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KAROLINE RAMOS BARCELOS

8087803

ATIVIDADE NO PORTFÓLIO – CICLO 3

Trabalho apresentado ao Centro


Universitário Claretiano para a disciplina de
Administração, ministrada pelo Tutor
Agostinho Fernando Adami.

POLO DE VITÓRIA – ESPÍRITO SANTO


2019
TEORIA BUROCRÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO

A Teoria da Burocracia se popularizou no ano de 1940 após a morte do seu principal


pensador, Max Weber. Essa teoria surgiu para suprir as críticas das teorias organizacionais
existentes, especialmente a Teoria Clássica (com o seu excesso de mecanismos) e a Teoria das
Relações Humanas.
Weber definiu burocracia como uma organização baseada em regras e procedimentos
regulares, onde cada indivíduo possui sua especialidade, responsabilidade e divisão de tarefas.
O foco dessa teoria na visão de Weber, era na organização formal. Para ele a burocracia não é
um sistema social, mas sim um tipo de poder e para entendê-la, ele procurou estudar os tipos
de sociedade e de autoridade (tradicional, carismática e racional-legal).
As principais características do sistema burocrático são: caráter legal das normas e
regulamentos, caráter formal das comunicações, caráter racional e divisão do trabalho,
impessoalidade nas relações, hierarquia da autoridade, rotinas e procedimentos padronizados,
competência técnica e meritocracia, especialização da administração, profissionalização dos
participantes e completa previsibilidade do funcionamento.
Segundo Weber, a burocracia é o padrão mais eficiente para a administração, já que ela
é baseada em um conjunto de normas e princípios bem definidos. É praticamente impossível
conduzir processos administrativos sem a burocracia, pois ela é todo o processo formal
existente na empresa, desde formulários até projetos e outras coisas consideradas mais
importantes.
A burocracia contribui também com algumas imperfeições em seu sistema, como o
excesso de formalismos, resistência a mudanças, exibição de sinais de autoridade, entre
outros. Já as suas vantagens são referentes a rapidez nas decisões, racionalidade,
confiabilidade, benefícios para as pessoas, entre outros. Essa teoria indica a necessidade da
escolha dos melhores colaboradores através de méritos pessoais e é bastante aplicada por
Governos e repartições públicas.
Uma das críticas que a Teoria Burocrática recebeu, foi referente ao enfoque baseado na
previsibilidade e estabilidade, sem considerar as alterações no cenário externo. A preocupação
dessa teoria era apenas com a estrutura, o comportamento pessoal não era levado em
consideração.
TEORIA ESTRUTURALISTA

A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 40 pretendendo ser uma síntese
da Teoria Clássica e da Teoria das Relações Humanas. A teoria concentra-se no estudo das
organizações, na sua estrutura interna e na interação com as outras organizações.
O principal foco dessa teoria é no “homem organizacional”, ou seja, o homem que
desempenha diferentes papéis em várias organizações. O maior pensador da Teoria
Estruturalista foi Amitai Etzioni, que afirmava que as organizações são unidades sociais
formadas para atingir objetivos específicos. Para os estruturalistas, a organização é
considerada como um sistema aberto e em constante interação com o seu meio ambiente.
Enquanto a Teoria Clássica se concentrava na organização formal e a Teoria das Relações
Humanas na organização informal, os estruturalistas apostavam no relacionamento entre
ambas.
Para o homem organizacional ser bem-sucedido em todas as organizações, é
necessário seguir algumas características de personalidade, como a flexibilidade, em relação
as constantes mudanças que ocorrem na vida; ter tolerância perante as frustações, evitando o
desgaste emocional; capacidade de adiar as recompensas e o permanente desejo de realização.
Alguns princípios da Teoria Estruturalista são: as normas e os regulamentos são
escritos, assim como as comunicações formais; a racionalização da divisão do trabalho é
realizada de acordo com o objetivo da empresa; existe uma impessoalidade das relações, além
de uma hierarquia de autoridade; as rotinas são padronizadas conforme regras e normas
técnicas; existe uma competência técnica e meritória, uma especialização da administração e
uma profissionalização do participante.
Dentro dessa teoria desenvolveram-se aspectos positivos e negativos. Um aspecto
positivo é em relação ao estudo de organizações não industriais e não lucrativas; e um aspecto
negativo é que não constitui uma teoria própria e perfeitamente distinta da teoria geral da
administração.
Ao longo dos anos, assim como em várias outras teorias, a Teoria do Estruturalismo
sofreu algumas críticas, entre elas referentes a abordagem múltipla das organizações, a
coexistência de duas tendências teóricas, a ampliação da análise organizacional e a limitação
das tipologias organizacionais.
TEORIA SISTÊMICA

A Teoria Sistêmica ou Teoria Geral dos Sistemas surgiu por volta da década de 60,
quando o biólogo Ludwig von Bertalanffy elaborou uma teoria interdisciplinar capaz de
transcender os problemas exclusivos de cada ciência e proporcionar princípios e modelos
gerais para todas as ciências envolvidas, de modo com que todas as descobertas realizadas em
cada uma delas, pudesse ser utilizadas pelas demais, gerando assim, a teoria geral de sistemas.
Essa teoria considera que a organização é um sistema aberto, com elementos em
interação contínuo com o ambiente e começou a ser aplicada na administração em função da
necessidade de uma maior integração com as teorias anteriores. O foco no sistema aberto,
modificou a maneira de pensar nas organizações, pois até então os teóricos davam pouca
atenção ao ambiente, tratavam a organização como um sistema mecânico, ou seja, fechado.
A Teoria Sistêmica é oponente ao mecanicismo – característica essencial da Teoria
Científica, da Teoria Clássica e da Teoria Burocrática, as quais dividiam organismos
agregados em células (CHIAVENATO, 2000). A Administração adotou os princípios do
conceito sistêmico, o qual contribuiu para estudos organizacionais.
Uma das grandes contribuições para o estudo da Teoria Sistêmica, foi a abordagem da
cibernética, de Norbert Wiener que contribuiu bastante com a teoria na década de 1940. De
acordo com Chiavenato (2000), a Teoria Cibernética é desenvolvida pelas características
apresentadas em outros estudos, a saber: teoria da informação, teoria dos jogos, teoria do
controle e teoria do algoritmo. A Cibernética é a ciência da comunicação e do controle e tem
como campo de estudo o sistema.
Uma das principais ideias da abordagem sistêmica é a concepção da organização como
sistema: as organizações são divididas em partes, cada parte tem sua importância e nenhuma
pode ser desprezada para o bom funcionamento do sistema.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 6. ed. Rio de Janeiro:


Campus, 2000.
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

A Teoria do Desenvolvimento Organizacional surgiu a partir de 1962 em função das


finanças no mundo das organizações e da adequação das estruturas, a fim de facilitar o
desenvolvimento e o crescimento das organizações. Essa teoria não teve apenas um autor, mas
quem a iniciou foi Leland Bradford. A abordagem dessa teoria, tem como premissa a atuação
na formação de equipes, dando ênfase às relações grupais dentro das organizações, de forma a
proporcionar que o trabalho seja o mais eficaz.
Sua principal função é a de converter as organizações que adotam sistemas
mecanizados em sistemas orgânicos, enfatizando a união dos funcionários, a confiança entre
patrão e funcionário, a responsabilidade compartilhada, além da participação de todos os
grupos que compõe a organização.
Alguns elementos influenciaram a evolução dos acontecimentos relacionados ao
crescimento dessa teoria, o primeiro deles foi em relação a administração científica que
abordava as etapas de produção e eficácia do comportamento, o segundo elemento é referente
sobre os princípios da administração que aumentaram a eficácia dos processos realizados
pelos gerentes, a fim de obter resultados.
Existem quatro fases para o processo de desenvolvimento organizacional, que são o
levantamento de dados para a coleta de dados com critérios que permitem buscar informações
em todos os níveis do ambiente envolvido, evitando a tendenciosidade nos dados colhidos; o
diagnóstico organizacional, nessa etapa os dados colhidos são transformados em informações
que podem identificar pontos fracos e fortes da organização; o plano de intervenção, pois as
ações tomadas devem provocar mudanças consistentes e relevantes que são capazes de
alavancar situações corretivas, minimizando pontos fracos e revitalizando os pontos fortes e
por último a avaliação, tanto a empresa como o grupo de consultores precisa possuir meios de
controle eficazes para comparar e avaliar os resultados que foram obtidos.
Uma das grandes vantagens da Teoria de Desenvolvimento Organizacional, foi buscar
os conhecimentos em outras teorias, além de aproveitar as técnicas da Administração
Científica para resolver os problemas mais complexos encontrados nas organizações.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA

A Teoria da Contingência ou Teoria Contingencial enfatiza que não há nada de


absoluto nas organizações, tudo é relativo. Essa teoria nasceu a partir de uma série de
pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estrutura são mais eficazes em
determinados tipos de indústrias.
Algumas ideias básicas dessa teoria são: as organizações devem se ajustas as
condições do ambiente para se tornarem competitivas e sustentáveis; quanto mais complexo e
turbulento for o meio externo, mais complexa e diferenciada será a organização e por fim, não
existe um modelo de organização único, o mais eficiente e competitivo é aquele que consegue
se adaptar às contingências do seu ambiente.
Tiveram algumas pesquisas contingenciais e as principais delas procuravam explicar
como funcionavam as empresas em diferentes condições. Na década de 50, os pesquisadores
Burns e Stalker estabeleceram a distinção entre os enfoques mecanicistas e orgânicos da
administração. Para eles, as empresas industriais cresciam de tamanho, provocando o
aparecimento de uma grande quantidade de funções e postos burocráticos.
Os professores Lawrence e Lorcsh desenvolveram outro estudo relevante para a Teoria
da Contingência. Em síntese, o modelo proposto por ambos busca o equilíbrio entre:
diferenciação e integração; descentralização e centralização; além de inovação e
conformismo. Chandler realizou uma pesquisa sobre estratégia e estrutura, segundo Chandler,
a empresa possuía quatro fases, sendo elas: acumulação de recursos, racionalização do uso
dos recursos, continuação do crescimento e por fim a racionalização do uso de recursos em
expansão.

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