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Jean-Jacques Rousseau

Alunos: Gabrielly G. Monteiro, Juliana M. Trevisan, Nicolas C Tamanini, Nicole


T. Scheidt, Rafael R. Galan, Sthefany M.M. Ferreira e Yasmin W. de Souza

Data: 30/08/2022
Nota:__________

Introdução
Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi um destacado filósofo social e
escritor suíço. O mais radical e popular dos filósofos que participaram do
movimento intelectual do século XVIII – o Iluminismo.
Sua obra principal, "O Contrato Social", serviu de verdadeiro catecismo
para a Revolução Francesa e exerceu grande influência no chamado
liberalismo político.
Defensor ardoroso dos princípios de “liberdade, igualdade e fraternidade”,
o lema da revolução, é visto como o “profeta” do movimento.
Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi um importante intelectual do
século XVIII para se pensar na constituição de um Estado como organizador da
sociedade civil assim como se conhece hoje. Para Rousseau, o homem
nasceria bom, mas a sociedade o corromperia.
Da mesma forma, o homem nasceria livre, mas por toda parte se
encontraria acorrentado por fatores como sua própria vaidade, fruto da
corrupção do coração. O indivíduo se tornaria escravo de suas necessidades e
daqueles que o rodeiam, o que em certo sentido refere-se a uma preocupação
constante com o mundo das aparências, do orgulho, da busca por
reconhecimento e status.
Mesmo assim, acreditava que seria possível se pensar numa sociedade
ideal, tendo assim sua ideologia refletida na concepção da Revolução Francesa
ao final do século XVIII.

Vida
Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra, Suíça, no dia 28 de junho
de 1712. Filho de um relojoeiro protestante fica órfão de mãe logo ao nascer.
Em 1722 fica órfão de pai.
É educado por um pastor protestante na cidade de Bossey.
Com 16 anos de idade vai para Savóia, Itália, e sem meios de
sobrevivência procura uma instituição católica e manifesta o desejo de se
converter-se ao catolicismo.
Demonstra grande interesse pela leitura e pela música.
De volta à Genebra, retorna ao protestantismo. Exerceu algumas outras
profissões, nenhuma com sucesso.
Em 1732, Rousseau muda-se para Paris, onde conhece Madame Warens
e ao lado dela, como autodidata, conquista grande parte de sua instrução.
Ao deixa-la, em 1740, vive como andarilho, até que em 1742 conhece
outra senhora ilustre que ajuda o filósofo.
Graças a sua protetora torna-se secretário do embaixador da França, em
Veneza. Dedica-se ao estudo e compreensão da política.
Conhece Thérèse Lavasseur, criada de um hotel, vivem juntos e têm
cinco filhos, todos enviados a orfanatos públicos.
Morando em Paris, descobre o Iluminismo e passa a colaborar com o
movimento.
Torna-se conhecido por seus trabalhos sobre política, filosofia e música.
Em 1750, ganha o prêmio do concurso da Academia de Dijon, com o “Discurso
sobre as Ciências e as Artes”.
Desenvolve ideias expostas no seu discurso premiado e
escreve “Discurso Sobre a Desigualdade” (1754).
Nesse trabalho, reforça a teoria já levantada reafirmando: “O homem é
naturalmente bom. É só devido às instituições que se torna mal”. Ataca a
desigualdade resultante de privilégios. “Para desfazer o mal, basta abandonar
a civilização”.
Em 1756 Rousseau torna-se hóspede do palácio de Madame d’Epinay,
quando inicia suas três maiores obras: “Nova Heloísa”, “O Contrato
Social” e “Émile”.

O contrato social
A questão que se colocava era a seguinte: como preservar a liberdade
natural do homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar da
vida em sociedade? Segundo Rousseau, isso seria possível através de um
contrato social, por meio do qual prevaleceria a soberania da sociedade, a
soberania política da vontade coletiva.
O Contrato Social, livro publicado em 1762, é um plano para a
reconstrução das relações sociais da humanidade. Seu princípio básico se
mantém.
“Em estado natural, os homens são iguais: os males só surgiram depois
que certos homens resolveram demarcar pedaços de terra, dizendo a si
mesmo: Esta terra é minha. E então nasceram os vários graus da desigualdade
humana”.
Rosseau percebeu que a busca pelo bem-estar seria o único móvel das
ações humanas e, da mesma, em determinados momentos o interesse comum
poderia fazer o indivíduo contar com a assistência de seus semelhantes. Por
outro lado, em outros momentos, a concorrência faria com que todos
desconfiassem de todos.
Dessa forma, nesse contrato social seria preciso definir a questão da
igualdade entre todos, do comprometimento entre todos. Se por um lado a
vontade individual diria respeito à vontade particular, a vontade do cidadão
(daquele que vive em sociedade e tem consciência disso) deveria ser coletiva,
deveria haver um interesse no bem comum.
Um ponto fundamental em sua obra está na afirmação de que a
propriedade privada seria a origem da desigualdade entre os homens, sendo
que alguns teriam usurpado outros. A origem da propriedade privada estaria
ligada à formação da sociedade civil. O homem começa a ter uma preocupação
com a aparência.
Na vida em sociedade, ser e parecer tornam-se duas coisas distintas. Por
isso, para Rousseau, o caos teria vindo pela desigualdade, pela destruição da
piedade natural e da justiça, tornando os homens maus, o que colocaria a
sociedade em estado de guerra. Na formação da sociedade civil, toda a
piedade cai por terra, sendo que “desde o momento em que um homem teve
necessidade do auxílio do outro, desde que se percebeu que seria útil a um só
indivíduo contar com provisões para dois, desapareceu a igualdade, a
propriedade se introduziu, o trabalho se tornou necessário”
Isso poderia ser realizado por meio de um contrato social estabelecido
entre os vários membros do grupo. Por esse acordo, cada indivíduo
concordaria em submeter-se à vontade da maioria: nasce o Estado.

Émile
Em Émile, o mesmo plano de reconstrução da humanidade baseia-se na
educação. É uma espécie de romance pedagógico.
Rousseau figura o herói como uma criança completamente isolada do
meio social, sem receber nenhuma influência da civilização. Seu professor não
tenta ensinar-lhe virtude alguma, mas trata de preservar-lhe a pureza do
instinto contra as possíveis insinuações do vício.
Fiel a seu princípio, segundo o qual o homem nasce naturalmente bom,
Rousseau estima que é preciso partir dos instintos naturais da criança para
desenvolvê-los. A educação negativa (essa que propõe o filósofo), na qual o
papel do professor é, sobretudo, o de preservar a criança, deveria substituir a
educação positiva que forma a inteligência prematuramente e
impensadamente. O ciclo completo desta nova educação comporta quatro
períodos:
1. O primeiro período vai de 0 a 5 (zero a cinco) anos,
correspondendo a uma vida puramente física, apta a fortificar o corpo sem
forçá-lo; período espontâneo e orientado graças, notadamente, ao
aleitamento materno;
2. O segundo período vai de 5 aos 12 (cinco a doze) anos e é aquele
no qual a criança desenvolve seu corpo e seu caráter no contato com as
realidades naturais, sem intervenção ativa de seu responsável;
3. O professor intervém mais diretamente no terceiro período que vai
de 12 a 15 (doze a quinze) anos, período no qual o jovem se inicia,
essencialmente pela experiência, à geografia e à física, ao mesmo tempo
em que aprende uma profissão manual ou ofício;
4. Dos 15 aos 20 (quinze aos vinte) anos compreende-se o quarto
período em que o homem floresce para a vida moral, religiosa e social.
Este é, pois, o modelo básico de educação proposto por Rousseau
para substituir a educação tradicional que, em nome da civilização e do
progresso, obriga os homens a desenvolverem na criança a formação
apenas do intelecto em detrimento da educação física, do caráter moral e
da natureza própria de cada indivíduo.

A Perseguição e Morte de Rousseau


A publicação do Contrato Social e Émile, com ideias democráticas, são
audaciosas para a época. Edições de Émile são queimadas em Paris.
Decretada sua prisão na França, Rousseau refugia-se em Genebra, mas
seus livros também incomodam o governo.
Seus livros são considerados “temerários, escandalosos, tendentes a
destruir a religião cristã”.
Constantemente perseguido, encontra asilo em Môtiers, sobre a proteção
de Frederico, o Grande. Aí vive de 1761 a 1765. Nessa época escreve: “Cartas
Escritas na Montanha” e “Projeto para a Constituição da Córsega”. E
inicia “Confissões”.
Em 1765, acusado de envenenar os aldeões, conduzidos por um pastor,
foge para a Inglaterra, onde Jorge III lhe concede uma pensão.
Sua saúde mental já está abalada. Sofre de mania de perseguição e
chega à demência. Desesperado, foge mais uma vez e viaja sem destino.
Nessa vida errante, escreve “Considerações sobre o Governo da
Polônia” e “Devaneios de um Pensador Solitário”.
Em 1778, é acolhido pelo Marquês de Girardin em seu domínio de
Ermonville, França, onde vive seus últimos dias.
Jean Jacques Rousseau morre de apoplexia (derramamento de sangue
ou de serosidade no interior de um órgão.), no dia 2 de julho de 1778.

Referências
https://www.todamateria.com.br/jean-jacques-rousseau/
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/rousseau-contrato-social.htm
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-educacao-no-emilio-
rousseau.htm

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