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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
2.4.4 Centralização/descentralização............................................................ 9
3.3 Controlar............................................................................................. 11
5.1 Pressupostos...................................................................................... 14
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6 PROGRAMA DE SEGURANÇA DO TRABALHO ..................................... 20
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO
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os problemas fora dela também passam ser considerados e a integrar
conscientemente o âmbito dos estudos e atividades.
Verifica-se, portanto, que a Administração é uma área em constante evolução
e vários conceitos relativos a ela foram produzidos por diferentes autores. Neste
momento, todavia, vamos focalizar dois, Fayol e Jiménez Castro, principalmente para
destacar o sentido evolutivo, já enfatizado (SILVA, 2013).
a) Fayol (1956) considerava a administração como um conjunto de
atividades dentro da estrutura da empresa. Para ele, administrar é:
prever ou planejar; organizar; comandar; coordenar; controlar.
b) Jiménez Castro (1963) define a Administração como uma ciência social
composta de princípios, técnicas e práticas cuja aplicação a conjuntos
humanos, permite estabelecer sistemas racionais de esforço
cooperativo, por meio dos quais se podem alcançar propósitos comuns
que individualmente não seria fácil lograr. É a própria visão científica da
Administração.
No primeiro conceito (Fayol) está nítida a fase pragmática, enquanto que no
segundo (Jiménez) percebe-se uma preocupação mais universalista, mais científica
(SILVA, 2013).
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2.2 Evolução administrativa/organizacional (conhecimento)
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2.4 Princípios básicos da administração
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2.4.3 Remuneração do Pessoal:
2.4.4 Centralização/descentralização
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2.4.5 União do pessoal
3.1 Organizar
3.2 Comandar
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Portanto, para exercer a função de comando é necessário ter poderes para:
decidir, determinar, delegar, propor (SILVA, 2013).
3.3 Controlar
3.4 Avaliar
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Assim como no controle, os critérios de avaliação devem ser previamente
estabelecidos a fim de se evitar subjetivismos na análise dos dados ou na coleta das
informações que retratam um fenômeno observado (SILVA, 2013).
3.5 Coordenar
3.6 Supervisionar
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Figura 03 - Funções clássicas da Administração
Recomendação
Um Engenheiro de Segurança iniciante deve principalmente ouvir sempre as
pessoas e visitar constantemente todos os ambientes de trabalho (SILVA, 2013).
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Conhecer bem a Política da Empresa, com relação a:
Sua Competência
Campo de ação (onde atuar), o qual deverá ser ilimitado (todos os locais) e até
onde (ex. interrupção da produção ou de tarefas, limitar compra de materiais perigosos
etc.) (SILVA, 2013).
Sua Autoridade
Deve ser fundamentada em bases pré-estabelecidas (Leis, Normas Técnicas,
Normas Internas etc.) e ser distribuída para diretoria, as gerências, as chefias, os
Técnicos de Segurança do Trabalho (TST), a CIPA, entre outros. O Engenheiro de
Segurança Trabalho (EST) não precisa ter autoridade e, sim possuir boa didática de
como passar as informações para fazer as pessoas entenderem o problema existente.
O Engº de Segurança deve ter sempre em mente que deve ser um excelente vendedor
e que qualquer funcionário é seu cliente (SILVA, 2013).
Sua Responsabilidade
De acordo com Silva (2013):
5.1 Pressupostos
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e adaptada à realidade de cada empresa antes de ser introduzida em seu programa
de trabalho (SILVA, 2013).
Os acidentes do trabalho, como comprovam os fatos, constituem o tipo de
ocorrência que mais efeitos negativos impõe a uma comunidade: a dor e os problemas
de ordem psíquica causados ao trabalhador que sofre a lesão física; as sequelas que
reduzem sua capacidade laborativa; o ônus que isso representa para ele, sua família,
a empresa e o estado. Esses, entre outros problemas de ordem social e econômica,
constituem exemplos dos efeitos negativos dos acidentes de trabalho e, se não
impedem, pelos menos retardam muito a evolução de uma comunidade (SILVA,
2013).
Assim, a Segurança do Trabalho, que visa essencialmente à prevenção dos
acidentes, tem um papel de imensurável importância e sua ação deve ser avaliada a
partir de dois pontos de vista:
Humanitário, buscando garantir a integridade física do trabalhador;
Produtivo, buscando eliminar os fatores negativos que distorcem um
processo de trabalho e impedem que se cumpra o programado.
Com essa visão, que desconsidera qualquer conotação meramente
paternalista, busca-se atingir o objetivo final da Segurança do Trabalho que é zelar
pelo bem-estar e o desenvolvimento da comunidade, com base no trinômio integrado
“Empregado, Empresa e Nação”.
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Definição precisa das responsabilidades por prevenção de acidentes;
Criação da consciência prevencionista em todos os empregados;
Pronta remoção das condições inseguras de trabalho, logo após sua
constatação.
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Evidentemente, nem todas as empresas (pelo número de empregados e pelos poucos
riscos que apresentam) estão em condições de ter um funcionário para trabalhar em
tempo integral como responsável pela segurança, mas algumas podem dispor de
diversos técnicos dedicados exclusivamente à prevenção de acidentes. Em todos os
casos, porém, qualquer empresa deve contar com um responsável pela prevenção de
acidentes, que deve dispensar, rigorosa e diariamente, pelo menos parte de seu
tempo no desenvolvimento do programa de prevenção de acidentes (SILVA, 2013).
Oportunamente, iremos estudar esse assunto em mais detalhes, mas podemos
relacionar algumas das principais responsabilidades da área de prevenção de
acidentes:
Elaborar o programa de prevenção de acidentes e estimular seu
desenvolvimento;
Fiscalizar a execução do programa;
Assessorar a alta administração e a supervisão em aspectos técnicos
envolvidos nas medidas preventivas a serem adotadas.
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Geralmente, pela falta de conhecimento dos riscos, os trabalhadores são os
que mais dificilmente aceitam sua cota de responsabilidades pela prevenção de
acidentes, mas a eliminação da prática de atos inseguros depende deles, em grande
parte. Vejamos, pois as responsabilidades dos trabalhadores:
Cumprir as normas e diretrizes da empresa, dos serviços especializados em
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho e da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes;
Estar atentos para informar à respectiva chefia imediata quaisquer
anormalidades que possam resultar em acidentes envolvendo sua pessoa, as de seus
companheiros de trabalho ou as máquinas e equipamentos da empresa;
Não executar trabalhos sobre cujos riscos não tenha pleno conhecimento,
buscando esclarecer as dúvidas com sua chefia imediata;
Zelar pela manutenção de seu próprio espírito prevencionista e do de seus
companheiros de trabalho.
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A direção da empresa X, entendendo que só é possível alcançar a plena
produtividade a partir da garantia do bem-estar físico, social e mental de seus
funcionários e que esse só será conseguido através de um alto grau de
desenvolvimento das atividades de trabalho com segurança e saúde para as pessoas,
define sua política de segurança, como segue:
a) Todos os entendimentos sobre as questões de Segurança do Trabalho
deverão ser feitos levando em consideração os aspectos legais e os técnicos; para
tanto serão considerados os dispositivos da legislação brasileira e da internacional,
bem como dados técnicos de especialistas.
b) Os serviços especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho constituem um órgão de assessoria e representam a empresa em questões
de Segurança do Trabalho; para tanto, terão desta direção todo o respaldo necessário
ao cumprimento de suas obrigações
c) Cada um dos funcionários, individualmente, tem um compromisso com o
programa de Segurança da empresa, sendo, portanto, responsável pelos seus
resultados.
d) A responsabilidade pelo cumprimento das diretrizes, normas e medidas de
segurança é sempre da chefia imediata e tal responsabilidade não poderá em,
nenhuma circunstância, ser delegada.
e) A proteção coletiva é preponderante na prevenção de acidentes e sua
efetivação constitui uma meta desta direção; portanto, deverá ser considerada em
todas as atividades da empresa, desde a fase de planejamento e/ou projeto.
f) Enquanto a proteção coletiva não tiver sido efetivada, a empresa fornecerá
os equipamentos para proteção individual, cujo uso é de caráter obrigatório.
g) As medidas preventivas constituem o melhor caminho para atingir os
objetivos da Segurança do Trabalho e, portanto, deverão ser priorizadas.
h) Cumprir-se-ão e far-se-ão cumprir as disposições sobre a proteção do
trabalhador e a prevenção de acidentes.
i) Cumprir-se-ão e far-se-ão cumprir as diretrizes e normas emitidas pelos
serviços especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.
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6 PROGRAMA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
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considerados determinantes na estruturação do Programa de Segurança do Trabalho,
que deverá ter como objetivos centrais:
A integridade física e mental dos funcionários e
A produtividade, através da sistematização das atividades prevencionistas.
Treinamento
Os empregados devem ser permanentemente treinados na prevenção de
acidentes, através de reciclagens, objetivando atualizar e manter viva a consciência
de segurança. Esse programa deve contar com a participação do setor responsável
pelo treinamento da empresa, em conjunto com o SESMT e as chefias. Em todos os
cursos, principalmente os profissionalizantes, deve haver um módulo de Segurança e
Medicina do Trabalho (SILVA, 2013).
Análise de acidentes
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Toda ocorrência identificada deve ser objeto de análise conjunta do SESMT
com as chefias imediatas e a Cipa. Devem ser elaborados relatórios em comum por
esses setores, encaminhando-se cópias às lideranças da empresa, bem como a todas
as áreas envolvidas.
O SESMT deverá exercer controle sobre o desenvolvimento das atividades de
segurança da empresa, destacando-se as seguintes:
Levantamento de condições inseguras;
Ocorrência de acidente;
Coeficientes de frequência e gravidade.
Auditorias
O SESMT e a Cipa deverão realizar, em conjunto com as chefias dos diversos
setores da empresa, inspeções planejadas de segurança, de forma periódica e
rotineira, com vistas à detecção de riscos de acidentes e ao estabelecimento de
medidas de controle (SILVA, 2013).
Temos que ter claro em nossas mentes que a implantação de um programa de
Segurança do Trabalho vai encontrar vários obstáculos dentro da empresa. Entre eles,
podemos destacar:
hábitos relativos ao controle de lesões;
não reconhecimento de problemas, por parte da gerência;
falta de informação e de conhecimento técnico, sobre a prevenção de
acidentes
entraves administrativos/ burocracia.
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7 SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA
DO TRABALHO (SESMT)
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residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou
denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência
Médica do Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade ou faculdade
que mantenha curso de graduação em medicina. Conforme disposto no Quadro II da
NR 4, sendo empregado da empresa ou de empresa prestadora de serviços, ele deve
“[...] dedicar, no mínimo, 3 (três) horas (tempo parcial) ou 6 (seis) horas (tempo
integral) por dia para as atividades do SESMT. ” (Item 4.9) (BRASIL, 1978a).
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permanecer na empresa durante 8 (oito) horas por dia envolvido com as atividades do
SESMT (item 4.8) (BRASIL, 1978a).
Os profissionais do SESMT devem ser empregados da empresa (item 4.4.2),
mas existem empresas que terceirizam seus serviços. As empresas que terceirizam o
SESMT têm de seguir o que determina a NR 4 com relação aos funcionários nos itens
4.4.2, 4.5, 4.5.1, 4.5.2 e 4.6, conforme previsto nos itens 4.14 e 4.15. A empresa pode
terceirizar o SESMT a empresas especializadas e incluir nele funcionários das
empresas contratadas, desde que isso conste na Convenção ou no Acordo Coletivo
de Trabalho (itens 4.5.3, 4.5.3.1, 4.5.3.2 e 4.5.3.3) (BRASIL, 1978a).
Também podem compor a equipe do SESMT profissionais habilitados (não
precisam ser registrados no Ministério do Trabalho e Emprego – MTE) cuja atividade
contribua para a melhoria das condições pessoais dos funcionários, como:
Terapeuta ocupacional;
Professor de educação física;
Músico terapeuta;
Fisioterapeuta.
Dentre as atividades do SESMT, mensalmente terão de ser registrados os
dados atualizados de acidente do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de
insalubridades preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas
constantes nos Quadros III, IV, V e VI da NR 4 (BRASIL, 1978a). Além disso, a
empresa precisará encaminhar um mapa contendo a avaliação anual desses dados à
Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de janeiro de cada ano.
As empresas desobrigadas de indicarem médico coordenador ficam dispensadas de
elaborar o relatório anual, de acordo com a Portaria nº 8, de 08 de maio de 1996
(BRASIL, 1996). (NR 7, alterações introduzidas pela Portaria nº 8, de 08/05/96, DOU
de 09/05/96).
SESMT deverá ser registrado no órgão regional do MTE (itens 4.17 e 4.18)
mediante requerimento contendo os dados listados no item 4.17.1, alíneas “a” a “e”.
Além da ficha de registro de empregado, contendo nome completo, CPF, carga horária
diária (entrada, saída e intervalo para refeição), cargo e função de sua especialidade,
deve ser enviada em anexo à ficha de inscrição a fotocópia de um dos seguintes
documentos profissionais, de acordo com o caso:
Carteira de técnico de segurança do trabalho;
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Diploma/certificado de curso com habilitação para auxiliar de enfermagem
do trabalho;
Diploma/certificado de curso com habilitação para enfermeiro do trabalho;
Diploma/certificado de curso com habilitação para engenheiro do trabalho;
Diploma/certificado de curso com habilitação para medicina do trabalho.
Em razão de sua importância, a legislação do SESMT é bastante flexível e
permite várias formas e meios para sua instalação, de acordo com os itens 4.14,
4.14.1, 4.14.2, 4.14.3, 4.14.3.1, 4.14.3.2, 4.14.3.3, 4.14.3.4, 4.14.4, 4.14.4.1, 4.14.4.2,
4.14.4.3, 4.15, 4.16, 4.16.1 e 4.20, não sendo, portanto, justificável a sua inexistência,
sob pena de punição fiscal prevista na NR 28 (BRASIL, 1978a).
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um aumento nos relacionamentos sociais e gerar bem-estar físico e mental. Também
busca proporcionar aos indivíduos oportunidades de melhorias comportamentais (p.
ex., timidez) e desenvolvimento de virtudes e competências (p. ex., liderança e
autoconfiança) (ROJAS, 2015).
Figura 04 - Recreação laboral.
Fonte: ajkkafe/iStock/Thinkstock.
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Quadro 01 - Objetivos do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)
8 ORGANIZAÇÃO DA CIPA
5.1 Objetivo
5.1.1 Esta norma regulamentadora - NR estabelece os parâmetros e os
requisitos da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA tendo por objetivo
a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e promoção da
saúde do trabalhador.
5.2 Campo de aplicação
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5.2.1 As organizações e os órgãos públicos da administração direta e indireta,
bem como os órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, que
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, devem
constituir e manter CIPA.
5.2.2 Nos termos previstos em lei, aplica-se o disposto nesta NR a outras
relações jurídicas de trabalho.
5.3 Atribuições
5.3.1 A CIPA tem por atribuição:
a) acompanhar o processo de identificação de perigos e avaliação de riscos
bem como a adoção de medidas de prevenção implementadas pela organização;
b) registrar a percepção dos riscos dos trabalhadores, em conformidade com o
subitem 1.5.3.3 da NR-01, por meio do mapa de risco ou outra técnica ou ferramenta
apropriada à sua escolha, sem ordem de preferência, com assessoria do Serviço
Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, onde houver;
c) verificar os ambientes e as condições de trabalho visando identificar
situações que possam trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
d) elaborar e acompanhar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva
em segurança e saúde no trabalho;
e) participar no desenvolvimento e implementação de programas relacionados
à segurança e saúde no trabalho;
f) acompanhar a análise dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, nos
termos da NR-1 e propor, quando for o caso, medidas para a solução dos problemas
identificados;
g) requisitar à organização as informações sobre questões relacionadas à
segurança e saúde dos trabalhadores, incluindo as Comunicações de Acidente de
Trabalho - CAT emitidas pela organização, resguardados o sigilo médico e as
informações pessoais;
h) propor ao SESMT, quando houver, ou à organização, a análise das
condições ou situações de trabalho nas quais considere haver risco grave e iminente
à segurança e saúde dos trabalhadores e, se for o caso, a interrupção das atividades
até a adoção das medidas corretivas e de controle; e
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i) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT, conforme programação
definida pela CIPA.
5.3.2 Cabe à organização:
a) proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho
de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas
constantes no plano de trabalho;
b) permitir a colaboração dos trabalhadores nas ações da CIPA; e
c) fornecer à CIPA, quando requisitadas, as informações relacionadas às suas
atribuições.
5.3.3 Cabe aos trabalhadores indicar à CIPA, ao SESMT e à organização
situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho.
5.3.4 Cabe ao Presidente da CIPA:
a) convocar os membros para as reuniões; e
b) coordenar as reuniões, encaminhando à organização e ao SESMT, quando
houver, as decisões da comissão.
5.3.5 Cabe ao Vice-Presidente substituir o Presidente nos seus impedimentos
eventuais ou nos seus afastamentos temporários.
5.3.6 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as
seguintes atribuições de:
a) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os
objetivos propostos sejam alcançados; e
b) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento.
5.4 Constituição e estruturação
5.4.1 A CIPA será constituída por estabelecimento e composta de
representantes da organização e dos empregados, de acordo com o
dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as disposições para
setores econômicos específicos.
5.4.2 A CIPA das organizações que operem em regime sazonal devem ser
dimensionadas tomando-se por base a média aritmética do número de trabalhadores
do ano civil anterior e obedecido o Quadro I desta NR.
5.4.3 Os representantes da organização na CIPA, titulares e suplentes, serão
por ela designados.
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5.4.4 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos
em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.
5.4.5 A organização designará dentre seus representantes o Presidente da
CIPA, e os representantes eleitos dos empregados escolherão dentre os titulares o
vice-presidente.
5.4.6 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano,
permitida uma reeleição.
5.4.7 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no
primeiro dia útil após o término do mandato anterior.
5.4.8 A organização deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos
membros titulares e suplentes da CIPA.
5.4.9 Quando solicitada, a organização encaminhará a documentação referente
ao processo eleitoral da CIPA, podendo ser em meio eletrônico, ao sindicato dos
trabalhadores da categoria preponderante, no prazo de até 10 (dez) dias.
5.4.10 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem
como não poderá ser desativada pela organização, antes do término do mandato de
seus membros, ainda que haja redução do número de empregados, exceto no caso
de encerramento das atividades do estabelecimento.
5.4.11 É vedada à organização, em relação ao integrante eleito da CIPA:
a) a alteração de suas atividades normais na organização que prejudique o
exercício de suas atribuições; e
b) a transferência para outro estabelecimento, sem a sua anuência, ressalvado
o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do art. 469 da CLT.
5.4.12 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito
para cargo de direção da CIPA desde o registro de sua candidatura até um ano após
o final de seu mandato.
5.4.12.1 O término do contrato de trabalho por prazo determinado não
caracteriza dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de
direção da CIPA.
5.4.13 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I e não for
atendido por SESMT, nos termos da Norma Regulamentadora n° 4 (NR-04), a
organização nomeará um representante da organização dentre seus empregados
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para auxiliar na execução das ações de prevenção em segurança e saúde no trabalho,
podendo ser adotados mecanismos de participação dos empregados, por meio de
negociação coletiva.
5.4.13.1 No caso de atendimento pelo SESMT, este deverá desempenhar as
atribuições da CIPA.
5.4.13.2 O microempreendedor individual - MEI está dispensado de nomear o
representante da NR-05.
5.4.14 A nomeação de empregado como representante da NR-05 e sua forma
de atuação devem ser formalizadas anualmente pela organização.
5.4.15 A nomeação de empregado como representante da NR-05 não impede
o seu ingresso na CIPA, quando da sua constituição, seja como representante do
empregador ou como dos empregados.
5.5 Processo eleitoral
5.5.1 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos
representantes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias
antes do término do mandato em curso.
5.5.1.1 A organização deve comunicar, com antecedência, podendo ser por
meio eletrônico, com confirmação de entrega, o início do processo eleitoral ao
sindicato da categoria preponderante.
5.5.2 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA constituirão dentre seus
membros a comissão eleitoral, que será a responsável pela organização e
acompanhamento do processo eleitoral.
5.5.2.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a comissão eleitoral será
constituída pela organização.
5.5.3 O processo eleitoral deve observar as seguintes condições:
a) publicação e divulgação de edital de convocação da eleição e abertura de
prazos para inscrição de candidatos, em locais de fácil acesso e visualização,
podendo ser em meio físico ou eletrônico;
b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição
será de 15 (quinze) dias corridos;
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento,
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de
comprovante em meio físico ou eletrônico;
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d) garantia de emprego até a eleição para todos os empregados inscritos;
e) publicação e divulgação da relação dos empregados inscritos, em locais de
fácil acesso e visualização, podendo ser em meio físico ou eletrônico;
f) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do
mandato da CIPA, quando houver;
g) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de
turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados do
estabelecimento;
h) voto secreto;
i) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento
de representante da organização e dos empregados, em número a ser definido pela
comissão eleitoral, facultado o acompanhamento dos candidatos; e
j) organização da eleição por meio de processo que garanta tanto a segurança
do sistema como a confidencialidade e a precisão do registro dos votos.
5.5.4 Havendo participação inferior a cinquenta por cento dos empregados na
votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá prorrogar o
período de votação para o dia subsequente, computando-se os votos já registrados
no dia anterior, a qual será considerada válida com a participação de, no mínimo, um
terço dos empregados.
5.5.4.1 Constatada a participação inferior a um terço dos empregados no
segundo dia de votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral
deverá prorrogar o período de votação para o dia subsequente, computando-se os
votos já registrados nos dias anteriores, a qual será considerada válida com a
participação de qualquer número de empregados.
5.5.4.2 A prorrogação referida nos subitens 5.5.4 e 5.5.4.1 deve ser
comunicada ao sindicato da categoria profissional preponderante.
5.5.5 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na
unidade descentralizada de inspeção do trabalho, até 30 (trinta) dias após a data da
divulgação do resultado da eleição da CIPA.
5.5.5.1 Compete à autoridade máxima regional em matéria de inspeção do
trabalho, confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção
ou proceder a anulação quando for o caso.
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5.5.5.2 Em caso de anulação somente da votação, a organização convocará
nova votação no prazo de 10 (dez) dias, a contar da data de ciência, garantidas as
inscrições anteriores.
5.5.5.3 Nos demais casos, a decisão da autoridade máxima regional em
matéria de inspeção do trabalho determinará os atos atingidos, as providências, e os
prazos a serem adotados, atendidos os prazos previstos nesta NR.
5.5.5.4 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará
assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a
complementação do processo eleitoral.
5.5.6 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes os candidatos
mais votados.
5.5.7 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço
no estabelecimento.
5.5.8 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição
e apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em
caso de vacância de suplentes.
5.6 Funcionamento
5.6.1 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário
preestabelecido.
5.6.1.1 A critério da CIPA, nas Microempresas - ME e Empresas de Pequeno
Porte - EPP, graus de risco 1 e 2, as reuniões poderão ser bimestrais.
5.6.2 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas na organização,
preferencialmente de forma presencial, podendo a participação ocorrer de forma
remota.
5.6.2.1 A data e horário das reuniões serão acordadas entre os seus membros
observando os turnos e as jornadas de trabalho.
5.6.3 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes.
5.6.3.1 As atas das reuniões devem ser disponibilizadas a todos os integrantes
da CIPA, podendo ser por meio eletrônico.
5.6.3.2 As deliberações e encaminhamentos das reuniões da CIPA devem ser
disponibilizadas a todos os empregados em quadro de aviso ou por meio eletrônico.
5.6.4 As reuniões extraordinárias devem ser realizadas quando:
a) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; ou
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b) houver solicitação de uma das representações.
5.6.5. Para cada reunião ordinária ou extraordinária, os membros da CIPA
designarão o secretário responsável por redigir a ata.
5.6.6 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente,
quando faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
5.6.7 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida
por suplente, obedecida a ordem de colocação decrescente que consta na ata de
eleição, devendo os motivos ser registrados em ata de reunião.
5.6.7.1 Caso não existam mais suplentes, durante os primeiros 6 (seis) meses
do mandato, a organização deve realizar eleição extraordinária para suprir a vacância,
que somente será considerada válida com a participação de, no mínimo, um terço dos
trabalhadores.
5.6.7.1.1. Os prazos da eleição extraordinária serão reduzidos à metade dos
prazos previstos no processo eleitoral desta NR.
5.6.7.1.2. As demais exigências estabelecidas para o processo eleitoral devem
ser atendidas.
5.6.7.2. No caso de afastamento definitivo do presidente, a organização
indicará o substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da
CIPA.
5.6.7.3. No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros
titulares da representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus
titulares, em dois dias úteis.
5.6.7.4 O mandato do membro eleito em processo eleitoral extraordinário deve
ser compatibilizado com o mandato dos demais membros da Comissão.
5.6.7.5 O treinamento de membro eleito em processo extraordinário deve ser
realizado no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data da posse.
5.6.8. As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
5.6.8.1. Não havendo consenso, a CIPA deve regular o procedimento de
votação e o pedido de reconsideração da decisão.
5.7 Treinamento
5.7.1 A organização deve promover treinamento para o representante nomeado
da NR-5 e para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da posse.
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5.7.1.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo
máximo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data da posse.
5.7.2 O treinamento deve contemplar, no mínimo, os seguintes itens:
a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos
originados do processo produtivo;
b) noções sobre acidentes e doenças relacionadas ao trabalho decorrentes das
condições de trabalho e da exposição aos riscos existentes no estabelecimento e suas
medidas de prevenção;
c) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças relacionadas
ao trabalho;
d) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de prevenção dos
riscos;
e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à
segurança e saúde no trabalho;
f) noções sobre a inclusão de pessoas com deficiência e reabilitados nos
processos de trabalho; e
g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das
atribuições da Comissão.
5.7.3 O treinamento realizado há menos de 2 (dois) anos contados da
conclusão do curso pode ser aproveitado na mesma organização, observado o
estabelecido na NR-1.
5.7.4 O treinamento deve ter carga horária mínima de:
a) 8 (oito) horas para estabelecimentos de grau de risco 1;
b) 12 (doze) horas para estabelecimentos de grau de risco 2;
c) 16 (dezesseis) horas para estabelecimentos de grau de risco 3; e
d) 20 (vinte) horas para estabelecimentos de grau de risco 4.
5.7.4.1 A carga horária do treinamento deve ser distribuída em no máximo 8
(oito) horas diárias.
5.7.4.2. Para a modalidade presencial deve ser observada a seguinte carga
horária mínima do treinamento:
a) 4 (quatro) horas para estabelecimentos de grau de risco 2; e
b) 8 (oito) horas para estabelecimentos de grau de risco 3 e 4.
37
5.7.4.3 A carga horária do treinamento dos estabelecimentos de grau de risco
1 e do representante nomeado da NR-05 podem ser realizadas integralmente na
modalidade de ensino à distância ou semipresencial, nos termos da NR-01.
5.7.4.4 O treinamento realizado integralmente na modalidade de ensino à
distância deve contemplar os riscos específicos do estabelecimento nos termos do
subitem 5.7.2.
5.7.4.5 O integrante do SESMT fica dispensado do treinamento da CIPA.
5.8 CIPA das organizações contratadas para prestação de serviços
5.8.1 A organização de prestação de serviços deve constituir CIPA centralizada
quando o número total de seus empregados na Unidade da Federação se enquadrar
no Quadro I desta NR.
5.8.1.1. Quando a organização contratada para prestação de serviços a
terceiros exercer suas atividades em estabelecimento de contratante enquadrado em
grau de riscos 3 ou 4 e o número total de seus empregados no estabelecimento da
contratante se enquadrar no Quadro I desta NR, deve constituir CIPA própria neste
estabelecimento, considerando o grau de risco da contratante.
5.8.1.1.1 A organização contratada está dispensada da constituição da CIPA
própria no caso de prestação de serviços a terceiros com até 180 (centro e oitenta)
dias de duração.
5.8.1.2 O número total de empregados da organização contratada para
prestação de serviços, para efeito de dimensionamento da CIPA centralizada, deve
desconsiderar os empregados alcançados por CIPA própria.
5.8.2 A organização contratada para prestação de serviços, quando
desobrigada de constituir CIPA própria, deve nomear um representante da NR-5 para
cumprir os objetivos desta NR se possuir 5 (cinco) ou mais empregados no
estabelecimento da contratante.
5.8.2.1 A nomeação de representante da NR-05 em estabelecimento onde há
empregado membro de CIPA centralizada é dispensada.
5.8.2.2 O estabelecido no subitem 5.8.2 não exclui o disposto no subitem 5.4.13
quanto ao estabelecimento sede da organização contratada para a prestação de
serviços.
38
5.8.2.3 A nomeação do representante da organização contratada para a
prestação de serviços deve ser feita entre os empregados que exercem suas
atividades no estabelecimento.
5.8.3 A organização contratada para a prestação de serviços deve garantir que
a CIPA centralizada mantenha interação entre os estabelecimentos nos quais possua
empregados.
5.8.3.1 A organização deve garantir a participação dos representantes
nomeados da NR-05 nas reuniões da CIPA centralizada.
5.8.3.2 A organização deve dar condições aos integrantes da CIPA centralizada
de atuarem nos estabelecimentos que não possuem representante nomeado da NR-
05, atendido o disposto no subitem 5.6.2.
5.8.4 O representante nomeado da NR-05 das organizações contratadas para
a prestação de serviço deve participar de treinamento de acordo com o grau de risco
da contratante.
5.8.5 A CIPA da prestadora de serviços a terceiros constituída nos termos do
subitem 5.8.1.1 será considerada encerrada, para todos os efeitos, quando
encerradas as suas atividades no estabelecimento.
5.8.6 A organização contratante deve exigir da organização prestadora de
serviços a nomeação do representante da NR-05 prevista no subitem 5.8.2.
5.8.7 A contratante deve convidar a contratada para participar da reunião da
CIPA da contratante, com a finalidade de integrar as ações de prevenção, sempre que
as organizações atuarem em um mesmo estabelecimento.
5.8.7.1 A contratada deve indicar um representante da CIPA ou o representante
nomeado da NR05 para participar da reunião da CIPA da contratante.
5.9 Disposições finais
5.9.1 A contratante adotará medidas para que as contratadas, suas CIPA, os
representantes nomeados da NR-05 e os demais trabalhadores lotados naquele
estabelecimento recebam informações sobre os riscos presentes nos ambientes de
trabalho, bem como sobre as medidas de prevenção, em conformidade com o
Programa de Gerenciamento de Riscos, previsto na NR-01.
5.9.2 Toda a documentação referente à CIPA deve ser mantida no
estabelecimento à disposição da inspeção do trabalho pelo prazo mínimo de 5 (cinco)
anos.
39
5.9.3 em havendo alteração do grau de risco do estabelecimento, o
redimensionamento da CIPA deve ser efetivado na próxima eleição.
40
de treinamento, treinamento deficiente, pouca experiência). Eles podem se sentir bem
ou mal alocados de acordo com o clima existente em seu local de trabalho, o que
influencia aspectos como colaboração, camaradagem, respeito, amizade e outros
atributos do ambiente de trabalho (ROJAS, 2015).
41
10.4 O meio de trabalho (MT)
42
Procedimentos, normas operacionais, passo a passo ou outros documentos
relevantes à(s) atividade(s);
Manuais de máquinas, equipamentos ou dispositivos envolvidos no acidente
de trabalho;
Histórico de manutenção de máquinas, equipamentos ou dispositivos
envolvidos no acidente de trabalho relativo aos 12 últimos meses e ao período pós-
acidente;
Informações acerca de estado da máquina, equipamento ou dispositivos
após o acidente, inclusive relativas a defeitos identificados, substituição de
componentes, ajustes ou outras intervenções realizadas visando à sua liberação para
o trabalho;
Layout da área (indicando áreas de circulação, equipamentos, etc.);
Análise de acidente realizada por equipe técnica da empresa e de
consultores (com respectivos anexos, especialmente registros fotográficos, filmes,
esquemas, etc.);
Ata de reunião da CIPA em que o acidente foi discutido;
Medidas preventivas recomendadas e adotadas após o acidente;
Outros documentos.
43
Condições abaixo de padrões: Em geral são as condições que conduzem à
causa básica do acidente, sendo considerados como tais o uso de ferramentas,
equipamentos ou materiais defeituosos; espaços limitados para o trabalho; ruído
excessivo; ordem e limpeza deficientes; sistema de advertência inadequado; entre
outros (ROJAS, 2015).
O quarto passo da investigação e análise de acidentes do trabalho relaciona-
se à identificação das causas básicas e das falhas de gestão. É a razão da existência
de atos e condições abaixo de padrões, que podem ser gerados por um dos fatores
apresentados no Quadro 4.
Para entender melhor esse assunto, vamos recorrer aos estudos de Frank E.
Bird, realizados quando ele trabalhava na Companhia Siderúrgica Lukens de
Coatesville, na Pensilvânia, nos Estados Unidos no período entre 1950 e 1968.
Segundo De Cicco e Fantazzini (1993), Bird realizou um estudo baseado em dados
estatísticos coletados sobre cerca de 2 milhões de acidentes ocorridos em 297
empresas de diferentes segmentos que envolviam 1.750.000 empregados e mais de
3 bilhões de homens-horas trabalhados (ROJAS, 2015).
Com esses dados, ele criou uma relação dos acidentes com seu nível de
gravidade e frequência e estabeleceu uma proporção que hoje é representada no
formato de uma pirâmide. Nessa representação, conhecida mundialmente como
pirâmide de Bird (Fig. 5), aparecem indicadas as proporções de danos causados pelas
lesões sofridas pelos empregados em acidentes (ROJAS, 2015).
44
Figura 05 - Pirâmide de Bird
A pirâmide de Bird mostra que há uma lesão incapacitante ou grave para cada
10 lesões leves, e que ocorrem 30 acidentes com danos materiais para cada 600
incidentes (1:10:30:600). A interpretação dada por Bird a esses dados é que
estatisticamente existe uma distribuição natural dos acidentes de acordo com sua
gravidade e o impacto geral na organização (ROJAS, 2015).
A solução sugerida por esse autor é a prevenção, ou seja, se forem criadas
barreiras à ocorrência de incidentes, se os incidentes forem comunicados e se as
causas forem imediatamente sanadas, é possível evitar que o incidente se transforme
em danos materiais e físicos, leves ou fatais. Associando os conceitos de identificação
das causas imediatas do acidente, das causas básicas e das falhas de gestão, a
pirâmide passa a ter a configuração apresentada na Figura 06.
45
Fonte: Adaptada de De Cicco e Fantazzini (1993) e Araújo (2004).
46
A quarta peça do dominó de Heinrich representava o acidente. Em sua teoria,
Heinrich (1959) deixa claro que, sempre que existirem condições inseguras ou forem
praticados atos inseguros, existe a real possibilidade de ocorrer um acidente. A quinta
e última peça dessa teoria representava as lesões, a real possibilidade de ocorrer em
um acidente, e poderiam ser leves ou graves (ROJAS, 2015).
Bird desenvolveu sua pirâmide com base nessas ideias de Heinrich (1959), e
seu modelo de causas de acidentes é conhecido como dominó de Frank Bird (Figura
07).
Fonte: Adaptada pelo autor a partir de De Cicco e Fantazzini (1993) e Araújo (2004).
47
3. Atos e condições abaixo do padrão: São produzidos pelas causas básicas,
ou seja, elas estão na raiz do evento investigado.
4. Causas básicas: Possuem origem em fatores pessoais ou fatores laborais
48
10.8 Árvore de causas (ADC)
49
Figura 9 - Disjunções do fato antecedente em acontecimentos a serem investigados.
50
os resultados de uma investigação é empregar a ferramenta de qualidade conhecida
como 5W2H. Essa ferramenta serve para traçar planos de ação, portanto, ela indicará,
por meio das respostas obtidas, o que deve ser feito. A quadro 6 descreve os
elementos usados nessa ferramenta e seus objetivos.
Quadro 06 - 5W2H
51
10.9 Consequências dos acidentes de trabalho
52
A empresa também sofre consequências no aspecto material, pois as linhas de
produção ficam paradas, as máquinas envolvidas com o acidente precisam passar por
manutenção, a produção atrasa e a empresa precisa investir em substituição e
treinamento do funcionário acidentado. Ocorrem ainda aumentos dos custos de
produção e dos prêmios de seguros (ROJAS, 2015).
As consequências materiais para o país incluem a perda de produção, que
impacta na arrecadação de impostos e no cálculo do PIB. Além disso, o INSS arca
com as despesas hospitalares e de recuperação do acidentado, gerando, além da
perda do poder de compra do trabalhador e de sua família, despesas com a
fiscalização e reeducação sobre segurança do trabalho (ROJAS, 2015).
53
Segundo Lu (2015), a sigla OHSAS, que significa Occupational Health and
Safety Assessment Series (Série de Avaliação de Segurança e Saúde no Trabalho),
trata-se de um conjunto de normas, originalmente desenvolvidas por organizações
não governamentais, originárias da Inglaterra (direitos autorais do British Standard
Institute - BSI), com vistas a uma regulamentação nas ações de saúde e segurança
do trabalho (SST), ou seja, na definição de parâmetros para conhecer, atacar e
controlar os riscos de incidentes e doenças ocupacionais.
Hoje, a Organização Internacional do Trabalho (2017), conhecida pela sigla
OIT, responsabiliza-se por criar normatizações de proteção aos trabalhadores e fazer
com que sejam cumpridas a nível internacional, com foco nos interesses sociais. No
Brasil, temos o Ministério do Trabalho (MTb), conhecido pela sigla MTE, que se
responsabiliza por criar as legislações pertinentes para proteção dos trabalhadores e
fiscalizar o cumprimento das mesmas (ABBUD, 2018).
No ano de 1999, a norma entrou em vigor e passou por alguns processos de
atualização, à medida que as organizações entendiam que a norma precisava de
melhorias, para definir mais precisamente alguns parâmetros e requisitos, inseri-los
ou retirá-los. Veja, no Quadro 7, a estrutura básica atual da Norma OHSAS 18001.
55
atendimento das disposições previamente estabelecidas pela organização. Seu
cronograma é baseado nas avaliações de riscos mapeados, considerando-se o
escopo, a frequência e as equipes de auditores que conduzem o processo e
apresentam os resultados.
Melhoria contínua: Processo permanente de aprimoramento de todo o
sistema de gestão de SST
Perigo: É algo ou situação que tem potencial intrínseco para causar lesão ou
dano à saúde, à propriedade, ao meio ambiente do local de trabalho ou a combinação
destes
Identificação de perigos: Processo de reconhecimento e definição das
características das fontes geradoras.
Parte interessada: Grupo ou indivíduo diretamente ligado à gestão ou
afetado pelo desempenho da SST de uma organização.
Não conformidade: Qualquer tipo de desvio das normas, práticas,
procedimentos, regulamentos e desempenho do sistema de gestão SST, com
potencial para ser identificado como perigo e causa de um possível incidente.
Objetivos: Metas estabelecidas pela organização para alcance de
determinado padrão
Organização: É a companhia, corporação, firma, empresa, instituição ou
associação que tenha funções e estrutura administrativa própria.
Desempenho: São os resultados mensuráveis, relacionados ao controle da
SST, com base na política e nos objetivos estabelecidos pela organização.
Risco: É a combinação entre a probabilidade de uma ocorrência e sua(s)
consequência(s) de determinado evento perigoso.
Avaliação de riscos: Processo de estimativa da magnitude de um risco, ou
seja, se é tolerável ou não.
Segurança: Isenção de riscos inaceitáveis de danos.
Risco tolerável: Aquele reduzido a um patamar suportado pela organização,
baseado em suas obrigações legais e políticas de SST.
56
11.3 Requisitos mínimos para melhores práticas em gestão de saúde e
segurança ocupacional
57
10.3.3 Implementação e implantação do sistema
58
Fonte: SAGAH (2020).
59
A organização deve divulgar e manter procedimentos que definem as
responsabilidades e a autoridade para o tratamento e a investigação de incidentes e
não conformidades, para buscar a causa raiz de todo desvio encontrado e elaborar
ações para evitar sua repetição e/ou recorrência. Essas ações corretivas e/ou
preventivas devem ser registradas e ter seus resultados divulgados, para uma análise
crítica sobre a eficácia das mesmas (ABBUD, 2018).
60
Aqui, é importante a formação de um comitê interno, que centralize as ações
de forma coordenada, mesmo que a empresa queira ser acompanhada ou
assessorada por consultoria externa, além da definição do tipo de política do sistema
(SGQ, SGA ou SST), que norteará todo o trabalho (ABBUD, 2018).
10.4.2 Planejamento
61
propósito do sistema. Deve estar preparado para trabalhar em uma equipe multi ou
interdisciplinar, compreendendo que críticas, questionamentos e sugestões que
possam surgir fazem parte do processo e são importantes para reflexão de como está
a certificação da empresa, podendo ser trabalhados como um “termômetro” da
aceitação dos trabalhadores ou da abordagem utilizada na implementação.
Para isso, várias técnicas de gerenciamento podem ser aplicadas no dia a dia
da organização, pois facilitam a condução dessas ações e gozam de grande
credibilidade no meio empresarial. Algumas ferramentas da qualidade que podem ser
usadas no planejamento do sistema são:
PDCA: A sigla é formada por iniciais de palavras em inglês, que significam:
plan do check action. A ferramenta possui uma característica de aplicação cíclica, ou
seja, após planejar as ações, deve-se aplicá-las e, após aplicá-las, deve-se verificar a
aplicação por meio da avaliação de cada ponto aplicado, e, a seguir, definir as
correções do que não está adequado, voltando a planejar novas ações. Geralmente é
usado para avaliar e implementar melhorias em um sistema de gestão em andamento.
Diagrama de Ishikawa: Também conhecido como “espinha de peixe” e
“diagrama de causa e efeito”, no centro do diagrama, insere-se o problema que se
pretende buscar a solução. Na diagonal da linha central, inserem-se as possíveis
causas do problema, buscando especificar cada vez mais o problema. Geralmente é
usado para diagnosticar as causas de um problema e os possíveis efeitos. Veja, na
Figura 12, como é a representação gráfica do diagrama de Ishikawa.
62
Brainstorming: Também conhecido como tempestade de ideias, é uma
ferramenta utilizada para despertar a criatividade das pessoas envolvidas no
planejamento dos procedimentos, ou incentivá-los a dar ideias para escrever os
procedimentos ou melhorias.
5W2H: Ferramenta formada pelas palavras norteadoras what, why, who,
where, when, how, how much. Em uma planilha, em que as perguntas ficam no
cabeçalho, utiliza-se uma linha para planejar as ações que serão implementadas,
respondendo a cada uma das perguntas norteadoras. Veja, no Quadro 08, como a
ferramenta é representada.
63
O engenheiro e qualquer colaborador que esteja atuando na operação desse
sistema devem manter o controle dos seus processos, alimentar as ferramentas e
seguir rigorosamente os procedimentos descritos (ABBUD, 2018).
64
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
65
PEDRO FILHO, F. S. et. al. Aplicação do ciclo PDCA na gestão da qualidade da
produção. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, Blumenau, v.11, n.2, p.17-30,
2017.
66