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UFJF – UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

INSTITUDO DE CIÊNCIAS HUMANAS

FIL027-2023.1-A- INTRODUÇÃO A FILOSOFIA

JÉSSICA LEITE DE MELO

“PARA QUE SERVEM AS ESCOLAS?”

Young discute no texto a importância do ambiente escolar para a humanidade. Logo


assume que a escola é um lugar de extrema importância, pois sem ela a sociedade entraria em
estagnação. Contudo, apesar do grande papel que desempenha, sofreu represálias na década
de 1970, sendo vista de forma negativa por educadores radicais e sociólogos críticos. Porém
de acordo com Young, essas críticas são fundamentadas em equívocos. A esquerda política
foi responsável, na década de 1970 a 1980, por grande parte das visões negativas sobre a
escolaridade. Dizia-se no campo da sociologia da educação que o papel das escolas nas
sociedades capitalistas era o de ensinar à classe trabalhadora qual era o seu lugar. Houve
quem dizia que o aprendizado verdadeiro somente seria adquirido se as escolas fossem
abolidas.

O autor põe em questão três visões sobre a escolaridade. Primeiro cita Foucault, que
considera as escolas como instituições de vigilância e controle, assim como manicômios e
penitenciarias. Em seguida fala a respeito do período intitulado como New Labour, que foi
caracterizado, por Young, como um período de não diferenciação da escolaridade, tendo
como característica a transformação da educação em um mercado, ou semimercado. E por fim
apresenta a visão de John White, que considera o ambiente escolar como responsável por
promover a felicidade e o bem-estar humano. Porém, para Young, a visão de White não
responde à questão inicial “para que servem as escolas?”.

Young afirma que sua resposta à pergunta “para que servem as escolas?” é que elas
capacitam, ou podem capacitar os alunos a adquirir o conhecimento que, para a maioria deles,
não pode ser adquirido em casa ou em sua comunidade. Tal conhecimento, Young, chama de
conhecimento poderoso, que se caracteriza por ser capaz de fornecer explicações confiáveis,
formas de pensar e enxergar o mundo que possibilita o aluno socialmente instável de
caminhar para além de sua circunstância.

Young conclui seu texto afirmando que aqueles que detém o poder de decisão no meio
político, juntamente com os professores devem abordar a questão levantada pelo autor: “Para
que servem as escolas?”. Afim de entenderem como e porque as escolas emergiram durante
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tempos e sociedades diferentes. Tendo sempre o objetivo de fazer com que os alunos
alcancem o conhecimento que não pode ser adquirido no dia-a-dia. Fazendo uso,
principalmente, daquilo que Young chama de “diferenciação do conhecimento” que faz capaz
o entendimento de que é necessário que se leve em consideração o conhecimento não-escolar
do aluno, porém sem utilizar tal conhecimento como base para o currículo. E afirma que, para
que isso se efetive é necessário que seja desenvolvido condições favoráveis para que os
alunos sejam capazes de adquirir o conhecimento poderoso.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

YOUNG, Michael. Para que servem as escolas. 101 ed. Campinas: Educ. Soc., 2007. 1287-
1302 p. v. 28.

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