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FACULDADE DE DIREITO
DEPARTAMENTO DE DIREITO PROCESSUAL
Disciplina: TEORIA ECONÔMICA E DIREITO
Professora: Débora Santana
Costuma-se dizer que a teoria moderna econômica começou com Adam Smith (1723-1790), justamente
porque foi o primeiro a exercer influência no moderno pensamento econômico.
Os economistas buscavam responder às seguintes perguntas:
• Como o sistema capitalista funciona?
• Quais características principais desse sistema?
• O que determina volume de produção?
• Qual a origem do crescimento econômico?
• O que determina a distribuição da renda e da riqueza?
• Quão adequado o sistema é para a satisfação das necessidades humanas?
• Etc.
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Þ Os mercados se ajustam rapidamente aos choques econômicos sem que haja necessária
intervenção do Estado.
Þ As politicas de intervenção (ou melhor de estimulo) do governo so fazem limitar a capacidade
do mercado de criar novo equilíbrio, pois inflam artificialmente a renda, apoiando
temporariamente um equilíbrio cada vez mais instável, o que aumentaria problemas futuros.
A) Adam Smith (filósofo escocês) – A Riqueza das Nações, 1776: Formulou um modelo abstrato
completo da estrutura e funcionamento do sistema capitalista logo no inicio da Revolução
Industrial.
Tese típica de Smith: A “mão invisível” (= natureza) não era fruto do desígnio de
qualquer individuo, mas simplesmente o funcionamento sistemático de leis
naturais.. As pessoas são conduzidas por essa mão invisível no sentido de
promover o bem social, sem que essa promoção seja parte de seu intento ou motivo.
A natureza tinha criado uma ilusão nas pessoas: a de que a felicidade pessoal era
fruto, principalmente, da riqueza material.
“O produto anual da terra e do trabalho de qualquer nação não pode ser aumentado
por qualquer outro meio, que não seja o aumento do numero de trabalhadores
produtivos ou da força produtiva dos trabalhadores já empregados.”
“Logo que o capital se acumula nas mãos de certas pessoas, algumas delas o
empregam, naturalmente, dando trabalho a pessoas capazes... a fim de ter lucro
com a venda do trabalho delas ou com o que o trabalho delas adiciona ao valor das
matérias-primas...O valor adicionado às matérias-primas pelos trabalhadores,
portanto, se transforma no lucro do empregador.”
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“Os trabalhadores querem ganhar o máximo e os patrões querem pagar o mínimo
possível”.
“Em meio a todas as exigências do governo, o capital tem sido acumulado silenciosa e
gradativamente pela frugalidade privada e a boa conduta dos indivíduos, por seu esforço
universal, persistente e ininterrupto para melhorar a sua própria condição.”
Þ Robert Lucas Jr: As expectativas racionais dos indivíduos com relação a uma politica especifica
influenciam o modo como eles reagem e, portanto, determinam o impacto da própria politica.
CRÍTICA: Diante das crises econômicas periódicas (que ressaltam um desequilíbrio perigoso no lugar
de um equilíbrio estável), o mercado sozinho é capaz de sustentar o equilíbrio, a estabilidade e a
prosperidade, ou é necessária intervenção do Estado?
1.2.2 Marxismo
CRÍTICA:
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1.2.3 Economia Keynesiana (Positiva)
Escola de pensamento criada pelo economista britânico John Maynard Keynes nos anos 1930, que
acreditava que o mercado precisava ser controlado pela intervenção do governo. Ele defendia o uso
de politicas fiscais anticíclicas, por meio das quais o governo injeta recursos na economia em momentos
difíceis, mas reduz o gasto nos períodos de bonança.
Para ele, a demanda agregada (demanda total efetiva de uma economia ) era um motor fundamental
dos ciclos econômicos (oscilações da atividade ecômica, ora o crescimento se acelera e o nível de
emprego é alto, ora as economias se contraem e o desemprego aumenta). Durante o declínio, a
demanda agregada tendia a cair, o que piorava o ciclo, levando a períodos prolongados de desemprego
desnecessário. Assim, ao manipulara demanda agregada, os governos poderiam influenciar o ciclo
econômico, suavizando-o e reduzindo a volatilidade do desenvolvimento capitalista.
3. Demanda agregada é a demanda total por bens e serviços numa economia em um determinado
momento. Ela pode ser influenciada pelo governo por meio da politica monetária (controlando
a quantidade de dinheiro na economia) e/ou politica fiscal (aumentando ou diminuindo o volume
de gastos do governo).
CRÍTICA:
A demanda agregada não é o único elemento que determina a forma de funcionamento da economia,
além disso a teoria não especifica os governos estão autorizados a manipular a demanda agregada.
Assim, a intervenção do governo deveria se restringir ao curto prazo. Assim, os governos podem
promover ajustes e intervir para trazer estabilidade, porém uma vez alcançado o equilíbrio, deve-se
deixar o mercado fazer a regulação, pois a mão invisível do mercado determinaria o crescimento da
economia a longo prazo.
CRÍTICA:
Para esse mercado, só o livre mercado é capaz de coordenar de maneira eficaz todas as
informações e atitudes que cada individuo tem com relação ao valor, ou seja, os indivíduos têm
capacidade de definir seus próprios custos e lucros, e o mercado coordena as preferências dos
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consumidores. Os preços então assumem um papel importante porque refletem todas as informações
discrepantes que existem na economia. Insistência na superioridade do laissez-faire absoluto (zero
intervenção do governo na economia).
Em 1976, Milton Friedman, autor de A Monetary History of the United States 1867-1960 e Capitalismo
e Liberdade e consultor de politica econômica do governo de Ronald Reagan (EUA), defende uma
abordagem empirica à teoria econômica. Friedman era ferrenho defensor da desregulamentação
governamental (inclusive, a favor da legalização da maconha e da prostituição) e se opunha ao sistema
de bem-estar social, defendendo um imposto de renda negativo no seu lugar. O Estado deve apenas
garantir o direito de propriedade e o cumprimento dos contratos e da defesa nacional.
Em sua obra Capitalismo e Liberdade, Friedman propugna a eliminação: dos impostos sobre as
empresas, do imposto de renda progressivo, da escola publica, da seguridade social, das licenças e
qualificações de médicos e dentistas, do monopólio do correio estatal, da legislação relativa ao salario
mínimo, das leis que proíbem a venda da heroina
CRÍTICA:
Smith e Ricardo viram a economia tanto da perspectiva da utilidade (ou troca) como da do trabalho
(ou produção).
a. Sistemas econômicos
Definição de sistema econômico segundo o modo de produção (definido pelas forças produtivas e
relações sociais de produção) no qual se baseia.
1.3.1 Mercantilismo
É preciso que o governo intervenha fortemente na economia para proteger indústria e as empresas
locais por meio de medidas protecionistas, como tarifas e subsídios, e restrinja ao máximo a importação
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de bens e serviços e a exportação de capital. Ou seja, deve-se vender mais produtos aos estrangeiros
do que importar deles, além de manter e investir os recursos no próprio país (investir no mercado
doméstico).
Como sistema econômico, politico e social dominante surgiu muito lentamente e primeiramente na
Europa Ocidental. Liberdade de mercado (produção, venda e compra) + direito de propriedade. Os
indivíduos privados – e não o Estadi) que tomam as decisões mais adequadas à economia e agem com
uma regulamentação limitada por parte do Estado de modo a mover a economia à máxima
prosperidade.
O Estado controla toda as máquinas e fábricas, ou seja, domina a produção e a distribuição, e toma
todas as decisões de investimento. Nesse caso, as forças de mercado não têm função alguma.
Nesse sistema, as decisões sobre o que produzir e como produzir são tomadas de forma
centralizada. O grupo de pessoas que compõe o governo central se reúne geralmente a cada cinco
anos e apresenta um planejamento do que deveria ser produzido, como, quando e com que objetivo.
Economias inteiramente planejadas existiram na maioria dos países orientais e na China até os
anos 1970.
O Estado é o dono dos meios de produção e uma autoridade central controla os investimentos e
fixa os preços por meio da tentativa e erro , ou seja, quando existe excedente ela baixa os preços,
quando existe escassez, ela os aumenta; mas as empresas são dirigidas por seus próprios
administradores.
Assim, nesse sistema, coexistem o principio da propriedade estatal do meios de produção com a
eficiência do mecanismo de mercado. Atualmente, China, Laos e Vietnã se aproximam do socialismo
de mercado.
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“A ciência econômica é multidisciplinar” = Estuda a produção e o consumo da imensa variedade
de bens e serviços existentes, o que envolve conceitos de outras ciências como a Política, o Direito, a
Saude, a Nutriçao, a Engenharia, a Agronomia e etc.
“A ciência econômica é, portanto, uma obra inacabada” = Os economistas estudam como as forças
sociais fundamentais explicam tudo: do preço do pão à disparidade de riqueza entre os Estados Unidos
e o Zimbabue. Os economistas desenvolvem inúmeras teorias que explicam como os mercados
funcionam e às vezes falham, como os consumidores, os trabalhadores, as empresas e os políticos
tomam decisões, e por que a economia cresce ou fica estagnada.
A Microeconomia é o ramo da Ciência Econômica que estuda a formação de preços, a principal variável
que orienta a alocação de recursos no contexto das Economias Capitalistas. Discute a funcionalidade
do mercado para garantir a organização e a distribuição eficientes de recursos escassos. Sua unidade
de analise são os mercados específicos, examinando o comportamento e a interação dos agentes
(consumidores e produtores).
CIÊNCIA ECONÔMICA
MICROECONOMIA : MACROECONOMIA :
comportamento de ECONOMIA comportamento da
consumidor e produtor economia como um todo.
(mercado específico).
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