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da Administração e
Tecnologias de Gestão
Unidade 7
Evolução do Pensamento
da Administração e
Tecnologias de Gestão
1ª edição
2019
Produção do Material Didático - Pedagógico
Delinea Tecnologia Educacional
Objetivos de Aprendizagem
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Evolução do Pensamento da Administração e Tecnologias de Gestão | Unidade 6 - A abordagem
comportamental da administração
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comportamental da administração
Nesta unidade, dos representantes dessa teoria, estudaremos apenas seu idealizador, Herbert Simon
(1947), além de Abraham Maslow, Frederick Herzberg e Douglas McGregor (1954 a 1960).
A seguir, conheceremos as origens das principais contribuições da corrente comportamentalista para
a ciência da administração.
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comportamental da administração
Aos 17 anos, ingressou na Universidade de Chicago, onde estudou ciências sociais e matemática. Seus
estudos sobre a decisão e o comportamento humano influenciam o campo da administração até hoje.
Para esse teórico, administrar significa tomar decisões. Assim sendo, Simon contribuiu expressiva-
mente para a análise do processo decisório nas organizações. (MAXIMIANO, 2015).
A partir da teoria comportamental, a intensa concorrência no ambiente econômico passou a exigir das
organizações esforços crescentes em relação a aprendizado e a planejamento. Nesse cenário turbu-
lento, uma das forças em transformação é o papel exercido pelos profissionais dentro das organiza-
ções.
Foi nesse contexto de instabilidades e de mudanças que emergiu, a partir da década de 1960, o conceito
de Desenvolvimento Organizacional (DO), articulando um conjunto de teorias a respeito do homem, das
organizações e do ambiente.
O movimento do Desenvolvimento Organizacional, conforme Chiavenato (2002), decorreu da teoria
comportamental, opondo-se aos defensores do mecanicismo organizacional, que tratavam os proces-
sos organizacionais de maneira isolada e estática.
Assim, para Chiavenato (2014), os precursores do Desenvolvimento Organizacional adotaram uma
posição antagônica em relação ao conceito tradicional de organização, salientando as diferenças fun-
damentais existentes entre os sistemas mecânicos e os sistemas orgânicos.
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Alterações no ambiente de
Mudança organizacional
trabalho (visão sociotécnica)
Estratégia educacional
Desenvolvimento
Mudança planejada
Organizacional
Comportamento baseado
na experiência
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Reflita
Para Silva (2008), é importante ficar atento aos tipos de alterações no ambiente de trabalho que carac-
terizam o DO. Esse autor explica que existem pelo menos dois tipos fundamentais de alterações que
merecem atenção, quais sejam: estruturais e comportamentais.
Nesse caso, cabe sublinhar que esses tipos de alterações são interdependentes, pois uma mudança
de comportamento leva, necessariamente, a uma mudança organizacional, e vice-versa. Por isso, os
gestores precisam estar atentos para tirar o melhor proveito possível das situações de mudança.
Silva (2008, p. 364) indica que os gestores atentem para as etapas do Desenvolvimento Organizacional,
conforme figura a seguir.
Planejamento da
ação (métodos de
mudança, sequência)
Implementação
e follow-up
Avaliação
Vamos entender melhor essas etapas? Silva (2008) caracteriza essas etapas como diagnóstico, plane-
jamento de ação, implementação e avaliação de resultados.
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Diagnóstico
Identificação do problema e das expectativas relacionadas à sua resolução. O objetivo dessa
etapa é fornecer uma situação inicial da organização.
Planejamento de ação
A definição das estratégias de mudança deve ter como base o diagnóstico realizado. Assim,
o plano de ação deve levar em consideração as metas, os prazos e os resultados esperados.
Implementação
Compreende a aplicação dos procedimentos necessários para colocar em prática o planeja-
mento.
Avaliação de resultados
É a última etapa e consiste em comparar o desempenho antes e depois do processo de
mudança.
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Abraham Maslow estudou as necessidades humanas e verificou que existe uma hierarquia das neces-
sidades básicas, a qual define o nível de motivação dos indivíduos e, consequentemente, o de produti-
vidade.
De acordo com Chiavenato (2014), Maslow identificou cinco necessidades básicas dos indivíduos no
ambiente de trabalho. Observe a figura a seguir.
Autorrealização
Autoestima
Sociais
Segurança
Fisiológicas
As necessidades estão expostas, a seguir, em ordem de relevância, iniciando-se pelas mais essenciais.
• Necessidades fisiológicas: questões básicas de sobrevivência, como alimentação e horas de
sono, que influenciam diretamente o comportamento dos indivíduos.
• Necessidades de segurança: ocorrem quando as necessidades fisiológicas já estão sanadas.
Referem-se à prevenção contra doenças, acidentes, desemprego etc.
• Necessidades de amor e/ou relacionamentos: são as sociais, atinentes aos relacionamentos
dos indivíduos, como amizade, amor etc.
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Herzberg concluiu que a satisfação potencializa o nível de motivação dos indivíduos; todavia, a insatis-
fação não diminui o nível de motivação. Isso posto, organizou em dois fatores a questão de satisfação/
insatisfação. (MAXIMIANO, 2010). Vejamos a seguir:
• Fator de motivação (intrínseco): é o que define o nível de satisfação. Está relacionado à percep-
ção e reação que os indivíduos têm perante o trabalho realizado na organização, isto é, o que
sentem em relação a isso. Por exemplo: se certa atividade ou trabalho dentro da organização
trouxe realização e crescimento pessoal.
• Fator de higiene (extrínseco): é o que define o nível de insatisfação, assim sendo, não impul-
siona o desenvolvimento pessoal, mas atua no intuito de evitar a deterioração do profissional.
Por exemplo: segurança no trabalho ou questão salarial.
Por conseguinte, Herzberg entendeu que o fator de higiene, e tudo que é inerente a isso, é essencial
para a sustentação do trabalho, tais como: tarefas desafiadoras, ambientes climatizados, suporte da
gerência etc.
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Além dos teóricos citados, também foram importantes os estudos de Douglas McGregor.
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Além disso, a teoria Y desenvolveu um estilo democrático, por meio do qual administrar é um processo
de criar oportunidades. Para tanto, propôs os seguintes aspectos:
• Proporcionar condições para que as pessoas desenvolvam o potencial de desenvolvimento e
responsabilidade;
• Criar condições operacionais por meio das quais possam atingir objetivos pessoais;
• Orientar esforços em direção aos objetivos da empresa.
Assim, enquanto a teoria X expressou um estilo administrativo de fiscalização e de controle rígido,
limitando as capacidades de participação e de desenvolvimento de habilidades, a teoria Y sugeriu que
a organização libere o potencial humano, rumo ao autodesenvolvimento.
De acordo com McGregor, um dos pressupostos dos indivíduos, conforme a teoria X, é a preguiça. Para
esse autor, essa é uma característica natural dos seres humanos, o que nos faz esperar comportamen-
tos predeterminados.
Teorias X e Y
Opostos e antagônicos, os estilos X e Y de administrar. Enquanto o estilo X nos faz pensar em
tradição, mecanicismo e pragmatismo, o estilo Y nos orienta a um formato mais moderno a
respeito do comportamento humano.
Outra contribuição importante dos estudos comportamentais foram as pesquisas sobre clima organi-
zacional, conforme Maximiano (2010, p. 162), ou seja, o “[...] resultado da análise de como as pessoas
se sentem em relação à organização, com seu modelo de administração, bem como os relacionamen-
tos interpessoais existentes”.
Para melhor compreensão da relação entre clima organizacional e ambiente, veja a figura a seguir.
Valores Moral
Clima organizacional
Comportamentos Atitudes
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Assim sendo, podemos afirmar que o clima organizacional está associado a fatores como valores, nível
de moral, comportamentos e atitudes.
Valores
Correspondem a questões éticas, como princípios e crenças, os quais a organização deve
respeitar e fortalecer.
Nível de moral
Corresponde ao conjunto de regras de conduta na convivência em sociedade.
Comportamentos
Conjunto de atitudes e reações de cada indivíduo.
Atitudes
Explicitação do modo de agir e de se posicionar de cada indivíduo.
Via de regra, o clima organizacional deve ser analisado por meio de pesquisas estruturadas que reco-
nheçam as causas das frustrações, tensões e ansiedades, bem como as alegrias e as satisfações das
pessoas que trabalham nas organizações. Portanto, depois de realizar o levantamento do clima orga-
nizacional, é necessário aprimorar as políticas e as diretrizes da organização, ou seja, as mudanças
necessárias ao bem-estar dos funcionários.
Vale ressaltar que a realidade tem demonstrado que, apesar do quadro apresentado, muitas organiza-
ções ainda têm receio ou não conseguem aplicar os resultados de pesquisas relacionadas ao clima
organizacional.
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Síntese
Saiba mais
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Referências
CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração. 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
______. Introdução à teoria geral da administração. 9. ed. Barueri, SP: Manole, 2014.
EDUARDO, B. Douglas McGregor: Teoria X e Teoria Y. MD Treinamento. 17 mai. 2017. Disponível em:
<http://www.brunoeduardo.com/artigos/personalidades/douglas-mcgregor-teoria-x-e-teoria-y/>.
Acesso em: 3 ago. 2018.
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