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TEORIA DE ADMINISTRAÇÃO

ESCOLA ESTRUTURALISTA (RESUMO)

A Escola Estruturalista, ênfase na estrutura organizacional, nas pessoas e no ambiente, é um


desdobramento da Teoria da Burocracia e apresenta uma leve aproximação à Escola das
Relações Humanas, representando uma visão crítica da organização formal.

A Teoria da Burocracia não conseguiu ultrapassar o impasse no que diz respeito à oposição entre
a Teoria Clássica e a Escola das Relações Humanas.

É a corrente administrativa baseada no movimento estruturalista, influenciado pela sociologia


organizacional. Concentra-se no estudo das organizações, na sua estrutura interna e na interação
com outras organizações.

Amitai Etzioni foi quem apresentou um quadro mais completo e integrado da organização, sendo
considerado o pai do estruturalismo.

1. Origens da Escola Estruturalista


 Oposição entre a Teoria Tradicional e a Escola das Relações Humanas. A Escola
Estruturalista pretende ser uma síntese da Teoria Clássica (formal) e da Escola das
Relações Humanas (informal), inspirando-se em Max Weber e Karl Marx.
 Necessidade de visualizar a organização como uma unidade social grande e complexa onde
interagem grupos sociais (colaboração da Escola das Relações Humanas).
 Novo conceito de estrutura: “conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece
inalterado seja na mudança, seja na diversidade de conteúdos, isto é, a estrutura mantém-se
mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações.” (CHIAVENATO, 2003). Em
Administração, a estrutura corresponde à maneira como as atividades da organização são
divididas e coordenadas.

O estruturalismo estuda os elementos em relação à sua totalidade. Está voltado para o todo e
para o relacionamento das partes na constituição do todo. Características básicas do
estruturalismo: a totalidade, a interdependência das partes e o todo é maior do que a soma das
partes.
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2. As Organizações

As burocracias constituem um tipo específico de organização, que são as organizações formais


(regras, regulamentos, estrutura hierárquica).
Dentre as organizações formais, há as organizações complexas (alto grau de complexidade na
estrutura e processos devido ao grande tamanho ou devido à natureza complicada das
operações). Os estruturalistas focalizam as organizações complexas por conta das inúmeras
variáveis que fazem parte da análise organizacional.

3. O Homem Organizacional
Homem organizacional: homem que desempenha diferentes papéis em várias organizações. O
homem organizacional, para ser bem sucedido em todas as organizações, precisa ter as
seguintes características de personalidade:
 Flexibilidade;
 Tolerância às frustrações para evitar desgaste emocional (conflito entre necessidades
organizacionais e necessidades individuais);
 Permanente desejo de realização.

4. Análise das Organizações


Os estruturalistas utilizam uma análise organizacional mais ampla do que a de qualquer outra
teoria anterior, uma vez que buscam conciliar a Teoria Clássica e a Escola das Relações
Humanas, baseando-se na Teoria da Burocracia. A análise organizacional envolve:
 A organização formal como a organização informal;
 As recompensas materiais e sociais.
 Todos os diferentes níveis hierárquicos de uma organização (níveis estratégico, tático e
operacional);
 Todos os tipos de organizações, não se limitando a fábricas;
 A análise intra-organizacional (fenômenos internos) e a análise interorganizacional
(fenômenos externos).

5. Conflitos Organizacionais
Para os estruturalistas, os conflitos (existência de idéias, sentimentos, atitudes ou interesses
antagônicos), embora nem sempre desejáveis, são elementos geradores das mudanças e da
inovação nas organizações. O conflito gera mudanças e provoca inovação na medida em que as
soluções são alcançadas. Essas soluções constituirão a base de novos conflitos que gerarão
novas mudanças, provocando inovações e assim por diante.
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Se o conflito for disfarçado, ele procurará outras formas de expressão (abandono de emprego,
aumento de acidentes etc.), apresentando desvantagens tanto para o indivíduo quanto para a
organização.

O objetivo da Administração deve ser o de obter cooperação e sanar conflitos, ou seja, criar
condições em que o conflito, parte integrante da vida da organização, possa ser controlado e
dirigido para canais úteis e produtivos.

Referências Bibliográficas
ANDRADE, Rui Otávio B.; AMBONI, Nério. Teoria Geral da Administração. 2. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2011.
ARAUJO, Luis César G. de; GARCIA, Adriana Amadeu. Teoria Geral da Administração.
Orientação para Escolha de um Caminho Profissional. São Paulo: Atlas, 2010.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 9. ed. rev. atual. São
Paulo: Manole, 2014.
SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2. ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013.

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