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ADMINISTRAÇÃO
Definição de Administração
Administração revela-se nos dias de hoje como uma das áreas do conhecimento
humanas mais impregnadas de complexidade e de desafios. O profissional que utiliza a
Administração como meio de vida, pode trabalhar nos mais variados níveis de uma
organização, desde o nível hierárquico de supervisão elementar até o nível de dirigente
máximo da organização. Cada organização tem seus objetivos, seu ramo de atividade,
seus dirigentes e seu pessoal, seus problemas internos e externos, seu mercado, sua
situação financeira, sua tecnologia, seus recursos básicos, sua ideologia etc.
1
Habilidades do Administrador:
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Definição de Competência
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1.1 - Administração e suas perspectivas
Qualquer que seja a posição ou o nível que ocupe o administrador, quando tem
responsabilidade por subordinados, só pode alcançar resultados através da efetiva
cooperação dos subordinados.
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ÊNFASE TEORIAS PRINCIPAIS ENFOQUES
ADMINISTRATIVAS
Funções do administrador.
Racionalidade organizacional
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A Teoria Geral da Administração começou com o que chamaremos de “ênfase
nas tarefas" (atividades executadas pelos operários em uma fábrica), com a Administração
Científica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a “ênfase na estrutura"
com a Teoria Clássica de Fayol e com a Teoria da Burocracia de Weber, seguindo-se mais
tarde a Teoria Estruturalista. A reação humanística surgiu com a “ênfase nas pessoas",
por meio da Teoria das Relações Humanas, mais tarde desenvolvida pela Teoria
Comportamental e pela Teoria do Desenvolvimento Organizacional. A "ênfase no
ambiente" surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela Teoria da
Contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a "ênfase na tecnologia". No século XXI
surge a teoria da competitividade, capaz de levar a empresa ao sucesso e desenvolvimento
permanente. Cada uma dessas seis variáveis – tarefas, estrutura, pessoas, ambiente,
tecnologia e competitividade provocaram há seu tempo uma diferente teoria
administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da TGA.
Cada teoria administrativa procurou privilegiar ou enfatizar uma dessas seis variáveis,
omitindo ou relegando a um plano secundário todas as demais.
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1.2.1 - O Estado Atual da Teoria Geral da Administração
1
Idalberto Chavenato, Novas Abordagens na Teoria Administrativa, Revista de Administração de
Empresas, Rio de Janeiro, abr./jun. 1979, vol. 19, nº 2, 27-42.
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Figura - Seis variáveis básicas na Teoria Geral da Administração
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O administrador é um profissional cuja formação é extremamente ampla e variada:
2 - ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
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A abordagem típica da Escola da Administração Científica é a ênfase nas
tarefas. O nome Administração Científica é devido à tentativa de aplicação dos
métodos da ciência aos problemas da Administração, a fim de alcançar elevada
eficiência industrial. Os principais métodos científicos aplicáveis aos problemas
da administração são a observação e a mensuração.
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3 - Os empregados devem ser cientificamente colocados em serviços ou
postos em que os materiais e as condições de trabalho sejam cientificamente
selecionados, para que as normas possam ser cumpridas.
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A Administração Científica constitui uma combinação dos seguintes
ingredientes:
1 - Ciência, em lugar do empirismo.
2 – Harmonia, em vez de discórdia.
3 - Cooperação, não individualismo.
4 - Rendimento máximo, em lugar de produção reduzida.
5 - Desenvolvimento de cada homem, no sentido de alcançar maior
eficiência e prosperidade.
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a) Eliminar movimentos inúteis na execução de uma tarefa.
b) Executar os movimentos úteis com a maior economia de esforço e tempo.
c) Dar aos movimentos uma coordenação apropriada e economia de
movimentos.
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Uma vez analisado o trabalho, racionalizadas as tarefas e padronizado o
método e o tempo para sua execução, selecionado cientificamente o operário e
treinado de acordo com o método preestabelecido, necessitava-se que o
empregado colaborasse com a empresa adequando-se dentro dos padrões
definidos.
Para isso foi desenvolvido um plano de incentivos salariais e de prêmios de
produção. A idéia básica era a de que a remuneração baseada no tempo (salário
mensal, diário ou por hora) não estimula ninguém a trabalhar mais e deve ser
substituída por remuneração baseada na produção de cada operário (salário por
peça, por exemplo): o operário que produzisse pouco ganharia pouco e o que
produzisse mais, ganharia na proporção de sua produção.
Assim, o homem procura o trabalho não porque gosta dele, mas como um
meio de ganhar a vida. O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela
necessidade de dinheiro para viver.
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a) adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho e de equipamentos de
produção para minimizar o esforço do operador e a perda de tempo na
execução da tarefa;
b) arranjo físico das máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo da
produção;
c) melhoria do ambiente físico de trabalho de maneira que o ruído, a
ventilação, a iluminação e o conforto no trabalho não reduzam a eficiência
do trabalhador;
d) projeto de instrumentos e equipamentos especiais, como transportadores,
seguidores, contadores e utensílios para reduzir movimentos desnecessários.
2.4.8 - Padronização
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2. Preparo: Selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com
suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor.
Preparar também máquinas e equipamentos através do arranjo físico e
disposição racional das ferramentas e materiais.
3. Controle: Controlar o trabalho para se certificar de que está sendo
executado conforme o previsto.
4. Execução: Distribuir as atribuições e responsabilidades, para que a
execução do trabalho seja feita pelos operários.
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A produção em massa se baseia na simplicidade. Três aspectos
suportavam o sistema:
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solução dos problemas da empresa, tudo isto não permitia o adequado suporte para a
elaboração de conceitos mais rigorosos e mais bem fundamentados.
1-De um lado, a Administração Científica que surge nos Estados Unidos, a partir
dos trabalhos de Taylor, cuja preocupação era aumentar eficiência no nível dos operários.
A ênfase é dada na análise e na divisão do trabalho do operário, vez que as tarefas do
cargo e o titular constituem a unidade fundamental da organização. Assim, a abordagem
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da Administração Científica é uma abordagem de baixo para cima (do operário para o
gerente) e das partes (operários e seus cargos) para o todo (organização da fábrica).
Abordagem Clássica
da Administração
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3.1 - Origens da Abordagem Clássica
Suas origens vêem da Revolução Industrial e podem ser resumidas em dois fatos
importantes, a saber:
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a Teoria Clássica da Administração. Se a Administração Cientifica tinha ênfase na tarefa
executada pelo operário, a Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a
organização deveria possuir para ser eficiente. O objetivo de ambas as teorias era o
mesmo: a busca da eficiência das organizações. Segundo a Administração Cientifica, essa
eficiência era alcançada por meio da racionalização do trabalho do operário e na
somatória das eficiências individuais. Tratava-se de uma micro abordagem ao nível
individual de cada operário em relação à tarefa em uma visão analítica e detalhista.
ORGANIZAR
FUNÇÕES
ADMINISTRATIVAS COMANDAR 21
COORDENAR
De acordo com Fayol as funções administrativas envolvem os cinco elementos da
Administração:
1-prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
2-organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa.
3-comandar: dirigir e orientar o pessoal.
4-coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.
5-controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as
ordens dadas.
Luther Gulick, considerado o autor mais erudito da Teoria Clássica, propõe sete
elementos da administração como as principais funções do administrador:
a) Planejamento: é a tarefa de traçar as linhas gerais das coisas que devem
ser feitas e dos métodos de fazê-las, a fim de atingir os objetivos da
empresa.
b) Organização: é o estabelecimento da estrutura formal de autoridade,
através da qual as subdivisões de trabalho são integradas, definidas e
coordenadas para o objetivo em vista.
c) Assessoria: é a função de preparar e treinar o pessoal e manter
condições favoráveis de trabalho.
d) Direção: é a tarefa contínua de tomar decisões e incorporá-las em
ordens e instruções específicas e gerais, e ainda a de funcionar como
líder da empresa.
e) Coordenação: é o dever de estabelecer relações entre várias partes do
trabalho.
f) Informação: é o esforço de manter as pessoas informadas a respeito do
que acontece na empresa e que pressupõe naturalmente a existência de
registros, documentação, pesquisa e inspeções.
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g) Orçamento: é a função inclusiva de tudo o que diz respeito à
elaboração, execução e fiscalização orçamentárias, ou seja, o plano
fiscal, a contabilidade e o controle.
Lyndall F. Urwick foi um autor que procurou divulgar os pontos de vista dos
autores clássicos de sua época. Quatro princípios de Administração foram propostos por
ele:
a) Princípios da especialização: uma pessoa deve preencher uma só
função o quanto for possível, o que determina uma visão especializada
do trabalho. Este princípio dá origem à organização de linha, à de staff
e à funcional. A coordenação das especializações, segundo Urwick,
deve ser efetuada por especialistas de staff.
b) Princípios de autoridade: deve haver uma linha de autoridade
claramente definida, conhecida e reconhecida por todos, desde o topo
da organização até cada indivíduo da base.
c) Princípio da amplitude administrativa: este princípio salienta que cada
superior não deve ter mais do que certo número de subordinados. O
superior não tem apenas pessoas para supervisionar, mas também e
principalmente as relações entre as pessoas que supervisionar.
d) Princípio da definição: os deveres, autoridade e responsabilidade de
cada cargo e suas relações com os outros cargos devem ser definidos
por escrito e comunicados a todos.
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controle. A organização abrange somente o estabelecimento da estrutura e da forma,
sendo, portanto, estática e limitada.
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decorrência da Revolução Industrial, a Teoria Clássica pouco avançou em termos de
teoria da organização.
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Administração com um conjunto de princípios universalmente aplicáveis provocou a
denominação Escola Universalista.
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reformulação das bases da teoria da administração. O aparecimento desses
autores, que denominaremos transitivos, teve sua origem exatamente na
abordagem formal e mecanicista da Teoria Clássica. A única coisa que esses
autores transitivos têm em comum é a tentativa de aplicação pioneira de certos
princípios da Psicologia (como Tead e Miss Follett) ou da Sociologia (como
Barnard) na teoria administrativa, até então relutante e talvez indiferente quanto
à aplicação de princípios baseados nas ciências humanas.
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b) O objetivo é formulado parcialmente pelo grupo e o chefe tem
oportunidade de aumentá-lo e enriquecê-lo.
c) O chefe formula e dirige o objetivo em virtude de sua capacidade em
aliciar outras pessoas para a consecução do mesmo.
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A) A necessidade de humanizar e democratizar a Administração,
libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-
a aos novos padrões de vida do povo americano. Nesse sentido revelou-se um
movimento tipicamente americano e voltado para uma democratização dos
conceitos administrativos.
B) O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente a
psicologia e a sociologia, bem como a sua crescente influência intelectual e suas
primeiras tentativas de aplicação à organização industrial. As ciências humanas,
gradativamente, passaram a demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria
Clássica.
C) As conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida entre 1927
e 1932, sob a coordenação de Elton Mayo, pondo em xeque os principais
postulados da Teoria Clássica da Administração.
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c) Não havia temor ao supervisor apesar de terem maior supervisão na
sala de provas do que no departamento;
d) Houve um desenvolvimento social experimental, tornaram-se uma
equipe;
e) O grupo desenvolveu liderança e objetivos comuns.
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d) Grupos informais – a empresa passou a ser visualizada como uma
organização social composta de diversos grupos sociais informais, cuja estrutura
nem sempre coincide com a organização formal da empresa.
e) As relações humanas – cada indivíduo é uma personalidade altamente
diferenciada que influi no comportamento e atitudes dos outros com quem
mantém contatos e é, por outro lado, igualmente influenciado pelos outros.
f) A importância do conteúdo do cargo – a maior especialização ( e
portanto a maior fragmentação) do trabalho não é uma forma mais eficiente de
divisão do trabalho.
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uma organização humana (ou organização social). A organização humana da fábrica tem
por base os indivíduos, porém, é mais do que simplesmente a soma dos indivíduos, pois
a integração diária e constante desses indivíduos no trabalho origina em elemento comum
que é a organização social da fábrica.
Com o advento da Teoria das Relações Humanas, uma nova linguagem passa a
dominar o repertório administrativo: fala-se agora em motivação, liderança,
comunicações, organização informais, dinâmicas de grupo etc. Os antigos conceitos
clássicos de autoridade, hierarquia, racionalização do trabalho, departamentalização,
princípios gerais da Administração etc, passam a ser duramente contestados.
Com a Teoria das Relações Humanas, surge uma nova concepção sobre a natureza
do homem, o homem social:
1. Os trabalhadores são criaturas sociais complexas, com sentimentos, desejos e
temores. O comportamento no trabalho é uma conseqüência de muitos fatores
motivacionais.
2. As pessoas são motivadas por certas necessidades e alcançam suas satisfações
primárias nos grupos com os quais interagem.
3. O comportamento dos grupos pode ser influenciado por um adequado estilo
de supervisão e liderança.
4. As normas do grupo funcionam como mecanismos reguladores do
comportamento dos membros.
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A teoria da motivação procura explicar os porquês do comportamento das pessoas.
Com a Teoria das Relações Humanas, passou-se a estudar a influência da motivação no
comportamento das pessoas.
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4.6.3 - O Moral e A Atitude
4.6.4 – Liderança
4.6.5 - Comunicação
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4.6.7 - Dinâmica de Grupo
O grupo não é apenas um conjunto de pessoas. O grupo é um certo número de
pessoas que interagem umas com as outras e que se percebem psicologicamente como
membros de um grupo. Os membros de um grupo comunicam entre si de maneira direta
e face a face, razão pela qual cada membro influencia e é influenciado pelos outros
membros do grupo. O grupo apresenta as seguintes características:
a) Um objetivo comum;
b) Uma estrutura dinâmica de comunicação;
c) Uma coesão interna.
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Deixaram de verificar outros tipos de organizações (como bancos, hospitais,
universidades etc.), o que reduz a aplicabilidade das suas teorias e conclusões.
d) Parcialidade nas conclusões: se a Teoria Clássica restringiu-se apenas à
organização formal, abrangendo um pequeno número de variáveis para
explicar seus pontos de vista, a Teoria das Relações Humanas também se
mostra parcial, restringindo-se apenas à organização informal.
e) Enfoque manipulativo das Relações Humanas: essa teoria tem sido criticada
pelo fato de desenvolver uma sutil estratégia de enganar os operários e faze-
los trabalhar e exigir menos. Essa estratégia manipulativa visava modificar o
comportamento do empregado em favor dos objetivos da Administração.
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1. Ênfase na prática da administração – os autores neoclássicos procuram
desenvolver os conceitos de forma prática e utilizável, visando principalmente
à ação administrativa. A teoria somente tem valor quando operacionalizada na
prática, enfatizando os aspectos instrumentais da Administração.
2. Reafirmação dos postulados clássicos – a estrutura de organização do tipo
linear, funcional e linha-staff, as relações de linha e assessoria, o problema da
autoridade e responsabilidade, a departamentalização, e todos os conceitos
clássicos são realinhados dentro da nova abordagem neoclássica.
3. Ênfase nos princípios gerais de administração – os neoclássicos preocupam-
se em estabelecer normas de comportamento administrativo. Os princípios da
Administração que os clássicos utilizavam como “leis” científicas são
retomadas pelos neoclássicos como critérios mais ou menos elásticos para a
busca de soluções administrativas práticas.
4. Ênfase nos objetivos e nos resultados – toda organização existe não para si
mesma, mas para alcançar objetivos e produzir resultados. É em função dos
objetivos e resultados que a organização deve ser dimensionada, estruturada e
orientada.
5. O Ecletismo da Teoria Neoclássica – embora se baseiem profundamente na
Teoria Clássica, os autores neoclássicos são amplamente ecléticos,
absorvendo conteúdo de quase todas as outras teorias administrativas.
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Comando Controle
Coordenação
Informação
Orçamento
O processo administrativo:
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5.4 - Administração Por Objetivos (APO)
A Administração por Objetivos ou administração por resultados, constitui um
modelo administrativo bastante difundido e plenamente identificado com espírito
pragmático e democrático da Teoria Neoclássica. Seu aparecimento é recente: em 1954,
Peter F. Drucker publicou o livro The Pratice of Management (Prática da Administração
nas Empresas), no qual caracterizou pela primeira vez a Administração por Objetivos,
sendo considerado o criados da APO. Drucker nasceu na Áustria, em 1909. Embora ele
tenha uma forte contribuição para a Administração, ele era formado em Direito. Um dos
seus grandes méritos foi incentivar o planejamento nas organizações para reduzir as
incertezas.
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EFICIÊNCIA EFICÁCIA
Qual é o ideal?
➢ Tanto a eficiência como as eficácias são importantes.
➢ De nada vale a eficiência (fazer bem) se a eficácia (alcançar os objetivos e obter
resultados) não for alcançada.
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6 - TEORIA DA BUROCRACIA
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6.1 - Origens da Teoria da Burocracia
A Teoria da Burocracia desenvolveu - se dentro da Administração ao redor dos
anos 1940 em função dos seguintes aspectos:
• Tanto a Teoria Clássica como a Teoria das Relações Humanas, mesmo sendo
oponentes e contraditórias, revelam dois pontos de vista extremistas e incompletos sobre
a organização, gerando a necessidade de um enfoque mais amplo e completo, tanto da
estrutura como dos participantes da organização.
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6.2.1 - Características principais:
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6.3 – Críticas sobre a Teoria Burocrática
7 - TEORIA ESTRUTURALISTA
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A Teoria Estruturalista veio representar um verdadeiro desdobramento da Teoria
da Burocracia e uma leve aproximação em direção à Teoria das Relações Humanas.
Representa também uma visão extremamente crítica da organização formal.
Uma organização tem um objetivo, uma meta, e para que este seja alcançado com
mais eficiência, é necessário que haja uma relação estável entre as pessoas, sendo estas
relações sociais estáveis criadas deliberadamente, para atingir determinado fim. Existe um
tipo específico de organização, as chamadas organizações formais.
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organizações são altamente diferenciadas e requerem das suas participantes determinadas
características de personalidade. Essas características permitem a participação simultânea
das pessoas em várias organizações, nas quais os papéis desempenhados variam, podendo
até chegar à inversão.
Para facilitar a análise comparativa das organizações, boa parte dos autores
estruturalistas desenvolveu tipologias de organizações, tentando classificá-las de acordo
com certas características distintivas.
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b) Organizações utilitárias: poder baseia-se no controle dos incentivos
econômicos. Utilizam a remuneração como base principal de controle. Os
participantes de nível inferior contribuem para a organização com um
envolvimento tipicamente "calculativo", baseado quase exclusivamente nos
benefícios que esperam obter. O comércio e as corporações trabalhistas estão
incluídos nesta classificação.
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4. Permanente desejo de realização, para garantir a conformidade e cooperação
com as normas que controlam e asseguram o acesso às posições de carreira dentro da
organização, proporcionando recompensas e sanções sociais e materiais.
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Um objetivo organizacional é uma situação desejada que uma organização tenta
atingir; um objetivo é um estado que se procura, e não um estado que se possui. A
eficiência geral de uma organização é determinada pela medida em que essa organização
atinge seus objetivos.
Uma das situações conflitivas típicas é a tensão imposta à organização pela utilização
do conhecimento como criar, cultivar e aplicar o conhecimento sem solapar a estrutura
hierárquica da organização. Muitas vezes o conhecimento traz conflitos com a hierarquia.
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O conflito entre a organização informal e a organização formal;
O conflito existente na relação entre clientes e organização.
Para estes dois autores há uma relação de mútua dependência entre conflitos e
mudanças, pois as mudanças precipitam conflitos e os conflitos geram inovações.
Esta teria foi classificada como a teoria da crise, pois aponta mais os problemas e
aspectos críticos das organizações do que propriamente as soluções. Sendo muito mais
descritiva e crítica do que propositiva.
CURIOSIDADES:
As organizações são instituições que compõem a sociedade moderna. Elas podem ser:
organizações lucrativas (as empresas) ou organizações não lucrativas (exército, igreja, os
serviços públicos, as entidades filantrópicas, etc).
Qualquer organização é composta de: duas ou mais pessoas, que interagem entre si,
através de relações recíprocas, para atingir objetivos comuns.
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Realizam Objetivos: as organizações coordenam os esforços de diferentes
indivíduos, nos permitindo alcançar metas que, de outra forma, seriam muito mais
difíceis ou até mesmo impossíveis de serem atingidas.
Preservam o conhecimento: as organizações com as universidades, museus e
corporações são essenciais porque guardam e protegem a maior parte do
conhecimento que nossa civilização juntou e registrou.
Proporcionam carreiras: as organizações proporcionam aos seus empregados uma
fonte de sobrevivência.
2. As empresas
• Cada empresa constitui uma criação particular, pois tem as suas próprias
características, seus recursos, seus objetivos, etc.
• As empresas não são autônomas nem auto-suficientes. Elas precisam ser
administradas por pessoas qualificadas.
• São orientadas para o lucro: Lucro (retorno financeiro que excede o custo).
• As empresas assumem riscos: os riscos envolvem tempo, dinheiro, recursos e
esforços. As empresas não trabalham em condição de certeza.
• As empresas são dirigidas por uma filosofia de negócios: Os administradores tomam
decisões que se relacionam com mercados, custos, preços, concorrência, governos,
etc.
“É uma organização que utiliza recursos a fim de atingir determinados objetivos. É uma
organização social por ser uma associação de pessoas que trabalham em conjunto para a
exploração de algum negócio.”
(Chiavenato, 2000)
Objetivo Principal
A produção de bens ou de serviços a serem oferecidos ao mercado.
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- Primárias ou extrativas: São as empresas dedicadas às atividades agropecuárias
e extrativas (vegetais e minerais), como as empresas agrícolas, de mineração, de
perfuração e extração de petróleo.
- Secundárias ou de transformação: São as empresas que produzem bens físicos
por meio da transformação de matérias-primas, através do trabalho humano com
o auxílio de máquinas, ferramentas e equipamentos. É o caso da indústrias,
construção civil e geração de energia.
- Terciárias ou prestadoras de serviços: são empresas especializadas em serviços
(como o comércio, bancos, financeiras, empresas de comunicações, hospitais,
escolas, etc.). Seu objetivo é prestar serviços para a comunidade (empresas
estatais) ou para obter lucro (quando são particulares ou privadas).
8 - TEORIA COMPORTAMENTAL
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1950, nos Estados Unidos, trazendo novos conceitos e variáveis para a teoria
administrativa, principalmente, devido ao desenvolvimento das ciências
comportamentais, e da Psicologia organizacional. O surgimento de idéias e conclusões,
que trazem uma nova perspectiva do homem, foi de extrema importância para a formação
da Teoria Comportamental. O homem passa a ser visto como um animal dotado de
necessidades que vão além do objetivo apenas financeiro, possuindo necessidades
gregárias inerentes ao homem. Passa a ser visto também como um animal dotado de
sistema psíquico, ou seja, possui a capacidade de organização de suas próprias percepções
frente ao ambiente como um todo. O homem passa ser interpretado como um ser passivo
de aprender e mudar suas atitudes. Seu comportamento é orientado para objetivos,
podendo cooperar com os outros indivíduos, quando for importante para o alcance dos
objetivos o esforço coletivo, ou ainda pode competir com os outros, quando ocorre uma
disputa. (CHIAVENATO, 2003)
De acordo com a teoria de Motta (1991, p. 38), vários autores foram importantes para o
desenvolvimento da Teoria Comportamental da Administração. Acredita-se que ela,
propriamente dita, inicia-se com Hebert Alexander Simon, em 1947 com o livro O
Comportamento Administrativo, no qual foram apresentadas novas colocações e trazendo
novos conceitos ao tratamento do processo de tomada de decisões e aos limites da
racionalidade. Porém, outros autores foram importantes, a maioria deles preocupados,
principalmente, com o tratamento de problemas ligados à eficiência, buscando novas
variáveis, como motivação, tensão e necessidades individuais para a solução deles. De
acordo com Chiavenato (2003), as experiências que deram base a Teoria Comportamental
surgiram ainda na Teoria das Relações Humanas, com Lewin, e ainda considera alguns
conceitos dessa teoria, porém a Teoria Comportamental veio como uma crítica tanto à
Teoria Clássica, que dá muita ênfase nas tarefas, como às Teorias das Relações Humanas,
que dão muita ênfase nas pessoas. A Teoria Comportamental mostra-se completamente
oposta aos conceitos formais e à posição rígida e mecânica da Teoria Clássica. Mostra-se
também completamente oposta às prescrições ingênuas e românticas da Teoria
Humanística. Conforme Motta (1991), não aceitava, por exemplo, a idéia de que bastasse
apenas a satisfação do trabalho para gerar a eficiência. A Teoria Comportamental ou
Behaviorismo, para Motta (1994), tem grande importância na Teoria das Organizações,
pois se percebe que ela rompe com os enfoques antigos da Escola Clássica e da Teoria
das Relações Humanísticas
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8.2 - Novas proposições sobre a motivação humana
De acordo com Griffin, R. e Moormead, G., em 1943, Maslow publicou uma teoria sobre
motivação que se tornou bastante conhecida. A teoria de Maslow parte do princípio de
que a motivação surge de um conjunto de necessidades que estão dispostas na forma de
uma hierarquia de importância, que pode ser visualizada como uma pirâmide. Na base da
pirâmide estão as necessidades mais básicas (necessidades fisiológicas) e no topo, as
necessidades mais elevadas (as necessidades de auto-realização). Para Maslow, quando
as necessidades de primeiro nível são satisfeitas, a pessoa passa para o próximo nível, e
assim, movendo-se em direção à necessidade do topo. Segundo Maslow (apud.
Chiavenato, 2003), as necessidades fisiológicas estão no primeiro nível da pirâmide. São
as necessidades básicas e de vital importância. Constituem a alimentação, o sono e o
repouso, o desejo sexual etc., que são as prioridades do homem. Em seguida, vem a
necessidade de segurança, que constitui o segundo nível. Assim, neste nível, as pessoas
buscam estabilidade e proteção. Isso pode ser visto em uma empresa, na qual o indivíduo
é dominado pela procura de segurança quando ocorre alguma ação administrativa
arbitrária ou uma decisão incoerente. Estes dois primeiros níveis constituem as
Necessidades Primárias. A partir do terceiro nível, encontramos as Necessidades
Secundárias. As necessidades sociais, como a procura de associação, participação,
aceitação, amor etc., encontram-se no terceiro nível. Em seguida vêm as necessidades de
estima que são aquelas que envolvem o próprio indivíduo, a forma como ele se vê e se
avalia. Estão relacionadas com a autoconfiança, auto-apreciação, status, consideração etc.
Por fim, as necessidades de auto-realização são as que estão no topo da hierarquia. Nesse
nível, o homem procura a realização do próprio potencial e auto-desevolvimento. Porém,
como afirma Chiavenato (2003), a teoria de Maslow nunca foi confirmada pelos
pesquisadores, e muitas pesquisas já até a anularam. Vale ressaltar que, mesmo assim,
essa teoria é muito conhecida e muito utilizada como referência para os administradores;
e de acordo com Agnaldo Santana(2013) todas essas teorias foram necessárias para um
bom desenvolvimento do ser Humano.
Para Frederick Herzberg (apud. Chiavenato, 2003), o comportamento humano poderia ser
explicado por dois fatores independentes descritos a seguir:
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condições são gerenciadas e decididas pela empresa, os fatores higiênicos estão fora do
controle dos trabalhadores. Esses fatores podem ser: o salário, benefícios sociais, tipos de
chefia, supervisão, condições físicas de trabalho, as políticas e diretrizes da empresa...
Quando esses fatores são péssimos ou precários, eles provocam a insatisfação dos
empregados. Porém, como são apenas satisfatórios, não podem levar à satisfação se
atendidos. Apenas impedem a insatisfação.
De acordo com Chiavenato (2003), Herzberg ainda contribui afirmando que, para o
trabalhador continuar sempre motivado, é necessário o “enriquecimento do cargo ou
tarefa”, que significa ampliar o conteúdo dos cargos, transformando em tarefas
complexas, para que o funcionário trabalhe sempre com desafios e possa ter satisfação
profissional. O enriquecimento dos cargos pode ser em sentido vertical (substituindo uma
tarefa simples por uma mais complexa) ou horizontal, ou seja, com o acréscimo de mais
atividades do mesmo nível. Porém, vale ressaltar que, conforme Chiavenato (2003), o
enriquecimento de tarefas pode constituir em conseqüências positivas como, por
exemplo, a própria motivação, como pode decorrer em conseqüências negativas como a
ansiedade ou até mesmo o medo, por parte dos funcionários, de tarefas novas e de não
conseguirem realizá-las de forma bem-sucedida.
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empresas. McGregor distinguiu duas concepções antagônicas de administrar que em sua
opinião são típicas da visão gerencial dos funcionários: a teoria X (ou tradicional) e a
Teoria Y (ou moderna). A teoria X, segundo Motta (1991), corresponde à teoria
tradicional e mecanicista da Administração Científica. Essa teoria parte do pressuposto
errôneo da natureza humana, podendo ser sintetizado da seguinte forma:
Numa perspectiva organizacional, ele não tem a ambição de engajar na empresa, nem de
assumir responsabilidades, porque isso lhe traria riscos, preferindo, portanto, ser dirigido,
já que isso lhe traria segurança.
A Teoria X desenvolve um estilo de direção rígido e autocrático para que as pessoas sejam
controladas e atendam aos objetivos da empresa. Assim, a administração se caracteriza
da seguinte forma:
As pessoas não são, de forma inerente, resistentes às necessidades das organizações. Elas
se tornam assim por sua experiência negativa em outras organizações.
A administração é vista como um importante meio de criar condições para que as pessoas
desenvolvam suas competências e atinjam os objetivos individuais e organizacionais.
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Assim, é papel dela descentralizar as decisões e responsabilidades, a fim de que as pessoas
desenvolvam o autocontrole e satisfaçam suas próprias necessidades. Essa teoria visa
reorganizar os cargos, procurando ampliá-los a partir da extensão de atividades, acabando
com a superespecialização das tarefas. Isso permite que as pessoas sintam que estão
participando e reconheçam sua importância na organização. Assim, esta teoria visa
também incorporar uma maior participação das pessoas nas decisões e na administração
consultiva.
57
Sistema 4: Participativo: Caracteriza-se por ser o mais democrático e aberto. Apesar de
cúpula administrativa ainda definir as diretrizes e controlar os resultados, o processo
decisório é totalmente descentralizado aos níveis inferiores. As comunicações já fluem
facilmente e são vistas como um meio positivo e eficiente. O ambiente é de completa
confiança, com participação e envolvimento grupal. As recompensas são simbólicas e
matérias e raramente ocorrem punições.
Para Likert (apud Chiavenato, 2003), quanto mais próximo o estilo administrativo estiver
do sistema 4, maior é a chance de ter alta produtividade. Likert critica as organizações
que procuram eficiência apenas por uma base mecanicista do homem, esquecendo de
outras variáveis, que em sua opinião, são de extrema importância para a produtividade. O
comportamento humano para ele é, por exemplo, uma variável que pode alterar o sistema,
assim não devendo ser negligenciado.
Segundo Maximiano (2004, p.111) decisão é “[...] é uma escolha entre alternativas ou
possibilidades. As decisões são tomadas para resolver problemas ou aproveitar
oportunidades”. Engloba, segundo Chiavenato (2002), seis elementos assim enumerados:
1.Tomador de decisão: é a pessoa que faz uma escolha ou opção frente às várias
existentes.
58
alternativas, as possibilidades de ações possíveis ou disponíveis e a hierarquia
estabelecida guiada pelas suas preferências. Noções estas, que fazem com que o indivíduo
tenha que abandonar algumas decisões, as mais racionais possíveis, em virtude de outras.
Racionalidade importante para o alcance dos fins ou objetivos, com o intuito de obter os
melhores resultados. Porém, essa racionalidade é limitada, porque só se toma decisões
com base no que se conseguiu perceber e compreender, podendo deixar fugir algumas
outras informações.
O processo decisorial pode ser entendido ressaltando que, se a pressão para a tomada de
uma decisão for grande, as etapas 3,5 e 7 podem ser suprimidas e, quando não há pressão,
algumas podem ser expandidas. O processo decisório permite a solução de problemas ou
o defrontamento com situações. A subjetividade nas decisões individuais, segundo
Thomas (1998) apud Chiavenato (2002) é decorrente de alguns fatores:
1.Racionalidade limitada: as decisões são tomadas tendo como base uma parte da situação
ou apenas alguns aspectos dela.
2.Imperfeição das decisões: não há decisões perfeitas e sim, o que a faz ser escolhida é
ter como base a sua eficiência, ou seja, resultados máximos com a utilização do mínimo
de recursos.
59
8.8 - Homem administrativo
Parte do pressuposto de que um indivíduo ao ingressar numa organização, espera que suas
satisfações pessoais sejam maiores que os seus esforços pessoais. E, do outro lado, a
organização espera que os esforços desse indivíduo superem os custos de tê-lo na
organização. Assim, o indivíduo permanece na organização ao perceber os benefícios que
traz a ela, ao exceder o custo que traz a mesma e, a organização mantém esse indivíduo
ao perceber os benefícios de mantê-los como maior que os custos de mantê-los na
organização.
60
meios para ter lucros e redução de custos. A teoria comportamentalista, segundo
Chiavenato (2003), errou ao padronizar os fenômenos do comportamento, desprezando
as diferenças individuais de personalidade. “ela procura explicar o comportamento
humano tal como os cientistas poderiam explicar ou prever os fenômenos da natureza ou
o comportamento dos ratos no laboratório”. Em contraposição, Motta (1991) descreve
que mesmo com deficiências, essa teoria representou um avanço para a Administração.
Os Behavioristas mostram um novo conceito democrático e humano, baseado na
equalização do poder, assim como as principais teorias de motivação para a
Administração. Outro aspecto a ser considerado é o reconhecimento dos conflitos
organizacionais. Os behavioristas acreditam que há um conflito entre os objetivos
individuais e organizacionais, que podem ser resolvidos por uma mudança no
comportamento e na estrutura organizacional. Nesta teoria também é dada importância a
formação de grupos de trabalho como meio eficiente de alcançar os objetivos. Como já
foi dito, a Teoria Comportamental foi muito importante para o conteúdo da TGA. Ela é
mais teoria de análise mais descritiva e explicativa do que prescritiva, preocupando-se
mais em explicar do que formar normas, demonstrando uma dificuldade em sua aplicação.
Porém, seus conteúdos são um dos mais conhecidos, representando uma grande base para
as teorias administrativas.
61
2. Os estudos sobre a motivação humana demonstraram a necessidade de uma nova
abordagem da Administração para interpretar a nova concepção do homem e da
organização baseada na dinâmica motivacional. Objetivos dos indivíduos nem sempre se
conjugam com os objetivos organizacionais, levando os participantes da organização a
um comportamento alienado e ineficiente que retarda ou impede o alcance dos objetivos
da organização.
3. A criação do National Training Laboratory (NTL) de Bethel em 1947 e as primeiras
pesquisas de laboratório sobre o comportamento de grupo. O Treinamento da
Sensitividade (ou educação em laboratório) através de T-Groups foi o primeiro esforço
para melhorar o comportamento de grupo.
4. A publicação de um livro, em 1964, por um grupo de psicólogos do National Training
Laboratory, expondo suas pesquisas com T-Groups, os resultados com o treinamento da
sensitividade e as possibilidades de sua aplicação dentro das organizações. Leland
Bradford, o coordenador do livro é considerado o precursor do movimento de DO.
5. A pluralidade de mudanças no mundo, a saber:
a. Transformações rápidas e inesperadas do ambiente organizacional.
b. Aumento do tamanho e da complexidade das organizações.
c. Diversificação e complexidade da tecnologia, exigindo integração entre atividades e
pessoas e de competências diferentes.
d. Mudanças no comportamento administrativo devido a um:
I. Novo conceito de homem baseado no conhecimento de suas mutáveis e complexas
necessidades, substituindo a idéia do homem ultra-simplificado, inocente e do tipo
'aperta-botões'.
II. Novo conceito de poder, baseado na colaboração e na razão, em lugar do
modelo de poder baseado na coação e ameaça.
III. Novo conceito de valores organizacionais, baseado em ideais humanísticos
democráticos em lugar do sistema despersonalizado e mecanístico da burocracia.
IV. A grande invenção do final do século XX foi a inovação. Ela passou a modificar a
vida da sociedade, das organizações, do homem e da sua visão do mundo. O DO é uma
resposta às mudanças e à inovação.
6. A fusão de duas tendências no estudo das organizações: o estudo da estrutura e o estudo
do comportamento humano nas organizações, integrados por meio da abordagem
sistêmica. A teoria de sistemas aglutinou aspectos estruturais e comportamentais,
possibilitando o surgimento do DO.
7. Os estudos sobre conflitos interpessoais, pequenos grupos, passando à administração
pública e depois a vários tipos de organizações (indústrias, empresas de serviços,
organizações militares e religiosas etc.), recebendo modelos, procedimentos e métodos
de diagnóstico de situação e de ação. O DO surgiu como uma especialidade da Psicologia
e uma continuação do behaviorismo, sendo um passo intermediário entre a Teoria
Comportamental e a Teoria de Sistemas e que somente se firmou quando incorporou a
abordagem sistêmica no tratamento das organizações. Foi com o DO que a Teoria da
Contingência estabeleceu suas bases definitivas. Os principais autores do DO são
behavioristas a caminho da Teoria da Contingência.
8. Os modelos de DO se baseiam em quatro variáveis básicas: ambiente, organização,
grupo e indivíduo. Os autores exploram a interdependência dessas variáveis para
diagnosticar a situação e intervir em aspectos estruturais e comportamentais para
provocar mudanças que permitam o alcance simultâneo dos objetivos organizacionais e
individuais.
62
O conceito de DO está relacionado com os conceitos de mudança e de capacidade
adaptativa da organização à mudança que ocorre no ambiente. Isso levou a um novo
conceito de organização e de cultura organizacional.
c. Clima organizacional
O clima organizacional constitui o meio interno ou a atmosfera psicológica
característica de cada organização. O clima organizacional está ligado ao moral e à
satisfação das necessidades dos participantes e pode ser saudável ou doentio, pode
ser quente ou frio, negativo ou positivo, satisfatório ou insatisfatório, dependendo
de como os participantes se sentem em relação à organização. O conceito de clima
organizacional envolve fatores estruturais, como o tipo de organização, tecnologia
utilizada, políticas da companhia, metas operacionais, regulamentos internos, além de
atitudes e comportamento social que são encorajados ou sancionados através dos fatores
sociais.
63
d. Mudança da cultura e do clima organizacional
A organização é um sistema humano e complexo, com características próprias típicas da
sua cultura e clima organizacional. Esse conjunto de variáveis deve ser continuamente
observado, analisado e aperfeiçoado para que resulte em motivação e produtividade. Para
mudar a cultura e o clima organizacionais, a organização precisa ter capacidade
inovadora, ou seja:
a. Adaptabilidade. Ou seja, capacidade de resolver problemas e de reagir de maneira
flexível às exigências mutáveis e inconstantes do meio ambiente. Para ser adaptável, a
organização deve ser flexível, para poder adaptar e integrar novas atividades; e ser
receptiva e transparente a novas idéias, venham elas de dentro ou de fora da organização.
b. Senso de identidade. Ou seja, o conhecimento e a compreensão do passado e do
presente da organização, e a compreensão e o compartilhamento dos seus objetivos por
todos os participantes. No DO não há lugar para alienação do empregado, mas para o
comprometimento do participante.
c. Perspectiva exata do meio ambiente. Ou seja, a percepção realista e a capacidade de
investigar, diagnosticar e compreender o meio ambiente.
d. Integração entre os participantes. Para que a organização possa se comportar como
um todo orgânico e integrado.
A tarefa básica do DO é mudar a cultura e melhorar o clima da organização.
e. Conceito de mudança
Mudança é a transição de uma situação para outra diferente ou a passagem de um estado
para outro diferente. Mudança implica ruptura, transformação, perturbação, interrupção.
O mundo atual se caracteriza por um ambiente dinâmico em constante mudança e que
exige das organizações uma elevada capacidade de adaptação, como condição básica de
sobrevivência. Adaptação, renovação e revitalização significam mudança.
64
O processo de mudança adotado pelo DO se baseia no modelo de Kurt Lewin, mais tarde
desenvolvido por Schein e outros, e que é aplicável a pessoas, grupos e organizações.
O modelo envolve três fases ou etapas distintas:
a. Descongelamento do padrão atual de comportamento.
Surge quando a necessidade de mudança torna-se tão óbvia que a pessoa, grupo ou
organização pode rapidamente entendê-la e aceitá-la, para que a mudança possa ocorrer.
Se não há descongelamento, a tendência será o retorno puro e simples ao padrão habitual
e rotineiro de comportamento. O descongelamento significa que as velhas idéias e práticas
são derretidas e desaprendidas para serem substituídas por novas idéias e práticas
aprendidas.
b. Mudança.
Surge quando ocorre a descoberta e a adoção de novas atitudes, valores e
comportamentos. O agente de mudança conduz pessoas, grupos ou toda a organização no
sentido de promover novos valores, atitudes e comportamentos por meio de processos de
identificação e internalização. Os membros da organização se identificam com os valores,
atitudes e comportamentos do agente de mudança para então internalizá-Ios, desde que
percebam sua eficácia no seu desempenho. A mudança é a fase em que novas idéias e
práticas são aprendidas de modo que as pessoas passam a pensar e a executar de uma
nova maneira.
c. Recongelamento.
Significa a incorporação de um novo padrão de comportamento por meio de
mecanismos de suporte e de reforço, de modo que ele se torne a nova norma.
Recongelamento significa que o que foi aprendido foi integrado à prática atual. Passa a
ser a nova maneira que a pessoa conhece e faz o seu trabalho. Conhecer apenas a nova
prática não é suficiente. É preciso incorporá-la e fixá-la ao comportamento.
f. O processo de mudança segundo Lewin
O processo de mudança ocorre em um campo dinâmico de forças que atua em vários
sentidos. De um lado, existem forças positivas que atuam como apoio e suporte à
mudança e, de outro lado, forças negativas que atuam como oposição e resistência à
mudança. Na organização, há uma balança dinâmica de forças positivas que apóiam e
suportam a mudança e de forças negativas que restringem e impedem a mudança. O
sistema funciona dentro de um estado de relativo equilíbrio que se denomina equilíbrio
quase-estacionário. Esse equilíbrio é rompido toda vez que se introduz alguma tentativa
de mudança, a qual sofre pressões positivas (forças de apoio e suporte) e negativas (forças
de oposição e resistência) criando um momento de forças. O DO é vital para a organização
que concorre e luta pela sobrevivência em condições de mudança. As mudanças que
ocorrem no mundo moderno exigem a revitalização e a reconstrução das organizações.
Essas têm de se adaptar às mudanças do ambiente. As mudanças organizacionais não
podem ser feitas ao acaso, ao sabor da inércia ou da improvisação, mas devem ser
planejadas. A administração da mudança começa com a análise das forças exógenas
(exigências da economia globalizada, da tecnologia, dos consumidores, dos concorrentes
etc.) e das forças endógenas (como decisões e atividades internas, demandas de novos
processos e tecnologias, novos produtos ou serviços, exigências dos empregados e
sindicatos etc.) que criam a necessidade de mudanças na organização. As forças externas
e internas são transferidas para necessidades percebidas na organização. Daí decorre a
lacuna de desempenho (performancegap), ou seja, a disparidade entre os níveis existente
e desejado de desempenho. A lacuna de desempenho ocorre devido aos procedimentos
atuais que não estão adequados às novas exigências. A organização deve estar atenta aos
problemas e oportunidades, porque a necessidade percebida de mudança é que permite o
estágio seguinte, que é o diagnóstico da mudança. Trata-se de verificar o que deve ser
65
mudado na empresa: estrutura organizacional, cultura organizacional, tecnologia,
produtos ou serviços. Por fim, a última etapa é a implementação da mudança de maneira
planejada e organizada. A mudança é o resultado da competição entre forças
impulsionadoras e forças restritivas. Quando a mudança é introduzida, existem forças que
a impulsionam, enquanto outras forças levam à resistência. Para implementar a mudança,
torna-se necessário analisar ambas as forças que atuam na mudança a fim de se remover
ou neutralizar as forças restritivas que a impedem e incentivar as forças impulsionadoras.
A Teoria do Campo de Forças é indispensável nessa abordagem. A mudança ocorre
quando as forças impulsionadoras e favoráveis são maiores do que as forças restritivas e
impeditivas.
g. Conceito de desenvolvimento
A tendência natural da organização é crescer e desenvolver- se em função de fatores
endógenos (internos e relacionados com a própria organização, estruturais ou
comportamentais) e exógenos (externos e relacionados com as demandas e as influências
do ambiente). O desenvolvimento é um processo lento e gradativo que conduz à
realização das potencialidades da organização. O desenvolvimento da organização
permite:
1. Conhecimento profundo e realístico de si própria e de suas possibilidades.
2. Conhecimento profundo e realístico do meio ambiente em que ela opera.
3. Planejamento das relações com o meio ambiente e com seus participantes.
4. Estrutura interna flexível para se adaptar às mudanças que ocorrem no meio ambiente
e entre seus participantes.
5. Meios de informação a respeito das mudanças e da adequação de sua resposta
adaptativa. As organizações devem possuir estruturas orgânicas adaptáveis e capazes de
resolver problemas. Para tanto, o desenvolvimento da organização pode ser feito por meio
de estratégias de mudança, a saber:
1. Mudança evolucionária.
Quando a mudança de uma ação para outra que a substitui é pequena e dentro dos limites
das expectativas e do status quo. A mudança evolucionária é lenta, suave e não transgride
as expectativas daqueles que nela estão envolvidos ou são por ela afetados.
Há uma tendência de se repetir e reforçar soluções que foram eficientes no passado e de
se abandonar soluções fracas e deficientes.
2. Mudança revolucionária. Quando a mudança contradiz, rompe ou destrói os arranjos
do status quo. A mudança revolucionária é rápida, intensa, brutal, transgride e rejeita as
antigas expectativas e introduz expectativas novas. Enquanto as mudanças evolucionárias
ocorrem aos poucos, não provocam entusiasmo ou resistência, as mudanças
revolucionárias são súbitas e causadoras de impacto.
3. Desenvolvimento sistemático. Os responsáveis pela mudança delineiam modelos do
que a organização deveria ser em comparação com o que é, enquanto aqueles cujas ações
serão afetadas estudam, avaliam e criticam o modelo de mudança para recomendar
alterações baseadas em seu próprio discernimento e compreensão. As mudanças
resultantes traduzem-se por apoio e compromisso e não por resistências ou
ressentimentos. Os autores do DO adotam o desenvolvimento sistemático.
h. Fases da organização
As organizações assumem diferentes formas organizacionais em diferentes ambientes e
em diferentes épocas. Durante sua existência, as organizações percorrem cinco fases
distintas:
1. Fase pioneira. É a fase inicial da organização. Por ser ainda pequena, seus processos
são supervisionáveis e controláveis. Existem tarefas de rotina e um enorme volume de
66
improvisações e a capacidade para realizar inovações é elevada. Reina o espírito
empreendedor.
2. Fase de expansão. É a fase em que a organização cresce e expande suas atividades,
intensifica suas operações e aumenta o número de participantes. A preocupação é
aproveitar oportunidades que surgem e nivelar a sua produção com as necessidades
ambientais.
3. Fase de regulamentação. Com o crescimento das suas atividades, a organização é
obrigada a estabelecer normas de coordenação entre os diversos departamentos ou setores
que vão surgindo, bem como definir rotinas e processos de trabalho.
4. Fase de burocratização. O desenvolvimento das operações e de sua dimensão leva a
organização a uma regulamentação burocrática para preestabelecer o comportamento
organizacional dentro de padrões rígidos e um sistema de regras e procedimentos para
lidar com as contingências relacionadas com as atividades do trabalho. Define-se a cadeia
de comando, a divisão do trabalho baseada na especialização e na impessoalidade nas
relações entre os participantes. A organização piramidal e monocrática apresenta pouca
flexibilidade para as mudanças e para a inovação.
5. Fase de reflexibilização. Ou seja, de readaptação à flexibilidade e de reencontro com
a capacidade inovadora perdida, por meio da introdução de sistemas organizacionais
flexíveis. O DO é um esforço de reflexibilização.
i. Críticas às estruturas convencionais
Para os especialistas em DO, as estruturas organizacionais convencionais não estimulam
a atividade inovadora e nem se adaptam a circunstâncias em mudança. As críticas às
estruturas convencionais são as seguintes:
1. O poder da administração frustra e aliena o empregado. É por meio do poder e da
autoridade formal que a organização controla seus participantes e consegue cumprir os
seus objetivos. O poder é inerente e indispensável a toda organização. O poder diferencia
os interesses da organização dos interesses dos empregados, fazendo com que esses não
se identifiquem com ela, alienando-se no desempenho de suas funções ou, opondo-se ao
poder organizacional sob formas de comportamento e atitudes negativas.
2. A divisão e a fragmentação do trabalho impedem o compromisso emocional do
empregado. Quando a organização é dividida em departamentos e esses, divididos em
seções, ocorre uma fragmentação onde o esforço humano é limitado a fazer o que foi
estabelecido dentro das rotinas predeterminadas e rígidas. Os sentimentos, emoções e
atitudes dos participantes não são consideradas no processo, pois esse deve ser racional e
lógico. O comprometimento pessoal é uma emoção. Se essa é ignorada, não há
comprometimento pessoal e a tarefa passa a ser executada mecânica e automaticamente,
sem motivação. A motivação é um estado de espírito relacionado com a emoção. Se a
emoção não existir em uma organização, não haverá comprometimento pessoal das
pessoas.
3. A autoridade única ou unidade de comando restringe a comunicação e afeta
negativamente o comprometimento da pessoa para com a organização. A autoridade
linear limita a organização a uma estrutura simples e provê apenas um canal de
comunicação de cima para baixo. Cada pessoa tem um supervisor, que é o terminal de
sua comunicação. Se esse canal não funciona, a pessoa encontra uma barreira e perde o
único contato com a organização. A partir daí, não há comprometimento pessoal.
4. As funções permanentes tornam-se fixas e imutáveis. Isso leva a uma inflexibilidade,
tornando as organizações estáticas. O movimento dentro das organizações depende das
demissões, aposentadorias, mortes e alguns novos cargos criados extemporaneamente. As
tarefas são executadas por longos períodos de tempo dentro da mesma rotina e levando à
perda da participação espontânea e à monotonia.
67
9.2 - O que é desenvolvimento organizacional
68
tecnológicas, econômicas, sociais, políticas etc., que influenciam o desenvolvimento e o
êxito das organizações.
2. Necessidade de contínua adaptação. O indivíduo, o grupo, a organização e a
comunidade são sistemas dinâmicos e vivos de adaptação, ajustamento e reorganização,
como condição básica de sobrevivência em um ambiente em contínua mudança. São
sistemas vivos, abertos, que dependem de intercâmbios com o ambiente para sua
sobrevivência e desenvolvimento.
3. Interação entre indivíduo e organização. A organização é um sistema social. O DO
parte de uma filosofia acerca do ser humano dotado de aptidões para a produtividade que
podem permanecer inativas se o contexto em que vive e trabalha lhe é restritivo e hostil,
impedindo o crescimento e a expansão de suas potencialidades. Se fizermos da
organização um ambiente capaz de satisfazer as exigências dos indivíduos, esses poderão
crescer, expandir-se e encontrar satisfação e auto-realização ao promover os objetivos da
organização. É possível conseguir que as metas dos indivíduos se integrem com os
objetivos da organização, em um plano em que o significado do trabalho seja estimulante
e gratificante e comporte possibilidades de desenvolvimento pessoal.
4. A mudança organizacional deve ser planejada. A mudança planejada é um processo
contínuo e complexo. Para mudar uma empresa, é necessário mudar a empresa toda
envolvendo todos os membros da organização em compromisso conjunto. É necessário
que aqueles que a dirigem liderem a mudança para que a atitude positiva à mudança seja
comunicada de cima para baixo. A mudança deve ser responsabilidade pessoal de todos
os que são responsáveis pelos resultados da empresa.
5. A necessidade de participação e de comprometimento. A mudança planejada é uma
conquista coletiva e não o resultado do esforço de poucas pessoas. As resistências são
normais quando se trata de explorar atitudes, crenças, valores e comportamentos já
sedimentados e sólidos nas relações entre os participantes. O aprendizado de novos
comportamentos deve melhorar a competência interpessoal (relacionamento humano
isento de bloqueios e preconceitos) e a adaptabilidade às mudanças.
6. A melhoria da eficácia organizacional e do bem estar da organização dependem da
compreensão e da aplicação dos conhecimentos sobre a natureza humana. As ciências do
comportamento permitem localizar e criar o ambiente de trabalho ótimo, em que cada
pessoa possa dar sua melhor contribuição e, ao mesmo tempo, ter consciência do seu
potencial. As ciências do comportamento permitem· fazer alterações e mudanças de
maneira a criar o mínimo de perturbação e interferências negativas.
7. A variedade de modelos e estratégias de DO. Existem vários modelos e estratégias para
situações ou problemas em função do diagnóstico feito.
8. O DO é uma resposta às mudanças. É um esforço educacional complexo, destinado a
mudar atitudes, valores, comportamentos e estrutura da organização, de tal maneira que
essa possa se adaptar às demandas ambientais, caracterizadas por novas tecnologias,
novos mercados, novos problemas e desafios. O DO é uma metodologia que indica e
orienta a maneira pela qual a organização se ajusta ao imperativo da rápida mudança. A
qualidade mais importante da organização é a sua sensibilidade: a capacidade para mudar
frente às mudanças de estímulos ou situações. A organização sensível e flexível tem a
capacidade de realocar e redistribuir seus recursos de forma a otimizar a realização da sua
tarefa, pois ela é um subsistema em um ambiente que consiste em muitos outros sistemas,
todos dinamicamente interdependentes.
9.4 - As características do DO
69
1. Focalização na organização como um todo. O DO envolve a organização como um
todo para que a mudança possa ocorrer efetivamente. A organização necessita de todas
as suas partes trabalhando em conjunto para resolver os problemas e as oportunidades que
surgem.
2. Orientação sistêmica. O DO está voltado para as interações entre as partes da
organização que se influenciaram reciprocamente, para as relações de trabalho entre as
pessoas, bem como para a estrutura e os processos organizacionais. O objetivo do DO é
fazer todas essas partes trabalharem juntas com eficácia. A ênfase é em como as partes se
relacionam entre si e não em cada uma dessas partes tomada isoladamente.
3. Agente de mudança. O DO utiliza agentes de mudança, que são as pessoas que
desempenham o papel de estimular, orientar e coordenar a mudança dentro de um grupo
ou organização. O agente principal de mudança pode ser um consultor de fora da empresa,
para que opere independentemente e sem vinculações com a hierarquia ou políticas da
empresa. O executivo principal de Recursos Humanos (RH) costuma ser o agente de
mudança in house que coordena o programa com a diretoria e o agente de mudança
externo, resultando numa relação de três vias envolvendo o executivo de RH, a diretoria
e o consultor. Em alguns casos, a organização tem o seu consultor in house. Existem ainda
organizações que têm um departamento de DO para detectar e conduzir as mudanças
necessárias para aumentar a competitividade organizacional. O administrador está se
tornando um poderoso agente de mudança dentro das organizações. O seu novo papel está
exigindo a aprendizagem de habilidades de diagnóstico da situação e de implementação
da mudança.
4. Solução de problemas. O DO enfatiza a solução de problemas e não apenas os discute
teoricamente. Focaliza os problemas reais e não os artificiais. Para isso utiliza a pesquisa-
ação, ou seja, a melhoria organizacional por meio da pesquisa e do diagnóstico dos
problemas e da ação necessária para resolvê-los.
5. Aprendizagem experiencial. Os participantes aprendem pela experiência no ambiente
de treinamento os tipos de problemas com que se defrontam no trabalho. Os participantes
discutem e analisam sua própria experiência imediata e aprendem com ela. Essa
abordagem produz mais mudança de comportamento do que a tradicional leitura e
discussão de casos, na qual as pessoas falam sobre idéias e conceitos abstratos. A teoria
é necessária e desejável, mas o teste final está na situação real. O DO ajuda a aprender
com a própria experiência, a solidificar ou recongelar novas aprendizagens e a responder
perguntas que rondam a cabeça das pessoas.
6. Processos de grupo e desenvolvimento de equipes. O DO repousa sobre processos
grupais, como discussões em grupo, confrontações, conflitos intergrupais e
procedimentos para cooperação. Há um esforço para desenvolver equipes, melhorar as
relações interpessoais, abrir os canais de comunicação, construir confiança e encorajar
responsabilidades entre as pessoas. O DO é fundamentalmente antiautoritário.
Seu objetivo é construir equipes de trabalho na organização. Enfatiza grupos, pequenos
ou grandes. Propõe cooperação e integração e ensina como ultrapassar as diferenças
individuais ou grupais para obter a cooperação e o compromisso.
7. Retroação. O DO proporciona informação de retorno e retroação às pessoas para que
elas tenham dados concretos que fundamentem suas decisões. A retroação fornece
informação de retorno sobre seu comportamento e encoraja as pessoas a compreenderem
as situações em que estão envolvidas e a tomarem ação autocorretiva para serem mais
eficazes nessas situações.
8. Orientação contingencial. O DO não segue um procedimento rígido e imutável. Pelo
contrário, é situacional e orientado para as contingências. É flexível e pragmático,
adaptando as ações para adequá-las às necessidades específicas e particulares que foram
70
diagnosticadas. Os participantes discutem todas as alternativas possíveis e não se baseiam
exclusivamente em uma única maneira de abordar os problemas.
9. Desenvolvimento de equipes. O DO é feito por meio de equipes. A sua proposição é a
mudança planejada. Parte do princípio de que não há um modelo ideal de organização
aplicável a quaisquer circunstâncias. As organizações devem adaptar-se às suas
circunstâncias específicas de maneira planejada atuando principalmente sobre sua cultura
organizacional. A cultura organizacional tornou-se o objeto por excelência da mudança
planejada. E nada melhor do que fazê-lo por meio de equipes. O avanço do DO em relação
à Teoria Comportamental reside no fato de que o DO persegue a mudança da cultura e
não apenas a mudança das pessoas. Daí, a necessidade de atuar sobre o comportamento
individual e grupal para chegar à mudança do comportamento organizacional.
10. Enfoque interativo. As comunicações e interações constituem os aspectos
fundamentais do DO para obter multiplicação de esforços rumo à mudança. A sinergia é
fundamental nas interações.
9.5 - Objetivos do DO
9.6 – O Processo de DO
O DO constitui um processo que leva anos para mudar uma organização e que pode
continuar indefinidamente. Para um programa dessa magnitude, o apoio decidido da alta
administração é essencial.
Para Kotter, o DO é um processo que segue oito etapas, a saber:
1. Decisão da direção da empresa de utilizar o DO. O primeiro passo é a decisão da
direção da empresa em utilizar o DO como instrumento de mudança organizacional e
escolher um consultor externo para coordenar o processo.
2. Diagnóstico inicial. A direção da empresa reúne-se com o consultor externo para
definir o programa ou modelo de DO adequado. Nessa fase, o consultor busca dados e
insumos através de entrevistas com pessoas da empresa. Nesse sentido, o DO se parece
com a medicina. O diagnóstico é o passo inicial para a cura ou correção de algum
problema da organização.
3. Colheita de dados. É feita por meio de pesquisa para conhecer o ambiente interno,
avaliar o clima organizacional e obter dados sobre os problemas comportamentais. O
consultor reúne-se com os grupos para obter informações sobre as condições que
contribuem para sua eficácia no trabalho e o que deveria mudar na maneira pela qual a
empresa opera e funciona.
71
4. Retroação de dados e confrontação. Grupos de trabalho são criados para avaliar e rever
os dados obtidos, para mediar áreas de desentendimentos, localizar problemas e
estabelecer prioridades de mudança.
5. Planejamento de ação e solução de problemas. Os grupos usam os dados para fazer
recomendações sobre as mudanças necessárias para resolver os problemas da
organização, como planos específicos, responsáveis pela condução das ações e quando e
como elas devem ser implementadas.
6. Desenvolvimento de equipes. Durante as reuniões, o consultor encoraja a formação de
grupos e desenvolvimento de equipes para que cada um deles examine como os
participantes trabalham juntos e como os grupos interagem entre si. O consultor incentiva
a comunicação aberta e a confiança como pré-requisitos para melhorar a eficiência e a
eficácia dos grupos. Os gerentes e seus subordinados passam a trabalhar em equipes.
7. Desenvolvimento intergrupal. Os grupos fazem reuniões de confrontação para alcançar
melhor relacionamento intergrupal entre as diversas equipes.
8. Avaliação e acompanhamento. O consultor ajuda a empresa a avaliar os resultados de
seus esforços de mudança e desenvolve outros programas nas áreas onde resultados
adicionais se tornam necessários por meio de técnicas de retroação de dados.
9.7 – Técnicas de DO
72
reuniões, os participantes diagnosticam e experimentam o seu comportamento em grupo,
atuando como sujeitos e experimentadores ao mesmo tempo e recebendo assessoria de
um psicólogo. O laboratório de sensitividade pressupõe o afastamento da situação que o
indivíduo ocupa na organização e a inexistência de relações hierárquicas entre os
participantes. O objetivo é o autoconhecimento e o conhecimento do impacto que o
indivíduo exerce sobre as outras pessoas, além do aperfeiçoamento da comunicação
interpessoal pela eliminação de suas barreiras. Com isso, o indivíduo torna-se menos
defensivo acerca de si mesmo, menos temeroso das intenções dos outros, mais responsivo
aos outros e suas necessidades deixarão de ser interpretadas pelos outros de uma maneira
negativa. O resultado será maior criatividade (menor temor dos outros e menos posição
defensiva), menor hostilidade quanto aos outros (devido à melhor compreensão dos
outros) e maior sensitividade às influências sociais e psicológicas sobre o comportamento
em trabalho. O treinamento da sensitividade é projetado para desenvolver a sensitividade
social de uma pessoa e a flexibilidade de seu comportamento em relação aos outros por
meio da prática e da experiência. Daí, ser experiencial. É aplicado de cima para baixo,
começando na cúpula da organização e descendo até os níveis mais baixos. Um dos
problemas de sua aplicação é o retorno do indivíduo à situação normal de trabalho,
quando a autenticidade da comunicação pode criar problemas com os demais indivíduos
que não passaram ainda pelo mesmo tipo de treinamento. Sua eficácia é inegável na
melhoria da competência individual e interpessoal, diminuição da ansiedade e redução do
conflito intergrupal.
73
interpessoal utilizada pela pessoa. Cada pessoa se comporta de maneira diferente
conforme as situações e pessoas envolvidas no seu relacionamento. A pessoa pode
assumir ou reagir como pai, criança ou adulto para se ajustar ao papel no qual a outra
pessoa a coloca.
Assim, existem dois tipos de transações: as paralelas e as cruzadas.
1. Transações paralelas. Quando a pessoa A ajusta-se ao papel no qual a pessoa B a
enquadra para permitir melhor entendimento e continuidade do relacionamento. As
transações paralelas podem ser:
a. de pai para pai: as contra-argumentações não permitem o acordo.
b. de pai para criança ou de criança para pai: uma pessoa é dominadora e a outra é
dominada, desenvolvendo uma relação de protetor e submisso.
c. de adulto para adulto: nas quais ambas as pessoas assumem comportamentos racionais,
maduros, lógicos e equilibrados. É a transação mais desejável.
d. de criança para criança: onde predomina o comportamento emocional e inseguro das
duas pessoas envolvidas.
2. Transações cruzadas ou bloqueadas. Quando a pessoa A não se ajusta ao papel no qual
a pessoa B a enquadra, provocando travamento, paralisação ou bloqueio do
relacionamento. As transações cruzadas podem ser:
a. de pai para criança e de criança para pai: quando cada uma das partes quer, na posição
de pai, tratar a outra de forma dominadora.
b. de adulto para adulto e de pai para criança: quando uma inter-relação madura e
equilibrada é respondida por uma atitude dominadora.
c. de adulto para adulto e de criança para pai: quando uma inter-relação madura e
equilibrada é respondida por uma atitude insegura, submissa e dependente. A AT tenta
transformar todas as transações, sejam paralelas ou cruzadas, em transações do tipo adulto
x adulto, para melhorar as relações interpessoais.
3. Posições de vida. São as atitudes que as pessoas expressam na sua visão do mundo e
que estão presentes em todas as transações.
Existem quatro posições de vida ou posições existenciais:
a. Não estou bem - Você está bem: descreve a dependência típica da criança em um mundo
de adultos.
b. Não estou bem - Você não está bem: corresponde a situações muito depressivas e
altamente negativas quanto à vida.
c. Estou bem - Você não está bem: descreve a atitude desconfiada em relação ao outro.
d. Estou bem - Você está bem: corresponde à atitude racional e madura, na qual pode
haver discussão, mas dentro do respeito mútuo. É a posição ideal de vida.
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2. Desenvolvimento de equipes. É uma técnica de alteração comportamental na qual
grupos de pessoas de vários níveis e áreas reúnem-se sob a coordenação de um consultor
e criticam-se mutuamente, procurando um ponto de encontro em que a colaboração seja
mais frutífera, eliminando-se as barreiras interpessoais de comunicação através do
esclarecimento e compreensão das suas causas. Cada equipe auto-avalia seu desempenho
e comportamento através de determinadas variáveis. O trabalho em equipe elimina as
diferenças hierárquicas e os interesses específicos de cada departamento, proporcionando
uma predisposição sadia para a criatividade e a inovação. O objetivo é criar e desenvolver
equipes sem diferenças hierárquicas e sem os interesses específicos de cada departamento
dos quais se originam os participantes. Cada equipe é coordenada por um consultor, cuja
atuação varia enormemente, para tornar a equipe mais sensível aos seus processos
internos de metas, participação, confiança mútua, comunicação de sentimentos etc.
McGregor recomenda uma escala para avaliar a eficiência da equipe.
Outro objetivo é diagnosticar as barreiras para o desempenho eficaz da equipe, fortalecer
o senso de unidade entre seus membros, incrementar relações entre os membros, melhorar
o cumprimento das tarefas e o processo de trabalho do grupo. Muitas organizações não
satisfeitas com o desenvolvimento de equipes estão realizando uma etapa mais avançada:
o empowerment ou fortalecimento de equipes. Trata-se de dar mais ênfase, força,
liberdade e valor às equipes.
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4. Palestras sobre assuntos internos, programas e planos de trabalho etc.
9.8 – Modelos de DO
Grade Gerencial
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_______________________________________________________________________
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Princípios Sistêmicos
• Teleologia - a causa é uma condição necessária, mas nem sempre o suficiente para que
surja o efeito. (a relação causa e efeito não é determinística ou mecanicista, mas
simplesmente probabilística)
Com esses três princípios – expansionismo, pensamento sintético e teleologia – a Teoria
Geral de Sistemas proporcionou o surgimento da Cibernética e desaguou na Teoria Geral
da Administração. Redimensionando suas concepções e trazendo profundas mudanças.
Essas profundas mudanças também ocorreram simultaneamente nas organizações com o
advento da automação e da informática.
A abordagem sistêmica se divide em: CIBERNETICA, TEORIA MATEMATICA E
TEORIA DOS SISTEMAS.
b) Caixa preta – (black box) é onde as entradas recebem tratamento pré determinado
para obter as saídas desejadas, nem sempre revelando como isto acontece. O conceito de
caixa negra refere-se a um sistema cujo interior não pode ser desvendado, cujos elementos
internos são desconhecidos e que só pode ser conhecido “por fora”, por meio de
manipulação externa ou de observação externa.
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receber, produção, logística. A não usual pode ser que venha a ser utilizada. Ex. arquivo
morto.
A T.G.S. não busca solucionar problemas ou tentar soluções práticas, mas sim produzir
teorias e formulações conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade
empírica.
Os pressupostos básicos da T.G.S. são:
• existe uma nítida tendência para a integração nas várias ciências naturais e sociais;
• essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas;
• essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abrangente de estudar os campos não
físicos do conhecimento científico, especialmente as ciências sociais;
• essa teoria de sistemas, ao desenvolver princípios unificadores que atravessam
verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas, aproxima-nos
do objetivo da unidade da ciência;
• isso pode levar a uma integração muito necessária da educação científica.
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Organização. Outro fator também de significativa importância é o feed-back que deve ser
realizado ao planejamento de todo o processo.
Ênfase: tecnologia - é o foco das teorias que consideram a Administração uma ciência
que busca das organizações às demandas e situações que ocorrem em seu contexto externo
Enfoque: Administração da tecnologia (imperativo tecnológico)
Tipos de sistemas
Há uma grande variedade de sistemas e uma ampla gama de tipologias para classificá-
los, de acordo com certas características básicas:
Fechados: não apresentam intercambio com o meio ambiente que os circunda, sendo
assim não recebem nenhuma influencia do ambiente e por outro lado não influenciam.
Não recebem nenhum recurso externo e nada produzem que seja enviado para fora.
Abertos: são os sistemas que apresentam relações de intercambio com o ambiente, por
meio de entradas e saídas. Os sistemas abertos trocam matéria e energia regularmente
com o meio ambiente. São eminentemente adaptativos, isto é, para sobreviver devem
reajustar-se constantemente as condições do meio.
As organizações são por definição sistemas abertos, pois não podem ser adequadamente
compreendidas de forma isolada, mas sim pelo inter-relacionamento entre diversas
variáveis internas e externas, que afetam seu comportamento. Tal como os organismos
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vivos, as organizações têm seis funções primarias ou principais, que mantêm estreita
relação entre si, mas que podem ser estudadas individualmente.
c) Reação ao ambiente: o animal que reage frente a mudanças ambientais para sua
sobrevivência deve adaptar-se as mudanças. Também nas organizações reage ao seu
ambiente, mudando seus materiais, consumidores, empregados e recursos financeiros. As
alterações podem se efetuar nos produtos, no processo ou na estrutura (mudanças face ao
mercado).
b) Parte de uma sociedade maior: as organizações são vistas como sistemas dentro de
sistemas. Os sistemas são complexos de elementos colocados em interação. Essas
interações entre os elementos produzem um todo que não pode ser compreendido pela
simples investigação das várias partes tomadas isoladamente. – ajuste constante entre
grupos internos e externos (econômico e cultural);
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c) Interdependência entre as partes: uma organização não é um sistema mecânico, no
qual uma das partes pode ser mudada sem um efeito concomitante sobre as outras. Em
face da diferenciação das partes provocadas pela divisão do trabalho, as partes precisam
ser coordenadas por meio de integração e de trabalho. As interações internas e externas
do sistema refletem diferentes escalões de controle e da autonomia. Uma variedade de
subsistema deve cumprir a função do sistema e as suas atividades devem ser coordenadas.
– divisão de trabalho, coordenação, integração e controle;
e) Fronteiras ou limites: é a linha que serve para marcar o que está dentro e o que está
fora do sistema. Nem sempre a fronteira de um sistema existe fisicamente. –
sobreposições e intercâmbios com os sistemas do ambiente;
Tem por finalidade a identificação das propriedades, princípios e leis característicos dos
sistemas em geral, independentes dos tipos de cada um, da natureza de seus elementos
componentes e das relações entre eles. Procura entender como os sistemas funcionam.
CONCEITO DE SISTEMAS
Conjunto de partes que interagem para atingir um determinado fim (objetivo).
ambiente
entradas processamento saídas
retroalimentação
• Processamento
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É o fenômeno que produz as mudanças, é um mecanismo de conversão das entradas em
saídas.
• Saída (output)
É a finalidade para qual se reuniram elementos e relações do sistema, é o resultado final
da operação de processamento.
• Retroalimentação (feedback)
É a função do sistema que visa comparar a saída com um padrão pré-estabelecido. O
controle do sistema visa manter ou aprimorar o desempenho do processo.
• Ambiente
É o meio que envolve o sistema
Tipos de sistemas
Constituição: concreto ou abstrato
Idéias básicas
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Conceitos de sistema
• Subsistema técnico:
a. Instalações físicas,
b. Máquinas e equipamentos,
c. Tecnologia,
d. Objetivos,
e. Divisão do trabalho.
• Subsistema social:
a. Pessoas,
b. Relações sociais,
c. Emoções,
d. Habilidades,
e. Capacidades,
f. Necessidades.
Características obrigatórias dos sistemas sociais
Abordagem Sistêmica
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A abordagem sistêmica é uma maneira de resolver problemas sob o ponto de vista da
Teoria Geral de Sistemas.
Muitas soluções surgem quando observamos um problema como um sistema e, desta
foram, sendo formado por elementos, com relações, objetivos e um meio-ambiente.
e) analogias
A analogia consiste em utilizar uma solução S’ num problema P’, similar a uma solução
S que já teve sucesso num problema P similar a P’. Ou seja, é o reuso de soluções em
problemas similares, com alguma adaptação da solução. Não é a toa que o Homem criou
o avião observando os pássaros voarem.
CIBERNÉTICA E ADMINISTRAÇÃO
85
• As empresas são sistemas excessivamente complexos (extremamente complicados e não
podem ser descritos de forma precisa e detalhada), probabilísticos (é aquele para o qual
não poderá ser fornecida uma previsão detalhada) e regulamentados que funciona como
organismos vivos, que desenvolvem técnicas de sobrevivência num ambiente interno e
externo em alteração continua.
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TEORIA MATEMÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO
A Teoria Geral da Administração tem recebido no decorrer dos últimos trinta anos uma
infinidade de contribuições da Matemática sob a forma de modelos matemáticos capazes
de proporcionar soluções de problemas empresariais, seja na área de recursos humanos,
de produção, de comercialização, de finanças ou na própria área de administração geral.
Boa parte das decisões administrativas pode ser tomada na base de soluções assentadas
em equações matemáticas que simulam certas situações reais, que obedecem a
determinada “leis” ou regularidades.
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- Identificação dos custos para precificação dos produtos. - Planejamento das despesas e
orçamento das áreas da organização.
- Análise dos custos de distribuição, logística e armazenagem.
- Análise das margens e da rentabilidade dos produtos. - Análise dos custos de venda.
• permitem o entendimento dos fatos de uma forma melhor que a descrição verbal.
• descobrem relações existentes entre vários aspectos do problema, não percebidas na
descrição verbal.
• permitem tratar o problema em seu conjunto e com todas as variáveis simultaneamente.
• podem ser aplicados por etapas e considerar outros fatores não descritos verbalmente.
• utilizam técnicas matemáticas e lógicas.
• conduzem a soluções quantitativas.
• permitem uso de computadores para processar grandes volumes de dados.
• formular o problema: uma analise dos sistemas, dos objetivos e das alternativas.
• construir um modelo matemático para representar o sistema: esse modelo expressa
a eficácia do sistema como função de um conjunto de variáveis, das quais pelo menos
uma esta sujeita a controle.
• deduzir uma solução do modelo: existem essencialmente dois tipos de procedimentos
para derivar uma solução: a perspectiva do processo e a perspectiva do problema.
• testar o modelo e a solução: o modelo é uma representação da realidade, o modelo e
bom quando for capaz de prever, com exatidão, o efeito que as mudanças no sistema têm
sobre a eficácia geral do sistema.
• estabelecer controle sobre a solução.
• implementar a solução: a solução testada precisa ser transformada numa serie de
processos operacionais suscetíveis de ser entendidos e aplicados pelo pessoal que será
responsável pelo seu emprego.
TEORIA DOS JOGOS – propõe uma formulação matemática para a análise dos
conflitos. Este conceito de conflito envolver uma oposição de forças ou de interesses ou
de pessoas que origina uma seção dramática. Porem, essa oposição não se da de forma
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imediata e explicita, mas a partir da formação e do desenvolvimento de uma situação, ate
chegar a um ponto mais ou menos irresistível, onde se desencadeia a ação dramática. Uma
situação de conflito e sempre aquela em que um ganha e outro perde, pois os objetivos
visados são indivisíveis e incompatíveis pela sua própria natureza. A teoria dos jogos é
aplicada apenas ao tipo de conflitos que envolvem disputa de interesse entre dois ou mais
intervenientes, na qual cada parceiro, em determinado momentos, pode ter uma variedade
de ações possíveis, delimitadas, contudo pelas regras do jogo o numero de estratégia
disponível e finito e, portanto, enumerável. Cada estratégia descreve o que será feito em
qualquer situação. Conhecidas as estratégias possíveis dos jogadores, podem-se estimar
todos os resultados possíveis. Tem como base o pressuposto do conflito de interesses e
ações entre duas ou mais partes interessadas.
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determinado é que poderá ser efetuada a escolha final. Por exemplo, simplificando o
exemplo de um motorista que deseja ir de um ponto a outro, devendo ainda interromper
a viagem para almoçar. Normalmente, o motorista soluciona esse problema por fases.
Primeiramente, seleciona vários locais intermediários nos quais poderá fazer a refeição.
Em seguida, determina o ótimo trajeto de seu ponto de partida para cada local
intermediário ate seu ponto de chegada. A menor distancia determina o melhor ponto
intermediário. Sua primeira decisão consiste em selecionar o local da refeição e a
segunda, o melhor trajeto para esse local, mas ambas as soluções estará a preocupação
ultima de procurar o menor percurso. Adequado para tratar de problemas que envolvem
varias fases inter-relacionadas, considerando o impacto das decisões para o objetivo final.
A palavra contingência significa algo incerto ou eventual, que pode suceder ou não,
refere-se a uma proposição que só pode ser conhecida pela experiência e pela evidência
e não pela razão.
A teoria da contingência vai bem mais longe do que a teoria de sistemas quando aborda
a problemática do ambiente. Na teoria da contingência as condições de ambiente é que
90
causam transformações no interior das organizações. Ou seja, o ambiente explica o
fenômeno organizacional. Há quem negue esta influência total do ambiente sobre a
organização. O argumento é que a influência sobre a organização é ditada não pelo
ambiente, mas apenas pelo que interessa diretamente a organização, isto é, a tecnologia
existente no ambiente.
Poderíamos dizer que uma corrente considera o ambiente total vital para a organização, e
uma outra corrente que considera o ambiente de forma parcial. De qualquer maneira é o
ambiente que conduz a vida da organização.
ORIGENS
Surgiu, também, a partir dos resultados de várias pesquisas que procuraram verificar os
modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas.
As pesquisas, cada qual isoladamente, pretendiam confirmar se as organizações mais
eficazes seguiam os pressupostos da Teoria Clássica. Os seus resultados conduziram a
uma nova concepção de organização: a estrutura da organização e o seu funcionamento
são dependentes das características do ambiente externo. Não há um único e melhor jeito
(the best way) de organizar.
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As condições sob as quais as empresas trabalham são ditadas “de fora” delas, isto é, do
seu ambiente. As contingências externas oferecem oportunidades e imperativos ou
restrições e ameaças que influenciam a estrutura organizacional e os processos internos
das empresas.
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CHANDLER realizou uma investigação histórica sobre as mudanças estruturais de
grandes organizações relacionando-as com a estratégia de negócios e examinou
comparativamente essas corporações americanas, demonstrando como a sua estrutura foi
sendo continuamente adaptada e ajustada à sua estratégia.
Tom Burns e G.M. Stalker pesquisaram vinte indústrias inglesas para verificar a relação
entre as práticas administrativas e o ambiente externo dessas indústrias. Classificaram as
empresas pesquisadas em dois tipos: organizações “mecanísticas” e “orgânicas”.
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• Descentralização das decisões, delegadas aos níveis inferiores.
• Tarefas executadas por meio do conhecimento que as pessoas têm da empresas
como um todo.
• Hierarquia flexível, com predomínio da interação lateral sobre a vertical.
• Amplitude de controle administrativo mais ampla.
• Maior confiabilidade nas comunicações informais.
• Ênfase nos princípios da Teoria das Relações Humanas.
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As firmas foram classificadas em três grupos de tecnologia de produção:
AMBIENTE
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inimaginável. O ambiente pode ser analisado em dois segmentos, o ambiente geral e o
ambiente de tarefa.
AMBIENTE GERAL:
1. Condições Tecnológicas
2. Condições Legais
3. Condições Políticas
4. Condições Econômicas
5. Condições Demográficas
6. Condições Ecológicas
7. Condições Culturais
Essas condições são fenômenos ambientais que formam um campo dinâmico de forças
que interagem entre si. Esse campo de forças tem um efeito sistêmico. Enquanto o
ambiente geral é genérico e comum para todas as organizações, cada organização tem o
seu ambiente particular e próprio: o ambiente de tarefa.
AMBIENTE DE TAREFA:
1. Fornecedores de Entradas
2. Clientes ou Usuários
3. Concorrentes
4. Entidades Reguladoras
Cada um desses elementos ambientais pode ser uma organização, grupo, instituição ou
indivíduo. Pode ser o governo ou outros países.
Quando a organização escolhe o seu produto ou serviço e quando escolhe o mercado onde
pretende colocá-los, ela está definindo o seu ambiente de tarefa. A organização tem poder
sobre seu ambiente de tarefa quando as suas decisões afetam as decisões dos fornecedores
de entradas ou consumidores de saídas. Ao contrário, a organização tem dependência em
relação ao seu ambiente de tarefa quando as suas decisões dependem das decisões
tomadas pelos seus fornecedores de entradas ou consumidores de saídas. As organizações
procuram aumentar o seu poder e reduzir sua dependência quanto ao seu ambiente de
tarefa e estabelecer o seu domínio. Esse é o papel da estratégia organizacional.
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O problema atual com que as organizações se defrontam é a incerteza. A incerteza é o
desafio atual da Administração. Contudo, a incerteza não está no ambiente. A incerteza
está na percepção e na interpretação das organizações e não na realidade ambiental
percebida. A incerteza está na cabeça dos seus administradores. A incerteza que se produz
na organização acerca do ambiente é a incerteza de saber quais são as oportunidades e
ameaças existentes no ambiente e como utilizá-las ou evitá-las, respectivamente.
TECNOLOGIA
A Tecnologia pode estar ou não incorporada a bens físicos. A tecnologia incorporada está
contida em bens de capital, matérias-primas intermediárias ou componentes etc. A
tecnologia não-incorporada encontra-se nas pessoas – como técnicos, peritos,
especialistas, engenheiros, pesquisadores – sob a forma de conhecimentos intelectuais ou
operacionais, facilidade mental ou manual para executar as operações, ou em documentos
que a registram e visam assegurar sua conservação e transmissão – como mapas, plantas,
desenhos, projetos, patentes, relatórios.
O HOMEM COMPLEXO
Ele opera como um sistema capaz de manter seu equilíbrio interno diante das demandas
feitas pelas forças externas do ambiente.
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Esse sistema interno se desenvolve em resposta à premência do indivíduo de solucionar
os problemas apresentados no seu defrontamento com o ambiente externo, seja na família,
com os amigos, nas organizações onde atua etc.
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