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FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO (FEG)

Cursos de Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos


Cadeira de Fundamentos de Administração

A Evolução do Pensamento sobre Administração

Nome:

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Xai - Xai, 10 de Agosto de 2022

Índice
Introdução…....................................................................................................................................3
Objectivos…....................................................................................................................................4
Objectivo geral.................................................................................................................................4
Objectivos específicos.....................................................................................................................4
Metodologia….................................................................................................................................4
A Evolução do Pensamento sobre Administração...........................................................................5
Principais Teorias do Pensamento Administrativo segundo Chiavenato........................................5
Ano – Teoria....................................................................................................................................5
Quadro 01 – As principais teorias e seus enfoques.........................................................................6
Abordagem estruturalista.................................................................................................................7
Teoria da Burocracia........................................................................................................................7
Teoria Estruturalista.........................................................................................................................7
Abordagem Humana........................................................................................................................8
Teoria das Relações Humanas.........................................................................................................8
Teoria do Comportamento Organizacional.....................................................................................9
Abordagem do Ambiente...............................................................................................................10
Teoria Estruturalista.......................................................................................................................10
Teoria a Contingência....................................................................................................................11
Abordagem Tecnológica, Sistêmica e da Competitividade...........................................................12
As perspectivas futuras da Teoria Geral da Administração...........................................................12
Conclusão……………..................................................................................................................14
Bibliografia…................................................................................................................................15

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Introdução
Chiavenato, (2014), afirma que o mundo em que vivemos é uma sociedade institucionalizada e
composta por organizações. Todas as actividades relacionadas à produção de bens (produtos) ou
prestação de serviços são planejadas, coordenadas, dirigidas, executadas e controladas pelas
organizações. Todas as organizações são constituídas por pessoas e por recursos não humanos. A
vida das pessoas depende intimamente das organizações e essas dependem da actividade e do
trabalho daquelas.
É neste âmbito que surgiu o trabalho teórico com tema: A Evolução do Pensamento sobre
Administração, com o propósito de perceber a cronologia das principais teorias da administração,
principais abordagens da teoria geral da administração, e as perspectivas futuras da Teoria Geral
da Administração. No entanto, percebe se segundo Chiavenato a Teoria das Organizações como
o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo das organizações em geral. Para
alcance dos objectivos deste trabalho recorreu-se as consultas bibliográficas que abordam
fundamentos da Administração para poder perceber o tema na íntegra, as mesmas encontram-se
referenciadas na parte da bibliografia deste mesmo.
Quanto a sua estrutura o trabalho encontra-se estruturado em Capa, Índice, Introdução,
Objectivos, Metodologia, Quadro Teórico ou desenvolvimento dos conteúdos, Conclusão, e
Referências Bibliográficas.

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Objectivos
Objectivo geral
 Explicar a Evolução do Pensamento sobre Administração
Objectivos específicos
 Contextualizar teoria de administração segundo vários autores;
 Identificar as principais teorias da administração;
 Explicar as principais abordagens da teoria geral da administração;
 Descrever as perspectivas futuras da Teoria Geral da Administração.

Metodologia
Este trabalho, é de natureza qualitativa quando ao tipo de pesquisa, porque os seus dados não
foram quantificados, foram analisados indutivamente. Usou-se como procedimentos tecnológico
a método bibliográfico e documental que consistiram em consultar alguns conteúdos
relacionados com este trabalho para facilitar a compensado e explicação da evolução do
pensamento sobre Administração. Como métodos de análise de dados usou-se o método
comparativo que consistiu em comparar diferentes posicionamentos dos autores que versam
sobre teoria de administração. Uma das limitações foi a limitação de 15 páginas incluindo
elementos pré textuais, pois o tema traz muitas informações que julgamos importante nesta
cadeira. Um dos pontos fraco, é a dificuldade de ter acesso a informação que abordam o tema.

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A Evolução do Pensamento sobre Administração
A história e o estudo da administração tiveram início no século XX, com a teoria da
administração científica, em 1903, quando Taylor passou a dar ênfase em todas as tarefas dos
operários da fábrica – nível operacional. Esta teoria também é conhecida como a teoria científica
de Taylor.
Principais Teorias do Pensamento Administrativo segundo Chiavenato (2003, p.13)
Ano - Teoria
1903 - Administração Científica 1953 - Teoria Sociotécnica
1909 - Teoria da Burocracia 1954 - Teoria Neoclássica
1916 - Teoria Clássica 1957 - Teoria Comportamental
1932 - Teoria das Relações Humanas 1962 - Desenvolvimento Organizacional
1947 - Teoria Estruturalista 1972 - Teoria da Contingência
1951 - Teoria dos Sistemas

Frederik W. Taylor, em sua administração científica, procurou estudar e conhecer tudo o que
acontecia no chão de fábrica – nível operacional. A administração científica (Taylor), com ênfase
nas tarefas, é um desdobramento da abordagem clássica. Procurou dar ênfase nas actividades
operacionais tentando descobrir: como, de que forma e em quanto tempo tudo era feito; bem
como os resultados produzidos. Iniciou com a racionalização do trabalho dos operários
ampliando para todas as atividades da empresa. Procurava acabar com o desperdício, a
ociosidade e, ainda, reduzir os custos de produção – fatos provocados pelos operários. Para
encontrar a colaboração dos operários, fixava prêmios de produção baseando-se no tempo
padrão.
Outro desdobramento da abordagem clássica está na teoria clássica, que se caracterizava pela
ênfase na estrutura que a organização deveria ter para ser eficiente. Henri Fayol (1841-1925),
fundador da teoria clássica, partiu de toda a organização com o objetivo de garantir a eficiência
em todas as partes envolvidas: seções, departamentos ou pessoas. A teoria clássica rapidamente
suplantou a abordagem de Taylor.
Para Fayol, os princípios gerais da administração consistem na (CHIAVENATO, 2003, p. 83):
1. Divisão do trabalho. 3. Disciplina.
2. Autoridade e responsabilidade. 4. Unidade de comando.

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5. Unidade de direção. 10. Ordem.
6. Subordinação aos interesses individuais 11. Equidade.
aos gerais. 12. Estabilidade do pessoal.
7. Remuneração do pessoal. 13. Iniciativa.
8. Centralização. 14. Espírito de equipe.
9. Cadeia escalar.
O quadro a seguir sintetiza as principais teorias administrativas com seu enfoque:
Quadro 01 – As principais teorias e seus enfoques
ÊNFASE TEORIAS ADMINISTRATIVAS PRINCIPAIS ENFOQUES
Tarefas Administração cientifica Racionalização do trabalho em nível operacional
Estrutura Teoria clássica Organização Formal
Teoria neoclássica Princípios gerais da Administração Funções do
Administrador
Teoria da Burocracia Organização Formal Burocrática Racionalidade
Organizacional
Teoria Estruturalista Múltipla abordagem: organização formal informal; análise
intraorganizacional e análise interorganizacional
Pessoas Teoria das relações Humanas Organização informal Motivação, liderança; comunicações
e dinâmica de grupo
Teoria comportamental Estilos de Administração Teoria das decisões Integração
dos objetivos organizacionais e individuais
Teoria do desenvolvimento Mudança organizacional planejada Abordagem de sistema
organizacional aberto
Ambiente Teoria Estruturalista Teoria Análise Intraorganizacional e análise ambiental Abordagem
Neoestruturalista de sistema aberto
Teoria da contingência Análise ambiental Abordagem de sistema aberto
Tecnologia Teoria da contingência Administração da tecnologia
Competitiv Novas Abordagens na Caos e complexidade.
idade Administração Aprendizagem organizacional. Capital intelectual.
Fonte: Chiavenato (2003, P. 12)

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Abordagem estruturalista
A abordagem estruturalista tem seu desdobramento na teoria da burocracia e na teoria
estruturalista. Além da teoria clássica, alguns autores falam de teoria neoclássica. A teoria
neoclássica é como se fosse uma actualização da teoria clássica, reunindo a contribuição de
outros autores neste período e considerando o tamanho das organizações, com seus problemas
administrativos actuais – enfatiza resultados e objectivos. Também trata a administração como
uma técnica social, onde será necessário saber dirigir as pessoas, além dos aspectos técnicos.

Teoria da Burocracia
A teoria da burocracia na administração surgiu a partir das obras de Max Weber (1864-
1920) – economista e sociólogo alemão. Autores se basearam nas obras de Weber para constituir
uma teoria da organização sólida, aprimorando o mecanicismo da teoria clássica e o romantismo
da teoria das relações humanas, que será abordado a seguir.
Segundo Chiavaneto (2003, p. 258), “a burocracia é uma forma de organização humana que se
baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos pretendidos, a fim de
garantir a máxima eficiência possível ao alcance destes objetivos.
Na teoria da burocracia é reforçada a autoridade. Segundo Etzioni (apud WEBER 1965, p. 17),
“autoridade significa a probabilidade de que um comando ou ordem específica seja obedecido.
Esta autoridade se distingue nos diferentes tipos de sociedade”.

Teoria Estruturalista
A teoria estruturalista surge em meados da década de 1950, originando-se: da oposição surgida
entre a teoria clássica (formal) e a teoria das relações humanas (informal), da necessidade de
visualizar a organização como uma unidade social, da influência do estruturalismo nas ciências
sociais, e do novo conceito de estrutura.
Predominou na Europa o movimento estruturalista, com o intuito de obter a
interdisciplinariedade das ciências. Do grego struo, estrutura significa ordenar a composição dos
elementos do todo em que fazem parte.
O conceito de estrutura significa a análise interna de uma totalidade em seus elementos
constitutivos, sua disposição, suas inter-relações, etc., permitindo uma comparação, pois pode ser

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aplicado a coisas diferentes entre si. Além do aspecto totalizante, o estruturalismo é
fundamentalmente comparativo (CHIAVENATO, 2003, p. 289).
Na abordagem estruturalista há estratégia de competição ou cooperação. Na competição, o
ambiente controla uma parte dos objetivos, onde nasce a disputa devido à rivalidade pelos
mesmos recursos e envolve uma interação direta entre as partes rivais. Já as estratégias de
cooperação requerem a interação direta entre as organizações do ambiente por ajuste, cooptação
e coalizão.
A teoria estruturalista apresenta alguns conflitos entre a autoridade do especialista, na medida em
que aumenta o conhecimento em relação à hierarquia da autoridade administrativa.

Abordagem Humana
A ênfase que antes era na tarefa (administração científica) e na estrutura organizacional (teoria
clássica), agora passa por uma revolução, ao dar ênfase ao ser humano – as pessoas que
trabalham ou participam da organização.
A partir de 1930, temos o aparecimento da teoria das relações humanas, que no seu
desenvolvimento passou por duas etapas. Inicialmente fez-se a análise do trabalho e a adaptação
do trabalhador ao trabalho, seguido da adaptação do trabalho ao trabalhador.
Este período em que surge a abordagem humanística foi marcado por recessão económica,
elevado desemprego, inflação e forte actuação dos sindicatos junto às organizações.

Teoria das Relações Humanas


Segundo Chiavenato (2003, p. 101-102), a teoria das relações humanas, ou Escola
Humanística da Administração, surgiu nos EUA (berço da democracia) e marcada por alguns
fatos:
 A necessidade de humanizar e democratizar a administração, libertando-se dos conceitos
da teoria clássica (rígida e mecanicista) para se adequar aos padrões de vida do povo.
 O desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia, que visavam
demonstrar a inadequação dos princípios da teoria clássica.
 As ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da psicologia dinâmica de Kurt
Lewin.

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 As conclusões da experiência de Hawthorne, que colocaram em xeque os principais
postulados da teoria clássica.
Assim, podemos observar no quadro a seguir um comparativo entre a teoria clássica e a teorias
das relações humanas:
Teoria Clássica Teoria das Relações Humanas
• Trata a organização como máquina. • Trata a organização como grupos de pessoas.
• Enfatiza as tarefas ou a tecnologia. • Enfatiza as pessoas.
• Inspirada em sistemas de engenharia. • Inspirada em sistemas de psicologia.
• Autoridade centralizada. • Delegação de autoridade.
• Linhas claras de autoridade. • Autonomia do empregado.
• Especialização e competência técnica. • Confiança e abertura.
• Acentuada divisão do trabalho. • Ênfase nas relações entre as pessoas.
• Confiança nas regras e nos regulamentos. • Confiança nas pessoas.
• Clara separação entre linha e staff. • Dinâmica grupal e interpessoal.

Teoria do Comportamento Organizacional


Os diversos estudos e trabalhos realizados na teoria das relações humanas trouxeram uma nova
visão da teoria administrativa, baseada no comportamento humano nas organizações.
Comportamento é a maneira pela qual um indivíduo ou organização age ou reage em suas
interações com o seu meio ambiente e em resposta aos estímulos que dele recebe”
(CHIAVENATO, 2003, p. 324). Os estudos da natureza e das características comportamentais do
ser humano trazem contribuições para a teoria administrativa, de que o Homem é: um animal
social dotado de necessidades, de um sistema psíquico, que tem capacidade de articular a
linguagem com o raciocínio abstrato, tem aptidão de aprender, é orientado para objetivos e
caracteriza-se por um padrão de comportamento.
A teoria comportamental surge a partir de uma oposição à teoria das relações humanas, usando
apenas alguns conceitos fundamentais como ponto de partida. Também critica a teoria clássica e
incorpora a sociologia da burocracia. Este comportamento organizacional é estudado por
diferentes ciências do comportamento e estão em constante evolução.
Contribuindo com a teoria do comportamento organizacional, Frederick Herzberg formulou a
teoria dos factores higiénicos e motivacionais. Os factores higiénicos estão associados ao

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sentimento psicológico de como o trabalho é realizado. “Ambiente de trabalho produz satisfação
ou insatisfação com o próprio ambiente, mas não motivação para o trabalho”(MAXIMIANO,
2005, p. 274). Afirma que a motivação pelo trabalho é diferente da satisfação com o ambiente de
trabalho. Consolidou o princípio de que motivação vem do trabalho e não do ambiente. Herzberg
complementa a teoria de Maslow, evidenciando que quanto mais se sobe na hierarquia das
necessidades, maior é a importância dos factores motivacionais. Quanto mais estamos na base,
mais interessam os factores higiénicos.

Abordagem do Ambiente
Agora vamos conhecer teorias com ênfase no ambiente: a teoria estruturalista e a teoria da
contingência.
Teoria Estruturalista
Assim como estudamos anteriormente, a teoria estruturalista, além de se opor à teoria tradicional
e à teoria das relações humanas, também se origina na necessidade de visualizar a organização
como uma unidade social e no novo conceito de estrutura. Na fase da teoria estruturalista iniciam
os estudos a respeito do ambiente, num conceito de que as organizações são sistemas abertos em
constante interação com o seu contexto externo. Daí a teoria estruturalista com a ênfase no
ambiente.
O modelo racional de organização a concebe como um sistema fechado, onde sua visão está
focalizada apenas nas partes internas do sistema (planejamento e controle). Já o modelo natural
de organização sugere a organização como um sistema aberto, focando sobre o sistema e sua
interdependência com o ambiente; a expectativa é de incerteza e de imprevisibilidade, onde são
aplicadas as modernas teorias da administração fundamentadas na teoria de sistemas.
A abordagem múltipla na análise interorganizacional tornou-se significativa após a crescente
complexidade ambiental e a interdependência das organizações. Até então os estudos
desconsideravam que o ambiente era composto por outras organizações – controlado por normas,
valores e coletividades de uma sociedade maior –, revelando o grau de dependência entre elas.
O ambiente externo pode ser de competição, onde as organizações disputam, direta ou
indiretamente entre si, por algum recurso: clientes, compradores ou outros membros potenciais.
O ambiente também pode ser de cooperação, o que exige a interação direta entre as organizações
do ambiente.

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Para os estruturalistas, a estratégia é uma função política organizacional (CHIAVENATO, 2003,
p. 304):
 As organizações são coalizões de vários indivíduos e grupos de interesse.
 Existem diferenças duradouras entre os membros de coalizão em termos de valores,
crenças, informações, interesses e percepções da realidade.
 A maior parte das decisões importantes envolve a alocação de recursos escassos.
 Recursos escassos e diferenças duradouras dão ao conflito um papel central na dinâmica
organizacional e fazem do poder o recurso mais importante da organização.
 Metas e decisões emergem de barganhas, negociações e manobras em busca de posições
entre os diferentes interessados.
A colisão frontal é decorrente da completa incompatibilidade de interesse. Agora, quando os
interesses são diferentes, mas não necessariamente incompatíveis, surge a rivalidade ou
concorrência.

Teoria a Contingência
A palavra contingência significa algo incerto ou eventual, que pode suceder ou não, dependendo
das circunstâncias. Refere-se a uma proposição cuja verdade ou falsidade somente pode ser
conhecida pela experiência e pela evidência, e não pela razão (CHIAVENATO, 2003, p. 498).
Seguindo os pressupostos da Teoria Clássica, autores realizaram pesquisas em determinadas
empresas, com o intuito de identificar os modelos de estruturas mais eficazes em relação ao seu
ambiente. Observaram que não há um único e melhor meio de organizar, estabelecer: a divisão
do trabalho, a amplitude de controle, a hierarquia de autoridade etc.
Surge então a Teoria da Contingência.
A teoria da contingência vem ao encontro desta realidade, estabelecendo uma relação do tipo se-
então. Para cada situação (estado ambiental) desencadeamos um conjunto de ações
(comportamento), que por sua vez produzem um resultado (consequência). Dependendo do
resultado produzido, o comportamento pode ser: mantido, reforçado, alterado ou eliminado.
Assim, na teoria contingencial, tudo é relativo e tudo depende. As contingências externas:
oportunidades ou ameaças representam uma influência sobre os processos internos.

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Abordagem Tecnológica, Sistêmica e da Competitividade
O computador é uma das tecnologias que permitiu às organizações lidarem com um grande
número de dados, realizando o seu processamento e gerando resultados com: custo mais baixo,
rapidez e confiabilidade.
Segundo Chiavenato (2003, p. 416), “a cibernética é a ciência da comunicação e do controle. Os
estudos estão voltados aos sistemas, onde: sistema é um conjunto de elementos dinamicamente
relacionados entre si, formando uma actividade para atingir um objectivo.
Neste processo de sistema encontramos as fases de entrada de dados, seu processamento e a
saída da informação. Os resultados de um sistema (saída) podem inferir num processo de
retroação, ou seja, uma nova entrada, processamento e saída.
No tratamento da informação, a informática trouxe algumas contribuições para a administração:
 Automação
 Tecnologia da Informação
 Sistemas de Informação
 Integração do negócio, etc

As perspectivas futuras da Teoria Geral da Administração


Nos próximos anos, o mundo verá o fim da forma organizacional de hoje (a organização
burocrática que ainda predomina em muitas organizações) e o surgimento de novas arquiteturas
organizacionais adequadas às novas demandas da era pós-industrial. Essa previsão se baseia no
princípio evolucionário de que cada época desenvolve uma forma organizacional apropriada às
suas características e exigências. As fraquezas da tradicional organização burocrática serão os
germes dos futuros sistemas organizacionais, devido a três aspectos:
1. Mudanças rápidas e inesperadas no mundo dos negócios nos campos do conhecimento e da
explosão populacional, impondo novas e crescentes necessidades a que as atuais organizações
não têm condições de atender.
2. Crescimento e expansão das organizações, que se tornam complexas e globalizadas.
3. Actividades que exigem pessoas de competências diversas e especializadas envolvendo
problemas de coordenação e, principalmente, de actualização em função das rápidas mudanças.
A tarefa administrativa nos próximos anos será incerta e desafiadora, pois deverá ser atingida por
uma infinidade de variáveis, mudanças e transformações carregadas de ambiguidades e de

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incertezas.
Sua atenção será disputada por eventos e por grupos, situados dentro e fora da organização, que
lhe proporcionarão informações contraditórias que complicarão seu diagnóstico perceptivo e sua
visão dos problemas a resolver ou das situações a enfrentar: são as exigências da sociedade, dos
clientes, dos fornecedores, das agências regulamentadoras; são os desafios dos concorrentes, as
expectativas da alta administração, dos subordinados, dos acionistas, etc. Porém, essas
exigências, desafios e expectativas sofrem mudanças que ultrapassam a capacidade de
compreensão do administrador. Essas mudanças tendem a aumentar com a inclusão de novas
variáveis, na medida em que o processo se desenvolve criando uma turbulência que perturba e
complica a tarefa administrativa de planejar, organizar, dirigir e controlar uma empresa eficiente
e eficaz. E o futuro parece complicar cada vez mais essa realidade.
Vários fatores deverão provocar profundos impactos sobre as organizações e empresas, como:
1. Crescimento das organizações. 5. Globalização da economia e
2. Concorrência mais aguda. internacionalização dos negócios.
3. Sofisticação da tecnologia. 6. Visibilidade maior das organizações.
4. Taxas elevadas de inflação.
Além do mais, o futuro parece complicar ainda mais essa realidade. A sociedade está passando
por grandes transformações - as chamadas megatendências - que produzem forte impacto na vida
das organizações, já que elas constituem parte integrante e inseparável da sociedade. Essas
megatendências são:
1. Da sociedade industrial para a sociedade 5. Da democracia representativa para a
da informação. participativa.
2. Da tecnologia simples para a tecnologia 6. Das hierarquias para a comunicação
sofisticada. lateral intensiva.
3. Da economia nacional para a economia 7. Da opção dual para a opção múltipla.
mundial. 8. Da centralização para a
4. Do curto para o longo prazo. descentralização.
9. Da ajuda institucional para a autoajuda.

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Conclusão
Terminado o trabalho que versa-se sobre a evolução do Pensamento sobre Administração,
concluiu-se que a administração científica nasce por Taylor, que procurou estudar e conhecer
tudo o que acontecia no chão de fábrica (nível operacional) para ser eficiente no todo. Fayol
sucede Taylor e estabelece alguns princípios gerais da administração. A teoria neoclássica surge
após a teoria das relações humanas, que será abordada no próximo tópico, como sendo uma
actualização da teoria clássica. Para isso, reúne a contribuição de outros autores, considerando o
tamanho das organizações, com seus problemas administrativos actuais. A ênfase da
administração que teve início nas tarefas também passou a ter ênfase na estrutura, nas pessoas,
no ambiente, na tecnologia e na competitividade.
Percebeu-se ainda que a abordagem estruturalista desmembra-se na teoria da burocracia e na
teoria estruturalista. Em suas bases, a teoria da burocracia procura prever o comportamento
humano e o desempenho dos participantes com o objectivo de obter a máxima eficiência da
organização. Além das vantagens da burocracia, Weber também aponta suas fragilidades, que
podem levar à imprevisibilidade de funcionamento e ineficiência. A eficiência da burocracia é
encontrada num equilibro entre a escassez (desordem) e o excesso (rigidez) da burocratização.
Entretanto, a teoria estruturalista surge da oposição entre a organização formal e informal, da
necessidade de visualizar a organização como uma unidade social. O estruturalismo tem como
características de totalidade, interdependência das partes e, principalmente, o fato de que o todo é
maior que a simples soma das partes. A necessidade de humanizar e democratizar a
administração, libertando-se dos conceitos da teoria clássica e incorporando a psicologia,
permitiu o surgimento da teoria das relações humanas.

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Bibliografia
Caravantes et al, G. R. Administração: teorias e processos. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
1998.
Chiavenato, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da
moderna administração das organizações. 7. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
Lacombe, F.J; Heilborn, G.L.J. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva
2003.
Maximiano, A. C. A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana a revolução digital –
4ª ed., São Paulo, Atlas, 2006
Meirelles, Manuel. Teorias da Administração: Clássicas e modernas. São Paulo: Futura, 2003.
SobraL, Filipe. Fundamentos de Administração / Filipe Sobral e Alketa Peci. – São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2012.

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