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Helton Diniz Lambo Timbe

Plano de Emergia: sua importância para o bom funcionamento das actividades da


Organização

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Univesidade Save

Maxixe

2021
Helton Diniz Lambo Timbe

Plano de Emergia: sua importância para o bom funcionamento das actividades da


Organização

Projecto de Pesquisa Sobre Plano de Emergia: sua


importância para o bom funcionamento das
actividades da organização: Caso Específico da
INCAJU-Maxixe, para efeitos de Avaliação nas
Jornadas Cientificas.

Universidade Save

Maxixe

2021
Índice
Lista de abreviaturas...................................................................................................................................vi
Introdução.................................................................................................................................................11
Objectivos..................................................................................................................................................11
Geral:.....................................................................................................................................................11
Específicos:...........................................................................................................................................11
Justificativa................................................................................................................................................12
Descrição do Problema..............................................................................................................................12
Pergunta de partida................................................................................................................................13
Hipóteses...........................................................................................................................................13
Metodologia..............................................................................................................................................13
Contextualização...................................................................................................................................14
Teoria Base................................................................................................................................................15
Definição de Conceitos..........................................................................................................................15
Plano de Prevenção e Emergência.........................................................................................................15
Características do PEI............................................................................................................................15
Objectivos gerais do PEI.......................................................................................................................16
Razões para a elaboração de um PEI.....................................................................................................16
Actividades a desenvolver.........................................................................................................................17
Fase 1: Criação do Plano de Emergência...................................................................................................17
 Caracterização Espacial da instituição..........................................................................................17
 Identificação de riscos.....................................................................................................................18
 Levantamento de meios e recursos.................................................................................................18
 Identificação de saídas.....................................................................................................................18
 Definição de caminhos de evacuação..............................................................................................18
 Criação de sistemas de iluminação e sinalização...........................................................................19
 Definição de meios de alarme e alerta............................................................................................19
 Instalação de meios automáticos de detecção e extinção de incêndio...........................................19
 Definição de uma estrutura interna de segurança.........................................................................20
 Programação da evacuação.............................................................................................................20
 Identificação dos pontos críticos.....................................................................................................21
 Selecção de locais de concentração.................................................................................................21
 Elaboração das plantas de emergência..........................................................................................21
Fase 2: Formação do pessoal envolvido....................................................................................................21
Fase 3: Simulação de emergência..............................................................................................................22
Fase 4: Avaliação dos resultados...............................................................................................................23
Estratégias.................................................................................................................................................23
Recursos....................................................................................................................................................23
Tabela 1. Orçamento...............................................................................................................................23
Tabela 2. Cronograma das actividades......................................................................................................24
Monitoria e avaliação................................................................................................................................24
Conclusão..................................................................................................................................................25
9. Referências Bibliográficas......................................................................................................................26
vi

Lista de abreviaturas
GRH – gestão de recursos humanos;

HST - Higiene e Segurança no Trabalho

LT – Lei do Trabalho;

PEI - Plano de Emergência Interno

RH – Recursos Humanos;
vii

Lista de tabelas e gráficos

Table 1: Orçamento

Table 2: Cronograma das actividades


11

Introdução
O presente projecto de estágio profissional tem em vista a apresentação das actividades
desenvolvidas durante o período de estágio.

Como formando na área de Recursos Humanos é nossa obrigação tentarmos trazer algumas
propostas que possam ser usadas como soluções aos problemas que enfermam o
desenvolvimento nacional. Este trabalho visa trazer um contributo no que diz respeito as
condições de segurança na instituição no âmbito de HST.

Sendo um projecto de pesquisa, o trabalho encontra-se organizado em seguintes partes:

Introdução: é onde de forma objectiva apresentaremos o que pretendemos investigar,


delimitação do tema, especificando o campo de pesquisa e indica-se o tempo e local que será
executada a pesquisa, é nesta parte que fizemos a problematização ou identificamos o pergunta
que pretendemos resolver, avançamos as hipóteses que são as supostas respostas para o
problema, justificamos também nesta parte a necessidade de procedermos a investigação e
estabelecemos os objectivos ou metas que pretendemos ao realizar a pesquisa;

Teoria Base: é a parte que abordamos de forma objectiva o que os outros autores já investigaram
sobre o tema, identificar até que ponto a sua pesquisa vai se diferenciar com as pesquisas já feitas
é nesta fase em que são definidos os conceitos que constituem a sua pesquisa;

metodologia: identificam-se nesta etapa os métodos ao serrão aplicados na investigação do tema,


o tipo de pesquisa que a ser adoptado, apresentam-se neste capítulo as técnicas de recolha e
análise dos dados ou informações, através de diversas técnicas disponíveis; e

Cronograma e orçamentação: onde identificamos as diferentes actividades em cada período de


execução e os custos a serem usados na investigação.

Objectivos
Geral:
 Desenvolver um plano de emergência para a empresa Incaju.
12

Específicos:
 Identificar os riscos existentes na organização;
 Traçar estratégias para minimização dos riscos;
 Definir planos de acção para a implementação do projecto.

Justificativa
Numa primeira fase, o que motivou a escolha do tema, foi o facto de o pesquisador ter identificado
um problema na instituição em estudo, e não só, como também o facto do interesse existente no
tocante a matéria de HST.

No âmbito social, o estudo pode contribuir para a valorização e preservação do bem-estar do


trabalhador, fazendo a HST seja vista pelas empresas como um segmento que ajuda na protecção
dos funcionários, além de criação de um ambiente de trabalho saudável.

Pode contribuir também para a elaboração de políticas públicas que melhorem as condições de
trabalho para a classe trabalhadora, de modo a melhorar seu desempenho e maximizar a obtenção de
receitas para as empresas como para o Estado.

No contexto académico, para além de ajudar a promover debates sobre a importância da HST, o
estudo desta temática também poderá suscitar interesse de vários outros investigadores a
estudarem sobre o mesmo assunto e servir de fonte de consulta para vários outros pesquisadores.

De forma particular e específica, o presente projecto, poderá ajudar na melhoria das condições de
trabalho e minimização de riscos em caso de sinistros na organização.

Descrição do Problema
A Incaju é uma instituição que lhe-da com uma cultura e matéria sensível sendo esta, propensa à
incêndios. Na empresa verificou-se a existência de poucos extintores de incêndio, sendo que
estes não abrangem a totalidade dos espaços com risco de incêndios, notou-se ainda que não
existem directrizes de segurança nem um itinerário à serem seguidos em caso de emergência.

Deste modo, o problema em estudo é a falta de um plano de emergência interno para fazer face
às situações de emergência.
13

A empresa em causa, não possui um sector ou técnico especializado em matéria de HST, o que
aumenta a vulnerabilidade da mesma em caso de sinistros. Desta feita, torna-se importante dar
maior atenção à questão da prevenção. É neste contexto que surge a seguinte questão:

Pergunta de partida
 Até que ponto torna-se importante a existência de plano de emergência na instituição?

Hipóteses
H 1: A existência de um plano de emergência torna-se importante para a instituição visto que
ajuda em situações de sinistro;

H 2: O plano de emergência não tem grande importância visto que não se leva em consideração
os riscos de sinistralidade e danos.

Metodologia

Segundo Rodrigues (2007:2), Metodologia “é um conjunto de abordagens, técnicas e processos


utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objectiva do conhecimento,
de uma maneira sistemática”.

Tipo de pesquisa

Quanto a natureza a nossa pesquisa é aplicada.

Pesquisa Aplicada é aquele que objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigida à
solução de problemas específicos que envolve verdades e interesses locais (Ibdem.p,26).

Procedimentos Técnicos

De acordo com Fonseca (2002) para se desenvolver uma pesquisa é indispensável selecionar o
método de pesquisa a utilizar de acordo com as características da pesquisa.

Seguindo estes conselhos, sendo nossa pesquisa qualitativa, somos confrontados a recorrer vários
procedimentos técnicos para conseguirmos trazer uma informação suficientemente convincente e
que estimule uma boa contribuição no assunto em investigação, nomeadamente:
14

a) Pesquisa bibliográfica

Segundo Fonseca (2002:32) pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências


teóricas já analisadas e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos
científicos, páginas de web sites.

Este procedimento é crucial na medida que vai nos trazer uma reflecção teórica e metódica dos
conceitos e teorias provenientes de diversos autores.

b) Estudo de campo

A pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica


e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas detentoras de informação necessária
para a investigação, como recurso de diferentes tipos de pesquisa (Ibidem).

Sendo assim, o nosso campo de pesquisa será na Direcção Provincial de Educação e


Desenvolvimento Humano de Gaza. A escolha desta instituição para investigação é por ser
responsável pelo controlo e coordenação de acções que possam desenvolver o processo de
educação, em conformidade com os objetivos da pesquisa que pretendemos fazer.

Técnicas de recolha de dados

Para uma investigação científica de qualidade deve-se proceder com a coleta de dados através de
instrumento de pesquisa, os quais vão nos auxiliar a obtenção de informação de interesse a
investigação,

a) observação.

Segundo Silva e Menezes (2005) observação é quando o pesquisador utiliza os sentidos para a
obtenção de dados de determinados aspectos da realidade.

Na nossa investigação vamos usar a observação sistemática, isso no campo de pesquisa a quando
a realização de entrevistas. A vantagem desta técnica é que não precisamos ouvir de ninguém o
que precisamos investigar.
15

Para os autores observação sistemática é quando planificamo-la, realizando em condições


controladas para responder aos propósitos preestabelecidos e inerentes a investigação.
16

Contextualização
Na actualidade, o sector de produção e processamento alimentar tem vindo a destacar-se como uma
das áreas que mais contribui para o desenvolvimento de vários famílias e erradicação da fome,
destacando-se desta forma como uma das áreas prioritárias a nível Mundial e em particular a nível
Nacional.

Apesar do desenvolvimento tecnológico que tem se verificado nos dias de hoje, as máquinas não
são auto-suficientes para a realização do trabalho, sendo que estas dependem dos recursos humanos.

Assim, tem se visto uma atenção especial e maior importância dada ao recurso humano, havendo
desta forma, maior preocupação com o bem-estar do mesmo.

A HST têm sido o maior aliado das organizações para a satisfação desse quesito, e uma das
melhores formas de salvaguardar o bem-estar dos colaboradores é a implementação de um plano de
emergência.

Tendo em conta essas considerações, o presente projecto visa essencialmente propor estratégias
para a criação de um plano de emergência para a prevenção de sinistros na empresa INCAJU.

A implementação do projecto visa abranger toda a instituição, sendo que sua implementação é
prevista num horizonte temporal de quatro meses.

Os beneficiários do projecto serão de forma directa os trabalhadores da empresa em causa, bem


como os visitantes da mesma.
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Teoria Base
Definição de Conceitos
Plano de Prevenção e Emergência
Um plano de prevenção e emergência pode definir-se como a sistematização de um conjunto de
normas e regras de procedimento, destinadas a evitar ou minimizar os efeitos das catástrofes que
se prevê possam vir a ocorrer em determinadas áreas, gerindo, de uma forma optimizada, os
recursos disponíveis.
Assim, um plano de prevenção e emergência constitui um instrumento simultaneamente
preventivo e de gestão operacional, uma vez que, ao identificar os riscos, estabelece os meios
para fazer face ao acidente e, quando definida a composição das equipas de intervenção, lhes
atribui missões.

O Plano de Emergência Interno sistematiza um rol de normas e procedimentos devidamente


conhecidos e testados, que definem uma gestão optimizada dos meios humanos e materiais,
sendo simultaneamente um instrumento de prevenção e de gestão operacional, pois identifica os
riscos e estabelece os meios para fazer face a um acidente, catástrofe ou calamidade, que possa
colocar em risco a segurança das pessoas, instalações ou do meio ambiente.

Características do PEI
Um plano de prevenção e emergência deve ter as seguintes características:

Simplicidade – Ao ser elaborado de forma simples e concisa, será bem compreendido por parte
dos seus executantes;

Flexibilidade – Um plano não pode ser rígido. Deve permitir sua adaptação a situações não
coincidentes com os cenários inicialmente previstos;

Dinamismo – Deve ser actualizado em função do aprofundamento da análise de riscos, da


evolução quantitativa e qualitativa dos meios humanos e materiais disponíveis e da realização de
obras de remodelação ou ampliação das instalações;

Adequação – Deve estar adequado à realidade da instituição e aos meios existentes;

Precisão – Deve ser claro na atribuição de competências e responsabilidades.


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Objectivos gerais do PEI


 Dotar a instituição de um nível de segurança eficaz;
 Limitar as consequências de um acidente;
 Sensibilizar para a necessidade de conhecer e rotinar procedimentos de autoprotecção a
adoptar, por parte de gestores, funcionários e usuários, em caso de acidente;
 Co-responsabilizar todos funcionários no cumprimento das normas de segurança;
 Preparar e organizar os meios humanos e materiais existentes, para garantir a salvaguarda
de pessoas e bens, em caso de ocorrência de uma situação perigosa.
Razões para a elaboração de um PEI
 Identifica os riscos e procura minimizar os seus efeitos;
 Prevê cenários de acidentes para os riscos identificados;
 Estabelece princípios, procedimentos, normas e regras de actuação face aos possíveis
cenários;
 Organiza os meios de socorro e define missões e funções para cada um dos
intervenientes;
 Promove acções adequadas à redução dos possíveis efeitos de um sinistro;
 Evita confusões, erros, atropelos e a duplicação de actuações;
 Prevê e organiza antecipadamente a evacuação e actuação;
 Permite sistematizar procedimentos, os quais poderão ser testados, através de exercícios e
simulacros.
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Actividades a desenvolver
Para a materialização deste projecto deve ser dividida em fases distintas, nomeadamente a
criação do plano de emergência, formação dos intervenientes, implementação (simulação) e por
fim a avaliação dos resultados.

Fase 1: Criação do Plano de Emergência


A criação desse plano é regida pelas fases que passamos a descrever:

 Caracterização Espacial da instituição


A caracterização do espaço implica um conhecimento rigoroso do espaço físico e humano da
instituição e diz respeito, quer aos aspectos físicos (descrição genérica das instalações), quer aos
aspectos humanos (índices de ocupação ao longo do dia).

Os aspectos físicos dizem respeito a:

Localização geográfica – deve-se, antes de tudo, localizar geograficamente a instituição, depois


identificar claramente as vias de acesso dos socorros exteriores, a localização do quartel dos
bombeiros, a esquadra da polícia e a unidade de saúde mais próximas, sem esquecer de
mencionar a distância e o tempo necessário para o socorro externo chegar à instituição.

Enquadramento de edifícios e espaços livres – deve ser assinalada a disposição das instalações
da Incaju, as vias de circulação interna, saídas e locais de concentração/pontos de encontro.

Descrição das instalações – deve ser evidenciado o número de departamentos, pisos, gabinetes,
salas, copa e outras instalações especiais.

Identificação das fontes de energia – posto de transformação, quadros geral e parciais de


electricidade e outras fontes de energia.

Localização de equipamentos de combate a incêndio – extintores portáteis e outros.

Os aspectos humanos referem-se a:


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Recenseamento da população da Incaju - (funcionários e todos os que prestam algum tipo de


serviço para a instituição, bem como utentes), sem se esquecer de identificar os períodos de
funcionamento da organização.

 Identificação de riscos
Considerando a existência de riscos internos e externos, sendo os riscos internos decorrem das
próprias instalações, dos materiais existentes no estabelecimento e ainda da actividade
executada, pelo que se deverá proceder a um levantamento exaustivo de todos os locais que
apresentem riscos potenciais. Este levantamento deverá ser feito por um técnico habilitado para o
efeito. Feito o levantamento, segue-se para a previsão de efeitos, directamente relacionada com a
necessidade de evacuação.

Por seu turno, os riscos externos estão intimamente relacionados com a localização do edifício e
podem classificar-se em: riscos de origem natural (áreas de vulnerabilidade sísmica, inundação e
outros) e; riscos de natureza tecnológica, relacionados com a proximidade de instalações
perigosas (bombas de gasolina, armazéns ou indústrias de produtos químicos e outros). Deste
modo, deve se fazer um levantamento exaustivo de todos os riscos que assolam a instituição.

 Levantamento de meios e recursos


Depois de identificados os possíveis riscos, passa-se para a identificação dos equipamentos
existentes na instituição que, numa situação de emergência, vão permitir às equipas internas
intervir, com vista a minimizar os efeitos dos acidentes que eventualmente se venham a produzir.

Estes equipamentos devem ser dispostos de forma adequada e deverá ser garantida a sua
operacionalidade através de revisões periódicas.

 Identificação de saídas
Devem ser identificadas e assinaladas as saídas normais e as saídas de emergência que conduzem
ao exterior dos edifícios. Devem ainda ser identificadas as saídas para fora do recinto.

 Definição de caminhos de evacuação


De forma a encaminhar, de maneira rápida e segura os ocupantes para o exterior ou para uma
zona isenta de perigo, deve ser definido um itinerário normal (percurso a utilizar
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prioritariamente) e um itinerário alternativo (quando o itinerário normal se encontrar


impraticável). A sinalização de segurança deve ter em conta este conceito.

 Criação de sistemas de iluminação e sinalização


A iluminação de emergência e a sinalização de segurança são factores fulcrais para o
reconhecimento dos obstáculos e identificação do percurso a seguir para uma evacuação
correcta. Evitam acidentes pessoais e reduzem o pânico. Para tal as instalações devem estar
dotadas de blocos autónomos de iluminação que garantam um nível de iluminação suficiente
para uma evacuação ordeira e, os itinerários de evacuação e saídas, bem como os equipamentos
de combate ao incêndio e outros relacionados com a segurança devem estar identificados com
sinais próprios.

 Definição de meios de alarme e alerta


Os meios de alarme permitem informar a todos os utentes da instituição da ocorrência de um
sinistro e os meios de alerta são usados para chamar os socorros externos.

Nesse sentido, deve ser definido um sinal sonoro de evacuação (campainha ou sirene), audível
em qualquer ponto das instalações e que possua uma sonoridade inconfundível com qualquer
outro sinal, de forma a garantir o aviso atempado de todos os utentes. Isto implica a divulgação
prévia para reconhecimento dos códigos utilizados.

Deve existir também um sistema de alerta, de fácil comunicação com os bombeiros da área
(número de telefone bem visível).
 Instalação de meios automáticos de detecção e extinção de incêndio
Havendo condições deve prever-se a instalação de um sistema automático de detecção de
incêndios, que permita o conhecimento precoce da ocorrência e a activação do sistema de alarme
e alerta ou outros equipamentos de protecção, principalmente em zonas de risco acrescido,
devido à elevada carga de incêndio, tais como armazéns ou instalações de valor patrimonial
significativo. Quanto maior o for risco de ocorrência do incêndio, maior será a necessidade da
instalação desses meios.

Para o dimensionamento e localização de meios, bem como para a identificação dos locais de
risco, deverá ser solicitada a colaboração dos Bombeiros.
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 Definição de uma estrutura interna de segurança


Deve ser constituído um sistema organizativo interno, para actuar em situação de emergência,
com a finalidade de o controlar a situação, tão cedo quanto possível, por forma a proteger as
pessoas e os bens. Devem ser designados funcionários que, numa situação de emergência,
desempenhem funções operacionais específicas.

Esta estrutura de dimensão e composição variável deve, basicamente integrar os seguintes


elementos, ainda que algumas tarefas possam ser exercidas cumulativamente pela mesma pessoa:

Órgão de comando, constituído por:

 Chefe de segurança – quem avalia eventuais situações de emergência e coordena as


acções a desenvolver;
 Coordenador de piso ou bloco – quem coordena e orienta a acção das equipas de
intervenção;
Equipas de Intervenção, constituída por:

 Alarme – alguém com a responsabilidade de accionar o sistema de alarme acústico que


denuncia a ocorrência;
 Alerta – alguém responsável por avisar os bombeiros;
 1.ª Intervenção – equipa que utiliza os extintores para combater o incêndio logo no
início;
 Cortes de energia – alguém responsável por proceder ao corte de energia eléctrica e gás;
 Evacuação – equipa que controla a evacuação e encaminha os ocupantes para as saídas;
 Informação e vigilância – o responsável por prestar esclarecimentos aos socorros
externos sobre o local do acidente e/ou sinistrados, também regula a circulação de
pessoas e viaturas;
 Concentração e controlo – alguém que tem a responsabilidade de reunir os funcionários
e todos os utentes no ponto de encontro e proceder à sua conferência.
No dimensionamento da estrutura interna de segurança, devem ser nomeadas duas pessoas para
cada cargo, tendo em consideração períodos de férias ou possíveis ausências.

 Programação da evacuação
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A evacuação deve ser programada, isto é, definir a ordem de saída, de acordo com o local de
ocorrência do sinistro e a proximidade das saídas.

Na eventualidade de existirem deficientes na instituição, devem ser previamente designadas


pessoas para orientarem a sua evacuação.

 Identificação dos pontos críticos


Consideram-se pontos críticos os locais de cruzamento de vias, escadas e de saídas para a rua.
Neles deverão situar-se os "sinaleiros" que orientam as pessoas nos durante a evacuação nesse
ponto de forma a evitar grandes concentrações, habitualmente geradoras de pânico.

 Selecção de locais de concentração


Designados de pontos de encontro, são espaços amplos e seguros, situados no exterior dos
edifícios ou na proximidade da instituição, para onde devem convergir e permanecer todas as
pessoas numa situação de emergência, até que a situação esteja ultrapassada. Assim sendo deve
ser identificado um local que servirá de ponto de encontro.

 Elaboração das plantas de emergência


Com base nas plantas de arquitectura devem ser elaboradas as plantas de emergência por piso e
por pavilhão, onde constem: vias de evacuação, localização de saídas, pontos de encontro, meios
e recursos existentes, locais de corte de energia eléctrica, gás e água, e ainda outras informações
consideradas convenientes. Posteriormente, deverão ser afixadas junto da entrada principal da
instituição e outros pontos estratégicos.

Fase 2: Formação do pessoal envolvido


Após a elaboração do PEI, deve se formar o pessoal envolvido, sem esquecer de indicar as
funções e responsabilidades de cada um.

Junto com o corpo de Bombeiros, a formação irá decorrer em duas fases, sendo a primeira
destinada a criação das equipes, e formação de cada equipe, suas funções e responsabilidades. A
segunda fase visa basicamente formar a todos os funcionários, sobre como interpretar os
símbolos e como agir em caso de sinistros/emergência.
24

Fase 3: Simulação de emergência


Uma vez elaborado o PEI e que todos estejam cientes do que fazer numa situação de emergência
devem ser feitos exercícios de simulação.

Deve se simular algumas situações de emergência, com vista a colocar em prática a formação
tida, de modo a verificar a eficiência do plano e testar a reacção das equipes e dos funcionários
em caso de sinistro.

Para maior eficácia do processo, a simulação deve ser feita sem que os funcionários saibam que
se trata de uma simulação, para que o processo seja original.
25

Fase 4: Avaliação dos resultados


Esta é a última fase do projecto, onde após a sua implementação, deve se analisar os resultados
do mesmo, verificar se os resultados esperados foram atingidos e verificar a eficiência do
mesmo, de modo a melhora-lo caso necessário.

Estratégias
 Capacitação dos gestores em matérias de HST;
 Envolvimento todos os funcionários no processo;
 Recorrer ao corpo de bombeiros para a formação e consultoria na elaboração do plano;

Recursos
 Três extintores de incêndio de pó químico A.B.C de 6kg;
 Quinze placas de sinalização;
 Um projector;
 Um computador;
 Uma resma de papel A4;
 Um manual de organização de emergências;
Tabela 1. Orçamento
Material Quantidade Preço unitário Preço total
Resma de papel A4 1 350,00 350,00
Placas de sinalização 15 570,00 8.550,00
Extintor de incêndio do tipo A.B.C 3 1.280,00 3.840,00
Manual de organização de 1 700,00 700,00
emergências
Total 13.440,00

Fonte: Autor do Projecto


26

Tabela 2. Cronograma das actividades


Actividade Período de realização das actividades (Ano de 2021)
06/09 – 27/09 04/10 – 22/10 25/10 – 28/10 01/11 -05/11
Desenho do PEI
Formação do pessoal
Exercícios de simulação
Avaliação dos resultados
Fonte: Autor do Projecto

Monitoria e avaliação
Para o desenvolvimento do projecto, as actividades deverão ser monitoradas, de modo a garantir
melhor aplicação ou execução do mesmo, desta forma, esse monitoramento será baseado em um
plano de acção/actividades, que será desenho e verificado a quando da implementação de cada
passo.

Deve se criar uma comissão de segurança, que será responsável pelo controle e monitoria do
plano.

A mesma comissão, deverá responsabilizar-se pela avaliação dos resultados da implementação


do plano.
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Conclusão
O presente trabalho visa fazer o relato do estágio profissional realizado na instituição Incaju no
distrito da Maxixe. O mesmo enquadra-se nas actividades de fim de curso de GRH leccionado na
UniSave.

O estágio, possibilitou um grande aprendizado no tocante às matérias leccionadas em cede das


aulas, permitindo a sua aplicação prática e demais aprendizados sobre o funcionamento das
organizações e procedimentos de trabalho

Com base na experiência vivida, conclui-se que o sector de RH trabalha de forma exemplar e
eficiente. Os principais problemas detectados estão voltados para a área de Higiene e Segurança
no Trabalho, sendo o principal a falta de um plano de emergência para caso de incêndios e outros
sinistros.

O projecto anteriormente proposto, visa resolver o problema da falta de um plano de emergência


para caso de sinistros.
28

9. Referências Bibliográficas
Decreto nº 43/97 de 23 de Dezembro, cria o Instituto de Fomento de Caju;

Decreto nº 23/2007 de 9 de Agosto, aprova o Regime Jurídico de Gestão eficaz do Património do


Estado;

Decreto 30/2001 de 15 de Outubro, aprova as Normas de Funcionamento da Administração


Pública;

Diploma Ministerial n.º 78/2008 de 4 de Setembro, aprova um sistema uniforme e harmonizado


de normas e procedimentos sobre a gestão, fiscalização, utilização e conservação do Património
do Estado.

Plano de prevenção e emergência para estabelecimentos de ensino, 4ªed, Lisboa, 2005

Disponível na internet via URL: https://www.inhambane.gov.mz/por/Informacao/Informacao-


por-Sector/Direccao-Provincial-de-Saude Acessado no dia 01/08/2021

Regulamento de Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado.

Rodrigues, W. C. Metodologia Científica. FAETEC/IST Paracambi. 2007

Silva, Edna Lúcia da e menezes Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de


dissertação 4. ed. UFSC, Florianópolis, 2005;

Silva, Edna Lúcia da e Menezes Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de


dissertação 4ª ed. UFSC, Florianópolis, 2005;

Swerts, Mário Sérgio Oliveira et al. Manual para elaboração de trabalhos científicos. Alfenas:
UNIFENAS, 2010.

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