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PSICOLOGIA
ORGANIZACIONAL
MARÇO/2010
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SUMÁRIO:
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Teorias Motivacionais.
Como reconhecer pessoas motivadas?
Como motivar pessoas?
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ISABELA NAVARRO
1 CURRÍCULUM RESUMIDO
Carta de Apresentação:
Todos nós somos estudantes de comportamento. Desde a mais tenra idade observamos as ações das
outras pessoas e tentamos interpretar aquilo que vemos. Mesmo que nunca tenha se dado conta disto,
você tem sido um “leitor” de pessoas por toda a sua vida. Você observa o que as outras pessoas fazem
e tenta compreender o porquê de seu comportamento.
Além disso, você também tenta prever o que elas fariam sob determinadas circunstâncias. Infelizmente,
essa abordagem casual e de senso comum costuma induzir a erros de previsão. Entretanto, você pode
aprimorar sua capacidade de previsão, substituindo suas opiniões intuitivas por uma abordagem mais
sistemática. Sendo essa, a grande missão da disciplina Comportamento Organizacional, que tem por
objetivo investigar o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura organizacional têm sobre o
comportamento dentro das organizações, com o propósito de utilizar esse conhecimento para promover
a melhoria da eficácia organizacional.
Existe cada vez mais uma concordância de opiniões sobre os componentes ou tópicos que constituem
a área de estudos do comportamento organizacional. Embora haja alguma controvérsia sobre a
importância relativa de cada um deles, é consenso que o comportamento organizacional inclui tópicos
básicos como motivação, comportamento e poder de liderança, comunicação interpessoal, estrutura e
processos de grupos, aprendizado, desenvolvimento de atitudes e percepção, processos de mudanças,
conflitos, planejamento do trabalho e estresse no trabalho.
Os funcionários de uma empresa podem ser a mola propulsora da inovação e da mudança ou podem
ser uma barreira poderosa contra elas. O desafio enfrentado pelos executivos é estimular a criatividade
e a tolerância à mudança. O estudo do comportamento organizacional oferece muitas idéias e técnicas
para ajudar na realização desse objetivo.
Assim, convido todos vocês a fazerem parte desta descoberta onde o conhecimento será o grande guia
para o nosso êxito!
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TEMA 1 – O COMPORTAMENTO HUMANO E ORGANIZACIONAL
► Evolução Histórica:
A primeira foi a chamada administração científica, que teve como área de concentração o
aumento da eficiência do comportamento no trabalho e dos processos de produção. Uma
outra abordagem refere-se aos princípios da administração, enfocando o aumento da
eficiência de todos os procedimentos empregados pelos gerentes para alcançar resultados,
incluindo-se aí as pessoas.
Tem-se, a seguir, a abordagem de que toda empresa constitui um sistema, uma estrutura
unificada de subsistemas inter-relacionados sujeitos às influências do ambiente, denominada
abordagem dos sistemas abertos, vamos então entender um pouco sobre cada uma delas:
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A Teoria Geral da Administração - TGA estuda a administração de empresas e demais tipos
de organização do ponto de vista da interação e interdependência entre as cinco variáveis: O
comportamento desses componentes é sistêmico e complexo. Cada qual influencia e é
influenciado pelos outros componentes. Modificação em um provoca modificações em outro. A
adequação entre essas cinco variáveis constitui o principal desafio da administração.
Tarefas
Estrutura
Pessoas
Ambiente
Tecnologia
Organização
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- Perspectivas futuras da administração:
Bennis fez uma previsão que o mundo verá o fim da forma organizacional de hoje
(organização burocrática) e o surgimento de novos sistemas adequados à demanda do pós-
industrialização.
- Abordagem Científica:
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Principais vultos: F.W. Taylor (1856-1915), Carl Barth (1860-1939), Henry L. Gantt (1861-1919),
Harrington Emerson (1853-1931), Frank Gilbreth (1868-1924) e Lilian Gilbreth (1878-1961).
Seu trabalho se deu no chão de fábrica junto ao operariado, voltado para a sua tarefa.
Preocupou-se exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho do operário através
do estudo dos tempos e movimentos (Motion-time Study). Taylor começou por baixo, efetuando
um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo seus movimentos e
processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente.
Taylor verificou que um funcionário médio: produzia menos do que era potencialmente capaz com
o equipamento disponível. Conclui-se que o operário não produzia mais, pois seu colega também
não produzia. Daí surgiu a necessidade de criar condições de pagar mais ao operário que produz
mais.
• O Objetivo de uma boa administração é pagar salários altos e ter baixos custos unitários de
produção.
• Para realizar esse objetivo, a Administração deve aplicar métodos científicos de pesquisas e
experimentação, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados que
permitam o controle de operações fabris.
• Os empregados devem ser cientificamente colocados em serviços ou postos em que os
materiais e as condições de trabalho sejam cientificamente selecionados, para que as normas
possam ser cumpridas.
• Os empregados devem ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e,
portanto executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal seja cumprida.
• Uma atmosfera de cooperação deve ser cultivada entre a Administração e os trabalhadores,
para garantir a continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a aplicação dos
princípios mencionados.
Numa Segunda fase do trabalho de Taylor ele concluiu que a racionalização do trabalho do
operário deveria ser acompanhado de uma estruturação geral da empresa. Esta empresa
padecia de três tipos de problemas:
1- Vadiagem sistemática por parte dos operários, que vem da época imemorial e quase
universalmente disseminado entre os trabalhadores. O sistema defeituoso de administração.
Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas.
2- Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua
realização.
3- Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.
Para sanar esses três problemas, idealizou o seu famoso sistema de Administração que
denominou Scientific Management (Gerência Científica, Organização Cientifica no Trabalho e
Organização Racional do Trabalho). Este trabalho é composto por 75% de análise e 25% de bom
senso.
Taylor via a necessidade premente de aplicar métodos científicos à administração, para garantir a
consecução de seus objetivos de máxima produção a mínimo custo. Essa tentativa de substituir
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métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos em todos os ofícios recebeu o nome
de Organização Racional do Trabalho. (ORT).
Plano de incentivo Salarial – A remuneração dos funcionários deve ser proporcional ao número
de unidades produzidas. Essa determinação se baseia no conceito do Homoeconomicus, que
considera as recompensas e sanções financeiras as mais significativas para o trabalhador.
Divisão do Trabalho especialização do operário – Uma tarefa deve ser dividida ao maior número
possível de subtarefas. Quanto menor e mais simples a tarefa, maior será a habilidade do
operário em desempenhá-la. Ao realizar um movimento simples repetidas vezes, o funcionário
ganha velocidade na sua atividade, aumentando o número de unidades produzidas e elevando
seu salário de forma proporcional ao seu esforço.
Supervisão – Deve ser funcional, ou seja, especializada por áreas. A função básica do
supervisor, como o próprio nome indica, é controlar o trabalho dos funcionários, verificando o
número de unidades produzidas e o cumprimento da produção padrão mínima. Aqui um operário
tem vários supervisores de acordo com a especialidade.
Ênfase na Eficiência – Existe uma única maneira certa de executar uma tarefa (the best way).
Para descobri-la, a administração deve empreender um estudo de tempos e métodos,
decompondo os movimentos das tarefas executadas pelos trabalhadores.
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procura trabalho não porque goste dele, mas como um meio de ganhar a vida através do salário
que o trabalho proporciona. O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela
necessidade de dinheiro para viver.
Condições de Trabalho – Taylor verificou que as condições do trabalho interferiam nos resultados
do trabalho. Adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho para minimizar esforço e
perda de tempo na execução do trabalho. Arranjo físico das máquinas e equipamentos para
racionalizar o fluxo da produção. Melhoria do ambiente físico de trabalho, diminuição do ruído,
melhor ventilação e iluminação.
Princípio da exceção – Por este principio, Taylor se preocupava somente com os resultados que
saiam fora dos padrões esperados, para corrigi-los. Assim, este princípio é um sistema de
informação que apresenta seus dados somente quando os resultados efetivamente verificados na
prática divergem ou se distanciam dos resultados previstos em algum programa.
Henry Ford (1863-1947) – Engenheiro – Fundou a Ford Motor Co. Revolucionou a estratégia
comercial da sua época. Fabricou o primeiro carro popular, Criou um plano de vendas. Criou a
assistência técnica de grande alcance.
Estabeleceu salário mínimo de US5,00 por dia de trabalho com jornada diária de 8 horas. Em
1926 empregava 150.000 pessoas e fabricava 2.000.000 de carros por ano. Produzia desde a
matéria prima inicial ao produto final acabado. Criou a distribuição através de agências próprias.
Idealizou a linha de montagem, com produção em série, padronizada e de custo mais baixo. Ford
Adotou três princípios básicos:
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1- Princípio da intensificação: Consiste em diminuir o tempo de produção com o emprego
imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.
Críticas:
Taylor encontrou um ambiente totalmente desorganizado, desestruturado e tentou por uma certa
ordem na casa. Foi a primeira tentativa da Teoria da Administração. Foi um progresso.
Entretanto, inúmeras críticas podem ser feitas à Administração Cientifica: o mecanismo de sua
abordagem, que lhe garante o nome de teoria da máquina, a super especialização que robotiza o
operário, a visão microscópica do homem tomado isoladamente e como apêndice da maquina
industrial, a ausência de qualquer comprovação cientifica de suas afirmações e princípios, a
abordagem incompleta envolvendo apenas a organização formal, a limitação do campo de
aplicação à fábrica, omitindo o restante da vida de uma empresa, a abordagem eminentemente
prescritiva e normativa e tipicamente de sistema fechado.
Contudo, estas limitações e restrições não apagam o fato de que a Administração Cientifica foi o
primeiro passo na busca de uma teoria administrativa. É um passo pioneiro e irreversível.
Lembre-se: Nesta teoria a motivação se dá na busca pelo dinheiro e pelas recompensas salariais
e materiais do trabalho. Toda abordagem Clássica da Administração alicerçava-se nessa teoria
da motivação. É uma abordagem puramente tecnicista e mecanicista.
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- Abordagem Humanística da Administração:
A Abordagem Humanística ocorre com o aparecimento da Teoria das Relações Humanas, nos
Estados Unidos, a partir da década de 30. Seu surgimento, porém, somente foi possível com
o desenvolvimento das ciências sociais, notadamente a Psicologia e, em particular, a
Psicologia do Trabalho. Esta surgiu na primeira década deste século e estava voltada
principalmente para dois assuntos básicos que ocuparam duas etapas do seu
desenvolvimento:
Com a grande depressão econômica que atormentou o mundo todo por volta de 1929, a
busca da eficiência nas organizações passou a ser intensificada. Se essa crise mundial teve
suas origens nas dificuldades econômicas dos Estados Unidos e na situação de dependência
da maioria dos países capitalistas em relação à economia americana, ela provocou
indiretamente uma verdadeira reelaboração de conceitos e uma reavaliação dos princípios de
Administração até então aceitos com todo o seu caráter dogmático e prescritivo.
Como veremos adiante, a Abordagem Humanística da Administração começou logo após a
morte de Taylor, porém, apenas a partir da década de 30 encontrou enorme aceitação nos
Estados Unidos, principalmente pelas suas características eminentemente democráticas. Sua
divulgação fora dos Estados Unidos somente ocorreu bem depois do final da II Guerra
Mundial, na década de 60
A Teoria das Relações Humanas (também denominada Escola Humanística) surgiu nos
Estados Unidos, como conseqüência imediata das conclusões obtidas na Experiência de
Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e seus colaboradores. Foi basicamente um
movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração.
A Teoria Clássica pretendeu desenvolver uma nova filosofia empresarial, uma civilização
industrial, na qual a tecnologia e o método de trabalho constituem as mais importantes
preocupações do administrador. Todavia, apesar da hegemonia da Teoria Clássica e do fato
de esta não ser questionada por nenhuma outra teoria administrativa importante durante as
quatro primeiras décadas deste século, os seus princípios nem sempre foram pacificamente
aceitos, principalmente pelos trabalhadores e sindicatos americanos. Num pais
eminentemente democrático, como os Estados Unidos, os trabalhadores e seus sindicatos
passaram a visualizar e interpretar a Administração Científica como um meio sofisticado de
exploração dos empregados a favor dos interesses patronais. Na verdade, já havia pesquisas
que laçavam os primeiros alertas à autocracia do sistema de Taylor. Verificou-se que a
Administração se baseava em princípios inadequados ao estilo de vida americano.
3. As idéias da filosofia pragmática (de John Dewey) e da Psicologia Dinâmica (de Kurt Lewin)
foram capitais para o humanismo na Administração. Elton Mayo é considerado o fundador da
escola. Dewey, indiretamente, e Lewin, mais diretamente, também contribuiram enormemente
para a sua concepção. Também a sociologia de Pareto foi fundamental, apesar de nenhum
dos autores do movimento inicial ter tido contato direto com a sua obra, mas apenas com o
seu maior divulgador na época, nos Estados Unidos.
A experiência de Hawthorne:
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A partir de 1924, a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos iniciou alguns estudos
para verificar a correlação entre produtividade e iluminação do local de trabalho, dentro dos
pressupostos clássicos de Taylor e de Gilbreth.
Um pouco antes, em 1923, Mayo conduzira uma pesquisa em urna indústria têxtil próxima a
Filadélfia. Essa indústria tinha problemas de produção, uma rotação de pessoal anual ao
redor de 250% e havia tentado inutilmente vários esquemas de incentivos. Mayo introduziu
inicialmente um intervalo de descanso, deixou a critério dos operários na decisão de quando
as máquinas deveriam ser paradas e contratou um enfermeira. Em pouco tempo, emergiu um
espirito de grupo, a produção aumentou e a rotação de pessoal declinou.
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A qualquer desvio das normas grupais, o indivíduo sofria punições sociais ou morais dos
colegas, no sentido de se ajustar aos padrões do grupo. A Teoria Clássica não chegara a
perceber que o comportamento dos empregados sofre enorme influência das normas e
valores desenvolvidos pelos grupos sociais de que participam. A Teoria das Relações
Humanas contrapõe o comportamento social do empregado ao comportamento do tipo
máquina proposto pela Teoria Clássica, baseado na concepção atomística do homem.
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interação. A maioria dos indivíduos que vivem sob esses padrões tendem a aceitá-los como
verdades imprescindíveis e óbvias, reagindo de acordo com o que eles determinam.
Cada indivíduo é uma personalidade diferenciada que influi no comportamento e nas atitudes
dos outros com quem mantém contatos e é, por outro lado, igualmente bastante influenciado
pelos outros. Cada indivíduo procura ajustar-se a outros indivíduos e a outros grupos
definidos, pretendendo ser compreendido, ser bem aceito e participar, no sentido de atender
aos seus interesses e aspirações mais imediatos. Seu comportamento é fortemente
influenciado pelo meio ambiente e pelas várias atitudes e normas informais existentes nos
vários grupos. É principalmente dentro da empresa que surgem as oportunidades de relações
humanas, em face do grande número de grupos e às interações necessariamente resultantes.
É exatamente a compreensão da natureza dessas Relações Humanas que permite ao gestor
de pessoas melhores resultados de seus subordinados; uma compreensão das Relações
humanas permite uma atmosfera onde cada indivíduo é encorajado a exprimir-se livre e
sadiamente.
A partir dessas conjeturas, passou-se a verificar que o conteúdo e a natureza do trabalho têm
enorme influência sobre a moral do trabalhador. Trabalhos simples e repetitivos tendem a se
tornar monótonos e maçantes afetando negativamente as atitudes do trabalhador e reduzindo
sua eficiência.
Elton Mayo, o fundador do movimento, dedicou seus três livros aos problemas humanos,
sociais e políticos decorrentes de uma civilização baseada quase que exclusivamente na
industrialização e na tecnologia.
Mayo salienta que, enquanto a eficiência material aumentou poderosamente nos últimos
duzentos anos, a capacidade humana para o trabalho coletivo não manteve o mesmo ritmo de
desenvolvimento. Lembrando os sociólogos Le Phy e Durkheim, cujas observações nas
comunidades mais simples demonstraram que o progresso industrial foi acompanhado por um
profundo desgaste do sentimento espontâneo de cooperação, Mayo afirma que a solução do
problema da cooperação não pode ser encontrada apenas por meio do retorno às formas
tradicionais de organização. O que deve haver é uma nova concepção das relações humanas
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no trabalho. Como resultado da Experiência de Hawthorne, verificou-se que a colaboração na
sociedade industrializada não pode ser entregue ao acaso, enquanto se cuida apenas dos
aspectos materiais e tecnológicos do progresso humano.
2. O operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo social. As
mudanças tecnológicas, contudo, tendem constantemente a romper os laços informais de
camaradagem e de amizade dentro do trabalho e a privar o operário do espirito gregário,
enquanto é o responsável pela sua produção.
Expõe Mayo que, "de fato, já passamos além do estágio de organização humana em que a
comunicação efetiva e a colaboração estavam asseguradas pelas rotinas de relação
estabelecidas. A sociedade civilizada alterou completamente seus postulados. Passamos de
uma sociedade estabelecida para uma adaptável, porém, negligenciamos a habilidade social.
A nossa capacidade de colaborar com os outros está se deteriorando. Somos tecnicamente
competentes como nenhuma outra idade na História o foi, e combinamos isto com uma total
incompetência social. Torna-se necessária a educação de uma elite social capaz de recobrar
a cooperação.
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solução do problema da sociedade industrial, provaram ser inteiramente inadequados para a
tarefa." Mayo afirma ainda que "o Estado não pode produzir a cooperação por meio da
regulamentação; a cooperação apenas pode ser o resultado do crescimento espontâneo.
Já que todos os métodos convergem para a eficiência e não para a cooperação humana,
surge um conflito social nessa sociedade industrial: a incompatibilidade entre os objetivos da
empresa e os objetivos dos empregados. Ambos nunca se deram muito bem, principalmente
quando a preocupação exclusiva com a eficiência sufoca o trabalhador. Para Mayo o conflito
social deve ser evitado a todo custo por meio de urna administração. As relações humanas e
a cooperação constituem a chave para evitar o conflito social. Mayo não vê possibilidades de
solução construtiva e positiva do conflito social. Para ele, o conflito social é o germe da
destruição da própria sociedade. "O conflito é uma chaga social, a cooperação é o bem-estar
social".
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eventos de unidades sociais maiores não podem ser explicados somente como
resultado de comportamentos individuais. Esses eventos devem ser entendidos em
termos de processos grupais ou organizacionais.
A) COMPORTAMENTO MICROORGANIZACIONAL
B) COMPORTAMENTO MESOORGANIZACIONAL
É um terreno que faz a ponte entre outras duas áreas do comportamento organizacional.
Concentra-se principalmente na compreensão dos comportamentos das pessoas que
trabalham em equipes e em grupos. Além de compartilhar origens com as outras áreas do
comportamento organizacional, o comportamento mesoorganizacional desenvolveu-se a partir
de pesquisas nos campos da comunicação, da psicologia social e da sociologia interacionista,
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que forneceram teorias sobre tópicos como socialização, liderança e dinâmica de grupo. O
comportamento mesoorganizacional busca respostas para questões como: quais formas de
socialização incentivam os que trabalham juntos a cooperar entre si? Como a produtividade
de um grupo pode ser melhorada? Que combinação de aptidões entre os membros de uma
equipe aumenta o desempenho do grupo? Como gerentes podem determinar que líder
potencial será o mais eficaz?
C) COMPORTAMENTO MACROORGANIZACIONAL
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Quadro Resumo: DIVISÃO DO COMPORTAMETO ORGAIZACIOAL
Concentra-se principalmente na
Estuda
Comportamento do indivíduo ao compreensão dos comportamentos das Diz respeito à compreensão dos comportamentos de
trabalhar sozinho. pessoas que trabalham em equipes e em empresas inteiras
grupos.
experimental com suas teorias sobre Desenvolveu-se a partir de pesquisas nos teorias sobre estrutura, status social e relações
aprendizagem, motivação, percepção e campos da comunicação, da psicologia institucionais; a ciência política, com suas teorias
stress; a psicologia clínica com seus social e da sociologia interacionista, que sobre poder, conflito, negociação e controle; a
modelos de personalidade e forneceram teorias sobre tópicos como antropologia, com suas teorias sobre simbolismo,
desenvolvimento humano e a psicologia socialização, liderança e dinâmica de influência cultural e análise comparativa; e a
industrial com suas teorias sobre seleção grupo. economia, com suas teorias sobre competição e
de empregados, atitudes no local de eficiência.
trabalho e avaliação de desempenho.
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5º) Conhecer importantes ferramentas gerenciais que busquem : motivar trabalhadores e
manter a competitividade global das organizações.
6º) Melhorar o comportamento ético: Criar um clima eticamente saudável para seus
funcionários no qual eles possam realizar seu trabalho com produtividade e confrontando o
mínimo de ambigüidade em relação ao que se constitui em comportamentos certos ou
errados.
Quando as pessoas entram em uma organização, elas se parecem um pouco com carro
usados.Cada qual é diferente demais. Algumas têm “baixa quilometragem” – foram tratadas
carinhosamente e pouco expostas ás força dos elementos. Outras são “malhadas”, tendo sido
dirigidas em algumas estradas difíceis. Essa metáfora indica que as pessoas entram para as
organizações com determinadas características que vão influenciar seus comportamentos no
trabalho. Por esse motivo, cada um destes fatores-características biográficas, capacitação,
valores, atitudes, personalidade e emoções – serão analisadas neste capítulo. Bem como
outras quatro variáveis que afetam o comportamento dos funcionários: percepção, tomada de
decisão individual, aprendizagem e motivação. Então vamos buscar compreender cada uma
delas!
►Influências Comportamentais:
Podemos afirmar que o ser humano recebe orientações (educação) na sua infância que irá
formar o seu caráter ou a sua maneira de ser. Tendo em vista que as pessoas estão sempre
procurando outras pessoas para se inspirar, ou procuram sempre coisas que o confortam para
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conseguir sua satisfação. Sabendo que uma pessoa que seja inteligente e disciplinada, que
cumpre seus horários e seus compromissos, aprendeu desde a sua infância o que ela pode
fazer, e o que ela não pode fazer; sendo assim, uma pessoa que aprendeu a dar valor a
obediência, que respeita os espaços das outras pessoas, fica condicionada a respeitar seus
outros companheiros de trabalho e procura sempre respeitar as normas da empresa em que
é empregado. Sendo assim é de conhecimento de toda organização que ela tem que estar
preparada para enfrentar diversos tipos de problemas diferentes.
Da mesma forma que um trabalhador tem um bom convívio dentro da sua empresa, ele
também pode ter problemas ou causar problemas para si e para os seus companheiros de
trabalho. Uma pessoa que vive em constante conflito dentro da sua casa, ou que, desde
criança já convive com problemas, pode apresentar na maioria da vezes problemas para a
empresa também. A empresa tem que saber trabalhar e incorporar esse funcionário em sua
organização, fazer com que o funcionário veja a empresa como uma forma de prazer e um
lugar que poder proporcionar a ele um futuro melhor do que ele está acostumado a conviver.
Além das dificuldades que ele terá devido as suas influências educacionais, ele deve
aprender a superar esses problemas já que ele tem necessidades sociais que as vezes o
diferencia dos demais companheiros, pois uns seguem uma religião, outros tem time
preferido, grupos de amigos que se relaciona melhor, companheiros de escola, etc., todos são
diferentes e tem gostos diferentes, o que agrada uma pessoa, pode não agradar a outra.
O gosto e o entrosamento de cada pessoa são os fatores que irão determinar sua
permanência ou seu desligamento em um determinado local de trabalho. A falta de
companheirismo e amizade são fatores que determinarão o afastamento de determinados
funcionários, principalmente aqueles que não conseguem se relacionar com companheiros
que fazem parte do seu ambiente de trabalho.
Algumas dificuldades freqüentes nas organizações são os conflitos por ganância de cargos,
nepotismo, e outros fatores que causam descontentamento de empregados em um ambiente
de trabalho. Geralmente esses conflitos fazem com que pessoas, que não escondem seu
descontentamento, passem a sofrer constantes desconfianças dos seus companheiros,
gerando assim um afastamento definitivo daquela empresa.
Os primeiros passos desses conflitos podem ser percebidos quando verificamos muitas
acusações, reclamações, e chegando até a agressões entre os funcionários de uma
determinada empresa. Afinal quem nunca ouviu uma frase como: “Não tenho nada contra
essa pessoa, mais ele é um péssimo profissional”. Esses conflitos atrapalham o progresso
das empresas, pois seus setores são todos dependentes uns dos outros.
Afinal como seria para uma empresa se o gerente de RH não dialogasse com o gerente de
contas, e se o gerente de contas não dialogasse com o gerente de vendas, e assim
sucessivamente, a empresa iria regredir rapidamente até chegar o momento que ela teria que
fechar as suas portas. Então, socializa-se com a empresa todo funcionário que vesti a
mesma camisa e luta pelo sucesso de sua organização. Lembramos também que o fator
educacional tem o seu papel na vida do individuo, e fator social também, e por ultimo
devemos identificar nos funcionários das empresas as influências culturais que fazem parte da
vida de praticamente todos os indivíduos da terra. Afinal, todos confessam uma fé, tem um
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gosto por músicas, fatores de motivação diferentes que fazem com que todos passamos à
adquirir uma fé diferente.
A religião, por exemplo, consegue causar guerras entre nações, às torcidas dos times de
futebol se tratam como inimigos mortais, e até os estilos musicais expressam revoltas. Sendo
assim nós devemos entender que todo ser humano tem a sua cultura, e nem sempre o que
esta bom para uma pessoa vai estar bom para a outra, o único modo de vencermos os
problemas causados pelas influências culturais: é cada um respeitar a origem dos outros, sua
religião, seu estilo musical, pois cada um de nós aprende a dar valor a sua cultura, e no
momento que alguém descrimina a sua cultura, ele também se sente descriminada.
Já classificado uma parte dos problemas e a maneira que cada individuo reage na sua
maneira de se comportar dentro das empresas no que diz respeito a problemas
comportamentais e suas conseqüências, devemos buscar o conceito histórico e o que dizem
os pensadores do assunto, quais as fontes que tratam do assunto e a maneira que essas
fontes tratam, pois o comportamento do ser humano dentro de uma organização já foi de
grande importância no passado, é de importância hoje e continuará sendo de grande
importância no futuro.
A ética não se ocupa em saber como se alimentar melhor, qual a maneira mais
recomendável de se proteger do frio ou o que fazer para atravessar um rio sem se
afogar, todas questões muito importantes, sem dúvida, para a sobrevivência em
determinadas circunstâncias; o que interessa a ética é como viver bem a vida humana,
a vida que transcorre entre humanos. (SAVATER, Fernando. Ética para meu filho.)
Ultimamente "ética" tem sido uma palavra muito utilizada em nosso cotidiano, mas não há
consenso sobre o seu significado. Comecemos, então, lembrando de algumas circunstâncias
nas quais ela pode aparecer. Algumas vezes, ouvimos dizer que Fulano é muito ético, ou que
Sicrano não tem ética. Nessas avaliações, a ética é tratada como algo que as pessoas podem
ter ou não.
Também são comuns os debates sobre a ética relacionados a uma atividade humana
específica, tais como ética profissional, ética política, ética esportiva, bioética, ética médica,
ética religiosa e tantas outras. Nesses casos, a palavra ética normalmente se refere a um
código de condutas que deve orientar as pessoas que exercem essas atividades.
Podemos, também, dizer que uma determinada pessoa agiu bem, que foi corajosa ao
enfrentar uma situação difícil ou que foi covarde ao fugir de sua responsabilidade. Nesses
casos, também há uma discussão sobre ética. A palavra, aqui, representa um conjunto de
parâmetros sobre o que é agir bem que permite a aprovação ou a reprovação dos
comportamentos das pessoas.
Como se vê, os usos cotidianos do termo "ética" são diversos, nem sempre indicando a
mesma coisa. Essa multiplicidade de significados também aparece nas discussões filosóficas,
que remontam ao século V aC, nas cidades-estado gregas. Entretanto, mesmo sendo uma
palavra usada com sentidos e intuitos muito diferentes, ética se refere sempre ao que um
dado grupo social entende como o que deve ser o bom comportamento humano. Sendo
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assim, as discussões sobre ética se referem aos modos de valorar os próprios
comportamentos e o das outras pessoas e, também, aos parâmetros que servem para
orientar essas ações.
A origem do termo ética remonta ao termo grego "ethos", que significa costumes e hábitos
sociais. Já a palavra moral tem origem no termo "mores", do latim, e tem o mesmo
significado. No entanto, historicamente esses conceitos foram adquirindo significados
diferentes. Alguns autores definem moral como conjunto de princípios, crenças, regras que
orientam o comportamento das pessoas nas diversas sociedades e ética como reflexão crítica
sobre a moral e também como a própria realização de um tipo de comportamento.
Outros autores, por sua vez, procuram distinguir as duas palavras usando o termo moral para
os códigos de valores diferentes e específicos que existem e o termo ética para a busca de
valores universais, que seriam válidos no âmbito da humanidade como um todo e não apenas
em um grupo específico.
Nesse texto não entraremos na minúcia dessas discussões, pois nosso objetivo é, apenas,
fazer algumas reflexões gerais sobre os valores morais e algumas de suas relações com as
ações humanas.
Os valores morais são juízos sobre as ações humanas que se baseiam em definições do que
é bom/mau ou do que é o bem/o mal. Eles são imprescindíveis para que possamos guiar
nossa compreensão do mundo e de nós mesmos e servem de parâmetros pelos quais
fazemos escolhas e orientamos nossas ações.
Eles estão presentes nos nossos pensamentos, nas coisas que dizemos e escrevemos e,
claro, nas nossas ações. Apesar dessa presença em toda a nossa vida, as ocasiões mais
propícias para investigarmos sua importância para a compreensão e direcionamento das
ações são aquelas em que somos chamados a fazer escolhas importantes. Nesses
momentos, sabemos que não podemos agir em função da primeira coisa que passar pela
cabeça; precisamos pensar bem, avaliar o que realmente queremos, quais as conseqüências
se fizermos isso ou aquilo, o que perdemos e o que ganhamos.
Uma das principais dificuldades em tomar decisões significativas é que nunca sabemos
exatamente o que vai acontecer se fizermos isso ou aquilo. Não temos controle sobre as
ações dos outros; entre o que planejamos e o que acontece realmente existem muitas
variáveis. Além disso, as situações que vivemos nunca são puramente boas ou más; ao
contrário, na maior parte das vezes são ambíguas. Outra dificuldade é que um mesmo ato
pode ser bom em uma ocasião e completamente reprovável em outra.
Não faltam exemplos de dilemas nas situações do cotidiano e respostas diferentes para cada
questão. Um jovem casal sempre se previne em suas relações sexuais, mas a menina acaba
por engravidar; eles não têm condições materiais nem mesmo emocionais de educar o filho.
Diante disso, deve-se ou não fazer um aborto? Um parente querido está muito doente e só se
mantém vivo por estar ligado a aparelhos; não há possibilidades de que ele volte a viver bem
e o sofrimento de todos é muito grande. Devem-se desligar os aparelhos ou não? Um chefe
de família desempregado vê seu filho adoecer e não tem dinheiro para comprar os remédios
para curá-lo; ao passar por uma farmácia, vê vários deles expostos. Deve se arriscar e furtar
uma caixa ou não?
No mundo natural, esses dilemas não estão colocados. A natureza é o reino da necessidade,
da determinação. Por mais que um animal seja capaz de expressar sentimentos como raiva,
afeto, ansiedade e calma; ou vontades como fome, sono ou sede, ele não é capaz de levar
esses desejos e essas vontades à consciência, de construir representações verbais sobre
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elas, de negociar a interpretação delas com outros seres e, a partir daí, planejar sua ação no
tempo e no espaço. No reino da natureza, a ação é dada em um constante aqui e agora. A
existência de um animal é restrita aos limites impostos pela sua condição natural.
A existência de cada ser humano, por sua vez, precisa ser inventada. Nascemos
biologicamente humanos, mas precisamos transformar nossa natureza biológica e
desenvolver todos os saberes que são necessários para vivermos com as pessoas com as
quais nos relacionamos. Assim, ao longo de nossas vidas, vamos construindo nosso modo de
ser, pensar, vamos revendo nossos planos e nossas maneiras de agir e se relacionar com os
outros.
A intermediação da consciência é decisiva para a constituição da ação humana. Após
nascermos, ao tomarmos parte das atividades da vida social, vamos desenvolvendo uma vida
interior marcada por representações das relações que estabelecemos conosco, com os outros
e com o meio externo a nós. O desenvolvimento da consciência e da linguagem nos permite
trazer à consciência nossas necessidades, vontades e nossos desejos. A partir daí, podemos
interpretar o que se passa conosco e com os outros, imaginar o futuro, mobilizar experiências
e saberes já realizados e podemos, enfim, orientar nossas ações futuras segundo
determinadas finalidades.
Todas essas possibilidades, no entanto, podem dar a impressão de que vivemos em grande
liberdade, mas isso é relativo. Há uma série de circunstâncias que acontecem conosco e nas
quais nos vemos envolvidos sem que as tenhamos escolhido. Por essa razão, podemos
afirmar que a vida social instaura a construção histórica e sempre relativa da liberdade.
Desse modo, embora nossa liberdade tenha limites, é possível afirmar que nossas condutas
não são inteiramente determinadas de fora e jamais temos apenas uma alternativa a seguir.
Nossa capacidade de interpretar o mundo e orientar nossas ações no tempo nos dá, a cada
instante, um leque de possibilidades para novos arranjos de vida.
Sendo assim, não podemos evitar nossa liberdade relativa, nem suas conseqüências.
Portanto, nós precisamos, necessariamente, fazer escolhas para inventarmos, dentro de
certos limites, e nas possibilidades que nos são dadas, a nossa vida. Diante disso é comum
nos depararmos com dúvidas como o que devemos fazer? Como saber o que é mais
importante ou urgente? Como escolher?
Criados na vida social para orientar as ações humanas e regular a relação entre as pessoas,
os valores morais não têm validade universal. Ao contrário, eles são válidos apenas em um
contexto específico, no quadro de uma cultura determinada, e têm existência histórica.
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quem recriminaria as pessoas que, fugindo da perseguição do exército nazista, mentiram
sobre o paradeiro de seus colegas e não os entregaram?
São válidos no quadro de uma cultura, porque os valores não fazem sentido isolados de todas
as outras dimensões da vida humana. Assim, é preciso levar em conta o quadro de relações
que leva um grupo a definir alguns comportamentos como aprováveis ou reprováveis. Por
essa razão, um mesmo ato pode ter sentidos diferentes se tiver acontecido nas classes
médias urbanas de metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro ou em uma pequena cidade
interiorana; se uma ação ocorre entre um povo indígena ou em um país do oriente.
Esses valores são válidos historicamente porque são criações humanas e, como tais,
atendem a necessidades de um determinado grupo e um dado momento. Por isso, são
passíveis de mudanças. A história das mulheres nas sociedades ocidentais ao longo do
século XX pode exemplificar essas mudanças: uma série de comportamentos mal vistos e
indesejados há 50 anos hoje são aceitos e até mesmo valorizados.
Como se vê, os valores morais não estão organizados em uma tábua de prescrições de
condutas que levam automaticamente a um vida boa. Ao contrário, eles são criações
humanas ligadas às condições de vida historicamente criadas. Não podemos ter tudo a todo
instante e aprender a decidir é, também, aprender a hierarquizar o que é mais importante do
que é menos importante na situação em que a escolha nos é colocada.
Retomando, este artigo discute a cultura organizacional, seu conceito, seus valores e normas,
como as pessoas aprendem a cultura e os fatores que influem nas diferenças culturais entre
as organizações. Assim como a estrutura, a cultura organizacional também pode ser
desenhada e gerenciada.
Ressalta-se que esses textos são baseados no livro Organizational theory: text and cases, do
autor Jones Gareth e foram produzidos como forma de estudo e aprendizagem da disciplina
Teoria das Organizações, do Mestrado em Administração da PUC.
Valores são critérios gerais, padrões ou princípios que as pessoas utilizam para determinar
quais comportamentos, eventos e situações são desejáveis ou indesejáveis. Valor terminal é
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uma situação final que as pessoas desejam alcançar e pode estar refletidos na missão e
objetivos oficiais da empresa. Excelência, confiabilidade, lucratividade, inovação, economia,
qualidade e moralidade são exemplos que devem ser adotados como princípios de
orientação. Valor instrumental é um modo de comportamento desejável, por exemplo,
trabalhar pesado, respeitar tradições e autoridade, ser conservador e cuidadoso, ser criativo,
corajoso e honesto, aceitar riscos e manter os padrões altos. A cultura organizacional consiste
em uma combinação de seus valores terminais e instrumentais, podendo tender para ser mais
conservadora ou empreendedora.
Muitos valores importantes não estão escritos, existindo apenas na forma de pensar, agir e no
jeito de enfrentar os problemas que as pessoas aprendem umas com as outras e que são
consistentes com os valores aceitáveis pela empresa.
Os novos empregados, para serem aceitos, devem aprender os valores e normas que
orientam o comportamento de seus membros e agir de acordo com essas normas. Eles
podem obter informações sobre esses valores indiretamente, através da observação do
comportamento dos membros atuais inferindo o que é apropriado ou não.
29
desempenham suas atividades precisa de um programa de socialização forte que reforce
seus valores culturais. Já uma organização cuja missão é produzir produtos inovadores deve
incentivar as experiências informais e randômicas nas quais seus membros vão obtendo as
informações necessárias realizando seu trabalho. Assim, as práticas de socialização não só
influem no aprendizado dos valores culturais como também suportam a missão
organizacional.
As pessoas são a principais fontes da cultura organizacional. Para saber por que as culturas
diferem, basta olhar para os seus membros. As empresas selecionam as pessoas que
compartilham os seus valores, por isso as pessoas internas se tornam cada vez mais
parecidas. Os fundadores de uma organização têm uma influência importante na cultura inicial
por causa de seus valores e crenças pessoais, que ao longo do tempo serão perpetuados
pelas pessoas contratadas.
Muitos valores culturais derivam da personalidade e das crenças dos fundadores e dos
gerentes de alto escalão e estão fora de controle da organização. Entretanto, as organizações
podem conscientemente desenvolver valores éticos para controlar o comportamento de seus
membros. Ética organizacional são os valores morais, crenças e regras que estabelecem um
jeito para os stakeholders lidarem uns com os outros e com o ambiente da empresa. A alta
30
gerência, para escolher constantemente as coisas certas a serem feitas, se baseia nos
valores éticos da cultura organizacional. Os valores éticos, assim como as regras e normas
incorporadas, são parte inseparável da cultura organizacional, porque eles ajudam a formatar
os valores que as pessoas usam para gerenciar situações e tomar decisões.
- Direitos de Propriedade
Na cultura organizacional, os valores refletem a ética dos indivíduos, dos grupos profissionais,
da sociedade e também a forma de distribuição dos direitos de propriedade (direitos que as
pessoas têm para usar os recursos da empresa). Esses direitos definem os direitos e
responsabilidades de cada grupo de stakeholder e influem no desenvolvimento das normas,
valores e atitudes. Os acionistas são os grupos que possui o maior direito de propriedade. Os
altos gerentes possuem grande direito de propriedade, pois recebem uma grande quantidade
dos recursos organizacionais, refletidos em sua autoridade para tomar decisões e controlar os
recursos. Eles têm poder para estabelecer os termos de seus empregos e ainda para
determinar os direitos de propriedade que serão recebidos pelos outros. Alterar o sistema de
direito de propriedade afeta a cultura organizacional, pois afeta os valores instrumentais que
motivam e coordenam os empregados. Por exemplo, supervisão e regras rígidas que
controlam comportamentos podem ser substituídas por times que cooperam e são motivados
pelo compartilhamento do valor criado no novo sistema.
- Estrutura Organizacional
A estrutura organizacional é a quarta fonte dos valores culturais. Diferentes estruturas fazem
surgir diferentes culturas e as estruturas orgânicas e mecânicas fazem surgir valores culturais
completamente diferentes. A estrutura mecânica favorece uma cultura na qual previsibilidade
e estabilidade são situações desejáveis. Numa estrutura orgânica onde as pessoas possuem
mais liberdade de ação, a cultura favorece inovação, criatividade e flexibilidade. O gerente é
apenas um árbitro, provocando debates, confrontos criativos e incentivando novas idéias.
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As organizações com estruturas de times de desenvolvimento de produtos ou matriciais são
mais flexíveis, pois o contato direto entre os especialistas leva ao desenvolvimento de valores
compartilhados e formas comuns de resolverem problemas. Entretanto, em algumas
organizações, os empregados não devem tomar decisões e a centralização pode ser usada
para criar valores culturais que reforcem a obediência. Em resumo, a estrutura organizacional
afeta os valores culturais que guiam seus membros no desempenho de suas atividades e a
habilidade para desenhar uma estrutura que combine com a cultura pode ser uma fonte de
vantagem competitiva.
O comportamento ético possui vantagens. Como a ética forma uma parte importante dos
valores culturais, numa época de grande competição, a organização não pode agir de forma a
ferir sua reputação nem permitir que seus empregados tirem vantagem de suas posições para
agir de forma antiética. Uma das principais prioridades dos gerentes deve ser criar uma
cultura ética através de seu comprometimento pessoal com esses valores e transmiti-los aos
seus subordinados. Se o comportamento da empresa segue uma regra ética aceitável o efeito
de reputação é positivo.
Da mesma forma, as empresas com mais dificuldade de sobrevivência são as que mais
provavelmente irão cometer atos antiéticos ou ilegais. Se o desempenho da empresa não é
bom, a alta gerência sofre pressão dos stakeholders e pode se comportar antieticamente.
Nesse caso, é grande a tentação para a empresa se engajar coletivamente num
comportamento antiético.
Uma organização de postura ampla aceita a premissa de que as organizações são agentes
morais, e como os indivíduos, devem examinar cada situação sob uma perspectiva moral.
Depois que os valores morais e princípios são aplicados para analisar ações e
comportamentos, os gerentes podem desenvolver regras morais que especificam
comportamentos apropriados para os membros da organização. A postura ampla requer muito
mais pensamento e julgamento pela organização e seus membros que a postura estreita. Em
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resumo, se a ética organizacional violar a ética social, a empresa estará agindo ilegalmente e
poderá sofrer sanções. Se violar as regras de negócios genericamente aceitas, poderá perder
sua reputação.
A ética influencia a escolha da estrutura e cultura que irão coordenar os recursos e motivar os
empregados. Uma organização pode incentivar as pessoas a agirem eticamente colocando
em prática incentivos para comportamento ético e punição caso contrário. A alta gerência é
quem estabelece a ética cultural, pois possui responsabilidade pelo estabelecimento da
política da empresa. Normalmente as empresas utilizam sua missão para orientar os
empregados nas decisões éticas. Valores éticos fluem na organização de cima para baixo,
mas podem ser reforçados ou enfraquecidos pelo desenho de sua estrutura.
33
competência, mas na hora de entregar o produto ou serviço começa a dor de cabeça do
consumidor.
Percebemos que os traços culturais mais presentes, segundo a nossa análise, são:
PATERNALISMO, CONCENTRAÇÃO DE PODER, POSTURA DE ESPECTADOR,
PERSONALISMO e FORMALISMO. Esse fato caracterizaria o predomínio, nos processos de
negociação que envolvam brasileiros como parte interessada, dos Subsistemas dos Líderes e
Institucional.
Exibe-se portanto mais uma vez o ranço autoritário que permeia a cultura brasileira e o seu
subproduto, a cultura organizacional brasileira.
-Concentração de poder:
Expressões como " manda quem pode, obedece quem tem juízo" e " você sabe com quem
está falando?" representam esta tendência.
-Paternalismo:
Cidadão no Brasil é termo pejorativo; não entendemos o cidadão como núcleo do poder. Nas
relações sócio-políticas prevalece o magnetismo pessoal e a rede de amigos e parentes,
como caminhos naturais na resolução de problemas e na obtenção de privilégios.
-Postura de expectador:
Somos um povo mudo e reflexivo, orientados pelo que diz a autoridade externa, não
possuindo desenvolvida a consciência crítica. Consequentemente, possuímos baixa iniciativa,
pouca capacidade de realização por autodeterminação e transferência de responsabilidade
das dificuldades para as lideranças.
-Formalismo:
O brasileiro preocupa-se mais com o presente do que com o futuro, buscando resultados
imediatistas. Aceita tacitamente as normas e as regras, mas as pratica de forma distorcida.
Esse lado patológico do formalismo permite a existência de nepotismo, favoritismo e até
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subornos, causando instabilidade e insegurança. Getúlio Vargas já dizia: ‘para os amigos
tudo, para os inimigos nada, para os indiferentes, a lei’. Há um lado positivo no uso do
formalismo: adotamos soluções que nos incluem no mundo das sociedades desenvolvidas.
-Impunidade:
Nossos líderes estão ao largo das punições, aumentando o risco de apatia das pessoas e
tornando o brasileiro cada vez mais espectador.
-Lealdade Pessoal:
Cada membro de um grupo valoriza mais as necessidades do líder e dos outros membros do
grupo, do que as necessidades de um sistema maior no qual está inserido. Deposita-se
portanto toda a confiança no líder e aceitam-se as decisões tomadas por colegiado de líderes.
-Flexibilidade:
Assim, o poder é um instrumento delicado. É como uma faca de dois gumes, ele pode
destruir e causar dor ou curar e criar novas oportunidades. Os líderes devem ter uma clara
consciência de seu poder de influência sobre os liderados e usá-lo somente no
desenvolvimento de outras pessoas, fazendo com que elas cresçam, inspirando o melhor
nelas e encorajando-as a fazerem a diferença.
Algumas noções de conflito se desenvolveram ao logo da história, algumas visões por certo
até antagônicas. Enquanto em certo tempo cogitou-se que a sobrevivência da organização
dependeria da colocação de todos os membros para a realização de um objetivo comum, o
conflito só poderia ser destrutivo, sendo então imprescindível eliminá-lo implementando
estruturas e práticas que compensem o que Weber chamava de "as imperfeições da natureza
humana".
Por outro lado, foi-se reconhecendo o caráter inevitável, e por vezes desejável do conflito
organizacional, sobretudo se ele servir para estimular os membros da organização e se o
choque de idéias divergentes conduzirem a resultados positivos. Sendo assim nasceu à idéia
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não só de procurar resolver conflitos, mas, sobretudo de geri-los, de reconhecer, no seio da
organização, a existência de habilidades, de conhecimentos e de interesses diferentes que
podem ser usadas de forma proveitosa na busca de soluções melhores e adaptadas ao
ambiente no qual a organização está inserida, daí então surgindo o conceito de "gestão de
conflitos".
Os conflitos por vezes podem ser desejáveis, podem servir para estimular os membros das
organizações e o choque de idéias divergentes conduzirem a resultados positivos, sendo
assim nasceu à idéia de GERIR CONFLITOS e não erradicá-los de uma forma sumária, o que
induziria á forma de conflito latente, ou mais precisamente um conflito individual o qual não
mais conseguiríamos enxergar, gerando assim perda de eficiência e produtividade sem que
possamos identificar suas causas.
Tendo como ferramenta todos estes modelos, cabe ao gestor de pessoas ou mediador da
situação, sintetizar o problema, analisar e tomar a decisão certa na hora certa para que não
se enfatize a condição de conflito negativo presente no seu meio. Tendo estas ferramentas
ele pode de certa forma prever os acontecimentos que cada ação de seus colaboradores
podem gerar.
Cabe a ele também utilizar o conflito em prol de melhorias quanto a filtragens de idéias e para
(quando solucionando o conflito) gerar um ambiente de clareza pessoal, acarretando assim
mais sinergia entre as partes, sucumbindo às idéias preconceituosas e egoístas do meio para
que assim os principais objetivos possam ser alcançados.
Toda mudança acarreta uma pressão. Isto ocorre fora de nós. Toda pressão acarreta um
estresse, dentro de nós. Este é normal. Pode, no entanto se tornar patológico sendo mesmo
mortal. Felizmente não somos vítimas passivas e desarmadas dentro do processo. Podemos
e devemos tomar atitudes tendentes à conservação da nossa saúde e de nossa vida.
Estamos imersos em num universo em mudanças. Telecomunicação, globalização, mudança
no papel da mulher, dos conceitos de autoridade. Os desafios e metas da qualidade
dependem da mobilização das pessoas para o desenvolvimento das ações do programa. Por
outro lado, o que se observa é que, apesar de as empresas estarem investindo em tecnologia,
verifica-se um desequilíbrio: descuidam-se em relação às estratégias de envolvimento do
pessoal em direção à qualidade. Não existe "qualidade" sem Qualidade de Vida no Trabalho
que deve ser entendida e trabalhada corretamente.
O fato é que as empresas gastam muita energia envolvida com situações de insatisfação,
desmotivação, desencontros, conflitos não resolvidos, jogos de poder; quando deveríamos
estar concentrados naquilo que realmente importa. A sinergia organizacional para resultados.
-Características Biográficas:
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As características biográficas estão prontamente disponíveis para os gestores. Em sua
maioria, essas informações podem ser encontradas nas fichas pessoais dos funcionários. As
conclusões mais importantes que podemos tirar das evidências examinadas é que a idade
tem pouca relação com a produtividade; os trabalhadores mais velhos ou com mais tempo de
casa apresentam menor probabilidade de se demitir; e que os funcionários casados faltam
menos, apresentam menor rotatividade e demonstram maior satisfação com o trabalho do que
os solteiros.
- Habilidades:
Em terceiro lugar, a adequação pode ser aprimorada por meio de modificações nas tarefas,
para que melhor se adaptem ás habilidades dos incumbentes. Frequentemente é possível
modificar alguns aspectos que, não tendo grande impacto sobre as atividades básicas da
função, podem tirar proveito dos talentos específico de um funcionário. Os exemplos seriam a
mudança dos equipamentos utilizados no trabalho ou a reorganização das tarefas dentro de
um grupo de funcionários.
Uma alternativa final é oferecer treinamento aos trabalhadores. Isso se aplica aos funcionários
novos como aos antigos. O treinamento pode manter atualizadas as habilidades dos
incumbentes ou ensinar novas práticas quando houver necessidade, em vista de mudanças
nas condições de trabalho.
- Aprendizagem:
Nosso conhecimento sobre o processo de aprendizagem nos indica que o reforço é uma
ferramenta mais eficaz que a punição. Embora a punição seja capaz de eliminar mais
rapidamente o comportamento indesejado do que o reforço negativo, o comportamento punido
costuma ser suprimido apenas por um tempo, sem significar mudança permanente. O uso das
punições também pode causar efeitos colaterais desagradáveis, como baixo moral,
absenteísmo e aumento na rotatividade. Além disso, os funcionários punidos podem ficar
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ressentidos com seus superiores. Recomenda-se aos chefes, portanto, que prefiram utilizar o
reforço á punição.
- A Diversidade na Personalidade
Enquanto as aptidões são coisas que um indivíduo pode fazer, personalidade é o que uma
pessoa é. Algumas pessoas são quietas e passivas; outras são eloqüentes e arrojadas.
Quando descrevemos as pessoas como quietas, passivas, eloqüentes e arrojadas,
ambiciosas ou persistentes, estamos distribuindo-as em categorias de traços de
personalidade.
No momento em que as empresas estão competindo cada vez mais no terreno de qualidade
do serviço, a personalidade de quem fornece o serviço jamais teve tamanha importância. O
pessoal que tem contato direto com os clientes constitui um dos segmentos de crescimento
mais acelerado na força de trabalho e é a linha de frente na batalha entre as organizações
empenhadas em criar vantagem competitiva. Muitas empresas grandes tomam grandes
precauções ao contratar pessoas para estes cargos.
O fato de que muitos traços de personalidade sejam descritos em linguagem cotidiana - por
exemplo, agressividade, sociabilidade e impulsividade - é tanto uma vantagem como uma
desvantagem para o estudo do comportamento organizacional. É vantagem porque a maioria
das pessoas pode perceber imediatamente diferenças individuais nessas qualidades e
entender como essas variações poderiam afetar determinadas situações. É desvantagem
porque os termos empregados na linguagem cotidiana não são, via de regra, muito precisos.
Isso pode gerar considerável dificuldade no entendimento, na comunicação e na utilização de
informações obtidas a partir de avaliações científicas da personalidade. Abaixo as cinco
características específicas da personalidade e parte da evidência disponível acerca da
utilidade da mensuração dessas características no contexto das organizações.
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1. Extroversão Analisa se é ou não: Sociável, gregário (vive em bando), decidido,
falante, expressivo
2. Ajustamento Analisa se é ou não: Emocionalmente estável, não deprimido,
emocional tranqüilo, satisfeito
3. Afabilidade Analisa se é ou não: Cordial, confiante, de boa índole, tolerante,
(simpatia) colaborador, complacente
4. Senso de. Analisa se é ou não: Digno de confiança, organizado, perseverante,
responsabilidade íntegro, empreendedor
5. Interesse Analisa se é ou não: Curioso, imaginativo, criativo, sensível, aberto,
brincalhão
Fonte: Barrick, M. R. e Mount, M. K. "The Big Five Personality Dimensions and Job Performance: A
Meta-Analysis", Personnel Psycbology 44 (1991), p. 1-26.
A idéia de introversão e extroversão são os conceitos de Carl Jung mais usados. Jung
descobriu que cada indivíduo pode ser caracterizado como sendo primeiramente orientado
para seu interior ou para o exterior, sendo que a energia dos introvertidos se dirige em direção
a seu mundo interno, enquanto a energia do extrovertido é mais focalizada no mundo externo.
Extroversão Introversão
• Impulsivo • Hesitantes.
• Não pode compreende a vida até que a • Não podem viver a vida até que a tenha
tenha vivido compreendido
• Atitude relaxada e confiante • Atitude reservada e questionadora.
• Esperam que as águas provem ser • Esperam que as águas provem ser
rasas e mergulham prontamente em profundas e fazem uma pausa para
experiências novas e não tentadas sondar de novo.
• Atenção voltada para o exterior • Atenção voltada para o interior.
• Interesse e atenção dirigida a • Interesse e atenção voltados para
acontecimentos objetivos, eventos interiores.
principalmente os do seu ambiente
imediato • Seu mundo real é o interno das idéias e
• Seu mundo real é o externo das da compreensão.
pessoas e coisas • Os gênios da cultura.
• Os gênios que civilizam • Pessoas de idéias e invenções
• Pessoas de ação que alcançam a abstratas.
prática • Vão das considerações para a ação e
• Vão da ação à consideração e retornam voltam para as considerações.
a ação. • Conduta governada por valores
• Conduta governada por condições subjetivos em assuntos essenciais.
objetivas em assuntos especiais • Impenetráveis, taciturnos e tímidos,
• Compreensíveis e acessíveis, sempre ficam mais a vontade no mundo das
sociáveis, sentem-se mais à vontade no idéias do que no mundo das pessoas e
mundo das pessoas e coisas do que no das coisas,
mundo das idéias • Internos e apaixonados.
• Expansivos e menos impressionáveis • Retém suas emoções e as guardam
• Descarregam as emoções na medida como sendo explosivas.
em que elas vem • Fraqueza Típica: Tendência à não
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• Fraqueza Típica: Tendência para a praticidade.
superficialidade intelectual. • Discretos no que fazem.
• Preeminentes no que fazem • A saúde e integridade da personalidade,
• A saúde e integridade da personalidade, dependem de um desenvolvimento
despedem de um desenvolvimento balanceado da atitude oposta.
balanceado da atitude oposta.
40
criativa
Artista
(A)
(C)
Em
l
pr
ee i á ve
(E n d e c
) do S o (S )
r
O diagrama mostra que quanto mais próximos estiverem dois campos ou orientações
no hexágono, maior a compatibilidade entre eles. Categorias adjacentes são muito
similares, ao passo que as diagonalmente opostas são extremamente diferentes.
O que significa tudo isso? A teoria afirma que a satisfação é mais alta e a rotatividade
mais baixa quando existe conformidade entre personalidade e ocupação. Indivíduos
sociáveis deveriam estar ocupando cargos sociais, pessoas convencionais, cargos
convencionais, e assim por diante. Uma pessoa realista em um cargo realista está em
uma situação mais condizente do que uma pessoa realista em um cargo investigativo
ou social – a situação mais incrogruente possível.
Considerações Finais
Em um mundo perfeito, todos os gerentes estariam trabalhando com pessoas que tivessem
apenas êxitos e nenhuma deficiência. No mundo real, contudo, raramente dispõem desta
oportunidade. Conseqüentemente, a melhor coisa que os gerentes podem fazer é levar em
conta os méritos e as falhas de pessoas diferentes e, em seguida por meio de seleção,
treinamento ou reengenharia, criar uma situação que apóie os êxito e afaste as deficiências
de seu pessoal.
Uma crítica importante diz respeito a validade destas medições na previsão efetiva de
sucesso futuro no cargo. Embora seja possível encontrar no mercado mensurações confiáveis
dos traços relacionados à cima. Senso de responsabilidade é a única dimensão da
personalidade que demonstra alguma validade como indicador de sucesso para uma série de
diferentes categorias de cargos. Não é só um indicador válido de desempenho no cargo,
41
como também um indicador de empregado em relação ao furto e do chamado “crime do
colarinho branco”.
A extroversão é relevante a alguns tipos de cargos, como vendas e cargos gerenciais, mas o
nível de previsibilidade é baixo e contingente em relação a outros fatores como o grau de
liberdade inerente ao cargo. O baixo nível de validade nos critérios de mensuração da
personalidade é particularmente evidente quando comparamos suas medidas com os testes
de aptidões cognitivas ou física necessários ao desempenho de determinada função.
Instruções: Não bisbilhote o valor dos pontos. As respostas valerão para aquilo que você
pensa agora... não pelo que você foi no passado! Este teste é verdadeiramente utilizado pelo
Dep. de Recursos Humanos de uma grande empresa americana. Eles, assim, podem
conhecer melhor seus empregados e seus potenciais (e eventualmente "kick them in the
ass"!).
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6) Quando você vai a uma festa ou encontro social você:
a) faz uma entrada ruidosa para que todo mundo perceba;
b) faz uma entrada silenciosa, procurando por um conhecido;
c) faz a entrada o mais silenciosa possível, tentando não ser percebido.
9) Quando você está na cama, à noite, naqueles minutos finais antes de dormir, você:
a) fica espichado de costas;
b) fica espichado de barriga para baixo;
c) fica de lado e ligeiramente curvado;
d) com a cabeça em cima do braço;
e) com a cabeça sob os lençóis.
Pontuação
1) a-2; b-4; c-6 6) a-6; b-4; c-2
2) a-6; b-4; c-7; d-2; e-1 7) a-6; b-4; c-2
3) a-4; b-2; c-5; d-7; e-6 8) a-6; b-7; c-5; d-4; e-3; f-2; g-1
4) a-4; b-6; c-2; d-1 9) a-7; b-6; c-4; d-2; e-1
5) a-6; b-4; c-3; d-5; e-2 10) a-4; b-2; c-3; d-5; e-6; f-1
Interpretação: Acima de 60 pontos: Os outros o vêem como alguém que eles precisam ter
cuidado no convívio. Você é visto como vaidoso, autocentrado, e alguém que é
excessivamente dominador. Os outros podem mesmo admirá-lo, querendo até mesmo ser um
pouco como você, mas não lhe têm confiança e hesitam envolver-se mais profundamente com
você.
De 51 a 60 pontos: Os outros o vêem como alguém excitante, altamente volátil, com uma
personalidade impulsiva; um líder natural, que é rápido para tomar decisões, embora nem
sempre as decisões acertadas. Eles o enxergam como ousado e aventureiro; alguém que
sempre experimentará algo uma vez pelo menos; alguém que corre riscos e aprecia a
aventura. Eles apreciam estar em sua companhia pelo excitamento que você irradia.
43
suficientemente bem equilibrado para não lhe deixar subir à cabeça. Também o vêem como
bondoso, atencioso, delicado, compreensivo; alguém que sempre os anima e os ajuda.
Menos de 21 pontos: As pessoas o vêem como tímido, nervoso, indeciso, alguém de quem
precisam tomar conta, alguém que está sempre esperando que os outros tomem as decisões
e que não quer se envolver com pessoas ou coisas. Eles o enxergam como um preocupado
que sempre enxerga problemas onde não existem. Algumas pessoas o acham um chato.
Somente quem o conhece bem acha que você não é.
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►PERCEPÇÃO: INTERPRETANDO O MUNDO A SUA VOLTA
As empresas são as pessoas que nelas trabalham. A questão da gestão de pessoas vem
despertando, cada vez mais, o interesse por parte de acadêmicos e executivos, para a real
compreensão dos fenômenos e processos que ocorrem nas organizações. A importância do
estudo da percepção para a compreensão do comportamento organizacional se justifica, pois
o comportamento, seja ele analisado dentro dos limites das organizações ou fora delas, está
diretamente ligado à percepção que o indivíduo possui do mundo externo e não da realidade
propriamente dita. A diversidade de interpretações que se faz da realidade evoca o estudo da
percepção.
Obviamente, o termo comportamento organizacional possui uma amplitude muito maior e não
pode ser explicado e analisado apenas sob o prisma da percepção. A percepção pode ser
considerada uma das bases fundamentais que explica muito dos fenômenos organizacionais.
Segundo Robbins (2001) “o mundo como é percebido é o mundo importante para o
comportamento”.
Ainda que dois seres humanos dividam a mesma arquitetura biológica e genética, talvez
aquilo que um deles percebe como uma cor ou cheiro, não seja exatamente igual à cor e
cheiro que o outro percebe. Nós damos o mesmo nome a esta percepção, mas, com certeza,
não sabemos se elas relacionam à realidade do mundo externo exatamente da mesma
maneira que a realidade percebida por nosso semelhante. Talvez nunca saberemos.
- O que percebemos?
Na realidade, perguntas distintas podem ser feitas sobre essa questão: o que percebemos e o
que sentimos. Para percebermos o mundo ao redor teremos de nos valer dos nossos
sistemas sensoriais. Cada sistema é nomeado de acordo com o tipo da informação: visão,
audição, tato, paladar, olfato e gravidade. Esta última ligada à sensação de equilíbrio.
Portanto, vamos falar antes da Sensação e depois da Percepção.
- O Processo Perceptivo:
Todos nós dispomos de cinco sentidos pelos quais experimentamos o mundo a nossa
volta: visão, audição, tato, olfato e paladar. A maioria de nós “confia em nossos
sentidos”, mas às vezes essa fé cega pode nos fazer acreditar que nossas
percepções são um reflexo perfeito da realidade. As pessoas reagem àquilo que
percebem, e suas percepções nem sempre refletem a realidade objetiva. Esse é um
problema importante, porque à medida que aumenta a diferença entre a realidade
percebida e objetiva, aumenta proporcionalmente a possibilidade de incompreensão,
frustração e conflito.
a) Sensação
As sensações motoras nos orientam sobre os movimentos dos membros e do nosso corpo. As
sensações de equilíbrio provêm da parte interna do ouvido e indicam a posição do corpo e da
cabeça. As sensações orgânicas são, de fato, as proprioceptivas, e se originam nos órgãos
internos: estômago, intestinos, pulmões etc. Seus receptores estão localizados na face interna
desses órgãos. Outros sensores sutis são capazes de captar informações mais refinadas, tais
como temperatura, excitação sexual e volume sanguíneo.
A sensação especial se manifesta sob a forma de sensibilidade para a fome, sede, fadiga, de
mal-estar ou bem-estar. Essas sensações internas vagas e indiferenciadas que nos dão a
sensibilidade de bem-estar, mal-estar, etc., têm o nome de sinestesia. No processo do
conhecimento e do auto-conhecimento objetivo as sensações ocupam o primeiro grau. São as
sensações que nos relacionam com nosso próprio organismo, com o mundo exterior e com as
coisas que nos rodeiam. O conhecimento do mundo exterior resulta das sensações dele
captadas e quanto mais desenvolvidos forem os órgãos dos sentidos e o sistema nervoso do
animal, mais delicadas e mais variadas serão as suas sensações.
Para maior eficiência dos sentidos, os vários órgãos devem funcionar integradamente. A
percepção do mundo não depende exclusivamente do aparelho sensorial específico, através
do qual os objetos são apreendidos, isto é, não depende exclusivamente do sentido da visão,
ou da audição, o do tato, etc. Geralmente não é apenas um sentido que atua na percepção
dos objetos, além disso, os sentidos funcionam juntos e se completam. O gosto de uma
comida depende muito do funcionamento conjunto dos receptores do sabor e do aroma. É por
isso que a comida parece insípida quando nosso nariz está entupido.
Quando vemos uma fita de cinema, por exemplo, ouvimos as vozes como vindo diretamente
dos lábios em movimento dos autores, embora, na realidade, o som provenha dos alto-
falantes colocados em lugares inteiramente diferentes. Basicamente, é através da ação
cooperativa dos sentidos que conseguimos um quadro consistente, útil e realista do ambiente
físico que nos cerca. As impressões dos vários sentidos são, de certa maneira, combinadas
ou organizadas para apresentar um quadro mais ou menos estável da realidade à nossa volta.
46
b) Percepção
Ou seja, é o ato pelo qual tomamos conhecimento de um objeto do meio exterior. A maior
parte de nossas percepções conscientes provém do meio externo, pois as sensações dos
órgãos internos não são conscientes na maioria das vezes e desempenham papel limitado na
elaboração do conhecimento do mundo. Trata-se, a percepção, da apreensão de uma
situação objetiva baseada em sensações, acompanhada de representações e freqüentemente
de juízos.
A sensação visual de um objeto arredondado, vermelho e com parte de seu corpo enegrecido,
somente será percebido como uma maçã podre se a pessoa souber, antecipadamente, o que
é uma maçã, e, dentro deste conhecimento, souber ainda que maçãs apodrecem e, quando
apodrecem, adquirem certas características perfeitamente compatíveis com o estímulo
sentido. Grosso modo, as sensações seriam determinadas por fatores exclusivamente
neurofisiológicos, enquanto as percepções seriam determinadas por fatores psicológicos.
Percepção
Atenção
A todo o momento, nossos cinco sentidos são bombardeados por todo tipo de informações.
Na fase de atenção, a maior parte dessas informações disponíveis é filtrada de forma que
47
algumas entrem no sistema e outras não. Evidentemente, essa é uma fase crítica no
processo, porque a informação ignorada não figurará em nossa decisão. Por isso, convém
considerar como as características da pessoa perceptiva afetam o modo como a atenção é
dirigida.
Nesse estudo, foi dito a um grupo de comandantes de tanques que dados de testes indicavam
que alguns membros das tripulações possuíam excepcional habilidade e que outros eram
apenas medianos. Na realidade, os soldados foram designados aleatoriamente aos
comandantes, sendo que os dois grupos testados eram igualmente capazes.
Organização
Para verificar o quanto essa espécie de amassamento reação quando alguém lhe pedir para
memorizar uma série de 40 números. Você pode duvidar de sua capacidade para memorizar
tamanha quantidade de números, não obstante o tempo que lhe fosse concedido. Entretanto,
suas dúvidas provavelmente estariam mal colocadas, porque, se lhe fosse pedido, você
provavelmente poderia escrever (a) o número de sua carteira de identidade, (b) seu telefone e
código de área, (c) o número da placa de seu carro, (d) o dia, mês e ano de seu nascimento,
(e) seu CEP e (f) sua altura e peso. Você poderia dizer: "Ora, mas aí são só seis números”.
Observe, porém que (a) pode ter oito dígitos, (b) onze, (c) quatro, (d) seis, (e) oito, e (f) cinco,
isso dá mais de 40 dígitos! O fato de que pensemos nesses números como um total de seis,
em lugar de 40, mostra como arrumamos as coisas mentalmente. De fato, usando esse
processo de amassamento, podemos memorizar muito mais de 40 números (pense em todos
os números de telefone, códigos de endereçamento, aniversários etc. que você consegue
recordar), o que atesta a eficiência desse tipo de processo de organização.
Os esquemas que envolvem seqüências de ações são chamados de scripts pela simples
razão de que se assemelham ao material utilizado em filmes ou peças de teatro. Numerosos
eventos das organizações, tais como “levar um cliente para almoçar”, "preparar um relatório
48
por escrito" ou "disciplinar um subordinado", podem ser concebidos como dotados de scripts.
Cada um implica seqüências de comportamento. Dessa forma, quando pedimos a alguém
para levar um cliente para almoçar, na verdade, é um pedido para que esta pessoa se ocupe
de centenas de comportamentos seqüenciais.
Recordação
Depois que as informações são organizadas, precisam ser armazenadas na memória para
posterior recuperação. Tal como as informações brutas às vezes se perdem no processo de
sua organização em scripts e protótipos, também é possível perder informações no processo
de armazenagem e recuperação.
49
As empresas que utilizam tecnologias de risco tais como as usinas nucleares, precisam
considerar constantemente o viés da disponibilidade. Por ironia, parte daquilo que fazem para
amenizar os receios da população só piora a situação. Considerar cenários desastrosos, por
exemplo, e especificar o que seria feito em caso de um acidente nuclear, na verdade deixa os
moradores da comunidade local ainda mais receosos. De fato, as pesquisas demonstram que
quanto mais detalhes são apresentados, mais nítido o quadro se torna, ma provável parece
ser a ocorrência de um desastre, e mais forte se toma a resistência das pessoas em ter
semelhante usina em sua comunidade.
Utilizamos vários atalhos quando julgamos os outros. Perceber e interpretar o que os outros
fazem é penoso. Conseqüentemente, todos nós desenvolvemos técnicas para tomar a tarefa
mais cômoda. Embora sejam valiosas - permitem-nos rapidamente percepções precisas e
fornecem dados válidos para se fazer previsões -, essas técnicas não são infalíveis. Elas
podem nos colocar em dificuldades e realmente o fazem. Uma compreensão desses atalhos
pode ser útil para se identificar quando podem gerar distorções importantes.
Os indivíduos não podem assimilar tudo o que observam e, por isso, praticam a seletividade1.
Pegam partes e pedaços. Essas partes e pedaços não são escolhidos aleatoriamente, mas
sim seletivamente, em função dos interesses, antecedentes, experiência e atitudes do
observador. A percepção seletiva nos possibilita uma “leitura dinâmica" dos outros, mas sem o
risco de traçar um quadro impreciso.
É fácil julgar os outros, se supormos que eles são semelhantes a nós. Na suposição de
similaridade2, ou no efeito "como eu", a percepção sobre os outros é influenciada mais pelas
características próprias ao observador que pelas características da pessoa observada. Se
você deseja desafio e responsabilidade em seu cargo, por exemplo, irá supor que os outros
desejam o mesmo. Pessoas que supõem que as outras sejam como elas, podem estar certas,
naturalmente, mas na maioria das vezes estão enganadas.
Quando julgamos alguém com base em nossa percepção de um grupo ao qual esse alguém
pertence, estamos utilizando o atalho denominado estereotipagem3. "Pessoas casadas são
funcionários mais estáveis que pessoas solteiras" e "sindicalizados esperam alguma coisa em
1
Seletividade: Processo de apenas selecionar uma parte do todo ao fazer observações.
2
Suposição de similaridade: Processo de os observadores perceberem os outros como semelhantes a si próprio.
3
Estereotipagem: Processo de julgar uma pessoa com base na percepção que se tem do grupo ao qual pertence.
50
troca de nada" são exemplos de estereotipagem. Na medida em que um estereótipo estiver
baseado em fatos, pode produzir julgamentos acurados. Porém, muitos estereótipos não têm
nenhum fundamento na realidade, distorcendo os julgamentos.
Quando formamos uma impressão geral sobre um indivíduo com base em uma característica
isolada, como inteligência, aparência ou sociabilidade, estamos sendo influenciados pelo
efeito aura4. Esse efeito geralmente ocorre quando os estudantes avaliam o professor de seu
curso. Os estudantes podem isolar um traço singular, como entusiasmo, por exemplo, e
permitir que sua avaliação como um todo seja contaminada por sua percepção desse único
traço. Um professor pode ser calmo, seguro, reconhecido e altamente qualificado, mas se o
seu estilo carecer de entusiasmo, será avaliado como inferior em várias outras características.
Considerações Finais
Há algumas implicações para os Gerentes que precisam ter em mente que seus funcionários
reagem a percepções, e não à realidade. Dessa forma, o fato de a avaliação de um
funcionário feita por um gerente ser realmente objetiva e não enviesada ou de os níveis
salariais da organização estarem realmente entre os mais altos no setor é menos relevante
que aquilo que os funcionários percebem como fato. Se os indivíduos percebem as avaliações
como parciais ou os níveis salariais como baixos, irão se comportar como se essas condições
existissem de fato. Os funcionários organizam e interpretam o que vêem; e isso se torna
sua realidade.
Uma coisa deve estar clara para os gerentes: é preciso prestar muita atenção ao modo como
os funcionários percebem seus cargos e as práticas gerenciais. Lembre-se de que o
funcionário valioso que se demite por causa de uma percepção incorreta é uma perda tão
grande para a organização quanto a de um funcionário valioso que se demite por uma razão
válida.
Em toda percepção existe um componente afetivo que contribui para a imagem representada.
Algumas impressões podem ser captadas mais intensamente que outras, dependendo da
atenção (interesse afetivo), dependendo da atitude pensada, do estado de ânimo e da
situação emocional de quem percebe. A seleção das impressões sensoriais apreendidas
depende de uma série de processos ativos que transforma a percepção numa função anímica
por excelência.
Sites Recomendados:
4
Efeito aura:Processo de deduzir uma impressão geral sobre um indivíduo com base em uma única característica
dele.
51
www.ibac.com.br
www.guiarh.com.br
www.portaladm.adm.br
- Introdução:
A experiência em Hawtorne, da General Eletric Company, de Chicago, EUA, no final dos anos
2O e começo dos 3O, é tida como o primeiro dos experimentos.Foi planejado como intuito de
estabelecer a existência de alguma relação entre as condições de trabalho e a incidência de
fadiga ou monotonia entre os empregados. As conclusões apontaram para outra direção,
provou-se que a atenção dada ao trabalhador conseguia influir na sua produtividade. Foi o
passo inicial para que por volta dos idos de 195O se reiniciassem sérios estudos sobre o
processo motivacional.
Por isso, identificar fatores capazes de promover a motivação dos empregados e dominar as
técnicas adequadas para trabalhar com ela vem-se tornando tarefa das mais importantes para
os gerentes.
Por isso não se pode dizer que uma pessoa pode motivar outra, toda motivação é
uma auto motivação. Os gerentes não podem colocar as necessidades nas pessoas.
- Definindo Motivação
O ser humano é motivado para atingir algum objetivo, mas nem sempre esse objetivo
é conhecido, fica abaixo do nível do consciente (ver figura do Iceberg Organizacional).
5
Motivos = Necessidades
53
Figura1: Iceberg Organizacional
O I c e b e r g – a n a lo g ia
fre u d ia n a
R e s u lta d o s s ã o a p a r te
v is ív e l d o ic e b e r g e
a lg u n s d o s se u s
in d ic a d o r e s s ã o :
• V o lu m e d e P esso as
fa tu ra m e n to
• L u c r a t iv id a d e P e s s o a s in c lu e m :
• F a t ia d e m e r c a d o • C o m p e t ê n c ia s
• P a t r im ô n io
e m p r e s a r ia l • M o t iv a ç ã o
• S e n t id o d e e q u ip e
• P o lít ic a s d e g e s t ã o d e p e s s o a s
(R H )
• E s t ilo s d e lid e r a n ç a
• C o m u n ic a ç õ e s
54
Figura: 2 Comparativo Modelo de Maslow x Herzberg
Tipos de Os Fatores de
Necessidades O que representa
Herzberg
Auto - Desejo de renovar, reciclar, ser cada
vez mais capaz.
realização
Modelo de Maslow
estimulada;
• De modo geral, os empregados são merecedores de sua
social
confiança;
• Em algumas ocasiões, seus subordinados podem conduzir as
reuniões;
• Seus empregados são capazes de se autocontrolarem;
• Sob condições favoráveis, as pessoas gostam de trabalhar.
55
- Como reconhecer pessoas motivadas?
3)As atitudes
Programas de
Mercadorias Reconhecimento
Incentivos
Viagem
Monetários
Participação nos
Lucros e Resultados
56
Tabela: Alguns Programas de Remuneração Variável
Tipo Descrição
Utilizados há muito tempo para remunerar funcionários da
Por quantidade
produção; remunera os trabalhadores por um valor fixo para
produzida
cada unidade produzida.
Pagamentos ocasionais que podem ser feitos com base nos
Gratificações desempenhos variáveis em escala individual, grupal ou
organizacional.
Programas em escala organizacional que distribuem
remunerações baseadas em alguma fórmula definida em torno
Participações nos da rentabilidade da empresa. Esses pagamentos podem ser
lucro feitos por meio de desembolsos diretos ou, particularmente
comum na remuneração dos altos executivos, distribuídos na
forma acionária.
Uma fórmula baseada num plano de incentivo de grupo.
Adicional pela
Melhorias de produtividade do grupo – de um período para outro
produtividade
– determinam o volume total de dinheiro distribuído. Em gera, a
(valorização das
partilha os ganhos de produtividade é feita na base de metade
ações)
para a empresa e metade para os funcionários.
57
Tabela: Alguns Programas de Envolvimento do Funcionário
Tipo Descrição
Administração Tomada de decisão em conjunto. Os subordinados compartilham um grau
participativa significativo de poder de tomada de decisão com superiores imediatos.
Os trabalhadores são representados por um pequeno grupo de funcionários
Participação que participam a tomada de decisão na organização. Redistribui poder
representativa colocando a mão-de-obra em pé de igualdade com os interesses da
administração e dos acionistas.
Grupos de trabalho de 8 a 10 funcionários e supervisores que compartilham
Círculos de uma área de responsabilidade e se reúnem para discutir periodicamente
qualidade seus problemas se qualidade, investigar as causas, recomendar soluções e
tomar medidas corretivas.
Planos de
participação Planos de benefícios criados pela empresa e nos quais os funcionários
acionária do adquirem ações como parte de seus benefícios.
funcionário
7) Faça avaliações – não para culpar ou recompensar, mas como parte de um plano de
desenvolvimento de pessoas.
Frustrações:
Tipos de Frustrações
Fuga ou
Ex: Procura de outro emprego ou profissão.
Compensação
Ex: eu desisto!, não adianta lutar!, é assim que tem
Resignação
que ser ...
Agressão Ex: física, verbal, quebra de equipamentos.
Sites recomendados:
www.guiarh.com.br
www.rh.com.br
58
■ Conteúdo 04: ENTENDENDO A LIDERANÇA
O líder empresarial deve ser capaz de alcançar objetivos através dos liderados e, para isto,
conforme o tipo de liderado e a ocasião, age de diferentes maneiras: ele ordena, comanda,
motiva, persuade, dá exemplos pessoais, compartilha os problemas e ações, ou delega e
cobra resultados, alterando a forma de agir de acordo com a necessidade de cada
momento e com o tipo de liderado, visando a alcançar os objetivos da empresa.
1º) Precisa tratar os funcionários como elementos que impulsionam a organização e não
como agentes passivos.
2º) Precisa, ainda, tratá-los como parceiros, como pessoas que investem na organização com
o capital humano e que têm a legitima expectativa de retorno de seu investimento.
O processo de liderança é bastante complexo. Por isso, seus estudos costumam basear-se
em diferentes abordagens, sendo que três delas são as mais discutidas. A primeira vê a
liderança como uma combinação de traços pessoais; A segunda enfatiza o comportamento do
líder. A terceira pressupõe que as condições que determinam à eficácia da liderança variam
de acordo com a situação.
59
Vários estudos foram realizados com essa finalidade;Mas não tiveram sucesso suficiente para
construir uma teoria geral das características da liderança;Forneceram, no entanto, uma base
para que alguns gurus da liderança apresentassem listas de características ou atributos que
os líderes têm ou devem ter...
Essa abordagem é cada vez menos aceita pelos pesquisadores, mas ainda é bastante
popular. Sua aceitação, por sua vez, no âmbito das empresas, tem implicações práticas... Sua
aceitação refere-se á maior valorização conferida á seleção do que ao treinamento.Assim,
uma empresa que adote essa perspectiva estará preocupada em admitir como gerentes
pessoas com determinados traços de liderança.
- Abordagem do Comportamento:
Quando ficou claro que a eficácia dos líderes não estava ligada substancialmente aos traços
pessoais, os pesquisadores passaram a identificar os comportamentos que tornariam os
líderes mais eficazes.A principal conseqüência prática dessa nova abordagem foi a ênfase
que passou a ser conferida aos treinamento.Como, segundo ela, os comportamentos podem
ser aprendidos, ficou fácil admitir que as pessoas treinadas nos comportamentos de liderança
seriam capazes de obter melhores resultados.
Uma das principais preocupações dos estudiosos, a partir dessa nova tendência, foi
estabelecer uma classificação dos estilos de liderança.Os principais elementos que
subsidiaram essa tarefa foram as funções de liderança de acordo com a escola clássica de
administração e o movimento de Relações Humanas.
- Abordagem Situacional:
60
1. A PERSONALIDADE, AS EXPERIÊNCIAS PASSADAS E AS EXPECTATIVAS DO
LÍDER;
2. AS EXPECTATIVAS E O COMPORTAMENTO DOS SUPERIORES;
3. AS CARACTERÍSTICAS ,AS EXPECTATIVAS E O COMPORTAMENTO DOS
SUBORDINADOS;
4. AS EXIGÊNCIAS DO TRABALHO;
5. OS CLIMAS E AS POLÍTICAS DA ORGANIZAÇÃO;
6. AS EXPECTATIVAS E O COMPORTAMENTO DOS COLEGAS.
Levando-se em conta:
De acordo com essa teoria as relações entre chefes e subordinados passam por
quatro fases, que se sucedem á medida que os subordinados vão adquirindo maturidade.
61
► Estilos de Liderança
62
Atividades Auto-dirigidas:
4º) A motivação vem de dentro das pessoas ou é resultado de uma situação? Explique.
Como explicar a atual popularidade das equipes? As evidências sugerem que elas são
capazes de melhorar o desempenho dos indivíduos quando a tarefa requer múltiplas
habilidades, julgamentos e experiências. Quando as organizações se reestruturam para
competir mais eficazmente, escolhem as equipes como forma de melhor utilizar os talentos de
seus funcionários. As empresas descobriram que as equipes são mais flexíveis e reagem
melhor ás mudanças do que os departamentos tradicionais ou outras formas de agrupamento
permanente. As equipes têm a capacidade de, rapidamente, serem montadas, desdobradas,
reenfocadas e desmontadas... Assim, convido vocês a descobrirem o que há por trás de toda
essa dinâmica!
►GRUPOS E EQUIPES
Grupos e equipes não são a mesma coisa. Grupo é qualquer conjunto de pessoas com um
objetivo comum. Um grupo é formado por dois ou mais indivíduos em interação e
interdependência, que se reúnem para alcançar determinados objetivos. Um grupo de
trabalho é um grupo que interage basicamente para compartilhar informações e tomar
decisões para se ajudarem mutuamente no desempenho em suas áreas distintas de atuação.
Equipe é um grupo em que as pessoas, além de terem um objetivo comum, atuam de forma a
colocar os objetivos do grupo acima dos interesses que elas têm dentro do grupo e, além
disso, não ficam presas à burocracia e às formalidades, cooperando com os demais no que
for necessário e agindo de forma consciente em benefício dos objetivos a serem atingidos.
Uma equipe de trabalho gera sinergia positiva mediante o esforço coordenado. Seus esforços
individuais resultam em um nível de desempenho que é maior do que a soma dessas
contribuições individuais.
63
A genialidade dos líderes não está em obter conquistas pessoais, mas em libertar o talento de
outras pessoas, transformando simples grupos em equipes de alta performance.Essas
definições ajudam a esclarecer por que tantas empresas têm recentemente estruturado seus
processos de trabalho em torno de equipes. A administração está procurando a sinergia
positiva, que possibilitará a suas organizações um desempenho melhor.
O uso generalizado de equipes cria o potencial para uma organização gerar produção maior
sem nenhum incremento nos insumos. Observe, contudo, que dissemos "potencial". Não
existe nenhuma mágica inerente à criação de equipes que assegure o alcance dessa sinergia
positiva. Simplesmente chamar de equipe a um grupo não aumenta automaticamente o seu
desempenho. Conforme demonstraremos mais adiante neste capítulo, equipes bem-
sucedidas ou de desempenho elevado possuem certas características comuns. Se a
administração espera obter incrementos no desempenho organizacional mediante o uso de
equipes, precisará garantir que elas possuam essas características.
Robbins (2005) propõe a utilização dos conhecimentos sobre processos de grupo para criar
equipes eficazes. O autor apresenta os seguintes fatores a serem considerados para a
criação da equipe de alto desempenho:
Tamanho da equipe de trabalho: a equipe não deve ter mais de 12 pessoas, pois dificulta a
interação construtiva, a obtenção de consenso e o desenvolvimento da coesão,
comprometimento e responsabilidade necessários para o alto desempenho.
Habilidades dos membros: a equipe precisa ser composta por pessoas que possuam
determinadas habilidades, de forma que a combinação destas possibilite um desempenho
eficaz. As habilidades necessárias são: perícia técnica; habilidade para solucionar problemas
e tomar decisões, incluindo a identificação de problemas, a geração e avaliação de
alternativas e a execução de escolhas adequadas; habilidades interpessoais para ouvir,
fornecer retorno, resolver conflitos etc. As habilidades menos presentes podem ser
desenvolvidas após a criação do grupo.
Distribuição de papéis e promoção da diversidade: o autor (Robbins, 2005) apresenta
nove possíveis papéis de equipe e propõe que para a equipe ser bem sucedida é necessário
ter pessoas atuando em todos estes papéis. Os papéis chave na equipe são: conector
(coordena e integra); criador (dá início a idéias criativas); promotor (defende idéias depois de
implementadas); assessor (oferece análise perceptiva das opções); organizador (dá
estrutura); produtor (dá direção e acompanhamento); controlador (examina detalhes e reforça
regras); mantenedor (luta em batalhas externas); conselheiro (estimula a busca por mais
informação). Além disso, a combinação das preferências, pontos fortes, estilo e personalidade
individuais com os requisitos do papel a ser exercido aumenta a probabilidade do
desenvolvimento de um bom trabalho em conjunto.
Compromisso de um objetivo comum: o objetivo comum é a visão da equipe, que oferece
direção, energia e comprometimento para seus membros.
Estabelecimento de metas específicas: o propósito comum deve ser traduzido em metas de
desempenho específicas, mensuráveis e realistas. Essas metas dão energia, facilitam a
comunicação e auxiliam na manutenção do foco em resultados.
Liderança e estruturação: os integrantes da equipe devem concordar sobre a distribuição
das tarefas, assegurar uma divisão equilibrada da carga de trabalho, buscar a integração das
habilidades individuais e determinar a forma de trabalho, a forma de resolução de conflitos, as
habilidades que precisam ser desenvolvidas e o processo de tomada de decisões.
Vadiagem social e responsabilidade: tornando os membros da equipe responsáveis
individualmente e coletivamente pelo propósito, metas e abordagem é possível minimizar a
tendência à acomodação e a possibilidade de esconder-se por trás do esforço do grupo.
64
Avaliação de desempenho apropriada e sistemas de recompensa: a avaliação de
desempenho e sistema de recompensa adequados contribuem para a construção da
responsabilidade nos níveis individual e coletivo. Além de avaliar e recompensar funcionários
por suas contribuições individuais é preciso reforçar o esforço e comprometimento da equipe,
através de avaliações baseadas no grupo, divisão de lucro e divisão de ganho.
Desenvolvimento de alto nível de confiança mútua: a confiança é característica de grupos
de alto desempenho, ou seja, seus integrantes acreditam na integridade, caráter e capacidade
de cada um. O conceito de confiança pode ser compreendido através de cinco dimensões
(apresentadas segundo sua ordem de importância): integridade (honestidade e confiança);
competência (conhecimentos e habilidades técnicos e interpessoais); coerência
(confiabilidade, previsibilidade e bom julgamento); lealdade (desejo de proteger e preservar o
outro); abertura (desejo de compartilhar idéias e informações). A confiança demora para ser
construída e exige muito cuidado para ser mantida.
1. Propósito claro: A visão, missão, meta ou tarefa da equipe foi definida e agora é aceita por
todos. Há um plano de ação.
2. Informalidade: O clima tende a ser informal, à vontade, confortável e descontraído. Não há
tensões óbvias ou sinais de tédio.
3. Participação: Há muita discussão e todos são incentivados a participar.
4. Ouvir com atenção: Os membros utilizam técnicas para ouvir com eficácia perguntas,
paráfrase e resumos para coletar idéias.
5. Divergência civilizada: Há divergência, mas a equipe se sente à vontade com isso e não
evita, não redige nem reprime o conflito.
6. Decisões de consenso: Para decisões importantes, a meta é essencial, mas não há,
necessariamente, unanimidade através da discussão aberta de todas as idéias; evitam-se
a votação formal e concessões fáceis.
7. Comunicação aberta: Os membros da equipe sentem-se livres para expressar seus
sentimentos quanto às tarefas e ao funcionamento do grupo. Há poucas questões
escondidas.
8. Papéis e atribuições bem definidas: As expectativas sobre os papéis desempenhados
pelos membros da equipe são bem claras. Ao iniciar um trabalho, as atribuições de cada
um são claramente definidas, aceitas e cumpridas. Há uma justa distribuição de trabalho
entre os membros da equipe.
9. Liderança compartilhada: Embora a equipe tenha um líder formal, as funções de liderança
mudam conforme as circunstâncias, necessidades do grupo e habilidades dos integrantes.
10. Relações externas: A equipe dedica-se a desenvolver relacionamentos importantes fora
do grupo, a mobilizar recursos e ganhar credibilidade junto a membros importantes em
outras áreas da organização.
11. Diversidade de estilo: A equipe possui uma grande variedade de tipos de integrantes,
inclusive membros que enfatizam a atenção à tarefa, a definição de metas, o processo e o
funcionamento da equipe.
12. Auto-Avaliação: Periodicamente, a equipe analisa sua atuação e o que pode estar
interferindo em sua eficácia.
65
O autor comenta a importância da cultura (normas de convivência, tradições, valores e outras
regras de conduta) para a eficácia da equipe.
Outras razões, além dos valores, contribuem para a existência da coesão: força de atração
entre os membros do grupo; expectativas positivas associadas à participação do grupo;
existência de similaridades entre os participantes, que compartilham atitudes e ideologias;
membros são interdependentes; liderança que sensibiliza e motiva os membros do grupo. O
autor também ressalta a importância do espírito de equipe, caracterizado por qualidades como
lealdade, apoio mútuo e cumprimento dos compromissos assumidos.
a) As metas do setor: O gestor deve tornar os objetivos, muitas vezes bastante vagos, em
metas concretas que possam ser mensuráveis, possíveis de serem atingidas, monitoráveis,
relevantes e desejáveis. Os objetivos e os resultados esperados deverão ser registrados e
ficar visível a todos os colaboradores.
c) Os limites da equipe: O gestor deve obter junto à direção da organização quais os limites
do seu setor. Muitas vezes estes limites também são negociados com outras áreas da
empresa e devem estar claros para todos os envolvidos. Até a onde a equipe poderá agir?
Quais as áreas e pessoas que serão afetadas pelo trabalho deste setor? Que autoridade a
equipe tem para tomar decisões e realizar modificações? Quem são as pessoas que deverão
ser informadas ou envolvidas no trabalho? O que pode ou não pode ser feito pela equipe?
Estas são algumas das perguntas que deverão ser esclarecidas aos colaboradores.
66
► O Empowerment
Desde o início dos tempos, que se vê como dar “poder” não é fácil. Que o digam os dois lados
da história, como chefes, presidentes e outros poderosos (reis, rainhas, tiranos, ditadores...) e
os dominados, os comandados, os subordinados, os subalternos.
O ato de dar “poder” às pessoas até hoje não é bem entendido por muitos empresários,
diretores, gerentes, chefes e supervisores, que vêem na decisão a maior forma de “poder”,
sendo difícil para eles entender a necessidade dessa mudança. Eles têm medo de
descentralizar, pois acham que podem perder o “poder” sobre as pessoas, rotinas e atividades
das empresas. A contingência força as empresas a disseminarem o “poder” pela organização.
A falta de descentralização pode levar algumas empresas ao fracasso total.
Considerando que os estilos de liderança estão mudando as relações de poder, o modo como
o trabalho é projetado e a forma como as organizações estão sendo estruturadas, a tomada
de decisão está sendo empurrada para o nível operacional, onde os trabalhadores ficam livres
para tomar decisões sobre programações procedimentos e soluções de problemas
relacionados ao trabalho. Uma importante tendência desenvolveu-se na última década: o
empowerment.
Respeito Responsabilidade
Permissão Autoridade
para Errar
Empowerment
Padrões de
Confiança Dez PrincípiosFundamentais Excelência
Treinamento e
Desenvolvimento
Reconhecimento
Conhecimento
Feedback e
Informação
68
Como também alimenta o seu desejo de alcançar o seu sucesso pessoal. Como as pessoas
sentem-se admiradas e bem consigo mesma, ficam mais motivadas. Pessoas motivadas
trazem maior produtividade eficiência, o que, por sua vez, significa poder para o
administrador.
8. O Poder através da Confiança: Para conferir empowerment integral ás pessoas que
trabalham para ele, um administrador precisa criar um ambiente onde exista confiança. Para
fazer com que as pessoas mostrem o que tem de melhor, elas precisam sentir que desfrutam
da sua confiança.
9. O Poder através da Permissão para Errar: Um administrador confere empowerment aos
outros lhe dando permissão para errar. Assim como as pessoas têm permissão para errar,
arriscam mais e excedem os limites, o que lhes permite descobrir toda a extensão de seu
poder, o administrador tem mais poder para alcançar os seus próprios objetivos quando
aqueles que trabalham para ele têm condições de utilizar toda a sua imaginação e talento.
Quando tem permissão para errar, as pessoas têm mais condições de assumir riscos maiores.
As pessoas ficam mais motivadas, mais criativas e mais produtivas quando sabem que tem o
seu apoio, principalmente quando cometem um erro. Quanto mais sucesso as pessoas
tiverem, mais poder e sucesso o administrador conquista para si.
10. O Poder através do Respeito: Um administrador confere empowerment aos outros os
tratando com dignidade e respeito. Se tratadas com respeito, as pessoas têm mais motivação
para atuar. Essa motivação precisa estar presente se as pessoas quiserem ter o poder de ser
bem-sucedida. O administrador tem mais poder para alcançar os seus próprios objetivos
quando as pessoas que trabalham para ele estão motivadas para alcançar o sucesso. O
respeito é a base para que as pessoas tenham um sentido de poder. Praticamente tudo que
fazemos ou dizemos a uma pessoa transmite respeito ou desrespeito. Quando as pessoas
são tratadas dessa maneira todos vencem. As pessoas sentem que o administrador e a
empresa se preocupam com elas. Tem maior respeito e confiança em si mesmas, o que
aumenta radicalmente o seu poder para alcançar o sucesso.
Sites Recomendados:
www.guiarh.com.br
www.administradores.com.br
www.ogerente.com.br
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■ Conteúdo 02: QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO.
► Introdução:
Como poderão as empresas ser bem sucedidas sem a satisfação dos seus
funcionários?
Todas as organizações e os profissionais que têm visão de futuro já têm esta resposta
de forma muito claro: Qualidade de vida no trabalho é uma questão de competitividade!
►Fatores Chaves
- Condições de Trabalho
-Organização do Trabalho
• Grupos de Trabalho
• Variedade
• Ritmo
• Inovações/Métodos/Processos
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-Fatores que impedem um bom ambiente de trabalho:
E importante citar que para um bom resultado do trabalho em equipe deve haver um
sentimento de confiança para assim, criar um clima amistoso e um melhor dialogo. No
trabalho em equipe, e muito difícil lidar com varias personalidades ao mesmo tempo quando
algumas insistem em complicar as coisas por falta de equilíbrio emocional, pela competição,
pela insegurança ou pelo desanimo. Infelizmente existem pessoas que fazem do trabalho um
sofrimento e acham que isso deve ser para todos, fazendo com que o grupo perca harmonia e
considerem tudo realmente muito difícil.
Alem de todos estes pontos a empresa deve dar enfoque ao aspectos físicos ambientais. A
empresa não deve se localizar em locais de difícil acesso, sem opções de transporte ou
estacionamento. As instalações não devem ser sujas, escuras ou apertadas, para que as
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pessoas tenham conforto ao trabalhar evitando complicações físicas, como por exemplo a
LER que também traz prejuízos financeiros para a empresa.
A LER (lesões por esforços repetitivos), agora conhecido como DORT (distúrbio
osteomuscular relacionados ao trabalho) e uma doença dos tempos modernos que acometem
os funcionários de empresas que executem atividades repetitivas por um longo período de
tempo. Essas afecções ocorrem nos tendões, músculos, nervos e ligamentos, isoladamente
ou associadamente.
Para que esses fatores sejam incorporado à empresa, essa deve ter consciência do seu papel
fundamental como agente corporativo de mudanças, visando ao bem-estar e à saúde de seus
colaboradores.
- Jornada de Trabalho: Número de horas trabalhadas, prevista ou não pela legislação e sua
relação com as tarefas desempenhadas.
- Ambiente Físico: Local de trabalho e suas condições de bem estar( Conforto ) e organização
para o desempenho do trabalho.
- Oportunidade de Crescimento e Segurança: Categoria que tem por finalidade medir a QVT
em relação as oportunidades que a instituição estabelece para o desenvolvimento e o
crescimento pessoal de seus empregados e para a segurança do emprego. Os critérios que,
neste trabalho, expressam a importância do desenvolvimento e a perspectiva de aplicação
são as seguintes:
-Segurança do Emprego: Grau de segurança dos empregados quanto à manutenção dos seus
empregados.
- Integração Social na Organização: Categoria que objetiva medir o grau de integração social
existente na instituição. Fazendo uma adaptação a partir de Walton, para este trabalho, foram
definidos os seguintes critérios:
- Constitucionalismo: Categoria que tem por finalidade medir o grau em que os direitos do
empregado são cumpridos na instituição. Os critérios dessa categoria são os seguintes:
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-Liberdade de Expressão: Forma como o empregado pode expressar seus pontos de vista aos
superiores, sem medo de represálias;
- Trabalho e Espaço Total de Vida: Categoria que objetiva mensurar o equilíbrio entre a vida
pessoal do empregado e a vida no trabalho. Os critérios são os seguintes:
- Relevância Social da Vida no Trabalho: Categoria que visa mensurar a QVT através da
percepção do empregado em relação à responsabilidade social da instituição na comunidade,
à qualidade de prestação dos serviços e ao atendimento aos seus empregados. Entre os
critérios foram destacados os seguintes:
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-Participações nas Decisões, Autonomia, Relacionamento Iterpessoal, Grau de
Responsabilidade e Valor Pessoal.
Sites Recomendados:
www.guiarh.com.br
www.rh.com.br
www.gestaoerh.com.br
1. Mudança evolucionária: quando a mudança de uma ação para outra que a substitui é
pequena e dentro dos limites das expectativas e dos arranjos do status quo (lenta, suave)
2. Mudança revolucionária: quando a mudança de uma ação para a ação que a substitui
contradiz ou destrói os arranjos do status quo (rápida, intensa, brutal)
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Toda organização atua em determinado meio ambiente e sua existência e sobrevivência
dependem da maneira como ela se relaciona com esse meio. Assim, ela deve ser estruturada
e dinamizada em função das condições e circunstâncias que caracterizam o meio em que ela
opera.
A maioria dos autores especialistas em D.O., conquanto tenham idéias e abordagens bastante
diversificadas, apresentam muitos pontos de concordância, principalmente no que se refere
aos pressupostos básicos que fundamentam o D.O.
Vejamos abaixo:
9. A variedade de modelos e estratégias de D.O. - Não há uma estratégia ideal nem ótima
para o D.O. Existem, isto sim, modelos e estratégias mais ou menos adequados para
determinadas situações ou problemas, em face das variáveis envolvidas e do diagnóstico
efetuado.
-Modelos de D.O.
• Mudanças na organização
• Reuniões de Confrontação
• Laboratório de Sensitividades
Sites Recomendados:
www.directionrh.com.br/desevorganiz.htm
www.admbrasil.com.br/tex_teoria_do_desenvolvimento.htm
www.bungealimentos.com.br/empresa/pessoas.doc
Ralph Waldo Emerson escreveu certa vez que "o homem sábio demonstra sua
sabedoria na separação, na gradação, e sua escala de criaturas e méritos é tão ampla
quanto a natureza... O tolo não dispõe de nenhuma ordem em sua escala, mas supõe
que todo homem seja como qualquer outro homem". Essa declaração capta a essência
deste capítulo. Iremos nos familiarizar com algumas das principais dimensões
pertinentes em termos ocupacionais, nas quais; os seres humanos variam, e com os
meios pelos quais se podem utilizar as informações sobre essas dimensões para criar
vantagem competitiva para a sua organização.
► Administrando a Diversidade
Gerentes que não conseguem administrar com êxito a diversidade inevitavelmente caem em
uma dentre duas armadilhas. Por um lado, podem ter a tendência constante de supor que
todas as pessoas são basicamente semelhantes. Essa crença que o mundo inteiro é
"exatamente como eu” foi chamada de falácia da imagem do espelho, porque faz o mundo
parecer ser muito mais fácil de compreender. Se os proprietários de uma empresa, por
exemplo, acreditam que todos partilham de suas habilidades, interesses, crenças e valores,
considerarão uma tarefa fácil organizar incentivá-los a buscar uma meta comum. Entretanto,
uma vez que a imagem do espelho é uma falácia, os proprietários logo descobrirão que a
multiplicidade de diferenças entre as pessoas que empregam deixará sua tarefa muito longe
de ser fácil.
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Por outro lado, alguns gerentes falham porque mantêm estereótipos preconceituosos sobre as
pessoas com base em sexo ou filiação a grupos racial, étnico ou etário. Há uma certa ironia
no fato de que muitos seminários de treinamento em diversidade, em sua tentativa de destruir
a falácia da imagem do espelho, vão longe demais e dão a entender que todas as mulheres,
asiáticos ou negros, de um modo ou de outro, diferem sistematicamente dos homens brancos.
Na maioria das aptidões e traços de personalidade, existe uma ampla variação no interior dos
grupos (entre escandinavos ou entre deficientes, por exemplo) e essas diferenças geralmente
são muito mais importantes do que as diferenças ocasionalmente triviais entre grupos
(chineses e japoneses, por exemplo). Gerentes que não conseguem atentar para diferenças
entre pessoas dentro desses grupos inevitavelmente prejudicam seus funcionários, suas
empresas e suas próprias carreiras.
Mesmo o gerente mais tolerante pode desejar, de vez em quando, que as diferenças
individuais simplesmente desapareçam. Se todos os supervisores, colegas e subordinados
fossem semelhantes, a administração seria uma tarefa muito fácil. Uma vez que não é
possível que as diferenças individuais desapareçam, as empresas que desejam ter êxito
devem tentar capitalizar as diferenças de modo a aumentar sua competitividade. Na verdade,
as pesquisas sobre como as empresas obtêm vantagem competitiva sustentável
sistematicamente identificam a seletividade na contratação e a ênfase no treinamento como
duas características centrais.
Seleção
Este tipo de adequação nos permite tirar partido das diferenças individuais sem mudar
a pessoa ou o cargo. Seleção é o processo de escolher alguns candidatos e rejeitar
outros.
C arg o
P esso a A d eq u ação
Treinamento
Reengenharia
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A avaliação das diferenças individuais é crucial para fins de treinamento, já que a intenção do
treinamento é transformar a pessoa. Pode-se também avaliar diferenças individuais e
depois responder a um descompasso verificado entre a pessoa e o cargo, por meio da
alteração do cargo, ou reengenharia dos processos de trabalho. Modificar cargos para
acomodar melhor as habilidades e as características dos trabalhadores tornou-se ainda mais
importante dada a cobrança da sociedade e, às vezes, até de leis que exigem que os
empregadores tenham "acomodações razoáveis" e esforcem-se em empregar os deficientes
físico e mentais. Essas acomodações freqüentemente significam a eliminação ou alteração de
um requisito de cargo ou a passagem do requisito para um cargo diferente de forma que a
falta de uma determinada habilidade não desqualifique um cargo para um trabalhador
deficiente.
Um bom exemplo disto pode ser visto na Samsonite onde muitos cargos foram dos de forma a
poder serem executados por pessoas surdas. Muitas vezes, as acomodações realizadas são
bem simples (na área de produção, as empilhadeiras são equipadas com luzes em lugar das
tradicionais campainhas para alertar as pessoas sobre a presença de um veículo móvel), mas
eficazes na eliminação da necessidade de uma habilidade que alguma, podem não ter. Como
outro exemplo, a Nordstrom, trabalhando em conjunto com a Associação de Paralisia
Cerebral, está tentando isolar em suas descrições de cargos todas as tarefas que podem ser
executadas por uma pessoa com paralisia cerebral. Essas tarefas (como a de separar
cabides) são depois retiradas do cargo, liberando o trabalhador original para fazer outras
coisas, e confiadas a um trabalhador com paralisia cerebral.
No momento em que o país enfrenta os efeitos da globalização dos mercados e sua extrema
competitividade, parece-nos fundamental a preocupação com a valorização dos Recursos
Humanos nas empresas.Entretanto, é exatamente neste momento que, como nunca, se faz
sentir a necessidade da otimização dos recursos de toda ordem que as empresas podem
lançar mão.
E, neste contexto, sem dúvida, o homem possuindo um potencial quase que ilimitado no
sentido de usar sua criatividade e inteligência, frente às dificuldades que surgem, é capaz de
desenvolver ações capazes de reverter situações desafiadoras como a que estamos
vivenciando.
A área de Recursos Humanos desempenha nesta perspectiva, um papel preponderante na
sobrevivência, consolidação e desenvolvimento das Empresas.Nos últimos dez anos, esta
área, desenvolveu extraordinariamente fazendo com que as Empresas se obrigassem a
montar estruturas que permitissem obter Resultados efetivos para a organização. Isto
basicamente se deu por conta da própria globalização da economia e é fruto da própria
estabilidade econômica do País, onde a redução de custos e o trabalho em equipe são peças
fundamentais para a sobrevivência da Empresa. O homem passou a ter maior valor neste
processo.
Aqui, alguns pontos devem ser enfatizados para que o empreendedor faça uma reflexão sobre
a importância estratégica que a atividade de Recursos Humanos representa para a obtenção
de Resultados:
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• Necessidade de maior produtividade onde as pessoas saibam fazer mais e melhor as
tarefas a elas confiadas;
• Oferecer atendimento ao crescente desejo de participação dos trabalhadores, através
da abertura de novos canais de comunicação entre a base e o topo da pirâmide
organizacional, alterando o fluxo de informação de unidirecional para bidirecional;
• Preparar as chefias e gerências da empresa capacitando-as para aspectos de
liderança e trabalho em equipe;
• Ter um sistema estruturado de informações que permita avaliar constantemente o
clima interno da organização, de corrigir eventuais distorções que possam
comprometer os Resultados;
• Dotar a empresa de planejamento estratégico em Recursos Humanos que lhe permita
enfrentar épocas de crises sem traumas;
• Transparência na atividade de Recursos Humanos visando a abertura de um canal
efetivo entre esta área e as outras, enfatizando a idéia de cooperação e não de
competição;
• Incluir a área de Recursos Humanos nas reuniões de planejamento estratégico da
empresa, definindo-lhe objetivos e sua contribuição para o Resultado da Empresa;
• Desenvolver, dentro da organização, a idéia de que o trabalhador mais do que nunca
é, hoje, Parceiro no Risco de qualquer negócio.É fundamental que Recursos Humanos
desenvolvam ações estruturadas para criar e gerar resultados dentro desta parceria;
• Exigir da área de RH que a mesma tenha informações atualizadas sobre diversos
indicadores do desempenho que administra a fim de contribuir para as decisões
estratégicas da empresa...
Estas questões (existem outras) são importantíssimas e devem ser encaradas com carinho,
na medida em que a empresa tende cada vez mais buscar uma administração moderna e
participativa. As Empresas passam pelas mesmas etapas dos seres humanos, ou seja,
nascem, crescem, desenvolvem uma atividade e morrem.
Sites Recomendados:
www.guiarh.com.br
www.rh.com.br
Atividades Auto-dirigidas:
1º) O que o motivaria a ingressar em um grupo?Justifique.
4º) Qual seria a relação dos programas de qualidade de vida no trabalho com a disciplina
comportamento organizacional?
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GLOSSÁRIO DE TERMOS:
Brainstorminig= Procedimento utilizado para auxiliar um grupo a criar o máximo de idéias no menor
tempo possível.
Cultura Organizacional: conjunto de valores e normas que controlam as interações dos membros da
organização entre si e com as pessoas externas, como fornecedores e clientes.
Diretrizes: Consiste de uma meta e das medidas prioritárias e suficientes para se atingir esta meta. Uma
diretriz é uma meta acompanhada do plano para atingi-la.
Estereotipagem: Processo de julgar uma pessoa com base na percepção que se tem do grupo ao qual
pertence.
Efeito aura: Processo de deduzir uma impressão geral sobre um indivíduo com base em uma única
característica dele.
Empowerment: Forma de gestão participativa, que tem por objetivo a melhoria contínua e o
estabelecimento de relações de confiança entre todos os membros de uma empresa.
Gestão de Conflitos: Conjunto de ações integradas de diagnóstico das fontes de conflito, bem como a
aplicação de melhores práticas e metodologias colaborativas de prevenção e correção dos conflitos,
visando gerar uma eficaz governança organizacional.
Laissez-faire: É a contração da expressão em língua francesa laissez faire, laissez aller, laissez passer,
que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar".
Motivos: Necessidades
MISSÃO: Papel desempenhado pela empresa em seu negócio. É a razão da existência da organização.
Delimita as atividades dentro do espaço que a empresa deseja ocupar em relação às oportunidades do
negócio.
Performance: desempenho.
Protótipos são esquemas que nos habilitam a "amontoar" informações sobre características das pessoas.
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Reengenharia: É a análise e a conseqüente mudança de processos para a obtenção de melhores
resultados.
Viés da disponibilidade: tendência das pessoas de julgar a probabilidade de que algo irá acontecer
devido à facilidade com que podem lembrar de exemplos.
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BIBLIOGRAFIA:
FERNANDES, Eda Conte. Qualidade de Vida no Trabalho: como medir para melhorar.
São Paulo: Casa da Qualidade Ltda, 1996. 115 p. p. 35-67: 2ª ed.
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração. São Paulo: Makron Books, 1996.
MINICUCCI, Agostinho. Psicologia aplicada à administração. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1995.
CUSINS, Peter. Gerente de sucesso: liderança e eficácia. São Paulo, Clio Editora, 1994.
HOLANDA, Aurélio Buarque de. Dicionário da língua portuguesa. 2ª ed. Rio de Janeiro,
Nova Fronteira, 1989.
SROUR, Robert Henry. Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro, Campus, 1998.
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