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AULA 5 -
MODERNIDADE
Olá!
Possui uma visão otimista sobre a humanidade, crendo sobretudo na
pureza inata do ser humano, que é corrompida pela influência nefasta das
instituições da sociedade.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as contribuições
desses dois renomados teóricos, e o motivo pelo qual suas ideias influenciam
as bases teóricas da Pedagogia até a atualidade.
Bons estudos!
5 O PENSAMENTO PEDAGÓGICO DE ROUSSEAU
Basicamente, porém, o objetivo deste trabalho não era tornar-se um guia para
futuros pedagogos. É uma obra filosófica e romantizada em que Rousseau descreve
o ideal de educação natural apresentado por meio de um protagonista fictício.
Segundo Rousseau, a vantagem da educação pela natureza é que ela desenvolve os
sentidos e o corpo, mantém a criança limpa e livre de preconceitos contra os vícios e
erros reinantes na sociedade.
Ela defende a educação experiencial para desenvolver adultos livres e
independentes e rejeita a ideia de que as crianças são adultos em miniatura,
enfatizando suas necessidades específicas de desenvolvimento saudável, mental,
emocional, físico e moral em cada estágio de amadurecimento. O adolescente recém-
preparado e fortalecido deve ser exposto às regras sociais sem correr o risco de ser
corrompido. (SILVA, 2015). Em síntese, Rousseau vai contra o princípio religioso de
sua época, que promulga que todo ser humano (crianças e adultos) é fruto do pecado
original e, portanto, mau. Rousseau enaltece a natureza boa do ser humano,
argumentando que é a sociedade quem o degenera.
Dessa forma, a saga de Emílio é dividida em cinco livros, cada um
correspondendo a uma fase de seu desenvolvimento. Nesse contexto, a revolução
pedagógica de Rousseau é revelada à revolução copernicana, destacando a criança
como o centro de todo o processo educacional:
Livro I: fase de 0 a 2 anos, idade da natureza. Apresenta a importância
e o objetivo da educação e enaltece a figura materna como ama e do pai
como preceptor. Condena o excesso de roupas que obstrui a liberdade
e a punição antes que a criança entenda seu próprio erro como tal.
Livro II: fase de 2 a 12 anos, idade da natureza. Educação negativa, com
a moral se desenvolvendo gradativa e naturalmente, sem imposição
externa. Não é necessário aprender a ler, mas sim a conhecer e treinar
a sensibilidade.
Livro III: fase dos 12 aos 15 anos, idade da força. Transição da fase
infantil para a adolescência. Fase de aquisição de conhecimentos,
sempre de acordo com a curiosidade e a utilidade prática. O aprendizado
de um ofício manual é estimulado por ajudar na educação.
Livro IV: de 15 a 20 anos, idade da razão e das paixões. Instrução
religiosa e sexual para educar o coração para os relacionamentos com
os outros.
Livro V: de 20 a 25 anos, idade da sabedoria. O preceptor se torna um
conselheiro para assuntos relacionados à política, a viagens e ao
casamento. Marca o fim da necessidade do preceptor e o alcance da
vida autônoma, produtiva e feliz.