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Naquilo que se refere ao autor, sabe-se que o mesmo – através de uma pesquisa no currículo
lattes do mesmo – graduou-se em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1981).
Mestrou-se no Programa de Pós-grauduação em Educacão pela Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul (1991) e doutorando também em Educação pela Universidade Estadual de
Campinas (2001). Atualmente o mesmo é Professor Associado I da Universidade Federal do Paraná.
Segundo o seu currículo, o autor possui experiência na área de Educação (com foco em Educação),
atuando nos seguintes temas, principalmente: educação, filosofia e ensino, filosofia da educação,
teoria crítica, agir comunicativo, ética, antropologia filosófica, ética e comunicação, organizações.
Por conseguinte, o autor remete às ideias de Bunge quanto à utilidade da epistemologia e aos
conceitos que os epistemólogos estudam: “a Epistemologia é útil se satisfaz às seguintes condições:
Referese à ciência propriamente dita. [...] Ocupase de problemas filosóficos que se apresentam no
curso da investigação científica ou na reflexão sobre os problemas, métodos e teorias da ciência. [...] É
capaz de criticar programas e mesmo resultados errôneos, como conseguir novos enfoques
promissores. [...] Elucidar e sistematizar conceitos filosóficos, empregados em diversas ciências.[...]
Reconstruir teorias científicas de maneira axiomática, pôr a descoberto seus pressupostos filosóficos”
Dos trechos destacados, julgo importante ressaltar a ideia de que a ciência não é feitas
apenas das grandes “descobertas” e que essas se sobressai das demais. A epistemologia pode sim
criticar programas e resultados errôneos, enfocando em novas teorias e leis desta, entretanto, os
conceitos atuais não devem ofuscar os mais antigos, uma vez que estes também são vitais para o
desenvolvimento da ciência (enquanto ciência).
Por fim, o autor remete as ideias de Piaget (Epistemologia genética), Bachelard (Epistemologia
histórica), Foucalt (Epistemologia arqueológica), Popper (Epistemologia Racionalista crítica) e
Habermas (Epistemologia crítica) e aplica tais ideias para com o ensino de Ciências (Epistemologia
Pedagógica). Dentre as ideias que o mesmo apresenta, chamou-me a atenção a Epistemologia de
Bachelard, uma vez que meu trabalho de conclusão de curso durante a graduação remeteu muito às
ideias deste pensador.
Segundo o autor: “O conhecimento é, por essência, uma obra temporal. Somos a cada
instante a condensação da história que vivemos. O homem é, ao mesmo tempo, razão e imaginação,
"há o homem diurno da ciência e o homem noturno da poesia", constituindo, criando, produzindo,
retificando, chegase à verdade aproximada”. De acordo com o trecho destacado, entende-se que
cada ramo da ciência deve produzir, a cada momento, suas próprias normas e critérios de verdade de
sua existência.
E, naquilo que se refere à Epistemologia Pedagógica, essa tem o intuito de ensinar aos alunos
a pensar criticamente (e nesse ponto, acredito que o autor refere-se à alfabetização científica),
transformando o modo de ver o mundo, através das interpretações literárias e dos fragmentos de
raciocínio. Conforme traz o autor no fim do texto, “aprender não apenas a compreender, mas ter
acima de tudo a capacidade e competência de problematizar dialeticamente a teoria e a práxis
educacional”
Referencial Bibliográfico:
TESSER, Gelson João. Principais linhas epistemológicas contemporâneas. In: Educ. rev. N°10. Curitiba
Jan./Dec. 1994