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FACULDADE DIOCESANA DE SÃO JOSÉ – FADISI

DISCIPLINA – EPISTEMOLOGIA 3º PERÍODO, 2024


PROFESSOR: GERDEVANE SILVA
ALUNO: EDILSON DE OLIVEIRA CARVALHO

RESUMO SOBRE O LIVRO: EMÍLIO OU DA EDUCAÇÃO DE J.-J.


ROUSSEAU*

Edilson de Oliveira Carvalho****

A obra "Emílio, ou Da Educação" de Jean-Jacques Rousseau é realmente uma


das obras mais influentes no campo da pedagogia e filosofia da educação. Rousseau
aborda diversos temas relacionados à educação, política e ética, propondo um tratado
pedagógico que visa educar o homem ideal, permitindo-lhe viver em harmonia consigo
mesmo e com a natureza. Rousseau argumenta que o homem nasce bom, mas é
corrompido pela sociedade. Ele destaca a importância da educação natural, enfatizando
o papel da mãe na educação dos filhos e defendendo uma abordagem afetiva e baseada
no desenvolvimento natural da criança.
O autor critica a visão da criança como um adulto em miniatura e propõe uma
educação baseada na natureza, nos homens e nas coisas. Além disso, Rousseau
diferencia entre o homem civil e o homem natural, defendendo uma educação pública e
acessível a todos. Ele argumenta a favor de uma abordagem progressiva, lúdica e
interativa, que segue os interesses do aprendiz. Rousseau também critica os métodos
tradicionais de ensino e a relação afetiva inadequada entre pais e filhos.
O livro "Emílio, ou da Educação" de Jean-Jacques Rousseau destaca a
importância da razão no desenvolvimento humano, argumentando que mesmo que
alguém nasça forte, seu vigor é inútil até que aprenda a usá-lo, da mesma forma que
nascemos fracos e estúpidos, necessitando de educação para adquirir juízo. Rousseau
enfatiza que a educação é responsável por suprir as carências naturais do ser humano,
sendo uma arte que exige sorte para ser alcançada. O autor critica os modelos de

*
Resumo apresentado à disciplina de teoria do conhecimento ministrada pelo professor Gerdevane Silva,
como requisito de avaliação.
****
Discente do curso de Filosofia da Faculdade Diocesana São José – FADISI. E-mail:
edilsonoliveira597@gmail.com
educação da época, argumentando que os métodos escolásticos apenas criam indivíduos
duplicados, em conflito entre suas inclinações e deveres.
Ele propõe uma educação que permita ao homem conservar sua natureza original
e cultivar a razão, eliminando obstáculos para a felicidade. Rousseau apresenta sua
metodologia de educação por meio do personagem Emílio, uma criança hipotética que
recebe uma educação centrada em suas necessidades e em contato com a natureza. Ele
enfatiza que a educação deve respeitar o tempo da criança e desenvolvê-la de acordo
com padrões metodológicos estipulados, mantendo-a em seu estado natural e piedoso.
O autor conclui que a educação do homem começa desde o nascimento, e que é
importante que a criança adquira o hábito de não adquirir nenhum hábito até que
desenvolva a razão, pois somente a razão ensina a escolher entre o bem e o mal. Ele
destaca que é a partir das primeiras experiências da criança que se forma sua relação
com o mundo, forjando o primeiro elo da rede social. Rousseau foi objetivo em sua
ideia, defendendo a educação como uma ferramenta para a aquisição da razão e a
restauração da piedade perdida no convívio social. Sua visão ressalta a importância de
uma educação que respeite o tempo e as necessidades individuais da criança, buscando
mantê-la em seu estado natural enquanto desenvolve a razão.
A obra "Emílio, ou Da Educação" de Jean-Jacques Rousseau certamente oferece
uma visão provocativa e inspiradora sobre a educação e o desenvolvimento humano. A
ideia de que o homem nasce bom e é corrompido pela sociedade levanta questões
profundas sobre a natureza humana e o papel da educação na formação do caráter.
Rousseau enfatiza a importância da educação natural e do respeito à individualidade da
criança, algo que ainda ressoa fortemente nos debates contemporâneos sobre pedagogia
e práticas educacionais.
Sua crítica à educação tradicional e sua defesa de uma abordagem mais
progressiva e centrada no aprendiz são extremamente relevantes, especialmente em um
mundo onde as instituições educacionais muitas vezes tendem a padronizar e suprimir a
criatividade e a autonomia dos alunos. Além disso, a obra nos desafia a refletir sobre o
papel da sociedade na formação do caráter humano e na promoção de uma educação que
cultive virtudes e valores essenciais para uma convivência harmoniosa e justa.
A ênfase de Rousseau na responsabilidade dos pais e educadores em
proporcionar um ambiente que permita o florescimento das capacidades naturais da
criança é um lembrete poderoso da importância de uma abordagem holística e sensível à
educação. Em suma, "Emílio, ou Da Educação" continua sendo uma fonte de inspiração
e reflexão para educadores, pais e todos aqueles interessados no desenvolvimento
integral do ser humano. Suas ideias nos desafiam a repensar nossas práticas
educacionais e a buscar formas mais autênticas e humanas de educar as gerações
futuras.
O livro Emílio ou Da Educação está divido em cincos livros, cada um abordando
os diferentes passos que o Emílio deverá seguir para uma boa educação. O primeiro
livro; irá introduzir o personagem principal, Emílio, e estabelecer os princípios
fundamentais da educação proposta pelo autor. Será abordada, “A idade da natureza” –
o bebê (infans), destacando a importância e objetivo da educação que respeite o
desenvolvimento natural da criança.
No segundo livro, será desenvolvida ainda “A idade da natureza” desde os 2 a 12
anos (puer). Ele falará como Emílio deve ser educado longe da influência corrompida da
sociedade e em contato com a natureza, aprenderá através da experiência prática. Neste
sentido será exposta os diferentes arquétipos de educação, sendo eles; a educação da
sensibilidade – os choros e os gritos; a educação moral – máximas gerais como
propriedade, verdade e caridade; a educação intelectual – partir do interesse sensível, as
críticas às palavras, da história, das fábulas de La Fontaine; a educação do corpo –
exercícios físicos; a educação sensorial – os cincos sentidos.
Neste terceiro livro, será discutido “A idade da força” de 12 a 15 anos, que se
trata da educação de Emílio durante a adolescência. Alguns temas como a moralidade, a
religião e a formação do caráter de Emílio, enquanto seu processo de introdução à
sociedade. Os arquétipos de educação ainda serão abordados nesse livro, como; a
educação intelectual – da necessidade à utilidade; a educação manual e social – contra
os preconceitos.
O quarto livro, discorrerá sobre “A idade da razão e das paixões” de 15 a 20
anos, Rousseau examina a educação de Emílio como jovem adulto, incluindo sua
instrução acadêmica, sua relação com as artes e ciências, e sua preparação para o mundo
adulto. Os modelos de educação serão novamente discutidos; a educação do ser moral –
educação sexual; a educação religiosa – Profissão de Fé do Vigário Saboiano, a religião
natural e as religiões reveladas.
O quinto livro, abordará acerca da “idade da sabedoria e do casamento” de 20 a
25 anos, onde Rousseau irá abordar a educação de Sofia, a “mulher ideal” e futura
esposa de Emílio. Assim como foi delineado alguns arquétipos de educação para
Emílio, será dessa forma em relação a Sofia, destacando às diferenças entre os dois
sexos; a educação intelectual, estética, religiosa, moral e sentimental de Sofia.

REFERÊNCIAS

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou Da Educação. 3ª. Ed. São Paulo: Martins


Fontes, 2004.

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