O documento discute como as metáforas de máquina e burocracia influenciaram o desenvolvimento da teoria das organizações mecanicistas. Teóricos como Weber, Fayol e Taylor contribuíram para a visão de que organizações deveriam ser estruturadas de forma hierárquica e racional como máquinas, com ênfase na eficiência e divisão de tarefas. No entanto, essa abordagem pode desumanizar o trabalho.
O documento discute como as metáforas de máquina e burocracia influenciaram o desenvolvimento da teoria das organizações mecanicistas. Teóricos como Weber, Fayol e Taylor contribuíram para a visão de que organizações deveriam ser estruturadas de forma hierárquica e racional como máquinas, com ênfase na eficiência e divisão de tarefas. No entanto, essa abordagem pode desumanizar o trabalho.
O documento discute como as metáforas de máquina e burocracia influenciaram o desenvolvimento da teoria das organizações mecanicistas. Teóricos como Weber, Fayol e Taylor contribuíram para a visão de que organizações deveriam ser estruturadas de forma hierárquica e racional como máquinas, com ênfase na eficiência e divisão de tarefas. No entanto, essa abordagem pode desumanizar o trabalho.
MORGAN, G. Imagens da Organização. São Paulo: Atlas 1996, p. 15 – 36.
O livro apoia-se na premissa de que as teorias e explicações da vida organizacional são
baseadas em metáforas que nos levam a entender as organizações de uma maneira mais eficaz, porém incompletas. Elas são utilizadas como maneiras de enxergar e visualizar as organizações, são figuras de linguagens ou expressões de sentido figurado, que auxiliam na compreensão de características particulares das organizações. O autor também afirma que as organizações são fenômenos complexos e paradoxais que podem ser compreendidos de muitas maneiras diferentes. Assim, o uso da metáfora para definir organizações é dado como um instrumento que nos ajuda a alargar os pensamentos, contudo, uma metáfora é parcial, produzindo uma visão unilateral e com algumas distorções, ou seja, quando falamos, por exemplo, que uma “organização é uma máquina” podemos pensar que ela está estruturada para atingir resultados predeterminados, mas é incompleta porque afasta qualquer aspecto humano. Devemos ter em mente também que ao mesmo tempo em que as metáforas criam conhecimento, elas também distorcem, tem vantagens, mas tem limitações, criam maneiras de ver, mas também criam maneiras de não ver e nem agir. No capítulo dois do livro o autor examina a administração com máquina e ilustra como este tipo de pensamento alicerça o desenvolvimento da organização burocrática. Quando os administradores pensam nas organizações como máquinas, tendem a gerenciá-la e a planejá-las como máquinas compostas de partes interligadas, cada uma com uma função claramente definida no funcionamento do todo. É planejada como uma estrutura racional de tarefas e atividades, o desenho organizacional é um organograma que não propicia flexibilidade e facilidade para mudanças, é rígido, e as pessoas devem agir de maneira prescritiva, cumprindo leis, regulamentos e regras para atingir determinados objetivos/resultados. Esta teoria, que tem orientado a organização e a administração desde a revolução industrial é a chamada teoria mecanicista. As organizações planejadas e operadas como se fossem máquinas são normalmente chamadas de burocracias, funcionam como máquinas de maneira rotineira, eficiente, confiável e previsível. Elas ganharam ênfase na Revolução Industrial e também teve influencia do militarismo, principalmente o Frederico da Prússia. Alguns teóricos estabeleceram as bases para análise mecanicista, podemos dizer que Weber foi um dos primeiros organizadores a observar os paralelos entre a mecanização da indústria e a burocracia organizacional, notando que a burocratização rotiniza o processo administrativo, assim como a máquina rotiniza a produção. Assim, a burocratização da organização enfatiza: precisão, velocidade, clareza, regularidade, eficiência, divisão de tarefas, supervisão hierárquica, regras e regulamentações detalhadas. Também não podemos deixar de mencionar a contribuição de Adam Smith e seu estudo sobre o valor dado pela divisão do trabalho. Teóricos da América do Norte e Europa estabeleceram as bases da teoria clássica e administração científica. Os clássicos focalizavam a atenção no planejamento da organização total, os administradores científicos visavam ao planejamento e administração de cargos individualizados. Através destes teóricos que tantos princípios mecanicistas ficaram enraizados. Na teoria clássica da administração destaca-se Fayol, para ele a administração é uma função à parte, com objetivos diferentes das demais funções da empresa, como financeira e comercial. Ele difundiu uma teoria que pudesse auxiliar na administração e dividiu em seis funções distintas: administrativa, técnica, comercial, financeira, segurança e contábil. A partir do momento que vê a administração como função separada e extremamente importante em uma organização, o teórico define os elementos do processo administrativo que representa o administrador: prever, organizar, coordenar e controlar. Tem-se uma organização representada no conhecido organograma, com cargos precisamente definidos, organizados hierarquicamente através de linhas definidas de comando e comunicação. Esta teoria concebe a organização, como uma estrutura organizacional analisada de cima para baixo, observando a divisão do trabalho em relação aos departamentos, seções, unidades, e essa divisão pode ocorrer em duas direções, horizontal, que considera os diferentes tipos de atividades (departamentalização) ou vertical, que considera a relação hierárquica, autoridade e responsabilidade. O autor ressalta que os clássicos reconhecem a importância de atingir um equilíbrio ou harmonia entre os aspectos humanos e técnicos da organização, especialmente através dos procedimentos de seleção e treinamento, mas sua principal orientação foi fazer com que os seres humanos se adequassem às exigências da organização mecanicista. Já no campo da administração cientifica acredita-se que a maior contribuição para o pensamento administrativo esteja na divisão de trabalho entre a gerência e os trabalhadores, definida por Taylor, o qual afirma que a eficiência é alcançada se existe a divisão de trabalho em suas menores partes componentes. Relacionado à administração científica também encontra-se o conceito da linha de montagem, cujo idealizador foi Henry Ford. Nesta visão os trabalhadores tornam-se apenas força para que a máquina organizacional continuasse a funcionar, tornando-se baratos e fáceis de substituir com a diminuição da complexidade do trabalho. Taylor destaca algumas características importantes para desempenhar em uma organização: toda a responsabilidade da organização é por conta da gerência que deve pensar em tudo que estiver ligado ao planejamento, aos trabalhadores, caba implantar; usar o método científico para determinar formas eficientes de realizar o trabalho, planejar a tarefa do trabalhador com precisão e objetividade; escolher a melhor pessoa para fazer determinada tarefa; treinar quem for realizar a tarefa para que o trabalho seja o mais eficiente possível; e monitorar o desempenho do trabalhador para garantir que os procedimentos estejam sendo executados e seguidos, garantindo os resultados esperados. Taylor também defende o uso de tempos e movimento, numa espécie de padronização. Podemos dizer que esta administração científica é muito bem empregada nas lanchonetes fast food onde todos os passos são milimetricamente pensados, todos os check lists realizados e avaliados; também vemos esta administração científica em linhas de montagem, onde os funcionários são acessórios das máquinas que controlam a organização e o ritmo de trabalho; em escritórios onde os projetos são divididos em tarefas interligados; e é visto em franchising que oferecem produtos e serviços consistentes por meio de operações descentralizadas e de ciência ergonometricas. A administração científica de Taylor multiplica a produtividade, contudo acelera a substituição de artesões habilidosos por menos qualificados, ela evidencia a desumanização, com trabalhos entediantes e alienantes (linhas de montagem), aumentando a rotatividade, além de menosprezar o trabalhador, já que este não pensa, quem pensa é o gerente! O fator humano nada mais é do que uma “força de trabalho”, energia necessária para impulsionar a máquina, com tarefas simplificadas ao extremo, tornando a mão de obra barata, fáceis de treinar, supervisionar e substituir. Mas não podemos enxergar como o vilão, ele apenas faz parte de tendência social mais ampla, que envolve a mecanização da vida em geral. Encontramos muitas de suas ideias aplicadas nos esportes (campos de futebol, ginásios) e até na forma como roteirizamos nossas vidas. Apesar de muito criticado, os princípios de sua teoria ofereceu a base do modo de trabalho por toda primeira metade do século XX, e em muitos casos predomina-se até hoje.
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