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Abordagem
Estruturalista da
Administração
Ao final da década de 1950, a influência do estruturalismo no estudo das Ci-
ências Sociais estendeu-se à Administração. O Movimento Estruturalista, que
teve como seu maior expoente o sociólogo americano Amitai Etzioni, caracte-
rizou-se pelo estudo das teorias já existentes, nos seus aspectos globalizantes
que compõem o todo organizacional. Grande contribuição para o campo da
teoria administrativa, essa abordagem buscou conciliar e integrar os concei-
tos clássicos e humanísticos, criar uma visão crítica do modelo burocrático
e estabelecer uma análise sobre tudo o que se tinha escrito, até então, sobre
teorias da administração, principalmente fazendo um paralelo entre a Escola
Clássica e a Escola de Relações Humanas. O movimento estruturalista não
constituiu um corpo teórico de inovações conceituais; procurou, antes, enxer-
gar e analisar os mesmos problemas já vistos e abordados por outros autores
de forma integrada (antes feito de forma fragmentada).
As organizações podem ser consideradas como unidades sociais que são
intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos es-
pecíficos (CURY, 2000). Esses objetivos são materializados, de forma geral, em
produtos e serviços, que são ofertados ao mercado (MAXIMIANO, 2004).
As organizações formais apresentam duas características principais: divi-
são do trabalho e hierarquia (DAFT, 2005). A divisão do trabalho compreende
a especialização das atividades entre os membros da organização, a fim de que
as tarefas sejam realizadas com maior eficiência (CURY, 2000). O trabalho é di-
vidido em partes, denominadas funções, para que a empresa consiga produzir
os produtos e prestar os serviços que tem como objetivo oferecer ao mercado
(DAFT, 2005). A hierarquia corresponde à linha de comando da organização.
Pela hierarquia, cada unidade de trabalho de nível inferior está sob controle e
supervisão de outra de nível superior (CURY, 2000).
Basicamente existem em uma organização três níveis hierárquicos:
170 • capítulo 5
• Nível operacional: corresponde a todos os cargos cujo objetivo é executar
a rotina da empresa, ou seja, o trabalho do dia a dia.
OBJETIVOS
Neste capítulo são definidos alguns objetivos de aprendizagem.
capítulo 5 • 171
5.1 Princípios Básicos da Abordagem
Estruturalista
1 Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança ou na
diversidade de conteúdos, Isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou
relações. A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas fundamentais
em alguns campos de atividade permite o reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos.
Estruturalismo é um método analítico e comparativo que estuda os elementos ou fenômenos com relação a uma
totalidade, salientando o seu valor de posição. O conceito de estrutura significa a análise interna de uma totalidade
em seus elementos construtivos, sua disposição, suas inter-relações etc., permitindo uma comparação, pois pode
ser aplicado a coisas diferentes entre si. Além do seu aspecto totalizante, o estruturalismo é fundamentalmente
comparativo. O estruturalismo preocupa-se com o todo e com o relacionamento das partes na constituição do todo.
A totalidade, a interdependência das partes e o fato de que o todo é maior do que a simples soma das partes são as
características básicas do estruturalismo.
172 • capítulo 5
O Estruturalismo é portanto, uma modalidade de pensar e um méto-
do de análise praticado nas ciências, especialmente na área de humanas.
Metodologicamente, analisa sistemas em grande escala examinando as relações
e as funções dos elementos que constituem tais sistemas, que são inúmeros, va-
riando das línguas humanas e das práticas culturais aos contos folclóricos e aos
textos literários. O Estruturalismo fez do francês Claude Lévi-Strauss o seu mais
celebrado representante, especialmente em seu estudo sobre os indígenas no
Brasil e na América em geral, quando se dedicou a "busca de harmonias insus-
peitas". A partir das suas postulações, o entendimento estruturalista ganhou cor-
po e se desdobrou em dois planos. O primeiro fundamentou uma das correntes
filosóficas que animaram a segunda metade do século XX. O segundo irradiou
sua epistemologia para os mais diversos campos das ciências humanas e sociais.
Dentre esses campos figura o das ciências da gestão, entendida como compreen-
são dos estudos organizacionais e dos estudos administrativos.
CURIOSIDADE
O Estruturalismo fez do francês Claude Lévi-Strauss seu mais celebrado representante.
Nascido numa família judaica no pequeno vilarejo de Bavária (alemanha) com o nome
Löb Strauß, era filho caçula entre sete irmãos. Seu pai, um pobre vendedor-ambulante, mor-
reu em 1846 quando ele tinha apenas dezesseis anos. Um ano depois, em 1847, a mãe
decidiu emigrar com três dos seus filhos mais novos para os Estados Unidos, seguindo os
dois filhos mais velhos. Estes dois irmãos já moravam há alguns anos em Nova Iorque como
comerciantes para produtos têxteis. Löb Strauß naturalizou-se estadunidense em 1853, mu-
dando seu nome para Levi Strauss. Seus primeiros anos em Nova Iorque, ele passou traba-
lhando na loja dos seus irmãos mais velhos. Com as primeiras notícias sobre as descobertas
de ouro na Califórnia, decidiu abrir em San Francisco uma loja de tecidos e roupas em 1853,
junto com seu cunhado David Stern, fundando assim aquela que viria a se tornar a famosa
empresa Levi Strauss & Company. Em 1872 o costureiro Jacob Davis de Reno (Nevada)
propõem a Levi Strauss a ideia de reforçar as costuras das calças usadas pelos mineiros
com rebites. O sucesso de venda dessas calças foi tão grande que Strauss e Davis decidiram
requerer a patente do produto. O dia 20 de maio de 1873 marca o início da história de su-
cesso da calça jeans, pois nesse dia foi concedido a United States patent no. 139121 para
os assim chamados Waist-Overalls, reforçados com rebites de cobre.
Saiba mais em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-65552006000200008&script=sci_arttext
capítulo 5 • 173
MAX WEBER E O MODELO BUROCRÁTICO DA ADMINISTRAÇÃO
A Teoria da Burocracia foi originada dentro da Administração por volta dos
anos 1940, em função de alguns aspectos da Burocracia na Administração,
elencados a seguir:
174 • capítulo 5
Maximilian Carl Emil Weber nasceu em 21 de abril de 1864 na Prússia (atual Alema-
nha). Filho de uma família de classe média alta que possuía considerável influência
política e social. Weber foi criado em um ambiente propício para o desenvolvimento
intelectual, recebendo excelente educação e formação em línguas, história e literatura
clássica. É considerado um dos fundadores da Sociologia. Foi professor universitário,
dedicando-se ao estudo da economia, história, filosofia e direito, escreveu a “Ética pro-
testante e o Espírito do Capitalismo”. Weber faleceu em 14 de Junho de 1920, em Mu-
nique. Foi um intelectual, jurista e economista alemão considerado um dos fundadores
da Sociologia. Seu irmão foi o também famoso sociólogo e economista Alfred Weber. A
esposa de Max Weber, Marianne Weber, biógrafa do marido, foi uma das alunas pionei-
ras na universidade alemã e integrava grupos feministas de seu tempo.
Grande parte de seu trabalho como pensador e estudioso foi reservado para o estudo
do capitalismo e do chamado processo de racionalização e desencantamento do mun-
do. Mas seus estudos também deram contribuição importante para a economia.
capítulo 5 • 175
Cabe destacar que o modelo de Weber é próprio para as organizações com
tarefas estáveis e rotinizadas, fundamentadas nos princípios tayloristas e for-
distas. Não se aplica às organizações com estruturas mais dinâmicas, nem leva
em conta as empresas que estão em ambientes de constante mudança
A tabela 5.1 resume os conceitos-chave, as contribuições e as limitações da
burocracia.
BUROCRACIA
Rede formal e estruturada de relacionamentos entre posições especializadas
numa organização.
Regras e regulamentações padronizam o comportamento.
Conceitos-chaves
Cargos são assessorados por especialistas treinados que seguem regras.
Tabela 5.1
176 • capítulo 5
Burocracia baseada em:
• São escritas.
• Procuram cobrir todas as áreas da organização.
• É uma estrutura social racionalmente organizada.
• Conferem às pessoas investidas da autoridade um poder de coação sobre
os subordinados e também os meios coercitivos capazes de impor a disciplina.
• Possibilitam a padronização dentro da empresa.
capítulo 5 • 177
e documentação adequadas. Como as comunicações são feitas repetitiva e
constantemente, a burocracia lança mão de rotinas e formulários para facilitar
as comunicações e rotinizar o preenchimento de sua formalização.
→ Hierarquia da autoridade
A burocracia estabelece os cargos segundo o princípio de hierarquia:
178 • capítulo 5
→ Rotinas e procedimentos
A burocracia fixa as regras e normas técnicas para o desempenho de cada cargo:
• O ocupante do cargo não pode fazer o que quiser, mas o que a burocracia
impõe que ele faça;
• A disciplina no trabalho e o desempenho no cargo são assegurados por
um conjunto de regras e normas, que tentam ajustar o funcionário às exigên-
cias do cargo e das organizações;
• Todas as atividades de cada cargo são desempenhadas segundo padrões
claramente definidos.
capítulo 5 • 179
→ Completa previsibilidade do funcionamento
O modelo burocrático parte do pressuposto de que o comportamento dos
membros da organização é perfeitamente previsível:
• Os funcionários devem comportar-se de acordo com as normas e regula-
mentos da organização;
• Tudo na burocracia é estabelecido no sentido de prever todas as ocorrên-
cias e transformar em rotina sua execução.
180 • capítulo 5
• Benefícios sob o prisma das pessoas na organização, pois a hierarquia é
formalizada, o trabalho é dividido entre as pessoas de maneira ordenada, as
pessoas são treinadas para se tornarem especialistas em seus campos. As pes-
soas podem fazer carreira na organização em função de seu mérito pessoal e
competência técnica.
REFLEXÃO
Vale ressaltar que, nos dias atuais, a palavra burocracia acabou se transformando em uma
característica de organizações que não são eficientes e que apresentam excesso de contro-
les que não agregam valor.
capítulo 5 • 181
• Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito o por
quem, e as ordens e papéis tramitam por canais preestabelecidos.
• Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica
e escrita. A informação é fornecida apenas a quem deve recebê-la.
• Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização,
redução de custos e de erros, pois os procedimentos são definidos por escrito.
• Continuidade da organização por meio de substituição do pessoal que é
afastado. Critérios de seleção de pessoal baseado na capacidade e na compe-
tência técnica.
• Redução do atrito entre pessoas, pois cada funcionário conhece aquilo que
é exigido dele e quais são os limites entre as suas responsabilidades e as dos outros.
• Constância: os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas
circunstâncias.
• Subordinação dos mais novos aos mais antigos de modo que o superior
possa tomar decisões que afetam o nível mais baixo.
• Confiabilidade: o negócio é conduzido de acordo com regras conhecidas,
e os casos similares são tratados da mesma maneira. As decisões são previ-
síveis e o processo decisório, por ser despersonalizado no sentido de excluir
sentimentos irracionais (amor, raiva, preferências pessoais, etc.) elimina a dis-
criminação pessoal.
• Benefícios sob o prisma das pessoas, pois a hierarquia é formalizada, o
trabalho é dividido entre as pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treina-
das para se tornarem especialistas em seus campos particulares, podendo fazer
carreira na organização em função de seu mérito pessoal e competência técnica.
CURIOSIDADE
RACIONALIDADE BUROCRÁTICA
Um conceito muito ligado à burocracia é o da racionalidade (adequação dos meios aos
fins). Organização é racional se os meios mais eficientes são escolhidos para implementação
das metas (da organização e não de seus membros). Quanto mais racional e burocrática a
organização, mais os seus membros se tornam simples engrenagens de uma máquina, igno-
rando o propósito e o significado de seu comportamento.
Para Weber, a racionalidade funcional é atingida pela elaboração – baseada no conheci-
mento científico – de regras que servem para dirigir, partindo de cima, todo comportamento
de encontro à eficiência. Burocratização em um sentido mais amplo, refere-se também às
182 • capítulo 5
formas de agir e de pensar que existem não somente no contexto organizacional, mas que
permeiam toda a vida social.
O racionalismo para Weber, pode referir-se aos meios racionais e sua adequação ou
inadequação para se chegar a um fim qualquer, como também pode referir-se à visão ra-
cional do mundo com base em conceitos cada vez mais precisos e abstratos, desenvolvidos
inclusive pela ciência, que rejeitam toda religião e os valores metafísicos ou tradicionais (des-
mistificação do próprio mundo).
Embora considerasse a burocracia a forma mais eficiente de organização criada pelo
homem, Weber temia essa grande eficiência, cujos resultados advindos da crescente bu-
rocratização do mundo moderno, seriam uma enorme ameaça à liberdade individual e às
instituições democráticas das sociedades ocidentais (CHIAVENATO, 2004).
Dilemas da Burocracia
capítulo 5 • 183
A ausência ou morte de um chefe não burocrático da organização – único in-
divíduo perante o qual as identificações são pessoais, e não burocráticas – pro-
voca uma crise, a chamada crise de sucessão, que geralmente é acompanhada
de um período de instabilidade.
Disfunções da Burocracia
184 • capítulo 5
DISFUNÇÃO CARACTERÍSTICAS
As normas e regulamentos passam a se transformar de meios em objetivos.
1. Internalização das Passam a ser absolutos e prioritários. O funcionário adquire "viseiras" e
regras e apego aos esquece que a flexibilidade é uma das principais características de qualquer
regulamentos atividade racional. Como os regulamentos passam a ser os principais objeti-
vos do burocrata, este passa a trabalhar em função deles.
A necessidade de documentar e de formalizar todas as comunicações pode
2. Excesso de forma-
conduzir ao excesso de formalismo, de documentação e de papelório. É a
lismo e de papelório
mais gritante disfunção da burocracia.
Como tudo dentro da burocracia é rotinizado, padronizado, previsto com ante-
cipação, o funcionário geralmente se acostuma a uma completa estabilidade
3. Resistência a
e repetição daquilo que faz, o que passa a lhe proporcionar uma completa se-
mudanças
gurança a respeito de seu futuro na burocracia. Qualquer mudança significa
uma ameaça à sua segurança, sendo, portanto, altamente indesejável.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_burocracia_na_Administra%C3%A7%C3%A3o
capítulo 5 • 185
Para Merton, não existe uma organização totalmente racional, e o formalis-
mo não tem a profundidade descrita por Weber. O conceito popular de buro-
cracia faz pensar que o grau de eficiência administrativa desse sistema social
racional é baixíssimo. Isso porque o tipo ideal de burocracia sofre transforma-
ções quando operado por homens. Segundo ele, o homem (excluído dos estu-
dos de Max Weber, que descreveu um sistema social desumano e mecanicista),
quando participa da burocracia, faz com que toda a previsibilidade do compor-
tamento, que deveria ser a maior consequência da organização, escape ao mo-
delo preestabelecido. Verifica-se, então, o que Merton chamou de disfunções
da burocracia. (CHIAVENATO, p. 291-TGA)
Veja a seguir um quadro comparativo entre as características e as disfun-
ções da burocracia
186 • capítulo 5
REFLEXÃO
Weber, citado em Chiavenato (2003), considera a burocracia como a forma mais racional de
organização. Perrow defende a burocracia como um fator importante para a racionalização
da estrutura organização. Segundo este último, as disfunções da burocracia são apenas con-
sequências do fracasso de uma burocracia mal adequada.
capítulo 5 • 187
Para os estruturalistas, a sociedade moderna é uma sociedade de organiza-
ções, das quais o homem, passa a depender para nascer, viver e morrer.
As organizações são uma forma de instituição, predominante em nossa so-
ciedade altamente especializada e interdependente. Elas passam por todos os
aspectos da vida moderna e envolvem atenção, tempo e energia de numerosas
pessoas. Possuem uma estrutura interna e interagem com outras organizações.
Assim, as organizações constituem a forma dominante de instituição da mo-
derna sociedade: são a manifestação de uma sociedade altamente especializa-
da e interdependente, que se caracteriza por um crescente padrão de vida.
Cada organização é limitada por recursos escassos, e por isso não pode tirar
vantagens de todas as oportunidades que surgem: daí o problema de determi-
nar a melhor alocação de recursos. A eficiência é obtida quando a organização
aplica seus recursos naquela alternativa que produz o melhor resultado.
A teoria estruturalista concentra-se no estudo das organizações, em sua estru-
tura interna e na interação com outras organizações. As organizações são conce-
bidas como "unidades sociais" (ou agrupamentos humanos) intencionalmente
construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos. Incluem-se
nesse conceito as corporações, exércitos, escolas, hospitais, igrejas e as prisões;
excluem-se as tribos, classes, grupos étnicos, grupos de amigos e famílias.
As organizações são caracterizadas por um "conjunto de relações sociais
estáveis e deliberadamente criadas com a explícita intenção de alcançar obje-
tivos ou propósitos" (são destinadas a fazer alguma coisa material ou prestar
um determinado serviço. Seu trabalho visa diretamente a algum fim). Assim "a
organização é uma unidade social dentro da qual as pessoas alcançam relações
estáveis (não necessariamente face a face) entre si, no intuito de facilitar o al-
cance de um conjunto de objetivos ou metas".
Os objetivos são ideais que a organização pretende atingir e transformar em
realidade. Dois modelos de organização:
188 • capítulo 5
a) Objetivos da sociedade: o ponto de referência é a sociedade em geral,
preenchendo as necessidades da sociedade. Ex: manter a ordem pública.
b) Objetivos de produção: o ponto de referência é o público que entra em
contato com a organização. Ex: serviços a empresas.
c) Objetivos de sistemas: o ponto de referência é o estado ou maneira de
funcionar da organização. Ex: ênfase nos lucros da organização.
d) Objetivos de produtos: o ponto de referência são as características dos
bens e serviços produzidos. Ex: ênfase na variedade de produtos.
e) Objetivos derivados: o ponto de referência são os usos que a organização faz
do poder originado na consecução de outros objetivos. Ex: serviços comunitários.
capítulo 5 • 189
A definição de objetivos é intencional, mas nem sempre racional. Trata-se
de um processo de interação entre a organização e o ambiente. Para executar a
missão, a organização deve se concentrar nas seguintes áreas de interesse:
CURIOSIDADE
As organizações não são recentes. Existem desde os faraós e os imperadores da antiga
China. A igreja e os exércitos desde a Antiguidade desenvolveram formas de organizações.
190 • capítulo 5
pela outra e vice-versa. A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese delas,
inspirando-se na abordagem de Max Weber.
• A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social
complexa na qual interagem grupos sociais" que compartilham alguns dos
objetivos da organização (como a viabilidade econômica da organização), mas
podem se opor a outros (como a maneira de distribuir os lucros). Seu maior
diálogo foi com a Teoria das Relações Humanas.
• A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no
estudo das organizações. O estruturalismo influenciou a Filosofia, a Psicologia
(com a Gestalt), a Antropologia (com Claude Lévi-Strauss), a Matemática (com
N. Bourbaki), a Linguística, chegando até a teoria das organizações• com
Thompson, Etzioni e Blau. Na teoria administrativa, o estruturalismo se con-
centra nas organizações sociais.
• Novo conceito de estrutura. O conceito de estrutura é antigo. Heráclito;
nos primórdios da história da Filosofia, concebia o "logos" como uma unidade
estrutural que domina o fluxo ininterrupto do devir e o torna inteligível. É a es-
trutura que permite reconhecer o mesmo rio, embora suas águas jamais sejam
as mesmas, devido à contínua mudança das coisas. Estrutura é o conjunto for-
mal de dois ou mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança,
seja na diversidade de conteúdos, isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a
alteração de um dos seus elementos ou relações. A mesma estrutura pode ser
apontada em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas fundamentais
em alguns campos de atividade permite o reconhecimento das mesmas estru-
turas em outros campos. O estruturalismo está voltado para o todo e com o re-
lacionamento das partes na constituição do todo. A totalidade, a interdepen-
dência das partes e o fato de o todo ser maior do que a soma das partes são as
características do estruturalismo.
A Sociedade de Organizações
capítulo 5 • 191
Segundo Etizioni (professor da universidade de Colúmbia), as organizações
sofreram um longo e penoso desenvolvimento, através de quatro etapas:
192 • capítulo 5
moral ao racionalismo, à eficiência e à competência, pois a civilização moder-
na depende das organizações, como as formas mais racionais e eficientes que
se conhecem de agrupamento social. "A organização é um poderoso instrumen-
to social, de coordenação de um grande número de ações humanas. Combina
o pessoal e os recursos, reunindo líderes, especialistas, operários, máquinas e
matérias-primas. Ao mesmo tempo, e continuamente, avalia sua realização e
ajusta-se a fim de atingir seus objetivos".
CURIOSIDADE
As organizações, segundo o pensamento estruturalista, constituem a forma dominante de
instituição em nossa sociedade: É a manifestação de uma sociedade altamente especiali-
zada e interdependente, que se caracteriza por um crescente padrão de vida. No entanto,
a eficiência só será obtida quando a organização aplicar seus recursos na alternativa que
produzir os maiores resultados, levando em consideração os recursos limitados e a energia
das diversas pessoas envolvidas entre outras.
As organizações são concebidas como unidades sociais intencionalmente construídas e
reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos. Assim, uma organização é uma unidade
social dentro da qual as pessoas alcançam relações estáveis entre si no sentido de facilitar o
alcance de um conjunto de objetivos ou metas.
Por ser uma abordagem que surgiu com o intuito de sanar lacunas deixadas
pelas teorias da Administração Científica e das Relações Humanas, a teoria es-
truturalista propõe uma abordagem múltipla, seguindo estes aspectos:
capítulo 5 • 193
motivar pessoas . Salientam que tanto a abordagem Clássica quanto a de
Relações Humanas são fragmentárias e parciais. Conclui-se que é de grande
significado tanto as recompensas salariais, quanto as recompensas sociais na
vida de qualquer organização.
194 • capítulo 5
– Nível Técnico – É o nível que cuida da execução das operações e tarefas,
voltada a curto prazo, seguindo os programas e rotinas desenvolvidas pelo nível
gerencial. (Nível operacional)
→ DIVERSIDADE DE ORGANIZAÇÕES
Enquanto as Relações Humanas e a Administração científica focalizaram
quase que exclusivamente as fábricas, a abordagem estruturalista ampliou o
campo da análise da organização a fim de incluir maior variedade de organiza-
ções. Assim as organizações pequenas, médias e grandes, públicas e privadas,
empresas dos mais diversos tipos, organizações militares, religiosas, filantrópi-
cas, partidos políticos, sindicatos, prisões.
Sendo assim, para os estruturalistas, toda organização, à medida que cres-
ce, torna-se complexa e precisa ser adequadamente administrada.
O Homem Organizacional
capítulo 5 • 195
• Flexibilidade, devido às constantes mudanças que ocorrem na vida mo-
derna, bem como à diversidade dos papéis desempenhados nas diversas orga-
nizações e aos relacionamentos.
• Tolerância às frustrações, para evitar o desgaste emocional decorrente
do conflito entre necessidades organizacionais e necessidades individuais,
cuja mediação é feita através de normas racionais, escritas e exaustivas.
• Capacidade de adiar as recompensas e poder compensar o trabalho ro-
tineiro dentro da organização, em detrimento das preferências e vocações
pessoais.
• Permanente desejo de retaliação, para garantir a conformidade e coope-
ração com as normas que controlam e asseguram o acesso às posições de carrei-
ra na organização, proporcionando recompensas e sanções sociais e materiais.
REFLEXÃO
O "homem organizacional" reflete uma personalidade cooperativa e coletivista, que parece
destoar de algumas características da ética protestante – eminentemente individualista. O
espírito de realização, busca de propriedade, sacrifício e pontualidade, integridade e confor-
mismo: virtudes importantes do homem organizacional, que procura, através da competição,
obter progresso e riqueza.
196 • capítulo 5
As normas da organização constituem pressões para que os indivíduos se
restrinjam ao seu papel. Uma norma é uma exigência de uniformidade de com-
portamento e é mantida pelas pressões da organização.
O próprio comportamento do indivíduo nas organizações, suas motivações,
percepções, dentre outros atributos pessoais, fazem com que sejam diferentes
uns dos outros. O ser humano nunca tem objetivos e interesses idênticos.
As diferenças de objetivos e interesses pessoais sempre produzem alguma es-
pécie de conflito. O conflito é inerente à vida de cada indivíduo e faz parte inevitá-
vel da natureza humana. Constitui o lado oposto da cooperação e da colaboração.
A palavra conflito está ligada a desacordo, discórdia, divergência, dissonân-
cia, controvérsia ou antagonismo. Para que haja conflito, além da diferença de
objetivos e interesses, deve haver necessariamente uma interferência delibe-
rada de uma das partes – seja o indivíduo, seja o grupo – tenta alcançar seus
próprios objetivos interligados com outra parte, a qual interfere na sua busca
de atingir os objetivos. A interferência pode ser ativa (mediante ação para pro-
vocar obstáculos, bloqueios ou impedimentos) ou passiva (mediante omissão).
Assim, o conflito é muito mais do que um simples desacordo ou divergência:
constitui uma interferência ativa ou passiva, mas deliberada para impor um
bloqueio sobre a tentativa de outra parte de alcançar os seus objetivos. O confli-
to pode ocorrer no contexto de relacionamento entre duas ou mais partes: pode
ocorrer entre pessoas ou entre grupos e organizações. Também pode ocorrer
entre mais de duas partes ao mesmo tempo."
A administração de conflitos foi considerada mais importante que a toma-
da de decisão, a liderança e a comunicação.
capítulo 5 • 197
• quando os empregados não conhecem o orçamento e ou quando podem
investir para manter um serviço de qualidade.
198 • capítulo 5
CURIOSIDADE
Existem dicas gerais sobre como proceder em uma negociação. Veja algumas:
Abaixo estão relacionadas algumas ferramentas ou técnicas que podem ser uti-
lizadas para reduzir um conflito. Cada pessoa, em função da sua história de apren-
dizagem e/ou do contexto no qual está ocorrendo o conflito, tende a resolvê-lo uti-
lizando com mais frequência uma dessas ferramentas, o que não significa que em
outros contextos não possa lançar mão de outro tipo de ferramenta. São elas:
capítulo 5 • 199
4. Acordo ou conciliação: exige que cada uma das partes abra mão de al-
guma coisa de valor. O acordo é uma ótima estratégia quando as partes confli-
tantes possuem o mesmo poder, quando é desejável alcançar uma solução tem-
porária para uma questão complexa, ou quando as pressões do tempo exigem
uma solução ágil.
5. Colaboração: é a solução final, em que todos saem ganhando. Todas
as partes envolvidas no conflito buscam satisfazer seus interesses. Consiste na
discussão franca e honesta entre as partes, a audição ativa para entender as di-
ferenças, e a cuidadosa deliberação sobre uma gama completa de alternativas
para encontrar uma solução vantajosa a todos. Mas quando a colaboração é a
maior opção? Quando as pressões do tempo são mínimas, quando todas as par-
tes desejam seriamente uma solução vantajosa para todos, e quando a questão
é muito importante para se adotar uma solução de compromisso.
Para o cientista social Amitai Etzioni, as organizações são unidades sociais, que
têm objetivos específicos, e por isso não se encaixam num modelo universal de bu-
rocracia. Para ele é o poder articulado pela alta administração que caracteriza uma
organização. Cada tipo de poder gera um tipo distinto de obediência e envolvimen-
to dos funcionários (RIBEIRO, 2003). Para Etzioni, não existem duas organizações
iguais. As organizações são diferentes entre si e apresentam enorme variabilidade.
Contudo, elas apresentam características que permitem classificá-las em classes
ou tipos. As classificações permitem uma análise comparativa das organizações
por meio de uma característica comum ou de uma variável relevante.
As organizações, como unidades sociais com finalidade específica, são
unidades artificiais: são planejadas e deliberadamente estruturadas; reveem
200 • capítulo 5
constantemente as suas realizações e se reestruturam de acordo com os resul-
tados. Nesse sentido, diferem das unidades sociais naturais, como família, gru-
pos étnicos ou comunidade. A artificialidade das organizações é uma caracte-
rística decorrente de dois fatores: a preocupação com a realização e a tendência
para serem mais complexas do que as unidades naturais. Nas organizações, o
controle informal não é adequado, pois não se pode confiar na identificação
dos seus participantes com as tarefas que devem realizar. Por isso, as organiza-
ções impõem uma distribuição de recompensas e sanções para garantir obedi-
ência às suas normas, regulamentos e ordens. Daí os meios de controle.
Para Etzioni, os meios de controle utilizados pela organização podem ser
classificados em três categorias:
capítulo 5 • 201
A tipologia de Etzioni enfatiza os sistemas psicossociais das organizações.
Sua desvantagem é dar pouca consideração à estrutura, à tecnologia utilizada
e ao ambiente externo. Trata-se de uma tipologia simples, unidimensional e
baseada exclusivamente nos tipos de controle.
202 • capítulo 5
d) Organizações de Estado – em que o beneficiário é o público em geral.
Exemplos: organização militar, correios, instituições jurídicas, segurança pú-
blica, saneamento básico etc.
REFLEXÃO
A tipologia de Blau e Scott tem a vantagem de enfatizar a força do poder e da influência
do beneficiário sobre as organizações a ponto de condicionar a sua estrutura e objetivos. A
classificação baseada no “cui bono” proporciona um melhor agrupamento natural das orga-
nizações com objetivos similares.
Da mesma forma que ocorre com a tipologia de Etzioni, a classificação de Blau e Scott
não fornece informações a respeito das diferentes tecnologias, estruturas ou sistemas psi-
cossociais. Trata-se também de uma tipologia simples e unidimensional.
Ambiente Organizacional
capítulo 5 • 203
1. Interdependência das organizações com a sociedade
Nenhuma organização é autônoma ou autossuficiente. Toda organização
depende de outras organizações e da sociedade em geral para poder sobreviver.
Existe uma interdependência das organizações com a sociedade em geral em
função das complexas interações entre elas. E algumas das consequências des-
sa interdependência são: mudanças frequentes nos objetivos organizacionais à
medida que ocorrem mudanças no ambiente externo e um certo controle am-
biental sobre a organização, o que limita sua liberdade de agir.
2. Conjunto organizacional
O conceito de conjunto organizacional é análogo ao de conjunto de papéis.
Cada organização ou classe de organizações tem interações com uma cadeia
de organizações em seu ambiente, formando um conjunto organizacional. A
organização que serve como ponto de referência é chamada de organização fo-
cal. As relações entre uma organização focal e seu conjunto organizacional são
medidas pelos conjuntos de papéis de seu pessoal de fronteira, isto é, pelo seu
pessoal que está voltado externamente para o contato ou ligação com outras
organizações. Dessa maneira, os estruturalistas inauguram um novo ciclo na
teoria administrativa: o gradativo desprendimento daquilo que ocorre dentro
das organizações para aquilo que ocorre fora delas.
Cada organização ou classe de organizações tem interações com uma ca-
deia de organizações em seu ambiente, formando um conjunto organizacional.
A organização que serve como ponto de referência é chamada organização focal
e seu conjunto organizacional são medidas pelos conjuntos de papéis de seu
pessoal que está voltado externamente para o contato ou ligação com outras
organizações (chamado pessoal de fronteira).
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– Ampliação da abordagem: A Teoria Estruturalista ampliou o campo de visão
da administração que antes se limitava ao indivíduo, na Teoria Clássica, e ao gru-
po, na Teoria das Relações Humanas, e que agora abrange também a estrutura da
organização, considerando-a um sistema social que requer atenção em si mesmo.
– Ampliação do estudo para outros campos: A Teoria Estruturalista alargou
também o campo de pesquisa da administração, incluindo organizações não
industriais e sem fins lucrativos em seus estudos.
– Convergência de várias abordagens teóricas: Na visão de Chiavenato
(2004), nota-se, no Estruturalismo, uma tentativa de integração em amplia-
ção nos conceitos das teorias que o antecederam, a saber: a Teoria Clássica, a
Teoria das Relações Humanas e a Teoria da Burocracia.
– Dupla tendência teórica: Ainda para Chiavenato (2003), no estruturalis-
mo coexistem duas tendências teóricas marcantes: a integrativa e a do confli-
to. Alguns dos autores estruturalistas enfatizavam somente a estrutura e os as-
pectos que integravam a organização, em que a mesma é o objeto da análise.
Outros autores se atêm aos aspectos como conflitos e divisões na organização.
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(macronível) tanto no nível da sociedade como no nível intergrupal ou inter-
pessoal (micronível).
– Teoria da crise – A Teoria Estruturalista é denominada “teoria da crise”.
Os autores estruturalistas são críticos e revisionistas, procurando localizar nas
organizações o núcleo de suas problemáticas.
– Teoria da transição e da mudança – Sua abordagem “parece estar em um
estado de crescimento acelerado, faltando ainda uma exata definição dos com-
ponentes e relações que a Teoria de Sistemas definiu posteriormente”. A Teoria
Estruturalista é uma teoria de transição e de mudança, em que o campo todo pare-
ce estar em um estado de crescimento acelerado, faltando ainda uma exata defini-
ção dos componentes e relações que a Teoria de Sistemas definiu posteriormente.
REFLEXÃO
O enfoque organizacional tem como objetivo estudar as organizações. Dentre os aspectos
focados estão as características delas e a forma como elas se estruturam.
O primeiro autor a estudar as organizações, foi Max Weber, que definiu o conceito de bu-
rocracia. De acordo com ele a burocracia é baseada em três princípios básicos: formalidade,
impessoalidade e profissionalismo.
Na verdade, as organizações não aplicam esses princípios da forma como propôs Weber
e, em função disso, vários autores criticaram o conceito de burocracia e apresentaram pro-
postas alternativas.
Dentre as críticas à burocracia, temos as disfunções, que são: particularismo, patrimonia-
lismo, excesso de regras, excesso de hierarquia e mecanicismo.
Como proposta alternativa às ideias de Weber, Amitai Etzioni categorizou as organiza-
ções em função do tipo de poder exercido sobre as pessoas. Foram identificados três tipos
de organização: coercitiva, utilitária e mecanicista.
LEITURA
Artigo 1
Paduan, R. Transfusão de gestão. Revista Exame: 30/04/2009.
Disponível em:http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0942/econo-
mia/transfusao-gestao-466890.html. Acesso em 07/03/2010.
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Artigo 2
Título: Entendendo o futebol como um negócio – um estudo exploratório
LEONCINI, Marvio Pereira; SILVA, Márcia Terra da. Entendendo o futebol como um negó-
cio: um estudo exploratório. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art-
text&pid=S0104-530X2005000100003&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 08 mar. 2010.
doi: 10.1590/S0104-530X2005000100003.
Artigo 3:
Desafios gerenciais para a reconfiguração da administração burocrática Brasileira
REZENDE, Flávio da Cunha. Desafios gerenciais para a reconfiguração da administração bu-
rocrática Brasileira. Sociologias, Porto Alegre, n. 21, jun. 2009 . Disponível em <http://www.scie-
lo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222009000100014&lng=pt&nrm=i-
so>. acessos em 08 mar. 2010. doi: 10.1590/S1517-45222009000100014.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DAFT, R. Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
MAXIMIANO, A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6. ed. São
Paulo: Atlas, 2006.
MAXIMIANO, A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2004.
RIBEIRO, A. L. Teorias da Administração. São Paulo: Saraiva, 2003.
WREN, Daniel A. The history of management thought. 5rd. New Jersey: Wiley, 2005.
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