Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Maxixe
Introdução;
Conceito de Comportamento Organizacional:
Níveis do Estudo do Comportamento Organizacional;
Disciplinas que Contribuem para o Estudo do Comportamento Organizacional.
INTRODUÇÃO
Primeiro, nível individual, em que somente uma pessoa realiza actividades para a
organização;
Segundo nível grupal, no qual os indivíduos se reúnem para discutir o trabalho e;
Terceiro e ultimo nível a estrutura, no qual a organização elabora uma estratégia de
trabalho e seus colaboradores somente o executam.
Segundo, a Psicologia Social, é uma área dentro da Psicologia cujo foco é a influência
de um indivíduo sobre outro. Os psicólogos sociais estão interessados nos processos grupais tais
como a conformidade, a influência social, a tomada de decisões em grupo ou os conflitos entre
indivíduos. Um dos temas mais investigados pela Psicologia Social é a mudança: como
implementá-la e como reduzir as barreiras para a sua aceitação. Além disso, os investigadores
em Psicologia Social também fazem contribuições significativas nas áreas de medição,
entendimento e mudança de atitudes, padrões de comunicação e as formas em que as actividades
em grupos podem satisfazer as necessidades dos seus membros.
Portanto, objectivos movem pessoas e organizações e, são por meio deles que a
organização motiva seus colaboradores a apresentar um melhor desempenho dentro da empresa
com base num pacote de remuneração tais como: melhores salários, benefícios sociais,
segurança e estabilidade no emprego onde simultaneamente um melhor desempenho do
individuo implica no maior desenvolvimento da empresa gerando lucro, aumentando a
productividade, reduzindo custos e aumentando a participação no mercado.
Na medida em que as necessidades vão sendo atingidas, iniciadas pela base, a próxima se
torna dominante. O indivíduo move-se para o topo da pirâmide.
Analisando a pirâmide, essa teoria sugere que embora nenhuma necessidade seja
satisfeita por completa, uma necessidade substancialmente satisfeita atinge caráter motivacional
(ROBBINS, 2005).
Contudo não podemos afirmar que existe algo que sirva de fórmula ou receita para uma
organização de sucesso, o empregador deve analisar e conhecer a fundo as necessidades de seu
empreendimento, e deste modo recrutar colaboradores que estejam a par destas metas.
O colaborador por sua vez deve apresentar um alto comprometimento com a organização,
ambos em sintonia, os resultados serão positivos, satisfazendo os objetivos dos indivíduos e da
organização.
1. Defina Comportamento Organizacional (CO) e, diga qual é a relação que tem com a
Gestão de Pessoas (GP).
2. Quais os níveis do estudo do Comportamento Organizacional? Depois de enumerar os
níveis, explique como ambos se relacionam entre si.
3. Quais as disciplinas que se relacionam com o estudo do Comportamento Organizacional?
Escolha duas delas e, explique como se procede esse relacionamento.
Introdução;
Características Biográficas e Características de Habilidades;
Tipos de Habilidades;
Aprendizagem;
INTRODUÇÃO
Por conseguinte, para o entendimento efectivo desta cadeira, vamos iniciar pelo estudo do
nível primário, ou seja, do nível básico, que é o nível individual.
A inteligência é uma das características que as pessoas trazem quando entram em uma
organização. Assim, nesta unidade vamos analisar como as características biográficas (como
idade e sexo) e as habilidades (como a inteligência) afectam o desempenho e a satisfação dos
funcionários numa determinada organização, não se esquecendo do impacto que as mesmas
características tem na produtividade, absenteísmo, rotatividade e satisfação dos funcionários.
CARACTERÍSTICAS BIOGRÁFICAS
funcionário. Assim, as características mais óbvias, seriam idade, sexo e tempo de serviço na
organização.
Idade
Por um lado, os funcionários mais velhos apresentam uma série de qualidades positivas,
especificamente a experiência, o bom senso, um forte sentido de ética e o compromisso com a
qualidade. Por outro lado, eles também são considerados pouco flexíveis e avessos às novas
tecnologias.
Assim, qual é o efeito que a idade tem, realmente, sobre os factores como produtividade,
absenteísmo, rotatividade e satisfação?
Quanto mais velho, o colaborador tem menor probabilidade de deixar seu emprego.
Esta conclusão tem como base a relação entre a idade e a rotatividade. Assim, quando um
trabalhador chega a envelhecer ele tem menos oportunidades de emprego. Além disso, os mais
velhos têm menos probabilidades de pedir demissão por causa do seu tempo de serviço na
organização, porque costuma-lhes propiciar salários mais elevados, férias remuneradas mais
longas e planos de pensão mais atraentes.
velhos apresentam índices menores de faltas evitáveis do que os mais jovens. Contudo, quando a
falta é inevitável, o absenteísmo dos mais velhos é maior, provavelmente devido a problemas de
saúde associados ao envelhecimento e porque eles necessitam de mais tempo para a
convalescença.
Agora, como a idade afecta a produtividade? Existe uma crença generalizada de que a
produtividade diminui com a idade. Normalmente, pressupõe-se que certas habilidades, como
rapidez, agilidade, força física e coordenação, se deterioram com o passar do tempo e que a
monotonia do trabalho e a falta de estímulo intelectual contribuem para a diminuição da
produtividade.
Finalizando, qual seria, a relação entre a idade e a satisfação com o trabalho. Nesse
sentido, as evidências são controvérsias. Muitos estudos indicam uma relação positiva, se
distinguirmos funcionários especializados dos não-especializados. Assim, a satisfação tende a
crescer ao longo do tempo entre os funcionários especializados, enquanto que, entre os não-
especializados, diminui na média idade e, volta a subir nos anos seguintes, estes últimos devido
ao conformismo com a organização, assim como com as tarefas desempenhadas, desde o
ingresso na organização.
Sexo
Por exemplo, não existe qualquer diferença consistente entre homens e mulheres quanto
às habilidades de resolução de problemas, capacidade de análise, espirito competitivo,
motivação, sociabilidade ou capacidade de aprendizagem.
de sucesso, mas essas diferenças são mínimas. No que tange a produtividade no trabalho, não
existem diferenças entre homens e mulheres.
Um aspecto que realmente parece ser diferente entre os sexos, especialmente quando
o funcionário tem filhos pequenos, é a preferência por esquemas de trabalhos, ou seja, as
mães que trabalham costumam preferir empregos de meio período e horários mais flexíveis,
para poder conciliar suas responsabilidades familiares.
Estabilidade no Emprego
CARACTERÍSTICAS DE HABILIDADES
Todo o ser humano tem pontos fortes e pontos fracos em determinada habilidade, que
podem torná-lo melhor ou pior que os outros na realização de certas tarefas ou actividades, ou
seja, tem habilidades diferentes.
As habilidades totais de uma pessoa, normalmente são formados por dois grandes grupos:
as habilidades intelectuais e as habilidades físicas.
Habilidades Intelectuais
Para tal, existem sete dimensões mais citadas das habilidades intelectuais a saber:
Aptidão para Números Habilidade para fazer cálculos Contador: calcular o imposto
aritméticos rápidos e precisos sobre vendas de mercadorias
Tipos de Inteligência
Inteligência Cognitiva;
Inteligência Social;
Inteligência Emocional e;
Inteligência Cultural.
Com base nestas múltiplas inteligências, é possível explicar, por exemplo, porquê
pessoas consideradas inteligentes, ou seja, aquelas que possuem grande inteligência cognitiva,
nem sempre se adaptam ao dia a dia, ou não conseguem trabalhar bem com outras pessoas ou
não conseguem ter sucesso, quando assumem papeis de liderança.
Habilidades Físicas
Da mesma maneira que as habilidades intelectuais têm um papel importante nas funções
complexas, que demandam/necessitam de processamento de informação, as habilidades físicas
especificas ganham importância na realização bem-sucedida de serviços mais padronizados e não
especializados.
Por exemplo, funções que exigem resistência, destreza manual, força nas pernas
requerem que os administradores identifiquem as habilidades físicas de um funcionário. Assim,
identificam-se nove habilidades básicas envolvidas no desempenho de tarefas físicas, divididas
em três grupos de factores: Factores de Força, Factores de Flexibilidade e Outros Factores, a
saber:
É importante salientar que, existe pouca relação entre estas tarefas físicas, ou seja,
uma alta pontuação do funcionário em uma habilidade física qualquer, não é garantia do
mesmo sucesso nas demais habilidades físicas.
APRENDIZAGEM
Definição de Aprendizagem
desfavoráveis, como por exemplo apegar-se a comportamentos que visem a redução do seu
desempenho, ou a aumentar o seu desempenho.
Finalmente, a quarta evidência, sugere que para que haja um aprendizado é pertinente
que a mudança provenha de uma experiência relativamente permanente no comportamento,
na medida em que, a experiência pode ser adquirida directamente, através da observação ou da
prática, ou indirectamente através de leituras diversas.
1. Que previsões você pode fazer, levando em conta características como idade, sexo e
permanência no emprego?
2. Descreva os passos específicos que você daria para assegurar que uma pessoa tem as
habilidades adequadas para uma determinada função.
Introdução;
Percepção. Definição;
Factores ou Características que Influenciam a Percepção;
Teoria da Atribuição na Percepção da Pessoa ou do Indivíduo;
A Percepção e a Tomada de Decisões Individual;
Os Seis Passos do Modelo de Tomada de Decisão Racional.
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, vamos discutir um pouco sobre a percepção sem se esquecer de explicar
como a mesma influencia os julgamentos que fazemos dos outros. Posto isto, veremos a relação
existente entre a percepção e a tomada de decisões individuais e, descrever como as decisões
deveriam ser tomadas, tendo em conta os seis passos do modelo de tomada de decisões racional.
PERCEPÇÃO. DEFINIÇÃO.
As pessoas se comportam desta ou daquela maneira com base não em como o ambiente
externo realmente é, mas na forma como veem ou acreditam que ele seja. É a percepção da
situação que dá a base para o comportamento de um indivíduo ou colaborador.
Assim sendo, ROBBINS, 2005, p. 104, define a percepção como sendo o processo pelo
qual os indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais com a finalidade de dar
sentido ao seu ambiente. Entretanto, o que uma pessoa percebe pode ser substancialmente
diferente da realidade objectiva.
Por conseguinte, para influenciar a produtividade é preciso antes demais, descobrir como
os colaboradores percebem o seu próprio trabalho. Outrossim, o absenteísmo, a rotatividade e a
satisfação com o trabalho são também reacções baseadas nas percepções individuais.
Como pode se explicar o facto de as pessoas olharem para uma mesma coisa e, cada uma
perceber de uma maneira diferente? Para explicar este fenómeno, existem diversos factores -
factores estes que podem estar no observador, no objecto ou alvo da percepção e, no contexto ou
situação em que se dá a percepção.
Como exemplo para o contexto ou situação, posso não reparar para uma jovem de 20
anos em traje de noite e com maquiagem pesada dentro de uma boate numa noite de sábado. A
minha percepção, pode ser isso, muito normal. Mas se esta mesma jovem de 20 anos se
Autor: Rosângelo Paúnde Página 19
Apontamentos da Disciplina de Comportamento e Mudança Organizacional – UniSave -
Maxixe
apresentar do mesmo jeito que esteve vestida e maquilhada na noite de sábado, numa segunda
feira na sala de aula de uma Universidade para assistir a uma aula de comportamento e mudança
organizacional, certamente que eu e o resto dos alunos da turma, repararíamos fixamente nela.
Assim, nem o observador muito menos o alvo, mudaram da noite de sábado para a manhã de
segunda feira, mas a situação é diferente e, a percepção do observador perante o alvo, naquele
novo ambiente ou contexto/situação certamente que será outra.
Experiências e; Tamanho; -
Expectativas Cenário; -
- Proximidade e; -
- Semelhança -
Para responder a esta inquietação, devem ser elaboradas alternativas, com análise dos
pontos fortes e fracos de cada uma delas. Mas, para a eficiência e eficácia dessa actividade, o
Processo Racional de Tomada de Decisão Individual será o grande responsável pela solução
final da mesma.
Aquele que toma decisões para optimizar é racional, isto é, faz escolhas consistentes
para maximização de valor, dentro de certos limites. Estas escolhas são feitas seguindo-se um
modelo: o modelo de tomada de decisões racionais. O mesmo modelo, contém seis passos
distintos.
Posto isto, passamos para a etapa final do processo, ou seja, para o sexto e último passo
do nosso modelo, que passa necessariamente pela selecção da melhor alternativa pelo cálculo
da decisão óptima. Isso é feito avaliando-se cada alternativa em relação aos critérios
ponderados e selecionando-se a alternativa que tiver maior pontuação.
01 Definir o Problema;
04 Desenvolver Alternativas;
05 Avaliar as Alternativas e;
1. Defina percepção.
2. O que é a teoria da atribuição? Quais as suas implicações para explicar o comportamento
organizacional.
3. Um funcionário realiza uma tarefa insatisfatória em um determinado projecto. Explique o
processo de atribuição que será empregado por seu chefe para formar um juízo sobre o
desempenho desse funcionário.
4. O que é o modelo de tomada de decisões racionais e, como é que ele é aplicado para a
tomada de decisões.
5. 5. Quais os factores, em sua opinião, que diferenciam um bom tomador de decisões dos
maus? Relacione sua resposta com o modelo racional de tomada de decisões de seis
etapas.
Introdução;
Definição de Grupos;
Grupos Formais versus Grupos Informais;
Razões para que Colaboradores se Reúnam em Grupo;
Estágios de Desenvolvimento de Grupos: O Modelo de Cinco Estágios;
Estrutura do Grupo;
Tomada de Decisões em Grupo;
Técnicas de Tomada de Decisões em Grupo.
INTRODUÇÃO
Nesta unidade vamos discutir as pressões que os grupos exercem sobre os indivíduos,
sem deixar de lado os conceitos básicos de grupos, explicando por que razões as pessoas se
juntam em grupos e, como esses grupos formados funcionam concretamente. Por último,
discutiremos a maneira de criação de grupos eficazes dentro de uma organização.
Os Grupos Formais, são aqueles que são definidos pela estrutura da organização, com
atribuições de trabalho que estabelecem tarefas. Assim sendo, nestes grupos o comportamento
das pessoas é estipulado e dirigido em função das metas organizacionais. A título
exemplificativo, temos os colaboradores do Departamento de Recursos Humanos dentro de uma
organização, ou uma tripulação de um voo comercial.
Grupos de Comando
Grupos de Tarefa
Também determinados pela organização e, são formados por pessoas que se reúnem
para executar uma determinada tarefa. Contudo, as fronteiras do grupo tarefa não se limitam
ao seu superior hierárquico imediato. Elas podem ultrapassar as relações de comando. Por
exemplo, se um estudante do curso de GRH é acusado de um crime dentro da universidade, este
processo pode exigir a comunicação e coordenação entre o Reitor, o Director da faculdade, o
director do curso, o segurança e os professores. Assim sendo, este conjunto de pessoas poderia
ser definido como um grupo de tarefa, na medida em que, este grupo rompe as fronteiras
hierárquicas dentro da organização.
Os Grupos Informais, são alianças que não são estruturadas formalmente nem
determinadas pela organização. Estes grupos são formações naturais dentro do ambiente de
trabalho, que surgem em resposta a necessidades de contacto social. Como exemplo disso, três
funcionários de Departamentos diferentes que regularmente se encontram para almoçar juntos.
Estes Grupos Informais, podem ainda subdividir-se em: Grupos de Interesse e Grupos
de Amizade.
Grupos de Interesse
Os grupos também podem se reunir para atingir um objectivo comum, sendo ou não de
um grupo de comando ou de tarefa. Isto é um Grupo de Interesse. Portanto, os funcionários que
se juntam para tentar mudar seus esquemas de férias, para apoiar um colega que foi demitido ou
Autor: Rosângelo Paúnde Página 26
Apontamentos da Disciplina de Comportamento e Mudança Organizacional – UniSave -
Maxixe
para reivindicar melhores condições de trabalho, formam um bloco unido para lutar por seus
interesses comuns.
Grupos de Amizade
Finalizando, pode se afirmar que não existe uma razão única para as pessoas se reunirem
em grupos. Como a maioria das pessoas pertence a diversos grupos simultaneamente, é obvio
que cada um deles ofereça um tipo de beneficio diferente.
RAZÕES DESCRIÇÃO
Auto-estima Os grupos podem dar a seus membros uma sensação de valor próprio, ou seja,
além de demonstrar status para os outros, a filiação a um grupo também faz
com que seus membros se sintam valorizados por si mesmos;
Poder As coisas que não podem ser obtidas individualmente, geralmente se tornam
possíveis através da acção grupal, visto que existe poder no agrupamento;
Alcance de Há ocasiões em que é preciso mais do que uma pessoa para realizar uma
Metas determinada tarefa, por isso mesmo, é necessária a existência de diferentes
talentos, conhecimentos ou poderes para que uma meta seja atingida. Nessas
circunstâncias, os executivos vão depender de utilização de um grupo formal.
Os grupos geralmente passam por uma sequência padronizada em sua evolução. Chama-
se a essa sequência de Modelo de Cinco Estágios de Desenvolvimento do Grupo. Este modelo,
caracteriza um processo que tem cinco etapas diferentes, nomeadamente: Formação;
Tormenta; Normalização; Desempenho e Interrupção.
ESTRUTURA DE GRUPO
Os grupos de trabalho não são multidões desorganizadas. Eles possuem uma estrutura
que modela o comportamento de seus membros e torna possível a explicação e a previsão de boa
parte do comportamento dos indivíduos, bem como do desempenho do grupo. Assim, as
variáveis estruturais são: Os Papéis; As Normas; O Tamanho do Grupo e o Grau de Coesão.
Papéis
Todos os membros de um grupo, são actores, cada qual desempenhando seu papel.
Assim sendo, por papel será o conjunto de padrões comportamentais esperados, atribuídos a
alguém que ocupa uma determinada posição em uma unidade social.
Portanto, a compreensão deste conceito, poderia ser mais fácil e simples se cada um de
nós escolhesse um papel e o desempenhasse de forma regular e consistente. Infelizmente, temos
de desempenhar vários papéis, tanto no trabalho assim como fora dele. Por isso mesmo, uma das
formas de compreensão do comportamento é perceber qual é o papel que um colaborador está a
desempenhar naquele dado momento. Por exemplo, coloque-se no lugar de Gestor de RH de uma
determinada empresa e, como gestor tem um papel especifico de gestão e, fora o ser gestor,
também é chefe de família, por conseguinte é um outro segundo papel que desempenha e, por
fim imagine-se também como um religioso, portanto, mais um terceiro papel que desempenha na
igreja. Neste contexto, pode se concluir que, cada um de nós desempenha vários papéis e, o
nosso comportamento vai variar de acordo com cada um dos papéis desempenhados, ou seja,
grupos diferentes impõem exigências de papéis diferentes aos indivíduos.
As Normas
Já percebeu que um colaborador não critica seus chefes em públicos? Porquê será? A
resposta para isso é: são as normas, que são os padrões aceitáveis de comportamento e que são
compartilhados por todos os membros do grupo.
Assim, as normas dizem aos membros do grupo o que eles devem ou não fazer em
determinadas circunstâncias. Do ponto de vista individual, elas – as normas, dizem ao
colaborador o que se espera que ele faça em certas situações. Assim, quando aceitas e
acordadas pelos membros do grupo, as normas agem como meios de influenciar o
comportamento dos indivíduos com um mínimo de controle externo. Por conseguinte, as normas
são diferentes para cada grupo, comunidade ou sociedade, mas todas as tem.
O Tamanho do Grupo
O tamanho do grupo pode afectar o seu desempenho? Mas é claro que a resposta será
positiva, ou seja, sim. Mas o efeito depende de quais variáveis dependentes você vai considerar.
Portanto, grupos grandes, com pelo menos doze (12) membros, são bons porque
recebem contribuições diversificadas. Assim, se o objectivo do grupo é a descoberta de
informações factuais, os grupos grandes podem ser mais eficazes.
Por outro lado, os grupos pequenos são melhores na realização de algo produtivo a
partir de suas contribuições. Por isso, grupos de aproximadamente sete (07) membros costumam
ser mais eficazes para realizar acções.
Uma das descobertas mais importantes em relação ao tamanho de um grupo é o que foi
chamado de “Folga Social”, que se trata da tendência que as pessoas têm de se esforçar menos
ao trabalhar em grupo do que se estivessem trabalhando sozinhas. Por conseguinte, isto desafia
a lógica de que a produtividade de um grupo deveria ser igual à soma da produtividade de cada
elemento dele.
Grau de Coesão
Os grupos diferem em relação à sua coesão, ou seja, o grau em que os membros são
atraídos entre si e motivados a permanecer como grupo. Por exemplo, alguns grupos de
trabalhos são coesos porque seus membros passam a maior parte do tempo juntos, ou porque o
tamanho reduzido do grupo facilita a interacção, ou ainda porque o grupo sofreu ameaças
externas que resultaram na aproximação de seus membros entre si. Portanto, a coesão de um
grupo é muito importante porque está relacionada à produtividade do grupo.
Os grupos para a tomada de decisões vêm sendo largamente utilizados nas organizações.
Mas isto significa que o processo colectivo gera decisões melhores do que aquelas tomadas por
um único indivíduo? A resposta a esta pergunta depende de uma série de factores. Assim,
vamos começar por discutir os pontos fortes e pontos fracos dos grupos.
Apesar das vantagens descritas acima, as decisões em grupo também têm suas
desvantagens. Elas consomem muito tempo. O processo demora muito mais tempo do que
quando a decisão é tomada por apenas um indivíduo. Não obstante, existem pressões para a
conformidade dentro do grupo. O desejo dos membros do grupo de serem aceitos e valorizados
pelo grupo pode sufocar qualquer desacordo explicito.
Eficácia e Eficiência
A afirmação de que os grupos são mais eficazes do que os indivíduos dependem também
dos critérios que se usam para definir eficácia. Em termos de exactidão, as decisões tomadas em
grupo tendem a ser mais precisas. As evidências indicam que, na média, os grupos chegam a
decisões de melhor qualidade do que os indivíduos. Contudo, se a eficácia for definida em
termos de rapidez, os indivíduos serão melhores. Se a criatividade é importante, os grupos
tendem a ser mais eficazes que os indivíduos. E, se a eficácia significar o grau de aceitação de
solução final, o voto irá novamente para o grupo.
Mas a eficácia não pode ser avaliada sem que levemos em conta a eficiência. Em termos
de eficiência, o grupo costuma ficar sempre em segundo lugar na comparação com os
indivíduos. Os grupos são geralmente menos eficientes que os indivíduos. Assim sendo, ao
decidirmos pelo uso dos grupos no processo decisório, portanto, devemos questionar se os
ganhos em eficácia serão suficientes para suplantar as perdas de eficiência.
A forma mais comum de tomada de decisão em grupo ocorre nos grupos de interacção.
Neles, os membros interagem face a face, usando a interacção verbal e não verbal para
comunicarem.
Assim, a principal vantagem desta técnica de grupo nominal é que ela permite que o
grupo se reúna formalmente, mas sem restringir o pensamento independente, como ocorre com o
grupo de interacção.
para os demais com apenas um toque em seu teclado. Isso também permite que eles sejam
absolutamente honestos, sem medo de represálias. E, o processo é muito rápido, já que elimina a
conversação, e todos podem falar simultaneamente sem atrapalhar uns aos outros, através dos
seus comentários advindos dos respectivos teclados.
Assim, cada uma das quatro técnicas de tomada de decisão, possui seus pontos fortes e
seus pontos fracos. A escolha da mais adequada vai depender dos critérios escolhidos e de uma
análise de custo-benefício.
EM SUMA:
Primeiro, os grupos pequenos são bons para as pessoas, na medida em que, eles podem
satisfazer suas necessidades sociais e oferecer apoio para os funcionários em tempos de estresse
ou em meio a uma crise.
Segundo, os grupos são ferramentas óptimas para a resolução de problemas, visto que,
funcionam melhor do que os indivíduos em termos de criatividade e inovação.
Quinto, os grupos conseguem controlar e disciplinar seus membros por meios que são
extremamente difíceis para os sistemas disciplinares oficiais e impessoais. As normas do grupo
são mecanismos de controle poderosos.
Introdução;
Diferenças entre Grupos e Equipes de Trabalho;
Tipos de Equipes de Trabalho: Equipes Auto-gerenciadas, Equipes Multifuncionais e
Equipes Virtuais;
Equipes Eficazes;
Transformando Indivíduos em Membros de Equipe: Desafios e Opções para a
Transformação.
INTRODUÇÃO
Uma outra explicação para a popularidade das equipes é que elas são uma forma eficaz
de os dirigentes promoverem a democratização de suas empresas e aumentar a motivação dos
funcionários.
Grupos e equipes não são a mesma coisa. Anteriormente definimos grupo como dois ou
mais indivíduos, em interacção e interdependência, que se juntam para atingir um objectivo. Um
grupo de trabalho é aquele que interage basicamente para compartilhar informações e tomar
decisões para ajudar cada membro em seu desempenho na sua área de responsabilidade.
Autor: Rosângelo Paúnde Página 38
Apontamentos da Disciplina de Comportamento e Mudança Organizacional – UniSave -
Maxixe
Não obstante, SCHEI, 1996 & BLEGER, 1993, citados por (NASCIMENTO, 2008, p.
144), definem grupo, como sendo um conjunto de pessoas interagindo entre si, conscientes umas
das outras e que se percebe como um grupo e, outrossim, grupo é um conjunto de pessoas que
entram em interacção, mas, além disso, e fundamentalmente, o grupo é uma sociabilidade
estabelecida sobre um fundo de indiferenciação, no qual os indivíduos não têm existência como
tais e entre os quais opera um transitivismo positivo, respectivamente.
Uma equipe de trabalho, gera uma sinergia positiva por meio do esforço coordenado.
Os esforços individuais resultam em nível de desempenho maior do que a soma daquelas
contribuições individuais.
Estas definições ajudam a esclarecer porquê tantas organizações recentemente reestruturam seus
processos de trabalho em torno de equipes. Os executivos buscam a sinergia positiva que permite
à organização melhorar seu desempenho. O uso extensivo das equipes gera um potencial para
uma organização aumentar seus resultados sem necessidade de aumentar os investimentos.
Ademais, é preciso salientar que, não existe nenhuma mágica inerente na criação de
equipes de trabalho que garanta a obtenção de sinergia positiva. Não obstante, apenas chamar um
grupo de equipe, não melhora automaticamente seu desempenho. Assim, para tal, deve-se
constituir equipes eficazes, equipes essas, que possuem características comuns e próprias, que
veremos mais adiante.
TIPOS DE EQUIPES
As equipes podem realizar uma grande variedade de coisas. Elas podem produzir
produtos, prestar serviços, negociar acordos, coordenar projectos, oferecer aconselhamento ou
tomar decisões. Assim, temos quatro tipos básicos de equipes de trabalho, nomeadamente:
equipes de solução de problemas; equipes auto gerenciadas; equipes multifuncionais e equipes
virtuais.
Há algum tempo atrás (há mais de trinta anos) as equipes começavam a se tornar
populares e, a maioria delas tinha forma bem-parecida. Eram quase sempre compostas por 5 a 12
colaboradores horistas (colaboradores que trabalhavam por horas de serviço), todos do mesmo
departamento, que se reuniam durante algumas horas por semana para discutir formas de
melhorar a qualidade, a eficiência e o ambiente de trabalho. Estas, são as chamadas Equipes de
Solução de Problemas.
EQUIPES MULTIFUNCIONAIS
São equipes formados por funcionários do mesmo nível hierárquico, mas de diferentes
sectores da empresa, que se juntam para cumprir uma determinada tarefa.
Muitas organizações usam grupos horizontais e de duração limitada há anos. Por isso
mesmo, as equipes multifuncionais representam uma forma eficaz de permitir que pessoas de
diferentes áreas de uma empresa (ou até de diferentes empresas) possam trocar informações,
desenvolver novas ideias e solucionar problemas, bem como coordenar projectos complexos.
EQUIPES VIRTUAIS
Os tipos de equipes já analisadas até agora, realizam seu trabalho face a face. As equipes
virtuais usam a tecnologia da informática para reunir seus membros, fisicamente dispersos e
permitir que eles atinjam um objectivo comum.
Autor: Rosângelo Paúnde Página 41
Apontamentos da Disciplina de Comportamento e Mudança Organizacional – UniSave -
Maxixe
Elas permitem que as pessoas colaborem online, utilizando meios de comunicação como
redes internas e externas, videoconferência ou correio electrónico, quando estão separadas
apenas por uma parede ou por um continente.
As equipes virtuais podem fazer tudo o que as outras equipes fazem: compartilhar
informações, tomar decisões, realizar tarefas. Não obatnte, podem incluir membros de uma
mesma organização ou fazer a ligação entre membros de uma organização e os de outras
organizações (por exemplo: fornecedores ou parceiros).
Portanto, os três factores básicos que diferenciam as equipes virtuais das que
trabalham face a face são:
Outrossim, nas conversas face a face, as pessoas sugerem mensagens paraverbais (tom
de voz, inflexão, volume da voz) e não verbais (movimentos dos olhos, expressão facial,
movimentação das mãos e outras linguagens corporais). Essas mensagens, ajudam a tornar a
comunicação mais clara, enriquecendo seu sentido, mas não estão disponíveis nas interações
online.
As equipes virtuais frequentemente possuem menor empatia e interação directa entre seus
membros e, não são capazes de imitar as trocas pessoais que ocorrem em uma discussão face a
face;
Finalmente, as equipes virtuais são capazes de trabalhar mesmo que seus membros
estejam separados por milhares de quilómetros e diferentes fusos horários e, permite o trabalho
em conjunto de pessoas que, de outra forma, nunca seriam capazes de colaborar entre si.
EQUIPES EFICAZES
1. Contexto:
1.1 Recursos Adequados;
1.2 Liderança;
1.3 Clima de Confiança e;
1.4 Avaliação de Desempenho e Sistemas de Recompensas;
2. Composição:
2.1 Habilidades dos Membros;
2.2 Personalidade;
2.3 Alocação de Papeis;
2.4 Diversidade;
2.5 Tamanho da Equipe;
2.6 Flexibilidade dos Membros e;
2.7 Preferências dos Membros;
3. Projecto do Trabalho:
3.1 Autonomia;
3.2 Variedade de Habilidades;
3.3 Identidade das Tarefas e;
3.4 Significância das Tarefas.
4. Processo:
4.1 Propósito Comum;
4.2 Metas Especificas;
Autor: Rosângelo Paúnde Página 43
Apontamentos da Disciplina de Comportamento e Mudança Organizacional – UniSave -
Maxixe
CONTEXTO
Recursos Adequados
As equipes são parte de um sistema organizacional maior. Uma equipe precisa funcionar
dentro dos orçamentos, politicas e práticas estabelecidas pela organização. Desta forma, todas
as equipes de trabalho dependem de recursos externos para a sua sustentação. Assim, a
escassez de recursos reduz directamente a capacidade de desempenhar o trabalho
eficazmente.
Portanto, para que uma equipe de trabalho seja eficaz, ela necessita do apoio da
organização, incluindo a disponibilidade de informações a tempo útil, tecnologia
apropriada, pessoal adequado, incentivo e apoio administrativo.
Liderança e Estrutura
Assim sendo, o acordo em relação às especificações do trabalho e como elas devem ser
organizadas para integrar as habilidades individuais requer liderança e estrutura para a
equipe. E, isto pode ser proporcionado directamente pelos executivos ou pelos próprios
membros de equipe.
Clima de Confiança
Os membros das equipes eficazes confiam uns aos outros. Não obstante, demonstram
confiança em seus lideres. Esta confiança interpessoal entre os membros da equipe facilita a
cooperação, reduz a necessidade de monitoramento dos comportamentos individuais e une as
pessoas em torno da crença de que nenhuma delas tentará tirar proveito da outra.
Para conseguir com que os membros da equipe sejam responsáveis, tanto individualmente
assim como em grupo, o sistema tradicional de avaliação e de recompensas individuais precisa
ser modificado para reflectir o desempenho da equipe.
COMPOSIÇÃO
Entretanto, para funcionar eficazmente, uma equipe precisa de três tipos diferentes
de capacidades. Primeiro, ela precisa de pessoas com conhecimentos técnicos. Segundo,
pessoas com habilidades para solução de problemas e tomada de decisões, que sejam capazes
de identificar problemas, gerar alternativas, avaliar essas alternativas e fazer escolhas
competentes. Finalmente, as equipes precisam de pessoas que saibam ouvir, dar feedback
(retorno), solucionar conflitos e que possuem outras habilidades interpessoais.
É preciso salientar que, nenhuma equipe atinge seu potencial de desempenho sem
desenvolver estes três tipos de habilidades, por isso mesmo, a mistura exacta é muito importante
e crucial. O excesso de um tipo em detrimento dos outros, pode resultar em desempenho
insatisfatório da equipe. Mas as equipes não precisam contar com todas as habilidades
complementares no momento de sua formação, na medida em que, um ou mais membros podem
se comprometer a aprender as habilidades de que a equipe tem deficiências para permitir que o
grupo atinja seu potencial.
Personalidade
Assim, misturar pessoas altamente conscientes com outras nem tao conscientes pode
prejudicar o desempenho da equipe. Isso acontece porque, nessas equipes os membros mais
conscientes não apenas executam suas tarefas, como também precisam executar ou refazer as
tarefas dos menos conscientes e, isso, pode conduzir a uma sensação de injustiça nas
contribuições.
Outrossim, existe a velha máxima de que, “uma maçã estragada pode comprometer toda
a cesta”. Assim, um único membro da equipe que não possua um nível médio de amabilidade,
consciência ou extroversão por exemplo, pode afectar negativamente todo o desempenho da
equipe, na medida em que, pode resultar no desgaste dos processos internos da equipe e reduzir o
seu desempenho geral.
Alocação de Papeis
Diversidade
A diversidade promove uma carga maior de conflitos (disputa interna dos membros
dentro da equipe), que estimula a criatividade e conduz à melhoria do processo de tomada de
decisão. Assim, equipes homogéneas (com mesmas características), genericamente tem menor
desempenho que as equipes heterogéneas, pelas razões acima elencadas.
O ideal é que sua equipe tenha entre sete a nove pessoas. As evidências de estudos
efectuados, mostram que, as equipes mais eficazes são compostas por menos de dez elementos.
Os especialistas sugerem a utilização do menor número possível de membros para a realização
de uma tarefa. Infelizmente, existe uma tendência entre os executivos de compor equipes muito
numerosas, embora quatro ou cinco pessoas sejam suficientes para garantir a diversidade de
habilidades e pontos de vista.
Portanto, quando a equipe tem excesso de componentes, seus membros terão dificuldades
de desenvolver a coesão, o comprometimento e responsabilidade mútua e, consequentemente, a
“folga social” aumenta, resultando em as pessoas fazendo cada vez menos. Desta forma, ao
projectar equipes eficazes, os executivos devem manter o número de seus membros abaixo de
dez.
As equipes formadas por indivíduos flexíveis possuem membros que podem completar
as tarefas uns dos outros. Esse é um diferencial positivo, já que aumenta enormemente sua
adaptabilidade e deixa a equipe menos dependente de um único membro.
Portanto, a seleção de membros que valorizam a flexibilidade e seu treinamento para que
realizem as tarefas uns dos outros, pode levar a um melhor desempenho da equipe com o passar
do tempo.
Nem todo funcionário é um membro potencial de equipe. Se for dada a opção, muitos
funcionários vão preferir ficar fora das equipes. Quando pessoas que preferem trabalhar
sozinhas são requisitadas para o trabalho em equipe, há uma ameaça directa ao moral do grupo
e à satisfação individual de seus membros.
PROJECTO DE TRABALHO
PROCESSO
Para responder a esta questão, voltemos ao assunto da "folga" social. Descobrimos que
1+1+1 não é necessariamente igual a 3. Nas tarefas de equipe em que a contribuição de cada
membro não é claramente visível, existe uma tendência de as pessoas reduzirem seus esforços.
A "folga" social, por exemplo, representa uma sinergia negativa. O total é menor que a
soma de suas partes.
Por outro lado, equipes de pesquisa costumam ser utilizadas nos laboratórios porque se
pode lançar mão das diferentes habilidades dos membros para produzir um estudo mais
abrangente do que seria possível se eles trabalhassem individualmente. Ou seja, eles produzem
sinergia positiva. Os ganhos do processo ultrapassam as perdas.
Propósito Comum
bastante esforço e tempo para discutir, moldar e concordar acerca de um propósito que lhes
pertença, tanto em termos individuais para cada um de seus membros como coletivamente.
Esse propósito comum, quando aceite pela equipe, oferece direção e orientação sob toda
e qualquer condição da equipe.
Metas Específicas
Eficácia da Equipe
As equipes eficazes têm confiança nelas mesmas. Acreditam que alcançarão o sucesso.
Chamamos isso de eficácia da equipe. Não obstante, sucesso gera sucesso. As equipes bem-
sucedidas aumentam sua convicção sobre seus sucessos futuros. Isto, por sua vez, motiva estas
equipes a trabalhar mais arduamente.
Assim, o que os executivos podem fazer para aumentar a eficácia das equipes? Duas
opções possíveis podem ajudar a equipe a conquistar pequenos sucessos e oferecer treinamento
para as habilidades.
Níveis de Conflito
O conflito dentro de uma equipe não é necessariamente uma coisa negativa. As equipes
totalmente imunes aos conflitos tendem a se tornarem apáticas e estagnadas. Assim, os conflitos
podem, na verdade, melhorar a eficácia das equipes. Mas nem todos os tipos de conflito.
"Folga" Social
Outrossim, as equipes bem-sucedidas fazem com que seus membros sejam responsáveis,
individual e conjuntamente, pelos propósitos, metas e abordagem da equipe. Estas equipes,
deixam claro quais são as responsabilidades individuais e quais são aquelas do grupo como
um todo.
É evidente que existe uma crescente popularidade e importância das equipes, pelo que já
foi abordado acima. Mas muitas pessoas não se encaminham naturalmente para o trabalho em
equipe.
Elas são do tipo solitário ou pessoas que preferem ser reconhecidas por suas realizações
individuais. Não obstante, existe também um grande número de organizações que,
historicamente, alimentam realizações pessoais.
OS DESAFIOS
Os pontos acima, demonstram que existe uma barreira para a utilização das equipes, que
é a resistência das pessoas. E, neste caso, o sucesso do funcionário não é mais definido em
termos de seu desempenho individual. Ou seja, para se ter um bom desempenho como membro
de uma equipe, a pessoa precisa ser capaz de se comunicar aberta e honestamente, confrontar
diferenças e resolver conflitos, bem como sublimar suas metas pessoais para o bem do grupo.
Para muitos funcionários, esta é uma tarefa muito difícil. Assim, o desafio dos gestores
em criar membros de equipes é maior quando:
As opções básicas que os executivos têm para tentar transformar indivíduos em membros
de equipes vêm resumidas a seguir.
1. Seleção
Segunda opção, transferi-lo para uma outra unidade da empresa que não trabalhe em
equipe (caso exista);
2. Treinamento
Em uma visão mais optimista, uma grande parcela das pessoas habituadas aos valores
individuais pode ser treinada para se transformar em membros de equipes. Especialistas em
treinamento conduzem exercícios que permitem aos funcionários experimentar a satisfação que a
equipe de trabalho pode proporcionar.
3. Recompensas
Por último, não devemos esquecer as recompensas intrínsecas que os funcionários podem
receber da própria equipe de trabalho. As equipes oferecem a camaradagem. E estimulante e
gratificante fazer parte de uma equipe de sucesso. A oportunidade de se engajar em seu
desenvolvimento pessoal e ajudar os colegas da equipe a crescer pode ser uma experiência muito
gratificante e recompensadora para os funcionários.
Introdução;
O que é Estrutura Organizacional;
Elementos Básicos de uma Estrutura Organizacional: Especialização do Trabalho;
Departamentalização; Cadeia de Comando; Amplitude de Controle; Centralização e
Descentralização e, a Formalização;
Tipos de Modelos Organizacionais (Modelos Clássicos): A Estrutura Simples, A
Burocracia e a Estrutura Matricial.
Novos Tipos de Modelos Organizacionais (Modelos Contemporâneos): A Estrutura de
Equipe, A Organização Virtual e a Organização sem Fronteiras.
Os Modelos Organizacionais e o Comportamento do Colaborador;
INTRODUÇÃO
Especialização do Trabalho
No início do século XX, Henry Ford1 tornou-se rico e famoso por fabricar automóveis
em uma linha de montagem. Cada um de seus funcionários recebia uma tarefa específica e
repetitiva.
Assim, uma pessoa ficava exclusivamente encarregada de, por exemplo, montar a roda
dianteira direita, e outra, de montar a porta dianteira direita, assim sucessivamente. Portanto,
ao dividir o trabalho em pequenas tarefas padronizadas, que podiam ser repetidas muitas vezes,
Ford tornou-se capaz de produzir um carro em poucos minutos, mesmo empregando
trabalhadores com habilidades relativamente limitadas.
Ford demonstrou igualmente que, o trabalho pode ser realizado de forma mais eficiente
se os funcionários se tornarem especializados em cada tarefa. Hoje em dia, usamos o termo
especialização do trabalho, ou divisão do trabalho, para descrever o grau em que as tarefas
dentro da organização são subdivididas em funções isoladas.
Ademais, a especialização do trabalho, em sua essência, faz com que uma actividade, em
vez de ser realizada inteiramente por uma única pessoa, seja dividida em um certo número de
etapas, cada uma das quais será realizada por um indivíduo diferente. Essencialmente, ela faz
com que os indivíduos se especializem em realizar parte de uma actividade em vez de
realizar a actividade inteira.
Com isso, a administração via esse processo como a forma de fazer o uso mais eficaz das
habilidades de seus funcionários. Na maioria das organizações, algumas tarefas requerem
habilidades altamente desenvolvidas enquanto outras podem ser executadas por funcionários
menos treinados.
A especialização do trabalho foi vista pelos executivos como uma fonte inesgotável de
aumento de produtividade. E, provavelmente, eles estavam certos. Como a especialização não
era a regra geral, quando era adoptada gerava sempre uma produtividade maior.
1
Fundador e dono da empresa de montagem de automóveis da marca Ford.
Autor: Rosângelo Paúnde Página 58
Apontamentos da Disciplina de Comportamento e Mudança Organizacional – UniSave -
Maxixe
Portanto, a maioria dos executivos hoje em dia não vê a especialização do trabalho nem
como uma coisa obsoleta nem como uma fonte inesgotável de aumento de produtividade. Sabe-
se que ela pode gerar economias em certos tipos de trabalho e problemas 2 quando levada a
extremos.
Departamentalização
Por exemplo, um hospital pode ter departamentos voltados para pesquisa, atendimento
ao paciente, contabilidade e assim por diante. No entanto, uma equipe profissional de futebol
pode ter departamentos para cuidar dos atletas, da venda de ingressos e das passagens e
acomodações durante viagens.
2
Problemas como, tédio, fadiga, estresse, baixa produtividade, perda de qualidade, aumento do absenteísmo e da
rotatividade.
Autor: Rosângelo Paúnde Página 59
Apontamentos da Disciplina de Comportamento e Mudança Organizacional – UniSave -
Maxixe
Uma vez que cada processo requer habilidades diferentes, esse método oferece uma base
para a categorização homogênea das actividades. A departamentalização por processo também
pode ser utilizada para o processamento dos clientes, em vez dos produtos.
Uma categoria final de departamentalização tem como foco o tipo específico de cliente
que a organização deseja atingir. Uma organização/empresa, por exemplo, pode se organizar
em termos de quatro mercados-alvo: consumidores, grandes empresas, desenvolvedores de
Autor: Rosângelo Paúnde Página 60
Apontamentos da Disciplina de Comportamento e Mudança Organizacional – UniSave -
Maxixe
softwares e pequenos negócios. A premissa por trás dessa departamentalização é que cada
grupo de clientes possui problemas e necessidades comuns, que podem ser mais bem atendidos
pelos especialistas de cada departamento.
NOTA:
Portanto, esta é uma forte tendência que se desenvolveu na última década entre as
empresas de todos os tamanhos. A departamentalização rígida e funcional vem sendo cada vez
mais complementada pela adopção de equipes que ultrapassam as linhas divisórias tradicionais.
Cadeia de Comando
Assim, a cadeia de comando é uma linha única de autoridade, que vai do topo da
organização até o escalão mais baixo e determina quem se reporta a quem na empresa. Ela
responde a perguntas dos funcionários do tipo “Se eu tiver um problema, com quem devo
falar?” ou “Por quem sou responsável?”.
No entanto, não podemos discutir a cadeia de comando sem discutir dois conceitos
complementares: a autoridade e a unidade de comando. A autoridade se refere aos direitos
inerentes a uma posição administrativa para dar ordens e esperar que elas sejam obedecidas.
se reportar diretamente. Assim, se a unidade de comando for quebrada, o funcionário pode ter de
enfrentar demandas ou prioridades conflituantes vindas de diferentes chefias.
Amplitude de Controle
Assim, a tendência nos últimos tempos vai em direcção a amplitudes maiores. Elas são
consistentes com os esforços recentes de redução de custos, agilização do processo decisório,
aumento da flexibilidade, aproximação dos clientes e autonomia dos funcionários.
Entretanto, para assegurar que o desempenho não será prejudicado por esta amplitude
maior, as empresas têm investido fortemente no treinamento de seus funcionários. Os executivos
reconhecem que podem gerenciar um número maior de subordinados quando eles conhecem
bem o seu trabalho ou, no caso de dúvidas, são capazes de se aconselhar com os colegas.
Centralização e Descentralização
Normalmente, diz-se que uma organização é centralizada quando sua cúpula toma
todas as decisões essenciais com pouca ou nenhuma participação do pessoal dos escalões
inferiores. Por outro lado, quanto maior a participação dos escalões inferiores no processo
decisório, maior a descentralização.
Formalização
Assim, quando uma tarefa é muito padronizada, seu responsável tem pouca
autonomia para decidir o que, quando e como deve ser feito. Espera-se que os funcionários
transformem o mesmo insumo, sempre da mesma forma, produzindo um resultado consistente e
uniforme.
O grau de formalização pode variar muito entre as organizações e dentro de uma mesma
empresa. Certas funções são conhecidas por sua baixa formalização.
Tabela n° 06: As seis questões básicas as quais os executivos devem responder ao planear a
Estrutura Organizacional apropriada.
eficiência e eficácia?
Existem três tipos mais comuns de modelos de estrutura organizacional em uso, ou seja,
os chamados modelos clássicos da estrutura organizacional, a saber: a estrutura simples, a
burocracia e a estrutura matricial.
A Estrutura Simples
A estrutura simples costuma ser caracterizada mais pelo que ela não é do que pelo que
é. Ela não é elaborada. Ademais, ela possui baixo grau de departamentalização, grande
amplitude de controle, autoridade centralizada em uma única pessoa e pouca formalização.
Não obstante, seu principal ponto fraco é que ela dificilmente pode ser mantida em
qualquer empresa que não seja pequena. A estrutura simples vai se tornando cada vez mais
inadequada à medida que a empresa cresce porque sua baixa formalização e sua alta
centralização tendem a gerar uma sobrecarga de informações no topo.
Assim, quando o tamanho aumenta, o processo decisório torna-se mais lento, podendo
até paralisar, se o dirigente insistir em tomar todas as decisões sozinho.
Outro ponto fraco da estrutura simples é que ela traz riscos, na medida em que, tudo
depende de apenas uma pessoa. Uma doença qualquer, seguido de morte, como por exemplo, um
ataque cardíaco, pode literalmente, destruir o centro de informações e de decisões da empresa.
A Burocracia
Além disso, a burocracia consegue se sair bem com executivos menos talentosos e,
portanto, menos onerosos nos níveis médio e inferior de gerência. A presença das regras e
regulamentos substitui as decisões dos executivos. As operações padronizadas, junto com a alta
formalização, permitem que o processo decisório seja centralizado. Assim, há pouca necessidade
de tomadores de decisões experientes e inovadores abaixo da cúpula dirigente.
Outro ponto fraco da burocracia é algo que todos nós já vivenciamos quando tivemos
de tratar com pessoas que trabalham nesse tipo de organização: a obsessão da obediência às
regras.
Autor: Rosângelo Paúnde Página 66
Apontamentos da Disciplina de Comportamento e Mudança Organizacional – UniSave -
Maxixe
Assim, quando surgem casos que não se ajustam exactamente às regras, não há espaço
para manobras. Por isso mesmo, a burocracia só é eficiente enquanto seus funcionários
enfrentarem problemas já conhecidos e para os quais já se tenham estabelecido regras
programadas de decisão.
Estrutura Matricial
Não obstante, a departamentalização por produto, por seu lado, oferece exactamente o
contrário. Ela facilita a coordenação entre os especialistas para o atendimento de prazos e
limitações orçamentárias. Além disso, proporciona uma clara responsabilidade pelas tarefas
relacionadas a cada produto, mas com duplicação de actividades e de custos.
Por isso mesmo, a estrutura matricial tenta aproveitar os pontos fortes de cada uma
das formas de departamentalização e evitar as suas desvantagens.
Portanto, a característica mais óbvia da estrutura matricial é que ela rompe com o
conceito de unidade de comando. Os funcionários dessas organizações têm dois chefes,
nomeadamente, o gerente do departamento funcional e o gerente do departamento de produto.
E, é por isso mesmo que a estrutura matricial possui uma dupla cadeia de comando.
Num passado muito recente, dirigentes de diversas organizações vêm trabalhando para
desenvolver novos modelos de estrutura organizacional, que possam ajudar as suas empresas a
competir mais eficazmente com as outras. Esses novos modelos são designados pelo autor deste
texto, em modelos contemporâneos.
Autor: Rosângelo Paúnde Página 68
Apontamentos da Disciplina de Comportamento e Mudança Organizacional – UniSave -
Maxixe
A Estrutura de Equipe
Por conseguinte, para melhorar a produtividade, as empresas que adoptam este tipo de
estrutura organizacional, têm feito o uso extensivo das equipes auto gerenciadas.
Por que ser proprietário se você pode alugar? Essa questão reflete a essência da
organização virtual (algumas vezes chamada de organização em rede ou modular), tipicamente
uma organização pequena que terceiriza a maior parte das funções de negócios. Em termos
de estrutura, a organização virtual é altamente centralizada, com pouca ou nenhuma
departamentalização. A título exemplificativo, pode se afirmar que, como protótipo da
estrutura virtual é uma empresa produtora de cinema, actualmente.
Portanto, hoje em dia, a maioria dos filmes é feito por um conjunto de indivíduos e
pequenas empresas que se unem para realizar um único projecto de cada vez. Por conseguinte,
Autor: Rosângelo Paúnde Página 69
Apontamentos da Disciplina de Comportamento e Mudança Organizacional – UniSave -
Maxixe
esse formato estrutural permite que cada projecto conte com os talentos especialmente adequados
para aquele filme, em vez de eles serem escolhidos obrigatoriamente entre os funcionários
estáveis de um estúdio.
Isso minimiza as despesas burocráticas, já que não existe uma organização fixa a ser
mantida. Além disso, essa estrutura elimina os riscos de longo prazo, pois não há longo prazo,
porque uma equipe é montada para um projecto com tempo definido e depois é extinta. Assim,
quando as grandes empresas adoptam a estrutura virtual, geralmente fazem isso para
terceirizar a manufactura.
A organização virtual faz um contraste extremo com a burocracia típica, que tem diversos
níveis gerenciais e onde o controle é exercido por meio da propriedade.
A organização virtual, por seu lado, terceiriza muitas dessas funções e se concentra
naquilo que pode fazer melhor. Para a maioria das empresas, isso significa focar em projectos ou
marketing.
Assim, para além do acima exposto, este tipo de organização, valoriza as equipes
hierárquicas de trabalho (que incluem altos executivos, gerentes de nível médio, supervisores e
operários), as práticas de tomada de decisões participativas e o uso das avaliações de
desempenho de 360 graus (em que os colegas, os superiores e os subordinados de um
funcionário avaliam o seu desempenho).
Portanto, a base tecnológica que torna possível a existência dessas organizações sem
fronteiras é constituída pelos computadores ligados em redes, que permitem as pessoas se
comunicarem através das fronteiras internas e externas às organizações.
A estrutura da organização pode ter efeitos significativos sobre seus membros. Uma
revisão das evidências que ligam as estruturas organizacionais ao desempenho e à satisfação dos
funcionários nos conduz a uma conclusão bastante clara: não é todo mundo que prefere a
liberdade e a flexibilidade das estruturas orgânicas.
Algumas pessoas se sentem mais satisfeitas e são mais produtivas quando seu trabalho é
padronizado e a ambiguidade é minimizada, ou seja, sob uma estrutura mecanicista3.
Algumas pessoas querem um serviço que exija o mínimo de sua capacidade intelectual e
que ofereça a segurança da rotina. Para esses indivíduos, a alta especialização do trabalho é
fonte de satisfação. Por isso mesmo, na actualidade ainda é realidade, de que uma parcela da
força de trabalho ainda prefere a rotina e a repetição de trabalhos superespecializados e, isso,
é fonte de sua satisfação.
No entanto, por outro lado, alguns autores comportamentais, indicam que, não há
evidência suficiente para corroborar uma relação entre a amplitude de controle e o desempenho
do funcionário. Mas, uma parte desses autores, argumenta que, uma grande amplitude de
controle (um pouco de liberdade) pode levar a um desempenho melhor do funcionário por
permitir uma distância maior da supervisão e dar mais oportunidade para a iniciativa pessoal.
Nota:
Não obstante, a cultura nacional também influencia a preferência pela estrutura e, por
isso, deve ser levada em conta. As organizações que trabalham com pessoas oriundas de países
com culturas de grande distância do poder, terão funcionários muito mais propensos a aceitar
o modelo mecanicista do que as que empregam gente que vem de países com cultura de pouca
distância do poder. Assim, é preciso considerar as diferenças culturais juntamente com as
diferenças individuais ao fazer previsões sobre como a estrutura afectará o desempenho e a
satisfação dos funcionários.
EM SUMA:
Assim sendo, quais as bases para se afirmar que a estrutura tem impacto tanto sobre
as atitudes como sobre o comportamento?
Autor: Rosângelo Paúnde Página 73
Apontamentos da Disciplina de Comportamento e Mudança Organizacional – UniSave -
Maxixe