Aula 6º
Abordagem Comportamental
da Administração: Teoria
comportamental e Teorias das
Relações Humanas
Nesse momento, durante a Aula 6, vocês terão
a oportunidade de aprender sobre a abordagem
comportamental da administração.
Inúmeros conceitos serão utilizados para que
a aprendizagem seja completa e efetiva. Por essa
razão, solicitamos não apenas preste atenção, mas
também que reservem um tempo de dedicação para
o conteúdo a ser aprendido.
É importante ainda, termos em mente que o
segredo do sucesso em um curso na modalidade
Educação a Distância é participar, ou seja, interagir
procurando sempre cooperar com seus professores
e colegas de curso.
Pense nisso e bons estudos!
Bons estudos!
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 Teorias da Administração I
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• identificar e analisar os fatores que contribuem
para o comportamento das organizações.
• desenvolver competências para reduzir os
conflitos organizacionais.
Seções de estudo
1 - Introdução ao estudo da abordagem
humanística da administração
2 - Abordagem humanística da administração:
relações humanas
Para iniciar nossas reflexões, nesta primeira seção da
Aula 6, vamos conhecer e buscar compreender melhor
os conceitos introdutórios ao estudo da abordagem
humanística da administração.
Este saber é fundamental para substanciar a compreensão
dos da referida abordagem e seus pressupostos, os quais
veremos com mais detalhes nas próximas seções.
1 - Introdução ao Estudo da
Abordagem Humanística da
Administração
Sabemos que toda pessoa tem a sua
personalidade e particularidades. A personalidade da
pessoa determina o jeito de cada um fazer as coisas,
buscar seus objetivos e relacionar-se com os outros.
Assim também é a organização, visto que
ada organização caracteriza-se pela sua cultura e
pela maneira como as pessoas, que dela participa,
se comportam.
Isso significa que a organização também tem o seu
comportamento, denominado de Comportamento
Organizacional - CO (estudo sobre o que as pessoas
fazem e por que fazem na organização).
Em outras palavras, cada organização tem a sua
maneira de lidar com os seus colaboradores, com
os seus clientes, com o mercado, com as situações
adversas e com os desafios impostos pelo mercado.
Por isso, conhecer o comportamento organizacional
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é importante para se estabelecer estratégias e
políticas de pessoal a fim de melhor dirigir as pessoas
e alcançar resultados.
Mas, o que é o comportamento organizacional?
Comportamento organizacional diz respeito ao
comportamento das pessoas nas organizações, aos
conflitos, às decisões. Inclui também a forma de
lidar com o ambiente (interno e externo) e com as
diferenças, com a motivação das pessoas, com os
conflitos predominantes, com a cultura, bem como,
com as mudanças internas, com a satisfação e com as
frustrações das pessoas.
O comportamento organizacional nada mais é do que o
comportamento humano no local de trabalho.
Para Bowditch (1992), tradicionalmente, o
comportamento organizacional tem enfatizado
o conteúdo do trabalho administrativo, isto é,
o trabalho do gestor. Boa parte do ensino da
administração se concentra no aprimoramento da
competência técnica dos administradores.
Desse modo, o comportamento organizacional
requer conhecimentos das teorias comportamentais
de Administração, ciências sociais e Antropologia. É
preciso entender a natureza humana para entender
o comportamento das pessoas e o comportamento
das organizações.
Ainda nesta Aula, vocês estudarão importantes
abordagens sobre comportamento para que possa
entender o lado comportamental das organizações.
Além disso, entenderemos a habilidade humanística,
a qual se trata da capacidade para lidar e se relacionar
com as pessoas.
Nesse contexto, a abordagem comportamental
diz respeito às escolas que tiveram como ênfase
as relações sociais, o comportamento, os
sentimentos e a interação das pessoas no ambiente
organizacional. É uma abordagem que permite ao
administrador conhecer as técnicas de liderança
para melhor lidar e alcançar resultados com as
pessoas e por meio das pessoas.
Agora, vamos conhecer as principais questões
relacionadas às Relações Humanas na Abordagem
Humanística da Administração.

2 - Abordagem Humanística da
Administração: Relações Humanas
A teoria das Relações Humanas foi criada após
várias pesquisas realizadas por cientistas sociais,
que tinham como eixo e preocupação mostrar o
lado humano da indústria. Pretendiam mostrar
aos administradores da época que o aumento da
produtividade não era resultante apenas da organização
Racional do Trabalho e da ação administrativa.
A abordagem comportamental ou humanística
da Administração consiste, portanto, na escola
humanística e comportamental da Administração,
que tinha como ênfase o homem, isto é, “o ser social”.
Na abordagem das Relações Humanas destacam-
se alguns aspectos para a melhor compreensão da
escola Humanística, tais como: motivação, trabalho
em equipe, recompensas sociais, grupos informais,
satisfação no trabalho e liderança.
Como e por que surgiu a Abordagem Humanística do
comportamental na Administração?
A resposta para este questionamento reside
no fato de que, com a Abordagem Humanística da
Administração, as Teorias Clássicas passam por uma
revolução conceitual. Desse modo, o enfoque antes
dado às tarefas (Taylor), à estrutura e ao papel do
gerente (Fayol), passa para as pessoas.
A abordagem humanística da Administração faz
com que as pessoas sejam o principal alvo da atenção
dos cientistas humanistas, uma vez que ela ocorre
com o surgimento da Teoria das Relações Humanas
(Elton Mayo), nos Estados Unidos, a partir da
década de 1930.
Ela surgiu, também, graças ao desenvolvimento
das ciências sociais, em particular a Psicologia, a
Sociologia e a Antropologia.
A busca de uma maior eficiência nas empresas exigiu a
reconsideração das relações de trabalho e das aspirações
das pessoas na organização. A humanização dos conceitos
administrativos apresentou-se como mais adequada às
novas exigências. Paralelamente, desenvolveram-se vários
campos das ciências humanas, que permitiram compreender
melhor o funcionamento da psicologia do trabalhador.
Assim, pesquisadores e estudiosos da psicologia
do trabalho e industrial ressaltavam a importância
de se considerar o fator humano e material, para a
avaliação da produtividade no trabalho.
Nesse contexto, foram fundamentais para o
desenvolvimento dessas propostas os conceitos de
Kurt Lewin sobre o comportamento dos grupos
sociais. Esses conceitos foram, posteriormente,
utilizados no estudo do comportamento, nas
mudanças organizacionais.
Outros fatores que deram origem à Abordagem
Humanística da Administração, segundo Chiavenato
(2003), são:
a) a forte oposição aos postulados e a ênfase da
escola clássica;
b) a necessidade de humanizar a administração
e a organização;
c) consequências dos experimentos de
Hawthorne (Cidade Americana);
d) ação dos Sindicatos criados para defender os
trabalhadores contra as ações do modelo científico e
clássico de administração;
e) o pensamento humanista dentro da escola
clássica, que se preocupava com as condições das
pessoas no ambiente de trabalho.
A Abordagem Humanística passou por
duas etapas em seu desenvolvimento. A primeira
correspondeu à Análise do Trabalho e adaptação do
trabalhador ao trabalho. Nessa etapa, é considerado
o aspecto meramente produtivo. O objetivo da
Psicologia do Trabalho, ou Psicologia Industrial era
a análise das características humanas que as tarefas
exigiam do seu executante e a seleção científica do
trabalhador (modelo clássico de administração).
Os temas predominantes nessa fase são: seleção
científica do trabalhador, orientação profissional,
treinamento e métodos de aprendizagem, fisiologia
do trabalho e estudo dos acidentes e da fadiga.
A segunda fase da Abordagem Humanística
foi a Adaptação do trabalho ao trabalhador. Nessa
etapa, a Psicologia Industrial se voltou para os
aspectos individuais e sociais do trabalho, que
predominam sobre os aspectos produtivos. Os
temas predominantes nessa fase são: o estudo
da personalidade do trabalhador e do gerente, a
motivação e os incentivos do trabalho; a liderança,
as comunicações e as relações interpessoais e sociais
dentro da organização.
A Abordagem Humanística da Administração teve como
principais autores e figuras as seguintes pessoas: Elton
Mayo, Hugo Munsterberg, Ordway Tead, Mary Paker Follet,
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 Teorias da Administração I
Chester Barnard, Henry Gantt, Kurt Lewin, Oliver Seldon e
Abraham Maslow.
Sendo assim, é possível concluir que, a partir
da visão proposta pela Abordagem Humanística
da Administração, o trabalhador é um ser social
o qual, quando está socialmente ajustado, se torna
mais produtivo.
Além disso, esta abordagem mostrou que o
comportamento do trabalhador está condicionado
não somente a fatores ideológicos ou físicos, mas
também às normas sociais; e que, deste modo, o
grupo de trabalho determina as relações sociais no
ambiente de trabalho.
E, por último, a Abordagem Humanística
apresentou – contrariando à ideia das Teorias
Clássicas da Administração – que os incentivos
econômicos não são os únicos motivadores do
homem e que há o desejo das pessoas em cooperar
quando estão em grupo.
Continuando nossos estudos, vamos aprender
mais sobre a Teoria das Relações Humanas!
2.1 - TEORIA DAS RELAÇÕES
HUMANAS
Quando vocês ouviram falar ou ler à
respeito da Teoria das Relações Humanas ou
Teoria Comportamental da Administração, será
quase inevitável que relacione as experiências de
Hawthorne e o trabalho do psicólogo e cientista
social australiano, Elton Mayo.
A pesquisa desenvolvida por Mayo, no bairro
de Hawthorne, em Chicago, teve como objetivo
responder a uma pergunta: quais os fatores presentes
no ambiente físico e social de uma pessoa, que
trabalha em uma organização, capazes de afetar o
seu desempenho no trabalho e sua satisfação pessoal
com a tarefa realizada?
Segundo Chiavenato (2003), o resultado
esperado da pesquisa realizada por este pesquisador
tinha o sentido prático de aprimorar o desempenho
da organização e, consequentemente, aumentar
os conhecimentos sobre a questão. Elton Mayo
começou seus experimentos testando o efeito da
iluminação na produção global, uma preocupação
muito ao estilo de Taylor. Mayo começou, então,
perguntando: qual o efeito do aumento da iluminação
no rendimento do trabalhador?
O resultado inicial de suas pesquisas foi
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surpreendente: mostrou não haver nenhuma relação
entre as duas variáveis (iluminação e produção).
Mayo dividiu, então, os seus experimentos em quatro
fases; porém, os experimentos de Elton Mayo, em
Hawthorne, foram suspensos em 1932 por motivos
financeiros. Apesar disso, a sua influência sobre a
teoria administrativa foi fundamental, abalando, na
época, os pilares da Teoria Clássica.
Em decorrência das observações e dos resultados
obtidos com os experimentos de Hawthorne,
realizado por Elton Mayo, os grupos informais nos
locais de trabalho foram estudados e considerados
no estudo da Teoria das Organizações, pela sua
enorme contribuição à formação do Administrador.
A organização Informal manifesta-se da seguinte maneira:
• padrões de produção que os operários julgam ser a
produção normal;
• práticas não formalizadas de punição social que o
grupo aplica aos operários que excedem o padrão e são
considerados sabotadores;
• expressões que fazem transparecer a insatisfação quanto
aos resultados do sistema de pagamentos de incentivos
por produção;
• liderança informal de alguns operários que mantêm o
grupo unido e asseguram o respeito pelas regras e condutas;
• contentamento e descontentamento em relação às atitudes
dos superiores à respeito do comportamento dos operários.
Sendo assim, é possível considerar que os
grupos informais caracterizam-se na organização
pelas relações sociais entre os indivíduos. Por um
lado, essa associação de pessoas é muito positiva,
podendo resultar em laços afetivos que contribuem
para a melhoria da produtividade. Porém, se não
forem bem gerenciadas, essas relações podem
resultar em grupos de oposição forte às decisões
organizacionais (MAXIMIANO, 2000).
Cabe, portanto, ao administrador respeitar a
liberdade de interação e relações entre os grupos.
É preciso estimular o espírito democrático na
organização a fim de que as pessoas desenvolvam
uma consciência para uma gestão participativa
(participem das decisões).
Concluindo este assunto, é possível afirmar - a
partir da Teoria das Relações Humanas – que o nível
de produção é resultante da integração social no
ambiente de trabalho entre as pessoas.
Além disso, no local de trabalho as pessoas
participam dos grupos sociais dentro da organização
e mantêm-se em uma constante interação social. As
relações humanas no local de trabalho contribuem Figura 6.1 - Hierarquia das necessidades de Maslow
para o surgimento dos grupos informais.
Por meio das análises oferecidas pelas Relações
Humanas, é possível concluir ainda que, no local
de trabalho, o comportamento do operário se
apóia totalmente no grupo que ele participa e o seu
comprometimento está condicionado às normas
e padrões sociais deste grupo, pois o operário não
reage como indivíduo isolado, mas como membro
de um grupo.
Ao considerar o papel da Administração, esta
teoria mostra que a especialização do trabalhador
não é a maneira mais eficiente de dividir o trabalho,
sendo que os elementos emocionais não planejados
e irracionais do comportamento humano merecem
atenção especial da Teoria das Relações humanas.
E, desse modo, a tarefa básica da administração
é formar uma elite capaz de compreender e de
FONTE: MERKATUS. Boletim. Disponível em: <http://www.merkatus.com.
comunicar com os operários, pois a organização br/10_boletim/112.htm>. Acesso em: 7 abr. 2012.

técnica e a organização humana (organização

sociotécnico) são subsistemas interligados e
interdependentes.
Portanto, cabe ao administrador conhecer a
natureza humana das pessoas, ou seja, procurar
entender as pessoas que estão em sua volta. Entender
os seus desejos, as suas necessidades. Para tanto, é
preciso que as pessoas que trabalham na organização
sejam compreendidas, estimuladas e atendidas em
suas expectativas.
O operário é um ser social que tem sentimentos, desejos,
personalidade e expectativas. Portanto, o trabalhador
trabalha motivado pelas suas necessidades e pelo desejo
de alcançar objetivos. Pensem nisso...
Evoluindo na análise sobre as Relações
Humanas, é preciso considerar que todas as pessoas,
segundo a pirâmide das necessidades humanas, de
Abraham Maslow, têm uma cadeia de necessidades
(fisiológicas, de segurança, de estima, sociais e de
auto realização).
Segundo Chiavenato (2003), Maslow construiu
uma teoria, na qual as necessidades humanas podem
ser hierarquizadas. Com essa hierarquia mostrou,
inclusive, no que somos diferentes dos animais, que
não teriam uma hierarquia com tantos níveis como
nós, os humanos.
Segundo a Teoria de Maslow, as necessidades
humanas podem ser agrupadas nos níveis mostrados
na figura a seguir.
Informação complementar: necessidades fisiológicas
são chamadas de necessidades primárias, constituem as
necessidades que motivam as pessoas a procurar água,
dormir, sexo, alimentos. Essas necessidades são internas,
nascem com as pessoas. São as necessidades mais básicas,
mais físicas. Quando não temos essas necessidades
satisfeitas, ficamos mal, com desconforto, irritação, medo,
doentes. Esses sentimentos e emoções nos conduzem à
ação na tentativa de diminuí-las ou aliviá-las rapidamente,
para estabelecer o nosso equilíbrio interno. Uma vez
satisfeitas tais necessidades, passamos a nos preocupar
com outras coisas.
Desse modo, cabe ao administrador conhecer as
necessidades fisiológicas de seu colaborador e criar
condições para satisfazê-las. É preciso, no entanto,
lembrar sempre de procurar conhecer a natureza dos
problemas e das pessoas.
Necessidades de segurança dizem respeito
às necessidades do homem em se sentir seguro
e resguardado contra incêndio, frio, violência
ou malandragem. Para Maslow, após sentir suas
necessidades primárias ou fisiológicas satisfeitas, as
pessoas procuram se resguardar do perigo, do frio,
do fogo etc. É preciso garantir o bem estar das
pessoas (saúde).
No mundo conturbado em que vivemos
procuramos fugir dos perigos, buscamos por abrigo,
segurança, proteção, estabilidade e continuidade. A
busca da religião, de uma crença, deve ser colocada
nesse nível da hierarquia.

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 Teorias da Administração I
Necessidade social refere-se à necessidade do homem
de se relacionar com outras pessoas, por meio de grupos
sociais. O ser humano precisa amar e pertencer. O ser
humano tem a necessidade de ser amado, querido por
outros, de ser aceito por outros.
Todas as pessoas querem sentir que são
necessários a outras pessoas ou grupos de pessoas.
Esse agrupamento de pessoas pode ser a antiga
tribo, ou a tribo (grupo) atual, o seu local de
trabalho, a sua igreja, a sua família, o seu clube ou a
sua torcida. Todos esses agrupamentos fazem com
que tenhamos a sensação de pertencer a um grupo,
ou a uma “tribo”. Política, religião e torcida são as
tribos modernas.
Necessidade social: o ser humano busca ser competente,
alcançarobjetivos,obteraprovaçãoeganharreconhecimento.
Há dois tipos de estima: a autoestima e a heteroestima. A
autoestima é derivada da proficiência e competência em ser
a pessoa que se é, é gostar de si, é acreditar em si e dar
valor a si próprio. Já a heteroestima é o reconhecimento e
a atenção que se recebe das outras pessoas. Toda pessoa
tem desejo e necessidade de ser reconhecida e valorizada.
Já a necessidade de autorealização: o homem busca a sua
realização como pessoa. A necessidade de autorealização é
aquela em que o homem busca a satisfação interna. Surge
com o prazer da realização e pelo alcance de seus objetivos
(CHIAVENATO, 2003).
Analisando, ainda, a teoria de Maslow podemos
afirmar que as necessidades fisiológicas, as
necessidades de segurança e algumas das necessidades
sociais são fatores de desmotivação. A Teoria de
Maslow diz que a satisfação dessas necessidades é
básica, já a ausência da satisfação dessas necessidades
não motiva ninguém, pelo contrário, desmotiva.
Já as necessidades sociais, as necessidades de
“status”, de estima e as necessidades de autorealização
são fortes fatores motivacionais, que estimulam as
pessoas a buscar os meios de satisfazer as mesmas.
Em relação à sua empresa, vocês veram aplicações, em seu
modo de administrar, que possam utilizar a hierarquia das
necessidades de Maslow? E as suas necessidades e desejos,
onde estão situados na pirâmide de Maslow?
Para Maslow, o comportamento motivacional
é explicado pelas necessidades humanas. Entende-
se que a motivação é o resultado dos estímulos que
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agem com força sobre os indivíduos, levando-os à
ação. Para que haja ação ou reação é preciso que um
estímulo seja implementado, decorra de coisa externa
ou proveniente do próprio organismo.
Quando o ciclo motivacional não se realiza,
vem a frustração do indivíduo que poderá assumir
uma das seguintes atitudes, conforme Montana e
Charnov (1998):
a) comportamento ilógico ou sem normalidade;
b) agressividade por não poder dar vazão à
insatisfação contida;
c) nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios
ou digestivos;
d) falta de interesse pelas tarefas ou objetivos;
e) passividade, moral baixo, má vontade,
pessimismo, resistência às modificações, insegurança,
não colaboração etc;
f) quebra de produtividade;
g) quebra do vínculo afetivo com a organização;
Quando a necessidade não é satisfeita e não
sobrevindo as situações anteriormente mencionadas,
não significa que o indivíduo permanecerá
eternamente frustrado. De alguma maneira a
necessidade será transferida ou compensada. Daí
percebe-se que a motivação é um estado cíclico e
constante na vida pessoal.
Lembre-se que as recompensas sociais
também são motivadoras do comportamento e
produzir um ambiente agradável e satisfatório
melhora a produtividade e a produção individual.
Portanto, as relações humanas na organização
estimulam o comportamento e melhoram a
motivação para produzir.
Desse modo, a teoria de Maslow é conhecida
como uma das mais importantes teorias relacionadas
à motivação. Para ele, as necessidades dos seres
humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma
escala de valores a serem transpostos. Isso significa,
segundo Chiavenato (2003), que no momento em que
o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em
seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem
meios para satisfazê-la. Poucas ou nenhuma pessoa
procurará reconhecimento pessoal e status se suas
necessidades básicas estiverem insatisfeitas.
O comportamento humano, nesse contexto,
foi objeto de análise pelo próprio Taylor, quando
enunciava os princípios da Administração Científica.
A diferença entre Taylor e Maslow é que o
primeiro somente enxergou as necessidades básicas
(materiais) como elemento motivacional, enquanto o
segundo percebeu que o indivíduo não sente, única e
exclusivamente, necessidade financeira, ou material,
mas também necessidade social e de estima.
Para melhor entender a motivação humana
e a sua importância nas organizações, busque os
conhecimentos adquiridos na disciplina de Psicologia.
Retomando a aula
Até aqui tudo correu muito bem, correto?
Mesmo assim, é necessário sintetizar o que
foi visto até agora para eliminarmos quaisquer
dúvidas. Fique atento!
1 - Introdução ao Estudo da Abordagem
Humanística da Administração
Na primeira seção desta Aula 06, conhecemos
os principais aspectos introdutórios com relação ao
estudo da Abordagem Humanística da Administração.
Para isso, tivemos algumas noções do contexto
histórico da administração no qual esta abordagem
surgiu bem como os seus conceitos mais básicos que
fundamentam a sua atuação.
2 - Abordagem Humanística da
Administração: Relações Humanas
A Seção 2, por sua vez, nos apresentou os
conceitos e as práticas mais importantes atinentes à
abordagem humanística da administração bem como
a sua interface com a Teoria das Relações Humanas.
Desse modo, conhecemos as principais ideias
relacionadas à prática da Abordagem humanística
bem como tivemos acesso às ideias gerais com
relação à Teoria das Relações Humanas propostas
por Mayo e Maslow.
De uma forma geral, portanto, nesta Aula, vocês
estudaram a importância das relações humanas
nas organizações e também a necessidade de o
administrador conhecer o comportamento de seus
colaboradores. Viram que cabe ao gestor procurar
entender e liderar pessoas, conduzindo-as conforme
os interesses da empresa, com respeito e satisfação
de suas necessidades.
A tarefa de liderar, treinar e satisfazer as pessoas
não é um processo fácil, requer aprendizado e
repensar a postura gerencial. Por isso, é necessário
confiar nas pessoas, abrir espaço para que elas
possam opinar e participar das decisões. O modelo
de Maslow (hierarquias das necessidades humanas)
revelou que o homem é um ser social e que fatores
psicológicos afetam os resultados esperados do
indivíduo.
Sendo assim, é preciso procurar sempre,
na postura de gestor, investigar e conhecer as
necessidades de seus funcionários. Para tanto,
procure entender o comportamento das pessoas e
dos grupos existentes em sua organização.
Esperamos que todos tenham entendido e
aproveitado o conteúdo da Aula 06!
Mas, se ainda existirem dúvidas, acesse o
ambiente virtual e utilize as ferramentas apropriadas
para dialogar com colegas e docentes. Além disso,
é importante que reflitam sobre os conteúdos e as
estratégias didáticas empregadas para a aprendizagem
desta aula: o que foi bom? O que pode melhorar?
Lembrem-se de que estamos esperando suas
sugestões para melhorar nossos recursos e técnicas
didáticas utilizados no curso. Afinal, na EAD, a
construção de conhecimento é um trabalho de
todos. Participe! Ah, não se esqueça de realizar as
atividades disponibilizadas no ambiente virtual, as
quais representam a avaliação continuada para o
estudo desta Aula.
Vale a pena
Vale a pena ler
BOWDITCH, James L. Elementos do comportamento
organizacional. São Paulo: Pioneira. 1992.
CARAVANTES, Geraldo Ronchetti.
Readministração em ação: a prática da mudança rumo
ao sucesso. Porto Alegre: AGE, 1995.
______. Teoria geral da administração: pensando e
fazendo. Porto Alegre: AGE, 1998.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria
geral da administração. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru.
Teoria geral da administração: da escola científica à
competitividade em economia globalizada. São
Paulo: Atlas, 2000.
______. Introdução à administração. 5. ed. São
Paulo: Atlas, 2000.
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 Teorias da Administração I

MONTANA, Patrick J.; CHARNOV, Bruce H.

Administração. São Paulo: Saraiva, 2003.
MOTTA, Paulo Roberto. Gestão contemporânea:
a ciência e a arte de ser dirigente. Rio de Janeiro:
Record, 2000.
RICCA, Domingos. Administração aplicada ao
mercado imobiliário. Goiânia: AB, 2001.
ROBBINS, Stephen P. Administração. São
Paulo: Saraiva, 2002.
______; MOREIRA. Administração: mudanças
e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2002.
SCHERMERHON, John. R. Jr. Administração.
Rio de Janeiro: LTC, 1999.

Vale a pena acessar

BLOGSPOT. Compromisso com o acaso.

Disponível em: <http://compromissocomoacaso.
blogspot.com.br/2010/04/humana-sim-e-
humanista-tambem.html>. Acesso em: 7 abr. 2012.
DICAS GRÁTIS BRASIL. Comportamento
humano no trabalho. Disponível em: <http://www.
dicasgratisbrasil.com/comportamento-humano-
no-trabalho/>. Acesso em: 7 abr.2012.
ENQUANTO ISSO. Curso grátis. Disponível
em: <http://enquantoisso.com/curso-gratis-
teoria-geral-da-administracao-online-e-onde-
fazer/>. Acesso em: 7 abr. 2012.
MERKATUS. Boletim. Disponível em:
<http://www.merkatus.com.br/10_boletim/112.
htm>. Acesso em: 7 abr. 2012.

Vale a pena assistir

YOU TUBE. Teoria da hierarquia das necessidades de

Maslow. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=zwvcVY7JbqA>. Acesso em: 15 abr. 2012
______. Pirâmide de Maslow (Hierarquia de
Necessidades de Maslow) 3D. Disponível em: <http://
www.youtube.com/watch?v=xmSVLg6Rsw8>.
Acesso em: 15 abr. 2012.

E então? Viram como são variadas e abrangentes as

bibliografias utilizadas nesta aula? Assim, para ampliar sua
aprendizagem é importante que os consulte!

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