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TEORIA DAS

ORGANIZAÇÕES
Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte – Unidade Ponta Negra
Aula 2: Administração Científica, Modelo Clássico e Burocrático
Profª Sarlyane Braga Carneiro
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Em 1903, Taylor, em seu livro "Administração de Oficinas", apresentou uma proposta de


racionalização do trabalho operário. Foi uma tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos
problemas da Administração e isso provocou uma revolução no pensamento administrativo e
no mundo industrial em sua época.

Para Taylor, a Administração deveria ser tratada cientificamente, e não empiricamente. A


improvisação deveria ceder lugar ao planejamento, e o empirismo, à ciência.
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
A Administração Científica fundamenta que a gerência tem como responsabilidade o planejamento
do trabalho e o operário tem como responsabilidade a sua execução.

Portanto, era necessário estabelecer os fundamentos da Organização Racional do Trabalho, ou


seja:
• análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos;
• estudo da fadiga humana;
• divisão do trabalho e especialização do operário;
• desenho de cargos e tarefas;
• incentivos salariais e prêmios de produção; condições ambientais de produção;
• padronização de métodos e máquinas; e supervisão funcional.
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
A preocupação de racionalizar levou Taylor a propor princípios de Administração que
pudessem ser aplicados a todas as situações possíveis: planejamento; preparo; controle e
execução.

A Administração Científica restringiu-se às tarefas e aos fatores diretamente relacionados com


o cargo e função do operário. Fatores como mecanicismo, superespecialização do operário,
visão microscópica das pessoas, ausência de comprovação científica, abordagem incompleta
da organização, limitação do campo de aplicação e abordagem de sistema fechado despertaram
críticas no então contexto industrial da época.
MODELO BUROCRÁTICO
A Teoria da Burocracia surgiu na década de 1940 a partir de estudos de autores que buscaram
na obra de Max Weber, economista e sociólogo alemão, inspirações para uma nova proposta
teórica para a teoria administrativa.

O modelo burocrático de organização é uma forma de organização humana que se baseia na


racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de
garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos.
MODELO BUROCRÁTICO

Segundo Weber, a sociedade se distingue em três tipos: tradicional, carismática e legal ou


racional ou burocrática. A cada tipo de sociedade corresponde a um tipo de autoridade.

Para o autor, a autoridade representa o poder institucionalizado e oficializado. Dessa forma, o


poder implica um potencial para exercer influência sobre as outras pessoas.
MODELO BUROCRÁTICO

Segundo Weber, a Burocracia apresenta as seguintes características: caráter legal normativo,


caráter formal das comunicações, caráter racional do trabalho, impessoalidade nas relações
entre as pessoas, hierarquia de autoridade, rotinas e padronização, competência técnica e
meritocracia, administração especializada e separada da propriedade, profissionalização dos
participantes, e completa previsibilidade do funcionamento.
MODELO BUROCRÁTICO

Segundo Weber, as vantagens da Burocracia são: precisão na definição do cargo na operação,


rapidez nas decisões, univocidade de interpretação, uniformidade de rotinas, continuidade da
organização por meio da substituição do pessoal que é afastado, redução do atrito entre as
pessoas, constância de decisões em circunstâncias iguais, confiabilidade em função de
previsibilidade, e benefícios para as pessoas da organização em função de meritocracia e
desenvolvimento técnico profissional.
MODELO BUROCRÁTICO

Weber admitiu a fragilidade do Modelo Burocrático diante de um dilema típico: de um lado,


existem pressões de forças exteriores para encorajar o burocrata a seguir outras normas
diferentes das normas da organização e, de outro lado, o compromisso dos subordinados com
as regras burocráticas.
MODELO BUROCRÁTICO
O Modelo Burocrático de Weber é uma proposta que contempla diversas críticas: excessivo
racionalismo, mecanicismo, conservantismo (tendência daqueles que são hostis às inovações
políticas e sociais), abordagem de sistema fechado e abordagem descritiva e explicativa.

A Teoria Burocratica concebe as organizações como entidades absolutas que existem no vácuo.
Essa orientação mecaniza o comportamento das pessoas e faz com que as organizações se
transformem em feudos isolados e auto orientados, sem qualquer envolvimento com o
ambiente de negócios.
TEORIA CLÁSSICA
Enquanto Taylor e outros autores desenvolviam a Administração Científica nos Estados
Unidos da América, em 1916, Fayol apresentava na França a Teoria Clássica da Administração
que passou a ser uma proposta fundamentada em uma abordagem sintética, global e universal
da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica e estrutural.

Segundo Fayol, toda empresa apresenta seis funções: técnicas, comerciais, financeiras, de
segurança, contábeis e administrativas. A formulação do programa de ação geral da empresa e
de coordenar os esforços gerais compete à função administrativa.
TEORIA CLÁSSICA

Fayol define o ato de administrar como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.

A Teoria Clássica da Administração concebeu a organização como uma forma de associação


humana para a realização de um fim comum. Segundo essa escola, na Administração, uma
organização configura atividades específicas e correlacionadas em um todo coordenado.
TEORIA CLÁSSICA
Divisão do trabalho e especialização

A organização se caracteriza por uma divisão do trabalho claramente definida que,


consequentemente, conduz à especialização e à diferenciação de tarefas.

Coordenação

A coordenação é a reunião, a unificação e a harmonização de todas as atividades de uma


organização. Indica que existe um objetivo a alcançar e que, para isso aconteça, existe uma
necessidade de orientar todas as pessoas envolvidas nas atividades.
TEORIA CLÁSSICA
Os Princípios Gerais da Administração

Como toda ciência, a Administração deve basear-se em leis ou princípios. Fayol enumerou 14
Princípios Gerais da Administração: divisão do trabalho; autoridade e responsabilidade; disciplina;
unidade de comando; unidade de direção; subordinação dos interesses individuais aos gerais;
remuneração do pessoal; centralização; cadeia escalar; ordem; equidade; estabilidade do pessoal;
iniciativa; e espírito de equipe.

As críticas à Teoria Clássica da Administração são numerosas e generalizadas: abordagem


simplificada, ausência de trabalhos experimentais, extremo racionalismo na concepção da
Administração e abordagem de sistema fechado.

A Teoria Clássica da Administração proporcionou às empresas uma visão sistemática e ordenada da


estrutura organizacional.

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