Você está na página 1de 13

Eunice da Ofélia Raul

Elídio Pedro Pastela

Herculano Silvestre José

Isequiel Paulo Manuel

Mariano Dos Santos

Mussa Issufo Gabriel Mussa

Educação em Rousseau

(Curso de Licenciatura em Ensino de Química com Habilidades em Gestão de Laboratórios)

Universidade Rovuma

Nampula

2023
2

Eunice da Ofélia Raul

Elídio Pedro Pastela

Herculano Silvestre José

Isequiel Paulo Manuel

Mariano Dos Santos

Mussa Issufo Gabriel Mussa

Educação em Rousseau

O trabalho de carácter avaliativo da cadeira de Filosofia, a ser


entregue no departamento de ciências naturais e matemática,
na universidade Rovuma, curso de Química 4º ano, leccionado
por:

Mestre: Jacó Jaime Braz

Universidade Rovuma

Nampula

2023
3

Índice
1. Introdução ..................................................................................................................................... 4

2. Breve historial de Jean Jacques Rousseau .................................................................................... 5

3. Educação na concepção de J.J. Rousseau ..................................................................................... 5

4. Pontos divergentes e comuns, entre ideias de Rousseau e Hobbes ............................................ 10

5. Críticas ao J.J. Rousseau ............................................................................................................. 11

6. Conclusão.................................................................................................................................... 12

7. Referências Bibliográficas .......................................................................................................... 13


4

1. Introdução

O presente trabalho pretende apresentar a visão de Jean Jacques Rousseau sobre a educação. As
contribuições do autor na educação têm sido discutidas há tempos de forma primordial ao se falar
em educação devido a sua abrangência e importância, norteando a forma de ensinar, trazendo
mudanças na vida como um todo e não somente dentro da instituição escolar.

Também se deve ao verificar em estudo bibliográfico na obra desse teórico, fundamentando-se nas
obras do filósofo iluminista Jean Jacques Rousseau, sendo de muita relevância para a educação,
podendo ser verificado desde o iluminismo, como precursor de ideias que propôs que a educação
fosse algo que fizesse sentido na vida do sujeito, onde o sujeito se tornasse autónomo em suas
acções e actos, necessitando somente ser motivado e estimulado por um mediador, que na medida
que construo e seu conhecimento se apropria, desenvolve e assim sendo consolida sua educação
com liberdade e vontade de buscar mais.

Este trabalho tem o objectivo de levar a reflexão de como a teoria de Jean Jaques Rousseau pode
contribuir na educação. Rousseau destaca que para adquirir conhecimento o aluno deve ser “livre”,
deixar que adquira experiência naturalmente. O autor, quando desenvolveu essa teoria estava bem
adiantado para época, mas com o passar dos anos continua sendo uma ferramenta importante no
corpo docente. Lidar com educação é estar aberto com as divergências constantemente e isso
acontece por crescermos, convivermos em grupo, portanto equilibrar razão e independência
segundo Rousseau prepara o aluno para o mundo, tornando cidadãos equilibrados e justos.

Portanto esse trabalho busca a reflexão de que a contribuição de Rousseau não se restringe ao
conhecimento educacional, e sim para a vida, sendo o sujeito podendo aprender em seu meio, não
fragmentando o conhecimento entre educacional e social e sim acrescendo de forma mútua
ultrapassando as dimensões e se integrando.
5

2. Breve historial de Jean Jacques Rousseau

Jean Jacques Rousseau, sueco nascido em 28 de Julho de 1912 em Genebra- Suíça foi um dos mais
importantes teóricos políticos, filósofo, escritor e compositor. Sua mãe morreu no parto e ele não
teve qualquer educação formal até os 16 anos, excepto sua própria leitura das Vidas de Plutarco e
uma colecção de sermões calvinistas.

Aos 30 anos colaborou com a enciclopédia de Diderot e D’Alembert no verbete Música e aos 38
anos conquistou o prémio da academia de Dijon com seu Discurso sobre as ciências e as artes. No
ano de 1762, Rousseau começou a ser perseguido na França, pois suas obras foram consideradas
uma afronta aos costumes morais e religiosos, o que o levou a se refugiar na cidade suíça de
Neuchâtel.

Em 1765, foi morar na Inglaterra a convite do filósofo escocês David Hume. Pouco tempo depois,
retornou à França, velho e cansado, doente e deprimido, Rousseau aceitou o convite do marquês de
Girardin e hospedou-se no castelo de Ermenonville onde passou os últimos meses de vida em clima
de relativa tranquilidade, casando-se com Thérèse Levasseur no ano de 1767. Aos 66 anos, atingido
por insolação durante um passeio a tarde, veio a falecer em 2 de Julho de 1778 (Reale, 2005, cit. em
Pontes, 2014).

3. Educação na concepção de J.J. Rousseau

Os pressupostos básicos de Rousseau a respeito da educação eram a crença na bondade natural do


homem, e atribuir à civilização a responsabilidade pela origem do mal. A educação deveria levar o
homem a agir por interesses naturais e não por imposição de regras exteriores artificiais, pois só
assim o homem poderia ser dono de si próprio.

Outro aspecto da educação natural está em não aceitar uma educação intelectualizada, levando ao
ensino formal e livresco. O homem não é constituído apenas por intelecto, pois suas disposições
primitivas, tais como os sentidos, os instintos, as emoções e os sentimentos existentes do
pensamento elaborado são dimensões mais dignas de confiança (Forte, 1976).

Segundo Pontes (2014), no século XVIII, existiam muitas teses sobre a educação, muita coisa já
havia sido dita e escrita, todavia, na visão de Rousseau, poucos apresentavam propostas. Era a
6

crítica pela crítica. Ele se propõe uma reforma na educação, uma nova visão e começa dividindo a
existência em cinco fases:

 1ª Fase: Lactância até 2 anos;


 2ª Fase: Infância de 2 a 12 anos;
 3ª Fase: Adolescência de 12 a 15 anos;
 4ª Fase: Mocidade de 15 a 20 anos;
 5ª Fase: O início da vida adulta de 20 a 25 anos (p.5).

Segundo Rousseau (2004), a Educação, em sentido amplo, possui três mestres:

o A natureza; Os Homens; As coisas.

A educação pela natureza pressupõe uma educação que não depende dos homens e está relacionada
aos órgãos internos (tais como os reflexos do bebé ao nascer). A educação dos homens seria o
aprender e o fazer uso de nossas faculdades. A educação das coisas nos é dada pelo ganho de
nossas próprias experiências na relação com o ambiente (como exemplo, podemos citar o uso de
instrumentos rudimentares por homens primitivos, que somente em alguns aspectos são controlados
pelo homem).

A educação vem-nos da natureza ou dos homens ou das coisas. O desenvolvimento interno de


nossas faculdades e de nossos órgãos é a educação da natureza; o uso que nos ensinam a fazer desse
desenvolvimento é a educação dos homens; e a aquisição de nossa própria experiência sobre os
objectos que nos afectam é a educação das coisas (Rousseau, 2004, p. 9).

Para Rousseau (1983), o homem nasce bom e a sociedade o corrompe, ou seja, o homem através da
história torna-se mau, com o objectivo de lesar o outro.

A maldade existente entre os homens está presente no Discurso sobre a origem e os fundamentos da
desigualdade entre os homens. Nesse discurso Rousseau divide a evolução do homem em três
estágios diferentes que remetem aos seguintes:

 Homem natural
 Homem selvagem
7

 Homem civilizado

O homem natural - é um animal que se integra a natureza e a mesma é generosa para com o
homem (instinto e sensação), que vive isoladamente por vontade própria, independente do
semelhante, mas dependente da natureza, de onde retira tudo o que precisa e é guiado pelo instinto
da conservação (preocupação consigo).

O homem selvagem - que remete às sociedades indígenas já tem um interesse particular, marcas,
vícios, conflitos a partir da consciência moral, de onde nasce a virtude.

O homem civilizado - tem seus interesses particulares fortalecidos e entram em conflito pois sua
consciência moral é abafada existindo a oposição de interesses.

Assim, o homem tornou-se egocêntrico e individualista, tornou-se um homem natural no mau


sentido.

Rousseau (1995, p. 14-15) tinha um apreço pela obra de Platão, A República, Ele a considerava não
como um livro sobre política “como pensam os que julgam livros pelo título”, mas o mais belo
tratado sobre educação que jamais se escreveu e aconselhava a sua leitura àqueles que queriam ter
uma ideia sobre educação pública. Em sua visão “Platão não fez senão depurar o coração do
homem”, à medida que Licurgo – um conhecido legislador – “desnaturou-o”.

A explicação é que Rousseau, assim como o filósofo grego, acreditava que o homem era educado
para desempenhar um papel na sociedade. Ele pregava que o homem para ser alguma coisa era
“preciso agir como se fala” e estar sempre “decidido acerca do partido a tomar”. Isto pede uma
autonomia natural para reflectir sobre o que se quer, sendo bom para si e para os outros. E ele via
isto como uma consequência, pois:

Na ordem natural, sendo os homens todos iguais, sua vocação comum é o estado de homem; e quem
quer seja bem-educado para esse, não pode desempenhar-se mal dos que com esse se relacionam.

Como já foi relatado no início da discussão, a preocupação de Rousseau centra-se no objectivo de


optar entre formar o homem ou o cidadão, na impossibilidade de haver os dois ao mesmo tempo já
que são antagónicos e também são dois tipos puros, conceituais existentes no plano de princípios.
8

Para Rousseau (1995), o homem, dito homem natural forma-se através da educação doméstica ou
privada no seio da família. É um ser inteiro, de existência absoluta, relacionando-se consigo mesmo
e tudo é para si mesmo. Como exemplo, pode-se citar o homem natural de que Rousseau trata no
"Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens".

O cidadão é formado através do projecto educacional público assistido pelo Estado. O cidadão é
uma fracção, existindo na relação em um todo, tendo uma existência relativa. Rousseau exemplifica
o cidadão como a mãe espartana que, diante de uma guerra é informada sobre a morte de seus filhos
no decorrer da mesma, pouco importando-se com o fato, mas preocupando se sim com a vitória de
sua pátria, demonstrando-se uma verdadeira cidadã (Forte, 1976).

A partir destas descrições, quem seria o "homem civilizado" do presente em relação a estes dois
tipos (homem e cidadão)?

Na verdade, ele não seria nem um nem outro, pois a educação da sociedade não formaria nenhum
deles, mas sim um ser misto.

Para a conciliação destes dois seres é necessário o conhecimento do homem natural (por exemplo, a
criança, que é um) e assim, o cidadão somente poderá existir a partir deste homem natural, o qual
será originado pela natureza e para vê-lo, a história individual será o caminho a seguir.

O autor defende que o homem altera a natureza das coisas, forçando terrenos a nutrir produtos
próprios de outros; árvores a dar frutos de outras; mistura e confunde os climas; os elementos; as
estações; mutila os animais; ou seja, não quer nada da forma que foi feita pela natureza, nem mesmo
o próprio homem.

Para ele, uma reforma da educação seria a saída para este dilema, pois todas as cognições nascem da
relação com o ambiente. Logo, é a educação que forma as mentes. Sendo assim, a natureza educa os
sentidos, o ensino a mente e a experiência o comportamento, estes seriam nossos mestres, “porque
nossos verdadeiros mestres são a experiência e o sentimento” (Rousseau, 1995, p. 191).

Nascemos fracos, precisamos de força; nascemos desprovidos de tudo, temos


necessidade de assistência; nascemos estúpidos, precisamos de juízo, tudo que não
temos ao nascer, de que precisamos adultos, nos é dado pela educação. Essa
educação nos vem da natureza, ou dos homens ou das coisas. O desenvolvimento
interno de nossas faculdades e de nossos órgãos é a educação da natureza; o uso que
9

nos ensinam a fazer desse desenvolvimento é a educação dos homens; e o ganho de


nossa própria experiência sobre os objectos que nos afectam é a educação das
coisas. Cada um de nós é, portanto formado por três espécies de mestres
(Rousseau,1995, p. 10).

A educação primeira deve, portanto ser puramente negativa. Ela consiste, não em ensinar a virtude
ou a verdade, mas em preservar o coração do vício e o espírito do erro (Rousseau, 1995, p. 80).

Respeitando o estágio do nascimento aos doze anos de idade, é preciso enfatizar o exercício
inteligente dos sentidos. Seguindo as sugestões do seu contemporâneo e amigo abade de Condillac,
Rousseau (1995, p. 120) escreve:

As primeiras faculdades que se formam e se aperfeiçoam em nós são os sentidos, que, portanto,
deveriam ser cultivados em primeiro lugar, mas que, ao contrário, são esquecidos ou inteiramente
relegados. Exercitar os sentidos não quer dizer somente usá-los, mas aprender a julgar bem através
deles, ou seja, por assim dizer, aprender a sentir, porque não sabemos tocar, nem ver, nem ouvir
senão no modo pelo qual aprendemos.

A educação negativa é a ideia-guia da pedagogia de Rousseau, segundo a qual se


aprende por si mesmo. O educador, portanto, não deve transmitir nenhum saber,
todavia – e esta é a leitura mais correta da obra – deve evitar que o aluno entre em
contacto com as perniciosas influências morais da sociedade humana; satisfazer
sistematicamente a sua natural curiosidade em qualquer âmbito; predispor situações
da vida adequadas a favorecer seu crescimento espontâneo. Por isso é chamada de
negativa, por não trabalhar a imposição de normas e conteúdos, e focar-se em coibir
o contacto com ideias perniciosas (Rousseau,1995).

Na visão do filósofo genebrino isto liberta o aprendiz da tirania das opiniões humanas; a criança,
por si mesma, e sem nenhum esforço especial, identifica-se com as necessidades de sua vida
imediata e torna-se auto-suficiente. Vivendo fora do tempo, anda precisando das coisas artificiais e
não encontrando qualquer desproporção entre desejo e capacidade, vontade e poder, sua existência
vê-se livre de toda ansiedade com relação ao futuro e não é atormentada pelas preocupações que
fazem o homem adulto civilizado viver fora de si mesmo.

É necessário, entretanto, prepará-la para o futuro. Isso porque ela tem uma enorme potencialidade,
não aproveitada imediatamente. A tarefa do educador consiste em reter pura e intacta essa energia
até o momento propício. Nesse sentido, é particularmente importante evitar a excitação precoce da
imaginação, porque esta pode tornar-se uma fonte de infelicidade futura. Outros cuidados devem ser
tomados com o mesmo objectivo e todos eles podem ser alcançados ensinando-se a lição da
10

utilidade das coisas, ou seja, desenvolvendo-se as faculdades da criança apenas naquilo que possa
depois ser-lhe útil.

Nesse sentido, a educação torna-se o caminho para a sociedade renovada, com todo o seu rigor e a
sua expansão social, bloqueando no berço toda forma de egoísmo, bem como toda forma de
ansiedade pelo futuro, que apaga a alegria do presente. A certeza de uma sociedade harmónica,
dominada pela vontade geral, evita os falsos sentimentos provocados por uma sociedade
competitiva, e nos convoca a desfrutar o presente e toda situação, livres dos temores e dos
fantasmas do imaginário de um futuro competitivo e conflituante (Rousseau,1995).

4. Pontos divergentes e comuns, entre ideias de Rousseau e Hobbes

O homem, para Rousseau, em seu estado de natureza, nasce igual a qualquer animal, possui instinto
e necessidades de alimentação, preservação, repouso e tenta, ao mesmo tempo, afastar o temor que
se materializa em dor ou fome. Já em relação à sociedade, no estado civil convive-se com a
opressão e a corrupção e nesse sentido o homem se encontra a “ferros”, ou seja, aprisionado,
escravo de várias circunstâncias.

Reale (2005), A filosofia de Hobbes refuta totalmente esta visão ao alegar que o
homem não é de modo algum ligado aos outros homens por um consenso
espontâneo como os animais, visto que estes últimos se baseiam em um “apetite
natural”. Desta forma, dois princípios defendidos por este filósofo em suas obras
nos servem como contraponto a Rousseau. O primeiro é que ele considerava que os
animais não percebem defeitos em sua sociedade, ao passo que o homem os
percebe, querendo introduzir continuas novidades, que constituem causas de
discórdias e guerras. Segundo, os animais não se censuram uns aos outros, ao passo
que os homens sim. Considerando estes princípios, teríamos uma luta de todos
contra todos no estado de natureza, o que preconiza a necessidade do
estabelecimento de um Estado (p.82).

Retomando o pensamento rousseauniano, para o filósofo genebrino, em vez de uma luta de todos
contra todos; o homem tem uma garantia natural de independência e total desinteresse pelos bens
alheios. Este enfoque esta representado na máxima proferida por ele em outra de suas obras, Do
Contrato Social, onde afirma que o homem: “No estado de natureza, onde tudo é comum, nada devo
a quem nada prometi, e não reconheço a outrem o que me é inútil” (Rousseau, 2008).

No seu livro, O Discurso sobre a Origem e os Fundamentos das Desigualdades entre os Homens, ele
apresenta o ser humano em seu estado de natureza, como um ser doce e meigo, distante da estupidez
dos brutos e das funestas luzes da civilização. O homem neste estado é compelido, tanto pelos
11

instintos, quanto pela razão, a defender-se do mal que o assola. Eis um ponto em comum entre
Hobbes e Rousseau, ambos acreditavam nos instintos como um desejo de evitar a guerra continua,
para salvar a vida, e a necessidade de conseguir aquilo que é necessário para a sobrevivência.

Contudo, vemos também o ponto divergente no uso da razão, por Hobbes entendida não como um
valor em si, mas como instrumento capaz de realizar aqueles desejos de fundo. Ao ponto que para
Rousseau, a razão é vista como um valor em si, capaz de levar os homens a um consenso permeado
por uma piedade natural que o impede de fazer mal a outrem. A origem deste conceito pode estar no
que Rousseau chamava de Bom Selvagem:

Os selvagens não são precisamente maus, porque não sabem o que seja ser bons; não é o aumento
das luzes nem o freio da lei que lhes impede de fazer o mal, mas a calma das paixões e a ignorância
do vício (Reale, 2005).

Entretanto, a criação da propriedade privada corrompe esta pureza no homem, destrói o estado
natural. Pois, o domínio dos bens desencadeia um processo de desigualdade que gera a violência e a
corrupção moral da humanidade.

5. Críticas ao J.J. Rousseau

Rousseau recebe várias críticas de Voltaire que diz: ninguém jamais pôs tanto engenho em querer
nos converter em animais " e que ler obras de Rousseau faz nascer desejos de caminhar em quatro
patas", mas a proposta rousseaniana é o combate aos abusos e não repudiar aos valores humanos.

Rousseau não busca retornar o homem a primitividade, ao estado natural, mas ele busca meios para
se diminuir as injustiças que resultam da desigualdade social. Indica assim alguns caminhos:

1.º - Igualdade de direitos e deveres políticos ou o respeito por uma "vontade geral";

2.º - Educação pública para todas as crianças baseadas na devoção pela pátria e austeridade moral.

3.º - Um sistema económico e financeiro, combinados com os recursos da propriedade pública com
taxas sobre as heranças e o fausto.
12

6. Conclusão

O desenvolvimento desse trabalho nos deixa claro que a educação está ligada ao dia-a-dia da
humanidade, a infância é o início de amadurecimento, razão e realidade. Rousseau destaca que a
naturalidade humana pode ser influenciada e que os docentes devem dar espaço para liberdade.

Para ele a educação é dar liberdade dentro da realidade, não dar espaço para as fantasias das
crianças, não impedir que tenham contacto com as frustrações, pelo contrário mete-las próximos de
suas experiências que cooperam com amadurecimento. Podemos destacar que Rousseau vê o
professor como instrumento das próximas gerações, portanto acaba que se exigindo mais do mesmo,
afinal são diversas situações que cada aluno se encontra.

Enxergar a educação além da formação escolar faz parte do processo na formação humana. O
convívio social é tão importante quanto o didáctico, e estar preparado para diversidade é deixar
livre, além de aguçar as potencialidades e capacidades dos alunos, faz com que o aprendizado
aconteça de forma natural e saudável. Rousseau nos mostra que o princípio da pedagogia é
princípios muito avançado para época, porém há coerência e respeita o processo natural do
desenvolvimento humano e infantil.
13

7. Referências Bibliográficas

Forte, L.R.S. (1976), Rousseau: da teoria à prática. (ed). São Paulo, Brasil. Ática.

Pontes, J.M. (2013), A Importância do Legislador no Contrato Social. Augusto Guzzo Revista
académica, São Paulo. ISSN 2316-3852, Disponível em:
<http://www.fics.edu.br/index.php/augusto_guzzo/article/view/166>. Acesso em: 16.04. 2023.

Reale, G. (2005) História da filosofia: de Spinoza a Kant. (Vol.4). São Paulo: Paulus.

Rousseau, J.J. (1983), Do Contrato Social. Discurso sobre a origem e os fundamentos da


desigualdade entre os homens. (3ª ed). São Paulo, Brasil, Ática

Rousseau, J.J. (1995) Emílio ou Da Educação. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Rousseau, J.J. (2008) Do contrato social: princípios do direito político. São Paulo: Revista dos
tribunais.

Você também pode gostar