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Unidade II

Evolução do Pensamento
Administrativo

Prof. José Benedito Regina


Conteúdo da disciplina EPA

Parte 1 - Conceitos gerais da administração

Parte 2 - Evolução histórica:


Abordagens administrativas
Prescritivas e normativas

Parte 3 - Evolução histórica:


Abordagens administrativas
Explicativas e descritivas

Parte 4 - O processo administrativo


Evolução Histórica:
Abordagens administrativas
prescritivas e normativas

Abordagem Clássica da Administração


ƒ A Administração científica
ƒ Teoria Clássica da Administração

Abordagem Humanística da Adm.: Teoria


das Relações Humanas

Abordagem Neoclássica da Adm.

Abordagem Estruturalista da Adm.: O


modelo Burocrático
Evolução Histórica:
Abordagens administrativas
prescritivas e normativas

Teorias Variável básica / ano


administrativas
Adm. Científica Tarefas
1903
Teoria clássica Estrutura
1916
Esc. Rel.Humanas Pessoas
1932
Ab. Neoclássica Tarefas, estrutura
Pessoas -1954
Teor. Burocracia Estrutura
1909/1940
Abordagem Clássica da
Administração
Abordagem Clássica da
Administração

Abordagem Clássica é decorrência direta


da Revolução Industrial:
ƒ Pelo crescente aumento de indústrias
ƒ O acirramento da concorrência.

Duas correntes que:


ƒ Aconteceram em locais diferentes
ƒ Mesma época histórica (inicio século XX)
ƒ Mas tiveram muitos pontos em comum.
Por isso consideradas juntas levam o nome
de Abordagem (ou Teoria) Clássica.
Abordagem Clássica da
Administração

Algumas concordâncias:
ƒ Conduzidas por engenheiros diretamente
ligados a indústrias
ƒ Consideravam princípios prescritivos e
normativos, tais como: divisão do
trabalho, especialização, unidade de
comando, amplitude de controle
ƒ Preocupação com a organização formal.

(é o nome dado à organização oficialmente


adotada pela empresa e retratada pelo
organograma.”)
Abordagem Clássica da
Administração

Algumas concordâncias:

ƒ Aceitação do conceito de homo


economicus: é a pressuposição de que o
ser humano é principalmente motivado
por estímulos de ordem financeira e
material.

ƒ Busca da máxima eficiência.


A Administração científica

Primeira teoria no campo da administração


Ênfase para tarefas
USA, 1903
Representada pela própria trajetória de vida
de seu principal autor, Taylor
De baixo para cima e das partes para o todo

Dividida em 2 períodos :
ƒ ORT – Organização Racional
do Trabalho e,
ƒ Administração Científica
A Administração científica

Primeiro período: ORT e inclui:


ƒ Análise do trabalho e do estudo de
tempos e movimentos
ƒ Estudo da fadiga humana
ƒ Divisão do trabalho e especialização do
operário
ƒ Desenho de cargos e tarefas
ƒ Incentivos salariais e prêmios de
produção
ƒ Conceito de homo economicus
ƒ Condições ambientais de trabalho, como
iluminação, conforto e outras
ƒ Padronização e métodos e de máquinas
ƒ Supervisão funcional.
ƒ The best way
A Administração científica

Supervisor Supervisor Supervisor


de de de
Produção Manutenção Qualidade

Operário A Operário B Operário C Operário D


A Administração científica

Segundo período: Administração Científica


e inclui os princípios desenvolvidos para
aplicação gerencial

Colaboradores:
ƒ Frank B. GILBRETH,
ƒ Lílian GILBRETH;
ƒ Harrington EMERSON,
ƒ Henri FORD,, além de
ƒ GANTT,
ƒ BARTH e outros.
A Administração científica
A Administração científica

Apreciação crítica da Administração


Científica:
ƒ Mecanicismo da administração científica
ƒ Super-especialização do operário
ƒ Visão microscópica do homem
ƒ Ausência de comprovação científica
ƒ Limitação do campo de aplicação
ƒ Abordagem de sistema fechado
ƒ Pioneirismo na administração
administração.
Teoria Clássica da Administração

Liderada por Henri FAYOL, que juntamente


com F.W. TAYLOR é considerado fundador
da moderna administração.
Ênfase para estrutura organizacional
FRANÇA, 1916
Trajetória de Fayol: de cima para baixo, do
todo para as partes

Principais
p colaboradores:
ƒ Luther GULICK e
ƒ URWICK
Teoria Clássica da Administração

FAYOL definiu a organização como um


conjunto de seis funções:
ƒ Função técnica (hoje, área de produção)
ƒ Função financeira
ƒ Função
ç contábil
ƒ Função comercial
ƒ Função de segurança e,
ƒ Função administrativa
ƒ O próprio ato de administrar,
ƒ Envolvendo toda a organização
ƒ Pairando sobre as demais funções.
Teoria Clássica da Administração

Prever
Organizar
Funções Comandar
Administrativas Coordenar
Controlar

Funções Funções Funções Funções de Funções


Técnicas Comerciais Financeiras Segurança Contábeis
Teoria Clássica da Administração

A função administrativa:P-O-C-C-C :
ƒ Previsão,
ƒ Organização,
ƒ Comando,
ƒ Coordenação e
ƒ Controle.

É hoje o Processo Administrativo P-O-D-C:


ƒ Planejamento,
j ,
ƒ Organização,
ƒ Direção e
ƒ Controle
Teoria Clássica da Administração

Mais elevados
Funções Administrativas:

• Prever
• Organizar
• Comandar
• Coordenar
• Controlar

Níveis
Hierárquicos

Outras Funções
Não Administrativas

Mais baixos
Teoria Clássica da Administração

Os catorze princípios gerais de FAYOL:


ƒ Divisão do trabalho
ƒ Autoridade e responsabilidade
ƒ Disciplina
ƒ Unidade de comando
ƒ Unidade de direção
ƒ Subordinação dos interesses individuais
aos gerais
ƒ Remuneração do pessoal
ƒ Centralização
ƒ Cadeia escalar
ƒ Ordem
ƒ Eqüidade
ƒ Estabilidade do pessoal
ƒ Iniciativa, e
ƒ Espírito de equipe
Teoria Clássica da Administração

Divisão
do
Trabalho

Especiali-
zação

Princípios
Organização Máxima
Gerais de
Formal Eficiência
Administração
Unidade
de
Comando

Amplitude
de
Controle
Teoria Clássica da Administração

Críticas à Teoria Clássica da


Administração:
ƒ Abordagem simplificada da organização
formal
ƒ Ausência de trabalhos experimentais
ƒ Extremo racionalismo na concepção da
administração
ƒ Teoria da máquina
ƒ Abordagem incompleta da organização
ƒ Abordagem de sistema fechado
Interatividade

A abordagem da organização de baixo para


cima e das partes para o todo e a
preocupação com a análise e com a divisão
do trabalho são aspectos característicos:
a) Da Teoria Clássica.
b) Da Teoria das Relações Humanas.
c) Da corrente anatomista ou fisiologista da
organização.
d) Da corrente da Administração Científica.
Abordagem Humanística da
Administração:
Teoria das Relações Humanas

1932, USA, enfocou a variável PESSOAS


Principal representante, Elton MAYO.
Escola de psicólogos e sociólogos
Considerada como reação aos conceitos
pregados pela Teoria Clássica(visão formal
da organização)
Criada sob uma ótica psico-social,
concentrou-se nas relações informais das
pessoas na organização.
i ã
Abordagem Humanística da
Administração:
Teoria das Relações Humanas

Organização informal:
ƒ “é o conjunto de grupos espontâneos
que existe em toda organização e que
condiciona fortemente o comportamento
de seus membros.”

Grupos informais:
ƒ “são os grupos espontâneos de pessoas
que formam a organização informal.”
Abordagem Humanística da
Administração:
Teoria das Relações Humanas

Aspectos que condicionam o aparecimento


dessa teoria:
ƒ A necessidade de humanizar e
democratizar a administração
ƒ O desenvolvimento das ciências
humanas
ƒ As idéias da filosofia pragmática de John
Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt
Lewin
ƒ A
As conclusões
l õ da d Experiência
E iê i ded
Hawthorne
Abordagem Humanística da
Administração:
Teoria das Relações Humanas

Teorias Transitivas:
ƒ Não constituíam ainda a Teoria das
Relações Humanas, mas prepararam o
terreno para que ela aparecesse.

Os principais nomes desse período são:


ƒ Hugo Munstenberg;
ƒ Ordway Tead;
ƒ Mary Parker Follett e
ƒ Chester Barnard.
Abordagem Humanística da
Administração:
Teoria das Relações Humanas

A experiência de Hawthorne
ƒ Realizada na fábrica da Western Electric,
no bairro de Hawthorne, em Chicago,
ƒ De 1927 até 1932,
ƒ Elaborada em quatro fases
Abordagem Humanística da
Administração:
Teoria das Relações Humanas

A experiência de Hawthorne

ƒ Primeira fase: o efeito da iluminação


sobre o rendimento dos operários. Ficou
comprovada a preponderância do fator
psicológico sobre o fator fisiológico
fisiológico.

ƒ Segunda fase: condições de trabalho de


um grupo de observação: condições
psicológicas melhores aumentam a
produção do grupo.
Abordagem Humanística da
Administração:
Teoria das Relações Humanas

A experiência de Hawthorne

ƒ Terceira fase: um grande programa de


entrevistas com o objetivo de conhecer o
que os operários pensavam e sentiam
quanto ao trabalho

ƒ Quarta fase: permitiu fazer relacionar a


organização informal dos empregados e
a organização formal da fábrica.
Abordagem Humanística da
Administração:
Teoria das Relações Humanas

Conclusões da experiência de Hawthorne:


O nível de produção mostrou-se resultante
da integração social das pessoas no
trabalho
ƒ O comportamento social dos empregados
se apoiava totalmente no grupo
ƒ As recompensas e sanções sociais
produzidas pelo grupo para os seus
componentes eram mais poderosas que as
recompensas financeiras da organização
ƒ Os grupos informais existiam e tinham
força as vezes maior que os formais da
organização
Abordagem Humanística da
Administração:
Teoria das Relações Humanas

Conclusões da experiência de Hawthorne:


ƒ As relações humanas apareciam dentro
do organização em função das
oportunidades de contato e mantinham
uma constante interação grupal
ƒ O conteúdo e a natureza do trabalho
tinham influência sobre o moral dos
trabalhadores
ƒ Os aspectos emocionais do
comportamento humano mostraram
mostraram-se
se
importantes e chamaram a atenção dos
pesquisadores.
Abordagem Humanística da
Administração:
Teoria das Relações Humanas

A experiência de Hawthorne

Com essas conclusões dessa experiência,


a Teoria das Relações Humanas pode
deslocar o foco de estudos dos aspectos
formais das tarefas e da estrutura da
organização para a preocupação com as
pessoas.
Abordagem Humanística da
Administração:
Teoria das Relações Humanas

Decorrências da Teoria das Rel. Humanas


ƒ A influência da motivação humana no
trabalho: de homo economicus para a
crença no homo social, preocupação
com as necessidades humanas básicas,
ciclo motivacional e, moral e clima
organizacional.
ƒ Conceitua-se liderança e são
estabelecidas teorias a seu respeito.
ƒ A comunicação também é enfocada e,
oportunamente enriquecida.
ƒ A organização informal, e
ƒ A dinâmica de grupo.
Abordagem Humanística da
Administração:
Teoria das Relações Humanas
Críticas à Teoria das Relações Humanas
ƒ Não deu tréguas à Teoria Clássica,
contrapondo ferozmente os seus
conceitos aos daquela abordagem
ƒ Visualização inadequada dos problemas
de relações industriais
ƒ Concepção ingênua e romântica do
operário
ƒ Campo experimental limitado
ƒ Conclusões teóricas parciais
ƒ Ênfase apenas nos grupos informais
ƒ Enfoque manipulativos das relações
humanas
Interatividade

A experiência de Hawthorne:
a) Foi iniciada e desenvolvida por G. W.
Hawthorne, na Universidade de Harvard.
b) Foi a origem fundamental da Teoria
Clássica da Administração.
c) Veio demonstrar a fragilidade dos
pressupostos da Teoria das Relações
Humanas.
d) Nenhuma das alternativas.
Abordagem Neoclássica da
Administração

Surge em 1954, nos USA,


Enfocou as variáveis, Tarefas, Estrutura
Organizacional e Pessoas (visão eclética)
Principal representante: Peter Drucker
Início da década de 1950: grande
remodelação nas teorias da administração,
em função de todo o quadro econômico,
político e social do mundo.
Formada por vários estudiosos,
relativamente heterogêneos,
heterogêneos que não se
preocuparam em montar uma
escola teórica bem definida
Abordagem Neoclássica da
Administração

Características:
ƒ Ênfase na prática da administração:
valorização dos resultados concretos e
palpáveis, por meio do pragmatismo
ƒ Reafirmação
ç dos p postulados clássicos:
de certa forma é uma reação à Teoria
Humanista, pois retoma os conceitos da
Teoria Clássica, relegados por esta
ƒ Ênfase nos princípios gerais da
administração:
ç p
procuram estabelecer
princípios gerais que sirvam a todo tipo
de organização, tais como planejar,
organizar, dirigir e controlar
Abordagem Neoclássica da
Administração

Características
ƒ Ênfase nos objetivos e nos resultados: o
dimensionamento, a estruturação e a
orientação das organizações deveriam
ser função de seus objetivos e
resultados
ƒ Ecletismo nos conceitos: não estavam
fechados a proposições de outras
teorias.
Abordagem Neoclássica da
Administração

Características
ƒ A administração é vista como uma
técnica social, pois consiste em orientar,
dirigir e controlar os esforços de um
grupo de indivíduos para um objetivo
comum.
ƒ Há a concepção de que existem aspectos
comuns a todas as organizações.
ƒ Promove-se a consideração sobre a
eficiência e a eficácia,
simultaneamente.
Abordagem Neoclássica da
Administração

Retomam-se os seguintes princípios


básicos de organização:
ƒ Divisão do trabalho: decomposição de
um processo complexo numa série de
pequenas tarefas que o constituem
ƒ Especialização: o reconhecimento de
que cada órgão ou cargo deve ter tarefas
específicas e especializadas
Abordagem Neoclássica da
Administração

Retomam-se os seguintes princípios


básicos de organização:

ƒ Hierarquia: é aceito o princípio escalar,


onde a autoridade do administrador
aumenta na medida em que se sobe na
hierarquia. consideram-se os conceitos
de autoridade, responsabilidade e de
delegação.

ƒ Amplitude administrativa: o
dimensionamento de quantos
subordinados um administrador pode
supervisionar.
Abordagem Neoclássica da
Administração

ƒ Discutem-se amplamente os conceitos


de centralização e de descentralização,
(busca da definição do nível hierárquico
no qual as decisões devem ser tomadas)

ƒ Retomam
Retomam-sese as funções do
administrador: planejamento,
organização direção e controle.
Abordagem Neoclássica da
Administração

ƒ Essas funções são estudadas


minuciosamente e enriquecidas com
desenvolvimento de novos aspectos
teóricos, dando a elas uma consistência
notável, por meio das decorrências
dessa abordagem.
abordagem

ƒ Isso vai especialmente identificar a


Abordagem Neoclássica como a Escola
do Processo Administrativo.
Abordagem Neoclássica da
Administração

Decorrências da Abordagem Neoclássica


ƒ Estudos e definições dos tipos de
organização
ƒ Estudos e definições sobre
departamentalização
ƒ A APO – Administração por Objetivos

A departamentalização e os tipos de
organização estão contemplados na parte 4,
que trata do Processo Administrativo.
q
Abordagem Neoclássica da
Administração

A APO – Administração por Objetivos


enfatiza os objetivos ou finalidades da
empresa.
Ferramenta administrativa para gerentes
superiores
p e seus subordinados:
ƒ Definirem em conjunto suas metas
comuns,
ƒ Especificarem áreas de responsabilidade
de cada posição em relação aos
resultados esperados de cada um e
ƒ Utilizarem essas medidas como guias
para melhor operação e verificação da
contribuição de cada um de seus
membros.
Abordagem Neoclássica da
Administração

APO – Administração por Objetivos

ƒ O fundamental é definir objetivos e


traçar os meios para alcançá-los da
melhor forma possível, aproveitando o
espírito empreendedor das pessoas
pessoas.
Abordagem Neoclássica da
Administração

Existem vários sistemas de APO, todos com


os seguintes pontos comuns:
ƒ Estabelecimento conjunto de objetivos
entre o executivo e seu superior
ƒ Estabelecimento de objetivos para cada
departamento ou unidade
ƒ Interligação entre os vários objetivos para
alcançar efeitos sinergísticos
ƒ Revisão periódica do desempenho para
correção de possíveis desvios e
reciclagem
ec c age para
pa a adequar
adequa os meios
e os e
assegurar alcance dos resultados
ƒ Ênfase na mensuração (quantificação dos
resultados) e no seu controle.
Abordagem Neoclássica da
Administração

APO – Administração por Objetivos

ƒ Os planos táticos e operacionais


constituem a base para avaliação da
eficácia dos executivos e de seus
departamentos.

ƒ A APO é uma técnica que exige gerentes


amigáveis e prestativos, de um lado, e
subordinados honestos e maduros de
outro para assegurar um clima de
elevada confiança mútua.
Abordagem Neoclássica da
Administração

Considerações sobre a Abordagem


Neoclássica

ƒ Chiavenato praticamente não apresenta


críticas.
ƒ Ao contrário, faz um elogio à
recuperação do PA - Processo
Administrativo, com o comentário de que
nenhuma outra concepção mais
avançada conseguiu deslocar o PA da
posição
i ã privilegiada
i il i d que ocupa na
administração.
Interatividade

Quais são as quatro funções


administrativas para os Neoclássicos?
a) Planejamento, organização, direção e
controle.
b) Definição, verificação, desenvolvimento
e implementação.
c) Planejamento, organização, direção e
implementação.
d) Planejamento, verificação, direção e
implementação.
implementação
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

Teoria da Ênfase na
Burocracia Estrutura

Abordagem
Estruturalista

Teoria Ênfase na
Estruturalista Estrutura, e
No Ambiente
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

O modelo Burocrático

ƒ Baseado nas teorias de 1909 de Max


Weber,
ƒ USA p
por volta dos anos 1940
ƒ Enfocou a variável Estrutura
Organizacional
ƒ Figuras importantes: Merton, Selznick,
Gouldner e Michels.
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

Tal enfoque aparece:


ƒ Pela fragilidade e parcialidade
apresentadas pelas Teoria Clássica e das
Relações Humanas em função de terem
posições antagônicas;
ƒ Pela necessidade de um modelo racional
capaz de caracterizar todas as formas de
organização humana;
ƒ Pelo crescente tamanho e complexidade
das empresas
p que
q não eram atendidas
pelas explicações das teorias anteriores
ƒ Pela retomada dos escritos de Max Weber
que possibilitaram uma outra
interpretação teórica.
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

A burocracia é uma forma de organização


humana, baseada na racionalidade, ou seja,
na adequação dos meios aos fins
desejados, como forma de assegurar a
máxima eficiência nas ações.
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

Weber definiu três tipos de sociedade:

ƒ Tradicional: com base em características


patriarcais e patrimonialistas (clã, tribo,
família..)
ƒ Carismática: embasada em aspetos
místicos arbitrários e personalísticos
(grupos revolucionários, partidos...)
ƒ Legal, racional ou burocrática: na qual
valem as normas impessoais e
racionalidade na escolha dos
meios e dos fins (grandes empresas,
estados modernos, Exército...)
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

Essas três sociedades na verdade


espelham três tipos de autoridade.

Para Weber, “autoridade é a probabilidade


de que um comando ou ordem específica
seja obedecida”,
obedecida” representando um poder
institucionalizado, instituído.
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

Segundo Weber:

ƒ O objetivo a ser atingido, ou seja, a


máxima eficiência da organização, só
seria possível se houvesse
previsibilidade do comportamento
humano e padronização do desempenho
dos participantes.
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

Para tanto, seria preciso observar:


ƒ O caráter legal das normas: normas e
regulamentos previamente determinados,
com cobertura exaustiva, conferindo
autoridade que permitisse a imposição de
disciplina e o seu cumprimento deveriam
ser a base para uma estrutura organizada.
ƒ Caráter formal das comunicações: todas
as comunicações e procedimentos
precisam ser documentados
adequadamente.
ƒ Divisão do trabalho: cada participante
deveria ter um cargo específico e uma
esfera de competência e de
responsabilidade.
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

Para tanto, seria preciso observar :


ƒ Impessoalidade no relacionamento:
valem os cargos e funções e não os seus
ocupantes.
ƒ Hierarquia de autoridade: todos os
cargos estão dispostos numa estrutura
hierárquica que encerra privilégios e
obrigações definidos por regras
específicas.
ƒ Rotinas e procedimentos padronizados:
ninguém pode ou deve fazer o que quer,
mas o que está imposto pela burocracia.
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

Para tanto, seria preciso observar:

ƒ Competência técnica e mérito: não deve


haver protecionismo, mas
reconhecimento da competência e do
mérito das pessoas
pessoas, em todos os
processos, tais como seleção,
promoção, etc..

ƒ Especialização da administração: a
administração não deve ser confundida
com a propriedade e deve ser
profissional.
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

Para tanto, seria preciso observar:

ƒ Profissionalização: cada funcionário da


burocracia deve ser um profissional
especialista, assalariado, ocupante de
um cargo
cargo, nomeado pelo superior
hierárquico, ter mandato por tempo
indeterminado, seguir carreira dentro da
organização, não possuir a propriedade
dos meios de produção e de
administração, ser fiel ao cargo e aos
objetivos da empresa
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

Vantagens da burocracia:
ƒ Racionalidade no alcance de metas org.
ƒ Precisão na definição do cargo
ƒ Rapidez nas decisões
ƒ Univocidade (não ambigüidade) de
interpretação diante da regulamentação
específica e escrita
ƒ Uniformidade de rotinas e procedimentos
escritos
ƒ Continuidade da organização pela
substituição de pessoal afastado
ƒ Redução
R d ã d de atrito
t it entre
t as pessoas
ƒ Constância
ƒ Confiabilidade
ƒ Benefícios para as pessoas:
carreira, por exemplo.
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

Disfunções, segundo Merton:


ƒ Internalização das regras e apego aos
regulamentos
ƒ Excesso de formalismo e de papelório
ƒ Resistência a mudanças
ƒ Despersonalização do relacionamento
ƒ Categorização como base do processo
decisório: quem decide é quem está no
cargo mais alto, mesmo que seja menos
competente.
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

ƒ Superconformidade às rotinas e aos


procedimentos

ƒ Exibição de sinais de autoridade

ƒ Dificuldade no atendimento a clientes e


conflitos com o público.
Abordagem Estruturalista da
Administração:
O modelo Burocrático

Críticas à Burocracia
ƒ Excessivo racionalismo : não deixa espaço
para criatividade, por exemplo
ƒ Mecanicismo e limitações da “Teoria da
máquina (organização como um sistema
fechado, funcionando de maneira
mecânica e pré-determinada, como uma
máquina)
ƒ Conservantismo da burocracia: a
burocracia não aceita inovações: tudo já
está determinado
determinado, previsível
previsível.
ƒ Abordagem de sistema fechado: enxerga
as organizações como entes absolutos,
não considerando o contexto
externo (ambiente) às organizações.
Interatividade

A burocracia é uma organização em que a


maioria da comunicação é escrita. Isso
significa que ela apresenta um caráter:
a) Formal.
b) Informal.
c) Racional.
d) Impessoal.
ATÉ
É A PRÓXIMA!
Ó

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