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ARQUITETURA DE PROCESSOS
Eixo Gestão e Negócios
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NETeP – Coordenação Técnica
ARQUITETURA DE PROCESSOS
SUMÁRIO
UNIDADE 1 .....................................................................................................................................5
1. ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS ........................................................................................5
1.1 Áreas funcionais .........................................................................................................................6
1.2 Departamentalização ..................................................................................................................8
1.3 Níveis hierárquicos ...................................................................................................................14
1.4 Relação entre níveis e áreas......................................................................................................15
1.5 Mapeamento de processos ........................................................................................................15
1.6 Princípios básicos da organização ............................................................................................17
1.7 Racionalização e melhoria de processos ..................................................................................18
1.8 Eficiência e eficácia de processos ............................................................................................19
UNIDADE 2 ...................................................................................................................................21
2. FLUXOGRAMA E ORGANOGRAMA ........................................................................................21
2.1 Fluxograma ...............................................................................................................................21
2.1.1 Fluxograma vertical ..............................................................................................................22
2.1.2 Fluxograma sintético ............................................................................................................24
2.1.3 Fluxograma de bloco ............................................................................................................24
2.2 Organograma ............................................................................................................................26
2.2.1 Organograma tradicional ......................................................................................................27
2.2.2 Organograma orgânico ou circular .......................................................................................28
2.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO .......................................................................................29
3.1 Norteadores estratégicos...........................................................................................................30
3.2 Desdobramentos do planejamento............................................................................................35
3.2.1 Objetivos estratégicos e metas ..............................................................................................36
3.3 Análise ambiental .....................................................................................................................37
3.3.1 Análise externa .....................................................................................................................37
3.3.2 Análise interna ......................................................................................................................39
UNIDADE 3 ...................................................................................................................................41
4. MODELAGEM DE NEGÓCIOS ................................................................................................41
4.1 Impacto das tecnologias ...................................................................................................43
4.2 Tipos de estratégias - funcionais e genéricas ............................................................44
4.2.1 Estratégias funcionais ...............................................................................................44
4.2.2 Estratégias genéricas .................................................................................................45
4.3 Implementação de estratégias ........................................................................................46
4.4 Controle estratégico ...........................................................................................................52
5. FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS...........................................................................................53
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Com o passar dos tempos, o mundo do trabalho, em seus ambientes corporativos vem
demandando cada vez mais criatividade e inovação nos processos e relações.
Bons estudos!
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UNIDADE 1
1. ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS
Figura 1 – Perguntas-chaves
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As áreas funcionais de uma empresa estão divididas em áreas que dão conta das
chamadas atividades fim e as de atividades meio, pois essas áreas agrupam processos que
tramitam entre os diferentes setores da empresa, focando no alcance dos objetivos
organizacionais.
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1.2 Departamentalização
Contudo, a divisão dos agrupamentos das áreas ou dos setores podem ser organizadas
por semelhanças de processos, atividades, recursos, projetos, sistemas e tecnologias.
Estas técnicas são por área geográfica ou territorial, por clientes, por funções, por
processo, produtos ou serviços, por projetos e matricial. Vejamos cada estruturação e suas
respectivas vantagens e desvantagens.
Como sua definição sugere, serve para empresas dispersas territorialmente. Empresas
multinacionais, por exemplo, separam suas atividades por países e a gestão é diferenciada
pelo território.
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Fonte: a autora
Vantagens
Desvantagens
Por clientes
Mais utilizado por empresas que trabalham de acordo com o tipo de cliente que
atendem. Por exemplo, lojas de departamentos. Na administração pública, são exemplos as
instituições que focam no menor, nos imigrantes, nos idosos, etc.
Diretoria
Comercial
Fonte: a autora
Vantagens:
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Desvantagens:
Pode ser utilizado tanto em escritórios, quanto nas fábricas devido a sua flexibilidade e
fácil compreensão.
Figura 3 – departamentalização por função
Diretoria
Geral
Fonte: a autora
Vantagens
Maior estabilidade.
Maior segurança na execução de tarefas, no relacionamento com colegas, pois
cada funcionário tem maior facilidade em saber sua área de atuação.
Especialização do trabalho, tendo em vista as definições mais claras e precisas
das tarefas.
Maior concentração e uso de recursos especializados, gerando maior economia.
Maior satisfação dos técnicos pela proximidade com elementos da mesma
especialidade.
Maior concentração de competências específicas.
Indicada para circunstâncias estáveis, de pouca mudança e que requeiram
desempenho de tarefas rotineiras.
Aconselhada para organizações que tenham poucas linhas de produtos e
serviços.
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Desvantagens
Por processo
Vantagens
Desvantagens
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Essa estruturação foca em cada tipo de produto ou serviço. Empresas que têm linhas
de produção de produtos diversos entre si, tendem a separar sua estrutura com o foco em
cada um desses produtos.
Gerência de
eletrodomésticos
Máquinas de
Geladeiras Rádios Torradeiras Ventiladores
lavar
Vantagens
Desvantagens
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Por projetos
Em geral, é uma estruturação temporária, pois a divisão é feita somente pela duração
do projeto.
Divisão de
Projetos
Fonte: a autora
Vantagens
Desvantagens
Matricial
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Projeto A
Projeto B
Projeto C
Fonte: a autora
Vantagens
Desvantagens
LEMBRETE!
As empresas tendem a utilizar-se de mais de uma dessas técnicas de departamentalização.
Toda empresa apresenta em sua estrutura os seus níveis hierárquivos, onde estão
delineados os processos de tomada de decisão, bem como a abrangência das
responsabilidades.
Esses niveis estão organizados quanto aos objetivos a serem atinigidos. São eles:
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Antes de mais nada, vamos tentar entender o que é processo. A norma ISO9000
conceitua processo como sendo toda e qualquer atividade ou conjunto delas que utiliza
recursos para transformação de insumos (entradas - inputs) em produtos (saída - outputs).
Exemplo:
Imagine um processo de atendimento ao cliente, considerando as entradas (inputs) e as
saídas (outputs), conforme figura 8.
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DESAFIO!
Faça um mapeamento de processos em sua empresa, em especial no seu setor de trabalho.
Os princípios básicos, de acordo com Araújo (2016, p. 130), auxilia no “ato de pensar
na organização em termos estruturais”.
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Neste sentido, de acordo om o autor, existem ferramentas que podem ser utilizadas na
racionalização dos processos que são fluxogramas (representação gráfica do passo a passo
de um processo), layout (representação da disposição física e arranjo dos espaços),
formulários (podem ser físicos ou eletrônicos), manuais (documento norteador dos processos
e condutas admissíveis) e quadros de distribuição de tarefas (explicitar responsabilidades).
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Avaliar os resultados.
DESAFIO!
Escolha um processo em seu local de trabalho, que deseje melhorá-lo e aplique os conhecimentos
adquiridos.
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UNIDADE 2
2. FLUXOGRAMA E ORGANOGRAMA
2.1 Fluxograma
É uma representação gráfica do fluxo do processo existente na empresa, utilizando
símbolos previamente convencionados, permitindo a descrição clara e precisa desse fluxo ou
sequência de um processo, bem como sua análise e redesenho.
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Onde:
Rotina: é o nome do processo em estudo.
Símbolos: apresentam as operações possíveis.
Tipo de rotina: indica se o processo é atual ou proposto.
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Assim como o fluxograma vertical, tende a ser muito utilizado pelas empresas. É mais
detalhado do que o sintético (mais rico em simbologias), mas é restrito aos processos de um
determinado setor, caso contrário fica um volume elevado de operações, diferentemente do
vertical que é possível visualizar a participação de outros setores no processo de forma mais
clara.
Nesse tipo de fluxograma nenhuma “ponta do processo deve ficar solta”, é preciso
finalizar a operação.
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Fonte: a autora
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Outros símbolos...
Figura 16 – demais simbologias
O fluxograma pode ser usado desde a descrição de organizações complexas até para
situações do nosso cotidiano.
2.2 Organograma
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No entanto, assim como outras técnicas, sua utilização nos dá uma visão mais clara e
sistemática do funcionamento da área ou empresa, facilitando a tomada de decisão.
Sua representação gráfica demonstra a hierarquia dos cargos, com seus respectivos
níveis de subordinação, assim como visualiza-se os pares de trabalho, ou seja, ocupantes de
cargos na mesma linha, porém em setores distintos.
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É bem mais inovador que os outros tipos, porém ainda não é comumente encontrado.
Dentre suas vantagens estão o fato de ser mais agradável para empresas com pouca
preocupação hierárquica; promoção de uma melhor comunicação e troca de conhecimento
entre as áreas; além de ser mais flexível e dinâmico que os outros tipos.
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Zanetti, 2020, p. 10
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Definição de Negócio
O negócio de uma empresa é a razão pela qual ela foi criada, ou seja, o seu motivo de
existência.
Atente para o fato de que o negócio não deve responder somente o que a empresa fabrica
ou vende, ele deve corresponder às necessidades e expectativas mais amplas dos clientes da
organização.
Ao responder três simples perguntas, fica mais clara a definição do negócio de uma
empresa...
Quem são nossos clientes?
Quais as necessidades dos nossos clientes?
O que eles esperam da nossa empresa?
Para Porto (2008), qualquer organização, sendo pública ou privada, grande ou pequena,
necessita compreender sua missão no mercado e, a partir disso, estabelecer sua visão para
dentro de seus padrões.
Os produtos e serviços são os caminhos pelo qual a organização leva a sua missão e
também a sua visão para a sociedade, orientando o processo de criação desse caminho,
estimulando o rompimento com a situação atual e o estado futuro desejado.
Definição de Missão
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Está intimamente ligada não somente ao lucro, mas ao seu objetivo social. Toda missão
dever nortear os objetivos financeiros, humanos e sociais da organização.
Portanto, deve ser definida para satisfazer alguma necessidade do ambiente externo e
não simplesmente para oferecer um serviço ou produto.
E, como elaborá-la?
Contudo, na declaração da missão deve-se evitar frases muito longas com palavras
difíceis; gerúndios, por exemplo, “fazendo”, “disponibilizando”, usar de simplicidade e
concisão, por exemplo, a missão da Disney é “alegrar as pessoas”.
EXEMPLOS DE MISSÃO
Definição de Visão
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E, como elaborá-la?
A visão deve apontar para o futuro da empresa, devendo ser curta e compreensiva para
que todos se lembrem. Por isso, considera-se que esta projete oportunidades futuras; explicite
aonde a empresa quer chegar; delimite um prazo para o objetivo ser atingido e seja revista
periodicamente.
EXEMPLOS DE VISÃO
DESAFIO!
Pesquise outros exemplos de Missão e Visão.
E, na sua empresa, qual a Missão? E a Visão?
Compartilhe com seus colegas de turma.
Valores
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Os valores também podem ser vistos como um conjunto de crenças ou princípios que:
Importante que o enunciado de cada valor deve ser curto. O conjunto de valores deve
definir a regra do jogo, em termos de comportamentos e atitudes, devendo conter um
subconjunto das respostas às perguntas abaixo.
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Fonte: autora
Sendo que o tático se refere aos objetivos de curto prazo, os quais suas ações tendem a
afetar apenas parte da empresa, enquanto o planejamento operacional afeta as unidades
setoriais, por serem voltados às rotinas operacionais da empresa.
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Fonte: a autora
Para fins do cumprimento da missão e alcance da visão, a empresa deve focar em seus
pontos fortes e fracos (ambiente interno), oportunidades e ameaças (ambiente externo) para
então traçar seus objetivos (o que a empresa deseja alcançar em um prazo determinado),
metas (quantificáveis) e resultados (consequências das ações organizacionais).
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Essas oportunidades podem não estar sendo aproveitadas pela concorrência, assim
como ameaças advindas tanto da concorrência quanto da conjuntura, devem ser evitadas.
A análise de cenários externos é uma tarefa tão importante que deve ser rotineira, ou
seja, deve estar incorporada ao dia a dia das empresas que pretendem administrar,
estrategicamente, o seu negócio.
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Abaixo, citamos alguns aspectos e objetos, mas pode se modificar de acordo com o
cenário e o mercado de atuação da empresa.
Quem são; onde estão localizados; quais suas tendências e quais são os seus padrões
Consumidores
de qualidade.
Qual a competição existente por outros produtos; qual a segmentação de mercado,
Mercado
qual a velocidade de mudança no produto e de onde se origina.
Fornecedores e Quem são; onde estão localizados; seus preços de venda; seus prazos de venda e de
distribuidores entrega e a qualidade dos seus produtos.
Quantos e quais são; qual a tecnologia básica que cada concorrente utiliza e qual a
Concorrentes
participação de cada um no mercado.
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Deverão ser determinados diante de sua atual posição, produtos versus mercados.
Na função financeira, podemos subdividi-las em: análise dos índices financeiros (índices
de: lucratividade, liquidez, alavancagem, giro e períodos de cobrança); análise do sistema do
planejamento e controle financeiro/contábil (estrutura da área financeira, relatórios
contábeis/financeiros, fluxo de caixa, decisões e ações financeiras, controles e orçamentos,
etc.).
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Nesse caso, podem-se examinar a empresa considerada como sistema; áreas funcionais
da empresa; unidades organizacionais; grupos de indivíduos e os indivíduos.
Nesse caso, o executivo poderá utilizar, entre outros aspectos: observação pessoal;
conversas pessoais; questionários; experiência e prática; reuniões; documentos publicados,
periódicos, livros e revistas; indicadores econômicos e financeiros.
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UNIDADE 3
4. MODELAGEM DE NEGÓCIOS
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Modelo de cadeia de valor, que diz respeito à forma como a empresa executa suas
atividades e processo, com vistas à entrega de seus produtos e/ou serviços aos
clientes. Esse modelo foi criado por Michael Porter, em 1985 e, mais adiante em
nossos estudos aprofundaremos o entendimento da cadeia de valor de Porter.
Equipe:
Planejamento e desenvolvimento:
Origem da tecnologia:
Para a inovação fechada - as descobertas devem ser levadas ao mercado, antes de mais
nada; para a inovação externa – para lucrar com a inovação, não há necessidade de tê-
la originado.
Pioneirismo:
Quantitativo e qualitativo:
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Propriedade intelectual:
Para a inovação fechada - necessidade de controle para que competidores não lucrem
com suas ideias; para a inovação aberta – prepondera os benefícios ao negócio, seja
lucrando com propriedade intelectual (tecnologias) de terceiros ou permitindo que
terceiros lucrem com sua propriedade intelectual.
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Por fim, temos que cada setor da empresa deve dar conta de seus objetivos
funcionais, focando em suas estratégias funcionais e, esse movimento deve ser coordenado
com as demais áreas da empresa, em busca do alcance das metas a serem atingidas.
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Na figura 26, podemos observar a relação entre o que se quer atingir (alvo) e a
vantagem competitiva, sob a perspectiva da percepção do cliente e o posicionamento da
empresa acerca dos custos.
Para a execução das ações voltadas às estratégias funcionais, temos que, conforme
podemos observar nos exemplos abaixo, extraídos do site Sebrae, estas envolvem todas as
áreas funcionais num propósito maior, no qual cada departamento contribui com objetivos
funcionais específicos e suas respectivas estratégias.
Vejamos:
Imagine que a área funcional marketing tenha estipulado como objetivo funcional implantar
venda via site da empresa e redes sociais.
Para atingir esse objetivo, a estratégia funcional foi destacar no site a aba vendas online até
“X” período, criando página no Facebook e perfil no Instagram, divulgando a empresa e
estimulando a compra online até “X” período, em geral, 90 dias e, por fim implantar
campanha de divulgação nas redes sociais de “X” tempo a partir da conclusão da estratégia.
E para atingimento dessa estratégia funcional, sugere-se como indicador do monitoramento
da estratégia, evidenciar a página criada e o perfil no Instagram.
Para atingir esse objetivo, a estratégia funcional foi implantar melhorias no controle de
estoque até “X” período de tempo, criando o processo de recebimento e entrega dos pedidos
online – via sistema de distribuição até “X” tempo após, em geral, em até 90 dias.
Já à área funcional recursos humanos, coube estipular como objetivo funcional treinar os
profissionais de vendas, para fins de atendimento ao cliente do site e das redes sociais.
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A área funcional finanças, estipulou como objetivo funcional investir “R$ X” em Tecnologia
da Informação e Comunicação.
Para atingir esse objetivo, a estratégia funcional foi orçar e disponibilizar os valores, para
implantar as vendas online em parceria com as áreas de marketing e TIC
E para atingimento dessa estratégia funcional, sugeriu-se como indicador do monitoramento
da estratégia, evidenciar “R$ X” investidos, conforme orçamento.
De modo geral as estratégias funcionais, na prática, contêm um conjunto de ações
voltadas à obtenção de vantagens competitivas, perante à concorrência. Então temos que:
Estratégia de marketing:
Estratégia de produção:
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Estratégia financeira:
Essa estratégia inclui produtos ou serviços (foco nas melhorias e inovações, ou seja,
competividade de mercado) e processos (foco em minimizar os custos operacionais, ou seja,
competitividade nos custos).
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A ciência de que para atingir baixos níveis de custos totais, requer a conquista
de uma fatia elevada do mercado ou outras vantagens competitivas através da
facilidade de acesso aos insumos, como matéria-prima, por exemplo.
De todo modo, assim que essa estratégia genérica atinge a posição de baixo custo tende
a proporcionar à empresa margens altas, que podem compensar o prejuízo inicial e ainda
viabilizar novos investimentos em equipamentos e instalações modernas para que a liderança
no custo total seja mantida.
Todavia, a empresa que opta pela diferenciação, deve proteger-se em relação aos
produtos substitutos do que a concorrência e, via de regra, a escolha dessa estratégia deve
compatibilizar os custos relativamente baixos com os preços praticados pelo mercado.
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O fato de que nem todos têm interesse ou verbas para comprar os produtos,
mesmo que com diferenciais de qualidade, por exemplo.
Para Porter (2014), para a empresa liderar no custo total implica em adotar políticas
funcionais envolvendo atuar com eficiência de instalações, reduzir custos pela experiência,
controlar despesas e custos, utilizar estruturas enxutas nos departamentos e mecanismos
de controles de custos totais, objetivando oferecer produtos e serviços mis baratos e, não
necessariamente produtos e serviços diferente das ofertas de mercado.
O autor, complementa, que para atingir esse patamar de liderança se faz necessário
altos investimentos em equipamentos, assim como políticas de preços iniciais severas,
assumindo no começo baixas margens de lucro, até consolidar-se no mercado e, após a
2 Situação em que há conflito de escolha, ou seja, escolher algo, abrindo “mão” de outro.
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Contudo, o autor, lembra que para a empresa diferenciar-se corre o risco de ter elevados
gastos (custos e despesas), restringindo a oferta do produto/serviço a mercados específicos.
Para Porter (2014), a empresa ao escolher seu nicho, deve se especializar nos recursos
necessários para explicar esse mercado escolhido e, compreender suas limitações no que diz
respeito ao tamanho do mercado, requerendo, na prática uma rentabilidade mais atrativa e
consistente, na relação volume de vendas e preços adotados.
Com isso, o empreendedor poderá, através da estratégia genérica liderança de custos, tornar
seu negócio estável, ampliando ou reduzindo-o.
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Essa tática de produzir um maior volume, reduz o custo unitário e otimiza o processo
produtivo, considerando a obtenção de crescimento/ampliação com a adoção da estratégia
genérica de liderança de custo.
Contudo, se a opção for a redução, a empresa de lanches poderá tentar cortes de custos,
em especial os custos fixos, para fins de reduzir as despesas, adotando, por exemplo, cortes
de pessoal.
Neste sentido, esse processo inicia com o processo de medição de desempenho, seguido
da etapa de comparação dos padrões estabelecidos.
Exemplo prático:
Imagine que na estratégia funcional comercial, seja planejado um incremento no volume de
vendas em 8%, para determinada linha de produtos e/ou serviços.
Nesse caso, o controle estratégico entra no circuito com ações de monitoramento desse
incremento e, se necessário efetua intervenções para garantir que o resultado seja atingido.
Caso contrário, o trabalho prossegue sem intervenções.
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Por ser de cunho estratégico, o controle requer que a gestão conheça com
profundidade os resultados desejados das ações necessárias para o atingimento do que foi
planejado, para fins de averiguar se o que foi previsto, de fato está acontecendo e as
respectivas intervenções para a concretização dos resultados almejados.
Definição da ação corretiva necessária para evidenciar que o que foi planejado,
de fato ocorreu.
5. FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS
É através das ferramentas estratégicas que os gestores corrigem rumos dos processos
ou até mesmo implantam e implementam novos processos. Embora existam inúmeras
ferramentas estratégicas, a recomendação é identificar as mais adequadas para as
necessidades de cada empresa. Daí a importância em conhecer as diferentes ferramentas e
saber qual e quando utilizá-las.
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5.1 SWOT
É uma ferramenta simples e que pode ser utilizada para analisar desde cenários
corporativos, quanto cenários de cunho pessoal.
O desempenho da empresa tende a ser afetado pelo ambiente externo, como por exemplo
os aspectos legais, ou seja, quando o governo altera a legislação essa afetará as empresas sob
o ponto de vista positivo ou negativo e, dependendo do segmento umas são beneficiadas, em
detrimento de outras que não são beneficiadas. Porém, nem todas as empresas conseguem
aproveitar as oportunidades e abalar-se com as ameaças, por exemplo.
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Cabe ressaltar que a forma com que a empresa lida com os impactos gerados
é que fará a diferença, na sustentabilidade do negócio, pois a análise do ambiente externo
deve considerar a possibilidade de adaptar-se às mudanças proporcionadas pelo mercado.
LEMBRETE!
É possível transformar uma ameaça em oportunidade, desde que a empresa possua
capacidade para reagir de forma a extrair benefícios do cenário.
Exemplos práticos:
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FORÇAS FRAQUEZAS
Consolidação da marca Processos excessivamente
Variedade de produtos burocráticos
Lojas virtuais Lentidão no atendimento
Rotatividade de pessoal elevada
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Comodidade das pessoas nas Inadimplências altas
jornadas de compras Instalação de lojas físicas na
Demandas por produtos região
variados
Recomenda-se que após estruturar a Matriz, as equipes foquem em suas fraquezas para
fins de controlar seus efeitos e gerar vantagens competitivas. Assim como fortalecer seus
pontos fortes, aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças, sempre que possível.
Você já ouviu falar nessa ferramenta? Pois bem, essa ferramenta tem como finalidade
auxiliar administradores de distintos negócios, através de fluxos financeiros e movimentos
de mercado.
A Matriz Boston Consulting Group – BCG é um modelo que serve para analisar portfólio
de produtos ou de unidades de negócio, tomando como ponto de partida o ciclo de vida do
produto ou serviço, que considera as fases de introdução, crescimento, maturidade e declínio.
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Todavia, a empresa deve manter em seu portfólio produtos ou negócios que necessitem
de investimentos (altas taxas de crescimento do mercado) e mercadorias que gerem receitas
(com baixo crescimento do mercado).
Nesse quadrante, a posição do negócio está correndo riscos, pois possui pequena
participação num mercado, com altas taxas de crescimento. Entretanto, poderá se
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Unidade de negócio situada na fase vaca leiteira, significa que estamos diante de um
mercado de alta participação, com baixas taxas de crescimento, com isso gerando lucros e
fluxos de caixa elevados. Portanto, os recursos gerados podem ser utilizados para investir em
outros empreendimentos, em virtude dessa baixa taxa de crescimento.
A empresa, ao adotar a Matriz BCG, beneficia-se pelo leque de estratégias para seus
produtos ou unidades de negócio. Porém, possui desvantagens como o fato de que possuir
alta participação de mercado não é garantia de sucesso; altas taxas de crescimento não
significam, necessariamente, atratividade de mercado.
LEMBRETE!
Pode ocorrer de um “abacaxi” trazer incrementos de caixa, do que uma vaca leiteira.
Por fim, recomenda-se que a empresa possua um portfólio de produtos com distintas
taxas de crescimento e distintas participações de mercado, equilibrando os fluxos de caixa.
“Produtos de alto crescimento exigem injeções de dinheiro para crescer. Produtos de baixo
crescimento devem gerar excesso de caixa. Ambos são necessários, simultaneamente”
(BRUCE HERDERSON – criador da Matriz BCG).
EXEMPLO PRÁTICO
Acompanhe um exemplo real de aplicação da Matriz BCG
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Crescimento do mercado
Participação de mercado
Fonte: https://www.siteware.com.br/gestao-estrategica/matriz-bcg/
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UNIDADE 4
Agora que já conhecemos a Matriz SWOT e a Matriz BCG, vamos dar sequência aos
estudos das ferramentas estratégicas, iniciando pela 5 Forças de Porter. Já vimos sobre as
análises ambientais, interna e externas, sob o ponto de vista do planejamento estratégico e
via Matriz SWOT. Pois agora, focaremos na análise do ambiente setorial ou de negócio da
empresa, composto pelos clientes, fornecedores, compradores e concorrentes.
Neste sentido, Cinco Forças de Porter é também conhecida como o Modelo das Cinco
Forças da Concorrência ou Competitivas, compreendida como uma ferramenta estratégica
que possibilita relacionar o potencial da lucratividade de empresas atuantes em determinado
segmento de negócio.
A partir de situações práticas, Porter detectou que ameaça de novos entrantes, poder
de barganha de fornecedores e clientes, ameaças de produtos substitutos e a intensidade da
rivalidade levam as indústrias a adotarem determinada estratégia.
Fonte: elaborado com base em Porter, 1996, apud Makioszek, 2019, p. 140
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Cada uma das forças, conforme descrito abaixo, possui características próprias
e se prestam a auxiliar os administradores na tomada de decisão quanto à estratégia mais
adequada para o negócio.
E, na prática?
LEMBRETE!
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Ao entrar novas empresas no setor de negócio, essas tendem a exigir uma maior
alocação de capacidade produtiva, obrigando as demais a buscarem processos inovadores,
que as coloquem em condições de competitividade produtiva, em detrimento da baixa nas
demandas.
Como exemplo de outros fatores estruturais dessa força, temos economia de escala
(relação desproporcional entre os custos médios produtivos e a capacidade produtiva),
identidade da marca, exigências de capital (necessário alto investimento financeiro), custos
de mudança, acesso aos canais de distribuição e diferenciação entre produto e serviços.
E, como funciona?
Todavia, sugere-se questionamentos do tipo: com que facilidade poderia chegar novas
empresas em determinados mercados? Se entrar novas empresas, qual o grau de ameaça ao
mercado atual? Quem são os novos concorrentes deste ou daquele mercado? Que barreiras
de entrada enfrentam as novas empresas? Se o mercado é regulado dificulta as entradas de
novas empresas?
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E, como praticar?
Ficando atento se seus clientes tendem a mudar hábitos de compras, substituindo suas
aquisições de produtos ou serviços, seja movido por preço, qualidade ou outros atributos.
Então, questionamentos como quais as chances de o cliente substituir seu produto e/ou
serviço por outro diferente? O mercado oferta produtos que substituem os seus? Quanto
custa mudar para um produto e/ou serviço substituto?
Como exemplo de outras variáveis estruturais dessa força, temos custo de mudança,
identidade da marca, informações e lucros dos compradores, aspectos da qualidade e
desempenho.
Seja seu comprador pessoa física ou jurídica, esteja atento a alguns detalhes, pois quem
compra possui vantagens sobre quem vende, em geral.
Por isso, é válido refletir sobre: quantos compradores a empresa tem? Esses
compradores poderiam mudar de fornecedor? Com quantos compradores perdidos seus
lucros ficariam ameaçados? Qual o grau de importância de seu produto e/ou serviço para a
clientela?
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Como exemplo de outros fatores estruturais dessa força, encontramos o tamanho dos
fornecedores, a concentração e a diferenciação dos insumos, como matéria-prima, por
exemplo.
E, na prática?
Fique atento aos movimentos de seus fornecedores, evite uma base muito grande de
fornecedores, mas também não fique refém de poucos ofertantes.
Diante disso, são válidas perguntas como: o que aconteceria se seus fornecedores
aumentassem seus preços? Alguma chance de seus fornecedores aumentarem o preço em
demasia? Você possui fornecedor alternativo? Possui facilidade de migrar para outro
fornecedor? A relação de confiança é sólida?
LEMBRETE!
O mercado em que a empresa está inserida, é o ponto de partida para sua atuação direta,
interagindo e influenciando através de suas atividades.
É o local onde a empresa adquire os recursos dos fornecedores, ofertando produtos e/ou
serviços e competindo com os concorrentes.
Foi desenvolvida pelos professores da Harvard Business School, Robert Kaplan e David
Norton, em 1992, onde o essencial é o desenho de uma estratégia que considere quatro
perspectivas e, tornou-se uma metodologia aceita e aplicada pelo mercado.
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Fonte:autora
LEMBRETE!
Na hora de se construir o BSC, pode ocorrer que determinados aspectos se repitam nas diferentes
perspectivas. Isso demonstra consistência e força de algum indicador, em particular, e não fragilidade do
planejamento.
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Etapa III – definição de metas. Portanto, é importante trabalhar como ponto principal a
meta corporativa de crescimento anual de valor econômico.
As demais metas para cada indicador chave sugere-se desdobrá-las, levando em
consideração o estágio atual e as perspectivas futuras de taxa de melhoria para alcançar a
meta corporativa.
Etapa IV – priorização das iniciativas estratégicas. Nesta fase, devem ser analisadas as
iniciativas estratégicas, em andamento na organização, que dão suporte aos objetivos
estratégicos.
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O BSC contempla a análise do cenário sob quatro perspectivas, as quais cada uma delas
possui enfoque em determinado contexto impactando na perspectiva posterior, pois estão
interligadas formando uma relação causa-efeito. São elas:
Perspectiva financeira.
Perspectiva de clientes.
Cada uma das quatros perspectivas comporta uma gama de indicadores que dão conta
dos objetivos estratégicos. Vejamos:
Perspectiva financeira
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Lucratividade.
Receita.
Liquidez corrente.
Deve evidenciar se a implementação da estratégia está se traduzindo em melhorias nos resultados financeiros.
EXEMPLO PRÁTICO
Imagine que o indicador de determinada empresa seja aumentar o lucro líquido, então ela
deve na perspectiva financeira, estabelecer uma medida (foco nas vendas com maior margem
de lucro), definir uma meta (incremento em 15%) e adotar iniciativa/ação (analisar a
composição dos preços).
Perspectiva de clientes
Para essa perspectiva, Kaplan e Norton (1997, p. 67), afirmam o seguinte “na
perspectiva dos clientes do Balanced Scorecard, as empresas identificam os segmentos de
clientes e mercado nos quais desejam competir e, devem ser vistos pelos clientes como forma
de alcance da visão organizacional, os seja, onde a empresa deseja chegar”. São exemplos de
indicadores da perspectiva de clientes:
Tempo de entrega.
Competitividade em preço.
Volume de vendas.
Participação de mercado.
Retenção de clientes.
Recompra.
Estabelece se a estratégia da empresa está contribuindo para a captação, satisfação e retenção dos clientes, além
de incrementos na participação de mercado (market share).
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EXEMPLO PRÁTICO
Imagine que o indicador de determinada empresa seja atrair novos clientes, então ela deve
na perspectiva de clientes, estabelecer uma medida (pesquisa de mercado), definir uma meta
(incremento em X% na carteira de clientes) e adotar iniciativa/ação (investir pesado em
marketing).
Está voltada aos negócios internos. Nesse caso os executivos identificam os processos
mais importantes para a realização dos objetivos dos clientes e acionistas e, em prol da
satisfação dos clientes selecionar qual processo a empresa precisa destacar-se. São exemplos
de indicadores:
Índice de retrabalho.
Índice de desperdício.
Aumento de portfólio.
Observa se os processos internos contribuem, efetivamente, para gerar valor agregado e/ou percebido pelo cliente,
além do atingimento das metas financeiras estipuladas.
EXEMPLO PRÁTICO:
Imagine que o indicador de determinada empresa seja implantar sistema de gestão da
qualidade– SGQ ISO, então ela deve na perspectiva de processos internos, estabelecer uma
medida (padronização dos processos), definir uma meta (certificar na ISO em X tempo) e
adotar iniciativa/ação (contratar consultoria especializada).
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Produtividade.
Horas/homem educação.
Rotatividade.
Capital intelectual.
Clima organizacional.
EXEMPLO PRÁTICO:
Imagine que o indicador de determinada empresa seja atendimento ao cliente, então ela deve
na perspectiva de aprendizado e crescimento, estabelecer uma medida (programa de
capacitação profissional), definir uma meta (capacitar as equipes de atendimento em até X
tempo) e adotar iniciativa/ação (contratar consultoria especializada em cursos in company
ou promover internamente).
Você sabia que o design thinking serve para resolução de problemas de maneira rápida,
econômica e eficiente? Pois bem, trata-se de uma ferramenta estratégia que conta com o
pensamento criativo das pessoas e a inovação mediante a identificação e solução de
problemas. “É uma abordagem que permite olhar para a ponta antes de inovar. [..] Todo
trabalho de design exige reflexão e a livre expressão do pensamento” (ENDEAVOR BRASIL,
2018).
Sugere-se que ela seja aplicada em situações em que se faz necessário saber o potencial
inovador de uma ideia ou até mesmo seu grau de importância na percepção do cliente.
Todavia, empresas de qualquer porte e de distintos ramos de atuação no mercado, tendem a
utilizar essa ferramenta estratégica como meio de compreender as demandas da clientela e
solucionar seus problemas, através do pensamento colaborativo e criativo de suas equipes.
Neste sentido, considera as necessidades humanas, indo além da criação de um produto ou
serviço.
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Reprodução/Natura
O exemplo de design thinking mais conhecido é o case dos shampoos e condicionadores Sou.
A empresa precisava desenvolver produtos para cabelo 30% mais baratos do que a linha mais
básica da marca e ainda reduzir em 50% o impacto ambiental da embalagem em relação a
outras usadas pela Natura.
Para encontrar a solução, pesquisadores da marca se hospedaram na casa de consumidores
para verificar como eles usavam o shampoo no dia a dia. Eles perceberam que as pessoas
preferem comprar refis, pois são mais baratos e ocupam menos espaço no armário do
banheiro.
Assim foi o processo de design thinking da Natura, que resultou em uma embalagem 70%
mais barata e que ocupa 94% menos espaço que a média de outros vidros de shampoo. Hoje
a linha Sou é o cosmético mais sustentável da multinacional.
DICA!
Pesquise outros exemplos no site https://posdigital.pucpr.br/blog/exemplos-de-design-
thinking.
Conclui-se que essa ferramenta foca na inserção das pessoas no centro do processo
criativo de uma ideia inovadora, já que tais pessoas serão consumidoras do produto ou
serviço, portanto com condições de revelar o quanto as ideias inovadoras agregam em suas
escolhas.
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A ferramenta Modelo de Negócio Canvas é mais uma ferramenta estratégica e, foi criada
por Osterwalder, passando por remodelagem, projeto gráfico e cocriação de muitos outros
profissionais em inúmeros países. Sua aplicabilidade se dá, em especial, na etapa inicial do
planejamento de empresas recém-chegadas ao mercado.
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Observe que sua estrutura é simples e visual, permitindo identificar cada etapa da
modelagem, por bloco.
1. Segmentos de clientes – SC: identificar quais os grupos de clientes a serem
atendidos.
2. Proposta de Valor – PV: pensar nas soluções aos clientes, de forma que este tenha
suas expectativas superadas.
3. Canais: elencar os meios de se chegar aos clientes ou efetuar a entrega dos
produtos/serviços.
4. Relacionamento com Clientes – RC: discutir em como estabelecer a relação das
jornadas de compras e fidelização com cada perfil ou segmento de cliente.
5. Fontes de Receita – R$: resultantes da proposta de valor ofertada aos clientes.
6. Recursos Principais – RP: tudo o que é preciso para execução das atividades da
empresa.
7. Atividades-chave – AC: está associada à entrega de valor aos clientes.
8. Parcerias Principais – PP: identificar parceiros para a execução da atividade e
recursos necessários.
9. Estrutura de Custos – EC: elencar todos os custos necessários para o bom
funcionamento da empresa.
Fonte: Sebrae
Proposta de valor
Diz respeito ao conjunto de qualidades agregadoras de valor para uma parcela específica
de clientes. Nesse caso, é preciso estabelecer os produtos/serviços baseado nas necessidades,
expectativas e dores de cada parcela de clientes, em prol da criação do valor.
São exemplos de criação de valor aos clientes: preços, prazos de entrega, tempo de
execução do serviço, experiência na jornada de compra, design do produto, novidade,
desempenho, personalização, marca, baixos riscos, acessibilidade e conveniência. Podendo
ser quantitativos ou qualitativos, de acordo com Osterwalder e Pigneur (2011), citado por
Makioszek (2019).
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Canais
São formas adotadas pela empresa para aproximação com os clientes, como por exemplo
canais de vendas, de comunicação, logístico e pós-vendas.
Segmento de clientes
Uma outra possibilidade de segmentar clientes é fazê-lo por mercado em massa, nicho,
divserificado, plataforma multilateral e unilateral, conforme especialistas em modelagens de
negócio.
Para essa fase de segmentação é importante compreender que existem clientes que
demandam necessidades especificas que justificam oferta de serviços ou produtos
diferenciados, bem como tipos de relacionamentos distintos. Lembrando que eses clientes
tendem a pagar por aspectos diferentes dos ofertados e, em geral, eles são acessados via
canais de distribuição diferente dos comumente adotados pela empresa.
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Ainda seguindo a analogia do cérebro, nesse momento vamos focar nos aspectos do lado
esquerdo (a razão), que se traduzem em eficiência e são estruturados pelos blocos de
atividades-chave, parcerias principais e recursos principais.
Atividades-chave
São aquelas de suma importância para a entrega da proposta de valor aos clientes e,
estão diretamente ligadas à sobrevivência e manutenção competitiva. Tais atividades tendem
a impactar na jornada de compra do cliente, na adoção de estratégias organizacionais, na
estruturação de custos, nas questões ambientais, na sociedade em que a empresa está
inserida e nos riscos associados à atividade.
Cabe à empresa saber identificar e estabelecer sua atividade-chave, de acordo com seu
ramo de negócio. Neste sentido, empresas de software, tendem a adotar como atividade-chave
o desenvolvimento de software ou gestão da cadeia de suprimentos, algo voltado para
plataforma/rede, assim como empresas de transações em rede (exemplo operadoras de
crédito e bancos).
Parcerias principais
As parcerias tem sido uma estratégia organizacional cada vez mais demandada na
modelagem de negócio, pois isso possibilita otimizar o negócio, diluir custos e facilidades na
obtenção de recursos.
Tais parcerias podem ser formadas por alianças estratégicas, por coopetição, joint
ventures (acordo comercial entre duas ou mais empresas, com objetivos comuns), com fornecedores,
dentre outras.
Por fim, temos os dois últimos blocos do Canvas que são a estrutura de custos do
negócio e as fontes de receitas.
Fontes de receita
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Estrutura de custos
Estruturar custos requer planejamento, devendo ser calculado assim que já estejam
definidos os recursos, atividades e parcerias. Ressalta-se que existem a estrutura
direcionadas pelo custo e as direcionadas pelo valor, assim como as características dos custos
fixos, custos variáveis, economia de escala e abrangência.
Você já deve ter ouvido falar sobre avaliação de desempenho profissional ou funcional,
mas nosso foco aqui recai sobre Análise 360º da Oportunidade de Negócio, ou seja, avalia-
se as ideias de negócio sob a perspectiva de encontrar aquela que tem a melhor oportunidade
de negócio. Isso otimiza recursos e elimina riscos de investir em ideias equivocadas.
Analisar 360º graus significa perceber tudo à volta, livre de obstáculos, ou seja, possuir
uma visão completa da oportunidade de negócio, que possibilite ver cada ângulo da interação
do negócio com o mercado em que atua.
Portanto, é uma ferramenta estratégica que de acordo com o Sebrae, em seu site
https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/ME_Analise-
Essa ferramenta indica uma visualização gráfica da ideia, permitindo assim a definição
de métricas sobre a possibilidade uma oportunidade de negócio dar certo ou não.
O gráfico é um círculo com várias perguntas e dez raios, o grau de atendimento a cada
uma das perguntas é registrado sobre o raio que a representa. À medida que se registra uma
resposta, um gráfico de viabilidade vai sendo construído, possibilitando comparar as
imagens.
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Para utilização da ferramenta acima, dois pontos são cruciais: a) menção da ideia de
negócio e, b) qual o problema que a ideia de negócio resolve.
Análise dos aspectos internos da ideia, ou seja, sua relação com o mercado,
considerando a relação da ideia com o seu perfil empreendedor.
Nos aspectos externos temos que a oportunidade de negócio está associada a resolver
um problema, refletindo-se sobre seu grau de importância. De acordo com especialistas, em
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geral, quanto mais simbólico for o problema que sua ideia resolve, maior tende
a ser a margem de lucros.
Neste sentido, recomenda-se avaliar que nível de solução sua ideia de negócio
proporciona (global, pontual, local, nacional, regional); bem como os benefícios percebidos
pela clientela; se é de abrangência significativa; se gera bons resultados financeiros e; se
possui diferenciais.
Quanto aos aspectos internos, sugere-se avaliar sob a perspectiva de critérios pessoais,
como por exemplo: gosto em resolver o problema e não apenas em ofertar o produto/serviço
e; desafio de aprendizado em resolver o problema.
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6. REFERÊNCIAS
DINIZ. André Luiz Moreno. (org.). Estratégias de gestão e organização empresarial. São
Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. MERHI.
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