Fortalecimento da Democracia;
• Processos Formativos para ampliação da cultura de direitos e cultura democrática
• Perspectiva de atuação intersetorial
• Mobilização, promoção e qualificação da participação de grupos, comunidades/sociedade nos processos
sociais
• Direito à informação [direito a ter direitos]
• Mediação para o acesso [referências para serviços públicos]
• Inclusão de atores sociais [vulneráveis] as cenas e processos sociopolíticos;
• Fortalecimento da base territorial ;
• Integração e convergência de ações que podem ser complementares as politicas públicas e de
fortalecimento da gestão pública local ;
• Experiências com novos formatos de planejamento de ações e gestão
• Construção de grupos e redes colaborativas
• Promoção de incidência política
• O desenvolvimento local deve se dar pela via da cooperação e colaboração entre o poder público e os
atores sociais locais
• Diferentes aprendizagens incidem na construção da esfera pública
• Governo como gestor da política pública construída via participação social
• Face ao exposto, diante das especificidades da sociedade civil, as estratégias e a funcionalidade do terceiro
setor no Brasil, vem colocando inúmeras questões a seguir, mediante análise de Behring e Boschetti (2006) :
Na política de assistência social, um dado que expressa a precarização é a ausência de concurso público para
trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), por parte dos municípios
brasileiros, o que torna pertinente a contratação de assistentes sociais, por meio de processo seletivo
simplificado. Muitos desses vínculos são precários, sem garantias de direitos, que corroboram a grande
tendência da precarização das relações e condições de trabalho.
• Outra questão a se considerar e que foi ressaltada por Guerra (2011) são as formas de contratação do
trabalho do (a) assistente social no SUAS, que na maioria das vezes são precárias, como: por Recibo de
Prestação de Serviços como Autônomo (RPA), por contratos de terceirização via Prefeitura, via ONGs ou
outras instituições, o que demonstra claramente as dificuldades que o trabalho do assistente social
apresenta nesse campo. Tal realidade se expressa nos dados apresentados sobre os tipos de vínculo no
Censo SUAS (2013).
• Com a contrarreforma do Estado marcada pela defesa da privatização, com redução da responsabilidade
pública no atendimento às necessidades sociais dos indivíduos, em favor da sua mercantilização, o Estado
neoliberal vem cada vez mais desarticulando direitos sociais e provocando a radicalização da questão
social.
• Nesse sentido, a profissão também vem sofrendo essas inflexões, com expressivas alterações nas
demandas de trabalho e no próprio mercado de trabalho, no qual o assistente social se insere pela
mediação das condições de assalariamento, em um contexto de redução de direitos e de relações de
trabalho precarizadas (IAMAMOTO, 2007).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse material vimos as distintas concepções de Estado e sua relação com a sociedade
contemporânea.
Contudo, a titulo de conclusão gostaria de destacar para refletirmos qual o papel das políticas
sociais no Estado neoliberal em que vivemos, principalmente em governos de direita e de extrema
direita que tem permeado a partir dos anos de 2018 o cenário de países da América Latina.
É importante refletirmos quais as estratégias de enfrentamento da categoria do Serviço Social
frente à retração de direitos sociais para a nossa profissão, sendo esta inserida na divisão sócio
técnica do trabalho.
Reflexão:
“Nossas vidas começam a terminar no dia em que permanecemos em silêncio sobre as coisas que
importam.” ( Mathin Luther King Jr, 1929 – 1968)
Questões de concurso Público
1 ) ( IFRJ – BIO RIO) A responsabilidade estatal na manutenção das condições de vida dos cidadãos,
a universalização dos serviços sociais e a implantação de uma rede de segurança de serviços de
assistência social constituem os princípios que estruturam o Welfare State ressaltados pelo (a):
1) Letra A.
2) Letra B.
3) Letra C
4) Letra A.
5) Letra D.
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file:///C:/Users/Abreu/Downloads/LIVRO%20COMPLETO%20%20%20CFESS%20%20Servico
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BEHRING, E. R; BOSCHETTI, I. Política Social, fundamentos e história. São Paulo: Cortez, 2006.
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