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Sociologia da Educação
Por conta da época, encontrávamos situações bem diferentes das que vemos hoje.
Acreditava-se que a educação era a grande protagonista para resolver todas as
desigualdades sociais presentes na sociedade.
Existia uma concepção pela comunidade acadêmica, que chegava ao senso comum,
de que o acesso à escola seria o divisor de águas para solucionar o problema.
Nesse contexto, a escola pública seria o agente transformador que erradicaria as
desigualdades pois funcionaria de forma neutra, permitindo o acesso de todos,
independente de como ocorreria o processo de ingresso àqueles espaços.
Logo, construir mais escolas e oferecer mais vagas solucionaria as mazelas sociais.
Mas, ao longo dos anos 1960, Bourdieu notou através de estudos, que o
desempenho dentro da escola variava de estudante para estudante, de acordo com
a sua situação social. Os anos 1960 na França foi um período onde os governos
eram marcados por características repressoras e havia um desequilíbrio
principalmente no sistema educacional Francês. Isso também resultou em 1968
movimentos de revolta estudantil, buscando liberdade.
Pierre Bourdieu questionava: Será que só o acesso vai resolver o problema das
desigualdades sociais?
Ele acreditava que não, pois muito se devia levar em conta o contexto social no qual
aquele estudante estava inserido.
As crianças que possuíam uma melhor condição econômica tinham uma visão de
que na escola estariam vivendo uma continuidade daquilo que foi ensinado no seio
familiar
E óbvio que a escola não teria um método avaliativo diferente para cada um, o
mesmo método teria que ser aplicado a todos, independentemente da classe social
A escola, por exemplo, cobrava uma linguagem mais culta, uma forma mais
“elegante” para se expressar
Em contrapartida, os estudantes economicamente desfavorecidos encontravam na
escola uma “ruptura” do que era visto/ensinado em seu cotidiano familiar