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Programa 5S
Conceito e Implantação
Intrutor: Renato Moura
Programa 5S's
Conteúdo
1. Introdução - O que é 5S's e Housekeeping ............................................................................... 3
1.1. Artigo: A teoria das Janelas Quebradas ............................................................................. 5
2. História do Programa ................................................................................................................ 7
3. Os Passos do Programa 5S's ...................................................................................................... 8
3.1. 1ºS - Seiri - Utilização ........................................................................................................ 8
3.2. 2ºS - Seiton - Arrumação .................................................................................................. 14
3.3. 3ºS - Seiso - Limpeza ........................................................................................................ 27
3.4. 4ºS - Seiketsu - Padronização "ou saúde" ........................................................................ 34
3.5. 5ºS - Shitsuke - Autodisciplina.......................................................................................... 36
4. A Implantação ......................................................................................................................... 38
4.1 Planejamento - Formulação da idéia para a diretoria....................................................... 38
4.1.1. Objetivo ..................................................................................................................... 39
4.1.2. Cronograma ............................................................................................................... 39
4.1.3. Formação do Comitê ................................................................................................. 40
4.1.4. Escopo ....................................................................................................................... 41
4.2. Planejamento - Montagem do Comitê............................................................................. 41
4.2.1. Convocação e Apresentação ..................................................................................... 41
4.2.2. Capacitando o Comitê para o Programa 5S .............................................................. 42
4.2.3. Capacitação Auxiliar Necessária ................................................................................ 42
4.3. Planejamento - Análise e Diagnóstico da Situação Atual ................................................. 42
4.4. Planejamento - Criando a Mascote e a Identidade do Programa .................................... 44
4.5. Planejamento - Divulgando o Programa 5S para Todos................................................... 45
4.6. Planejamento - Treinamentos para a Empresa ................................................................ 45
4.6.1. Treinamento sobre o Programa 5S's ......................................................................... 46
4.6.2. Treinamento em MASP - Aplicação ........................................................................... 49
4.6.3. Treinamento em MASP - Brainstorming ................................................................... 50
4.6.4. Treinamento em MASP - Diagrama de Ishikawa ....................................................... 53
4.6.5. Treinamento em MASP - Diagrama de Pareto .......................................................... 56
4.6.6. Treinamento em MASP - Fluxogramas ...................................................................... 58
4.6.7. Treinamento em MASP - Conceito Geral do Plano de Ação 5W2H .......................... 60
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4.7. Planejamento - Divulgações e Preparo para o dia "D"..................................................... 62
4.7.1. A Cartilha do 5S ......................................................................................................... 63
4.8. Execução - O dia "D", ou Dia da Limpeza ......................................................................... 64
4.8.1. Áreas de Apoio Intensivo .......................................................................................... 65
4.8.2. Tratamento do Descarte ........................................................................................... 66
4.8.3. Fechando o dia, só estamos começando .................................................................. 66
4.8.4. Relatório do Dia D ..................................................................................................... 68
4.9. Execução - Implantando as Melhorias ............................................................................. 68
4.9.1 Diretoria do início ao fim ............................................................................................ 68
4.9.2. Informativo 5S com Andamento de Ações................................................................ 69
4.9.3. Auditorias Internas durante a Implantação .............................................................. 69
5. A Manutenção e Padronização ............................................................................................... 70
5.1. Comunicação Interna 5S .................................................................................................. 70
5.2. Checagem - Auditorias de Conformidade ........................................................................ 70
5.1.1. Planejando a Auditoria - Os Auditores e seu Material .............................................. 71
5.1.2. Planejamento a Auditoria - Frequência e Divulgação Prévia .................................... 71
5.1.3. Executando a Auditoria - Checklist e Procedimento ................................................. 72
5.1.3. Relatório de Auditoria e Feedback ............................................................................ 73
6. A Melhoria Contínua ............................................................................................................... 75
6.1. Melhoria Contínua - Programa de Boas Idéias................................................................. 75
6.2. Melhoria Contínua - A Evolução aos 8S ........................................................................... 76
7. Bibliografia .............................................................................................................................. 79
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1. Introdução - O que é 5S's e Housekeeping
"O 5S's é um método de criar um ambiente organizado e limpo, aonde qualquer perda
ou anormalidade seja visivelmente identificada de imediato."
O 5S's tem esse nome porque são cinco conceitos que começam com a letra S em
japonês. São eles:
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asseio com os equipamentos e sua utilização diária em condições excelentes de limpeza
deixam vazamentos, mau-funcionamento e qualquer anomalia facilmente identificáveis.
Basicamente o conceito aqui é limpar para inspecionar. Se uma área deve ser constantemente
limpa, com certeza algum problema está ocorrendo e sua causa deve ser eliminada. Muitas
vezes estes pequenos sintomas nos ajudam a encontrar pontos de melhoria cujos benefícios
são muito maiores do que imaginávamos.
O 5S's é uma ferramenta que permite grandes ganhos com menor custo. Normalmente
sua implantação demanda muito pouco investimento, e os retornos são muito evidentes e
perceptíveis, tanto operacionalmente quanto no que se refere à integração da equipe, pois as
rotinas do programa fazem com que pessoas de diferentes setores e níveis
organizacionacionais interajam entre si como não o fariam normalmente, e isso por si só já é
um fator bastante importante para deixar o nível geral de motivação e maturidade empresarial
mais apurado.
Neste curso iremos nos aprofundar em cada um destes tópicos, ver exemplos e cases
reais em empresas dos mais variados portes, e como o 5S's ajudou a melhorar a cultura
organizacional e a alcançar mais resultados com as implantações posteriores que foram
promovidas.
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1.1. Artigo: A teoria das Janelas Quebradas
Obtermos um ambiente excepcionalmente organizado e limpo, além de regrado, é um
desafio e tanto, porém quando chegamos nesse ponto a cultura fica praticamente auto-
suficiente. Ou seja, não é mais exigido dos precursores do programa um grande esforço de
implantação e de conscientização, pois as pessoas já entenderam o significado. Escrevemos
um artigo que aborda a teoria das restrições, que nada mais é do que um estudo sobre o
respeito à regras e procedimentos na empresa, e que pode colaborar muito na nossa
compreensão do tema. Veja abaixo:
Uma das maiores reduções nos níveis de criminalidade já vistos na sociedade moderna
foi a implantação do programa “Tolerância Zero” pela prefeitura de Nova York. Este novo estilo
de trabalho da polícia consistia basicamente em punir pequenos delitos como jogar lixo no
chão, alcoolismo em público, não pagamento do ticket do metrô e assim por diante. Os
resultados deste conceito trouxeram à luz uma teoria que nasceu mais de uma década antes, a
teoria das janelas quebradas.
Podemos aprender muito com esta mentalidade, e muito pode ser aplicado no dia a
dia empresarial. Fazendo algumas adaptações do conceito da punição aplicada em si, fica fácil
imaginar ambientes de trabalho com regras claras de procedimento e comportamento, aonde
seu não cumprimento implica em advertências ou simples conversa com o líder da área.
Porém muito cuidado com o pré-julgamento do que acabamos de citar. Não pregamos a
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criação de um ambiente de conflito e guerra com nossos colegas de trabalho, mas uma relação
franca e adulta de trabalho aonde todas as regras criadas não estão lá à toa. São todas, sem
exceção, importantes para o dia a dia e os motivos delas existirem devem ser tão divulgados
quanto as regras em si. E quando a menor delas é quebrada propositalmente, a situação deve
ser corrigida e pelo menos um diálogo sincero deve ser iniciado com os envolvidos para que
isto não ocorra novamente. É infelizmente comum em muitas empresas verificarmos
ambientes descontrolados, aonde todas as pessoas se dizem desmotivadas por estar em um
lugar tão bagunçado e aonde os erros imperam, porém estas mesmas pessoas participam de
novos erros e demonstram desinteresse pela ordem. Em grande maioria, não são maus
funcionários, apenas estão ambientados na nova realidade caótica.
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2. História do Programa
Sempre pensamos no 5S como uma metodologia japonesa de gestão e de qualidade,
porém existem indícios fortes de que este conceito nasceu nos Estados Unidos, formulado por
Henry Ford. Na época, o conceito era chamado de "CAN DO", na tradução literal "consegue
fazer". E nada mais era do que siglas para:
A - Arranging, ou organizando;
N - Neatness, ou asseio;
D - Discipline, ou disciplina;
O Japão precisava melhorar a sua produção para ser compatível com o mercado
mundial, por isso a necessidade de organizar as indústrias. Devido ao sucesso alcançado com
essa prática, outros países começaram a disseminá-la em diversas situações. No Brasil, tudo
começou em 1991 através da Fundação Christiano Ottoni. O ramo empresarial foi um dos
primeiros a adotar a prática do programa com a finalidade de otimizar custos com a redução
de desperdícios e aumentar a produtividade.
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3. Os Passos do Programa 5S's
Muito bem, a fase de analisar se o programa 5S's vale a pena passou e se você está
lendo este parágrafo, é porque entendeu sua importância. Antes de qualquer coisa, devemos
avisá-lo, a fama de "fácil" que é associada ao 5S's se refere apenas ao conceito em si. A
implantação é um processo árduo de treinamentos, trabalho em equipe e muito suor até que
as pessoas comecem realmente a respeitar e aplicar os preceitos. Não é rápido, assim como
qualquer ação focada em mudar culturas organizacionais, e infelizmente muitos gestores
acabam jogando a toalha no meio do caminho, mas reforçamos que todo o esforço se pagará,
todas as cobranças, acompanhamentos e trabalhos em grupo irão eventualmente transformar
até o mais desorganizado colaborador em um defensor, e neste momento o orgulho será algo
indescritível, por isso confie na ferramenta e mãos à obra!
Pois bem, treinamos as pessoas, divulgamos o dia "D" e iremos começar. O mutirão para
descarte deve ter dia e hora agendados. O dia deve ser:
• Único;
E como devemos classificar os itens nesta hora. O diagrama 1 sugere uma regra.
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Diagrama 1 - Regras para Descarte e Segregação
Na execução de uma atividade, cada pessoa acaba mesclando as regras impostas com sua
percepção do correto, e quando a regra não está bem definida, a margem de decisão das pessoas
fica muito grande. Este fator acaba gerando problemas no dia da ação de descarte, até porque a
ação será feita em mutirão.
As regras devem estar claras e bem descritas, e obviamente surgirão situações que
levantarão dúvidas, e estas devem ser sanadas com o a equipe de coordenação. É assim que as
pessoas do mutirão devem ser orientadas.
Ferramentas: Muitas vezes temos vários itens de uma mesma ferramenta, neste caso é
necessário verificar se é interessante distribuí-la a pessoas que utilizam corriqueiramente, se
realmente seu uso é raro, pode-se guardar uma delas em um local para uso coletivo e então
vender o resto.
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Figura 1 - Ferramentas Desorganizadas
Documentos: Uma empresa deve ser organizada o suficiente para ter regras de
manupulação de documentos por tipo, com período de arquivamento e forma de descarte.
Estas devem prever necessidade de utilização em processos judiciais, em levantamentos
internos ou necessidade contábil. Isso é algo que não se decide em mutirão, nele se busca
desrespeito ao procedimento já implantado.
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Figura 3 - Diversas Folhas
Material Publicitário: Possui tempo de vida curto, pois produtos e condições mudam
constantemente. Se tivermos material publicitário parado na empresa, devemos buscar
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maneiras de distribuí-lo no mercado antes que fique obsoleto. Material que já não está mais
atualizado deve ser descartado, a perda fica de lição na hora de nossa próxima ação
publicitária.
Componentes e peças de nossos produtos: Aquelas peças e partes que são obsoletas, ou
de modelos diferentes dos utilizados normalmente, ou que sobraram de alguma manutenção
ou produção em particular. Estas existem em muitas empresas, sempre guardadas para a
ocasião de um dia precisar, e muitas vezes quando a empresa realmente precisa compra uma
peça nova, pois ninguém se recorda que existia outra guardada. Basicamente a equipe do
programa 5S deve registrar todas as peças, e ser crítica quanto à permanência destas na
empresa. Se não temos expectativa de uso, vendemos ou descartamos. Se o empresário
pensar que é um prejuízo, deve-se ter em consciência que o prejuízo já ocorreu pela compra
de item que não tem serventia.
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Figura 8 - Peças e Componentes Sobressalentes 2
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Estes foram alguns exemplos do que pode ser encontrado em uma empresa no mutirão
de descarte, obviamente muitas outras coisas podem aparecer, e o coordenador do programa
deve preparar a equipe, e sanar dúvidas quando surgirem.
O senso Seiton (Arrumação) possui como lema "Um lugar para cada coisa e cada coisa
em seu lugar". Depois de descartarmos tudo o que não necessitamos no senso 1 e
classificarmos todos os itens da empresa por frequência de uso, chegou a hora de definir como
ficará a disposição destes para os funcionários.
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Figura 11 - Distâncias dos itens em um escritório
A idéia aqui será definir um arranjo físico simples que permita obter apenas o que você
precisa, quando precisa. Este layout, seja em qualquer setor da empresa, deve contemplar:
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Conservação - o local de armazenamento deve ser pensado para priorizar a
conservação do item e a segurança do usuário;
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Aspectos ergonômicos - no layout, fatores como peso de itens deve ser
considerando quando estipulamos local em prateleiras, logística de
armazenamento e procedimento de utilização;
Figura 15 - Ergonomia
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Estocagem funcional - Um bom exemplo são ferramentas dos manutentores de uma
empresa. Diversas podem ser as funções (elétrica, mecânica, hidráulica, predial), inclusive
entre setores. Nas imagens 17 e 18 exibimos o "antes" e o "depois" na disposição das
ferramentas de trabalho dos mecânicos de uma determinada empresa.
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Figura 19 - Painel de Ferramentas com descrição em texto (Depois)
Nota-se a facilidade com que qualquer um pode identificar qual a ferramenta necessária
e pegá-la imediatamente, e todas que não estão no quadro saltam aos olhos do observador.
Nas figuras 21 a 26 temos outros exemplos.
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Figura 21 - Engrenagens sem local definido (Antes)
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Figuras 23 e 24 - Engrenagens Dispostas em painel I / II (Depois)
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Figura 26 - Ferramenta faltando na gaveta com EVA (Depois)
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Figura 28 - Material de Escritório (Depois)
2. Ganhar espaço.
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Figura 29 - Arquivo sem identificação (Antes)
Na figura 30 temos uma gaveta totalmente desorganizada, com itens que nem ao menos
são documentos, todos escondidos dentro do móvel. Estes itens devem estar em local
diferenciado e segregado.
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Figura 31 - Imagem para organizar pastas
Ponto interessante nesta identificação - Identificar cada pasta como parte de texto ou
desenho, onde visualmente pode-se verificar qual pasta está faltando e onde colocá-la.
Importante: Ganho de tempo!
Deve-se reduzir o uso de vias de documentos, cópias, impressos, relatórios, tudo que é
digitalizado e eletrônico acaba sendo bem melhor. Proiba de se colocar objetos sobre
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armários, janelas e debaixo de mesas, e conscientize as pessoas a devolver o item
imediatamente após o uso.
• Reuniões de 1 hora;
Princípio PEPS
O princípio do "Primeiro que Entra, Primeiro que Sai", do inglês FIFO (First In, First Out),
consiste em usar o item que está a mais tempo no estoque, no diagrama 2 fica mais fácil
visualizar como este conceito deve funcionar.
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3.3. 3ºS - Seiso - Limpeza
O terceiro senso trata da limpeza no ambiente de trabalho, porém vai muito mais a
fundo no tema. Obviamente varrer o chão e passar um pano nas mesas é importante, porém o
que o programa 5S propôe é um nível avançado de limpeza em todo o ambiente de trabalho,
inclusive nos equipamentos. Quando um equipamento fabril, por exemplo, está
completamente limpo, qualquer vazamento ou anomalia neste é prontamente identificada, e a
fonte causadora facilmente evidenciada.
2. Descobrir e remover a causa da sujeira - Rotina perpétua. Uma vez limpo, o ambiente
de trabalho deve ter uma rotina de limpeza diária, semanal e mensal. É natural que
conforme os dias se passam, os profissionais identifiquem um determinado local que
constantemente requer mais atenção na limpeza, um agente causador de sujeira (ex:
vazamentos, comportamento de alguma(s) pessoa(s), problemas prediais). Neste
momento deve-se estabelecer um plano de ação para eliminar o agente causador;
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• Macro - Limpeza do setor, predial. Exemplos:
- Limpeza do teto do setor: Frequência bimestral, responsabilidade dos
funcionários do determinado setor, em mutirão e no mesmo momento (quando
não necessária equipe especializada e treinamento em altura);
- Limpeza do chão: Frequência diária, responsabilidade de cada um dos
funcionários em seu espaço de trabalho, 5 minutos antes do almoço e 10 minutos
antes do final do expediente;
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- Limpeza da gaveta: Frequência indeterminada (em sujidade
identificada), responsabilidade do usuário;
Deve-se também estabelecer regras do que não fazer, como evitar o uso de ar
comprimido e solventes. Parece óbvio, mas é muito comum uma pessoa limpar seu ambiente
com ar comprimido, que arremessa os resíduos para o ambiente de trabalho do colega, na
prática apenas mudando o lugar da sujeira, e sujando o que já estava limpo.
Por fim, nas imagens 36 a 40 verificamos exemplos de ambientes com alta sujidade e
desorganização, exemplos a não serem seguidos.
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Figura 36 - Fábrica indiana com Péssimas Condições I
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Figura 38 - Produção de Velas de Ignição
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Figura 40 - Sujeira em Área de Manutenção 2
Quanto a bons exemplos, uma série de imagens da fábrica da Toyota ilustram bem um
ambiente limpo e bem conservado. (figuras 41 a 44).
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Os sensos do 5S são bem demonstrados na imagem 41, as luvas brancas deixam claro
que o nível de limpeza é alto, as ferramentas de uso frequente estão ao alcance da mão e na
frente do usuário, e dispositivos luminosos cumprem organizadamente o papel de alerta para
anomalias.
Na figura 42 nota-se que todos os móveis possuem rodinhas, o que facilita sua
disposição e mudança de local. As bancadas possuem abaixo delas prateleiras móveis para
maximizar a utilização dos espaços. Cada gaveta do arquivo está identificada com seu
conteúdo.
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Figura 44 - Kit de Limpeza
A padronização ou asseio significa criar condição para garantir a saúde física e mental, e
isso pode ser entendido de maneira introspectiva e extrospectiva. Em outras palavras, no
asseio pessoal e no das instalações.
• Asseio Pessoal;
- Usar roupas limpas, uniforme;
- Lavar as mãos, escovar dentes, cortar e limpar unhas, etc.;
- Fumar em locais adequados;
- Limpar EPI´s todos os dias;
- Usar banheiros de forma adequada;
Isso tudo parece simples, mas a empresa deve ser rígida quanto à correta utilização de
itens como EPI e uniformes. Em empresas de serviço ou que exigem contato direto com o
cliente, coisas como botões abertos da camisa e gravata frouxa, ou marcas de sujeira nas
mangas, dão uma péssima impressão de sujeira.
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- Manter instalações limpas.
Na pintura das paredes deve ser usado um padrão de cores para cada setor ou grupo
de setores;
Os avisos ou placas de sinalização devem ser padronizados em toda a empresa, com
a mesma identidade visual, de fácil visualização e leitura;
O piso deve ser demarcado entre áreas de trabalho, de descarte, de alerta de
segurança, e sempre que for necessário;
Indicadores de segurança com saídas de emergência e extintores de incêndio devem
ser especialmente identificados;
Tubulações devem ser identificadas;
Tomadas devem ter voltagem identificada;
Em caso de indústria, maquinário com padronização de cores;
Ferramentas com padronização de cores e identificadas;
Criar padrões de alerta e mecanismos que facilitem a identificação de anomalias, de
maneira customizada para o tipo de atividade executada;
As pessoas devem cuidar de seu setor, e igualmente das áreas comuns, sempre como se
fosse sua casa.
“Quem suja limpa”;
“Melhor do que limpar é não sujar”;
“Do meu ambiente de trabalho cuido eu”.
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Figura 45 - Sentidos
IMPORTANTE
Evite soluções e consertos provisórios;
Atente para a localização de pias para lavar as mãos, com sabão;
Estimule a autofiscalização dos colaboradores quanto à conservação do
uniforme e ambiente de trabalho;
Elimine os riscos, torne obrigatório o uso de equipamentos de proteção e
segurança;
Siga as exigências da brigada de incêndio;
Cuide do produto com muito zelo.
Deve haver um consenso de todos, deve-se estimular o ser humano para que o mesmo
tenha uma auto satisfação. O novo comportamento deverá ser obtido por todos na empresa, e
a partir daí deve-se entrar em um ritmo de melhoria contínua.
Todos precisam entender que o processo de implantação dos 5'S tem uma fase inicial
árdua, onde muitas pessoas são envolvidas e muito tempo é investido para que as instalações
passem a respeitar todos os sensos. Até aqui procedimentos foram criados, layouts
repensados e alterados, inúmeros treinamentos aplicados, e uma grande mobilização no dia
"D" realizou uma grande "faxina" e um consequente descarte, e visualmente muita coisa
melhorou. Porém os maiores ganhos de todo este esforço não vêm neste momento, mas nos
dias, meses e anos que se seguirão onde as pessoas não mais gastarão tanto tempo nestas
atividades, pois a manutenção da limpeza e da organização deixará o trabalho imensamente
mais rápido e prático.
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Retomando o exemplo da máquina que passou por uma limpeza pesada citado
anteriormente, obviamente temos um imediato resultado estético desta e do setor como um
todo, mas a maior vantagem que esta empresa terá será:
- Investir apenas poucos minutos por dia do operador na limpeza de seu maquinário ao
invés de diversas horas em grandes espaços de tempo, para trazer a máquina da imundície à
limpeza;
Fica evidente portanto que a fase de implantação é frutífera, mas o ganho real se dará
na eficaz manutenção do que conquistamos na implantação. Parece óbvio, mas infelizmente
muitos gestores caem nesta armadilha por negar ou não caprichar no quinto senso. Para evitar
que percamos as conquistas, a "Disciplina" deverá ser conquistada com a implantação de
auditorias, tanto previamente agendadas como algumas de surpresa. No capítulo sobre as
auditorias, iremos explicar melhor como executá-las.
O diagrama 3 ilustra como deve ser a mentalidade das pessoas dentro de cada senso
visto previamente, e a indagação para saber se a empresa está pronta.
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Diagrama 3 - O Shitsuke e a conclusão dos sensos
4. A Implantação
Diversas são as maneiras que nasce a idéia de implantar o programa 5S em uma
empresa, pode ser pela iniciativa de um gestor da qualidade ou da produção, ou pode ser por
imposição da diretoria. Mas os passos da implantação são sempre os mesmos. A partir deste
ponto, iremos tentar colocar as informações de uma maneira bem abrangente, dando opiniões
sempre observando o tamanho da empresa e seu ramo de atividade.
Obviamente os conceitos são os mesmos, mas um ou outro recursos são mais ou menos
aplicáveis dependendo do número de funcionários da empresa, ou do ramo em que trabalha.
A partir destes passos, o Presidente do Comitê deverá interpretar as informações passadas
neste material e os modelos de relatórios e registros, e customizá-los às necessidades do
ambiente que receberá a implantação.
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4.1.1. Objetivo
Razões para a decisão pelo 5S, os benefícios tangíveis e intangíveis para o programa e
uma proposta de indicadores para acompanhamento da eficácia da implantação, coleta de
sugestão de metas da diretoria, se houverem. Os indicadores que devem ser usados aqui são:
4.1.2. Cronograma
Cronograma PRELIMINAR das ações a serem tomadas. Destacamos que este cronograma
não tem a pretensão de ser imutável, porém deve tentar refletir a expectativa de ação por
parte do gestor responsável.
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Figura 46 - Cronograma Preliminar
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Conhecimento de micro informática;
Sem restrições para atuação operacional (trabalho de campo).
4.1.4. Escopo
Devem-se definir quais setores passarão pelo programa 5S. Não recomendamos que se
deixe de fora um setor, salvo em casos de uma empresa muito grande ou com diversas
plantas, e que a implantação tenha de ser em estágios.
A convocação parece algo impositivo, e pode incomodar alguns que se julgam muito
ocupados para contribuir com o comitê e justamente por isso, nesta etapa os profissionais
precisam ser comunicados que a diretoria em conjunto com o presidente do comitê os
elegeram por acreditar na capacidade deles de viabilizar o programa com sucesso, e por
acreditar no pensamento "se você quer que algo seja bem feito, passe para alguém ocupado
fazê-lo...". Esta frase já foi dita diversas vezes por gestores que perceberam que suas equipes
são compostas por pessoas com mais ou menos proatividade, e as mais interessadas
geralmente já acumularam muitas tarefas e estão sempre ocupadas, porém continuam
entregando resultados e sendo eficazes. É disto que o comitê precisa!
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Se realmente alguém pedir para não fazer parte, deve-se determinar outra pessoa
imediatamente para ocupar seu lugar, alertando a diretoria da mudança. No final das contas
precisamos de pessoas que não se sintam obrigadas a contribuir.
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Figura 47 - Trecho do Checklist de Auditoria
A equipe pode ser dividida em duplas ou trios por setor visitado, não sugerimos visitas
de integrantes sozinhos, pois a idéia é um bater fotos e o outro anotar. É importante que os
integrantes desta dupla (ou trio) não sejam do setor visitado, até para evitar condescendências
e falsas justificativas para a situação atual.
Lembre-se: fotografe e registre o que encontrar no momento em que entrar, não aceite
justificativas de que o item está fora do lugar só naquele momento ou está em local
inadequando apenas por estar esperando outro setor buscar. Se chamou a atenção seja por
limpeza, organização, frequência de utilização ou pela equipe entender que é possível uma
melhoria, registre!
Todos os checklists preenchidos e fotos registradas dos setores devem ser organizados
no Registro de Diagnóstico da Situação Atual e então sumarizados na Apresentação de
Diagnóstico (disponibilizados no site). Cada equipe digita e prepara a apresentação dos setores
que visitou, e envia ao Presidente do Comitê ou designado para juntar todas as planilhas e
apresentações e fechar a conclusão.
Esta apresentação por enquanto ficará apenas com o comitê, e será usada mais adiante.
Todo material gerado deve ser colocado em uma pasta na rede, fechada ao comitê, e bem
organizada que é para dar o exemplo!
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4.4. Planejamento - Criando a Mascote e a Identidade do Programa
Mantendo a nossa tendência de buscar motivação e prazer em executar o programa 5S,
precisamos criar uma identidade e uma mascote, que estarão presentes em todo o material de
promoção interna da implantação, quando esta se iniciar. Aqui as habilidades gráficas do
integrante do comitê que sugerimos anteriormente serão muito úteis. Neste processo o
próprio comitê pode criar ou abrir este processo à toda a empresa, o que recomendamos.
Abrir o processo de criação da mascote (e seu nome) a todos na empresa com certeza
aumentará o engajamento geral. Organizando uma competição criativa interna para que todos
possam ajudar a escolher a mascote, desenhando ou pelo menos descrevendo o que imagina.
Se isso for feito, deve sê-lo entre a etapa 4.5 e 4.6 deste material, pois previamente é
necessárido divulgar o programa. Cerca de duas semanas serão suficientes para as opiniões,
coletadas em folhas depositadas em urnas ou entregues diretamente a membros do comitê,
com desenho ou descrição da idéia e nome+setor do criador. Estas criações deverão ser pré-
selecionadas pelos integrantes do comitê (deixando de três a seis opções para votação),
desenhadas pelo designer e colocadas em um mural para apreciação e votação, também em
urna e em um papel simples com o nome das opções, com data-limite para votar, apreciação
dos votos e divulgação da escolha a todos. A esta etapa sugerimos cerca de uma semana,
obviamente sujeita ao tamanho da empresa e número de funcionários.
Você também pode aproveitar a oportunidade para também criar um lema para o
projeto, uma frase ou pensamento para acompanhar todas as publicações do programa. Estas
frases podem também passar por um processo de criação coletiva em conjunto com a
mascote.
A identidade do programa é a fonte dos textos usados, padrão de cores usado, e tudo
que visualmente será exibido futuramente em avisos, instruções, jornais internos e guias de
informação.
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4.5. Planejamento - Divulgando o Programa 5S para Todos
Obviamente o tamanho da empresa influencia e muito nas maneiras mais eficazes de
ser divulgar informações. Dividimos aqui a divugação do Programa 5S's em duas partes, um
comunicado básico para toda a equipe de uma vez sobre o projeto, onde uma noção geral do
conceito é passada, com objetivos e ganhos previstos. E um treinamento elaborado com
número reduzido de pessoas, onde o 5S realmente será ensinado.
A divulgação inicia do programa deve ser via discurso, nunca por email ou mural,
estes recursos são para depois!;
Quem divulga é o Presidente do Comitê, os integrantes devem dar suporte
operacional e convocar as pessoas;
Sugerimos apresentar o Programa 5S reunindo as pessoas antes de iniciar os
trabalhos do dia, ou em uma apresentação logo no início do expediente,
enquanto os profissionais ainda não se envolveram em problemas do dia a dia;
É de extrema importância a participação de pelo menos um membro da
diretoria nas apresentações, para mostrar a importância do programa;
Tente fazer uma apresentação com todos os profissionais da empresa no
mesmo momento. Se não for viável, faça na sequência, turma após turma;
A apresentação deverá levar cerca de 15 minutos, aborde basicamente uma
visão macro do que é o 5S, os ganhos que a empresa espera obter e quão
importante será a colaboração de todos;
O comitê deve, um dia antes, avisar a todos da apresentação com local e
horário, podendo pedir auxílio aos supervisores das áreas se necessário;
Os funcionários devem ser avisados de quem é membro do comitê, e para
ficarem atentos aos murais da empresa para comunicados e informativos. Todos
os meios de comunicação que o comitê determinou para serem usados na
divulgação do programa devem ser mencionados;
Alerte-os que as convocações para os treinamentos serão feitas em breve;
45
Depois de validar as listas dos funcionários com os responsáveis das áreas, os
integrantes do comitê devem então divulgar estas listas pela empresa, devem garantir que os
gestores reforcem a necessidade das pessoas participarem do treinamento, e que participem
também por sua vez. Neste convite já deve ser utilizada a mascote criada, a identidade visual
definida, e a imaginação. Se houver recursos, invista em banners com frase de efeito e cartazes
impressos em gráficas.
Importante: Deixe claro para as pessoas que o dia "D" chegará, e que neste dia todos
irão ajudar a limpar e organizar a empresa inteira. Peça para que eles não se antecipem
limpando ou organizando nada que já não o façam no dia a dia, pois o exercício do "antes" e
"depois" será muito importante para mostrar os ganhos dos setores e da empresa como um
todo. O dia D não será uma disputa entre setores para determinar o menos organizado e
limpo, a única avaliação será o "antes" e o "depois" do próprio setor. Como no dia D a sucata
será pesada, se um setor já promover uma limpeza diferenciada antecipadamente, nosso
indicador será afetado.
Introdução;
Vantagens;
Objetivos da empresa com o 5S;
Dinâmica da Gaveta Parte I;
Os cinco sensos;
Dinâmica da Gaveta Parte II;
Regras de Auditoria e Perpetuação.
A apresentação pode ser feita em Power Point, até mesmo nossos vídeos podem ser
utilizados. Consulte a central da Codeva para conhecer as opções para diversos usuários do
nosso site de treinamentos.
Parte I - As pessoas ainda não foram apresentadas aos cinco sensos, e irão encontrar
dificuldades de executar uma tarefa que passaremos a eles, aprendendo que em ambientes
desorganizados, a improdutividade é grande vilã.
46
Precisaremos de um gaveteiro de plástico por equipe, como o da figura 49. Este deve ter
sido recheado de canetas de diversas cores e modelos com e sem carga, lápis coloridos,
apontador, estilete, trena, tesoura, cola bastão e líquida, clips de papel novos e tortos, rolo de
fita adesiva. Enfim, uma série de itens de material de escritório incluindo estragados ou sem
carga, e repetidos, bagunçados e espalhados entre as gavetas.
Entregue a cada grupo uma folha sulfite e peça para que registrem os nomes e as
funções. Quem anota sempre é o(a) secretário(a). Conceda 5 minutos para a definição e
anotação na folha. Peça para que leiam os nomes em suas folhas e registre em seu próprio
caderno.
Entregue a cada grupo um gaveteiro já com o material de escritório dentro, peça para
não tocarem nele enquanto não for autorizado. Peça para o cronometrista, com um
cronômetro de celular ou relógio, ficar a postos para tomar o tempo do grupo.
A tarefa será a seguinte, o grupo deve inserir no verso daquela sulfite, oito problemas
que a falta de limpeza ou a falta de organização podem gerar na empresa. Porém eles deverão
escrever cada problema de uma cor, seja de lápis ou caneta, procurando na bagunça do
gaveteiro opções de canetas para a atividade, deparando-se com material sem carga e lápis
sem ponta.
47
Deixe claro que quanto mais rápido melhor, e que a beleza da folha de anotações também será
avaliada. Deixe as equipes correrem e irem terminando até o máximo de 12 minutos. Peça
para cada cronometrista o tempo e anote (se tiver um flipchart será muito útil).
Parte II - Aplicada após serem abordados os cinco sensos, a segunda parte da dinâmica
da gaveta será organizar uma gaveta imaginária de material de escritório.
Distribua para cada equipe uma folha de EVA com medida A3 e uma cartolina branca.
Passe a seguinte atividade, a equipe deve avaliar tudo que está no gaveteiro, anotar em uma
folha o que será mantido, o que será descartado e o que será enviado para o almoxarifado da
empresa (por duplicidade).
48
Figura 51 - Exemplos de Resultado II
49
de funcionários e de quanto tempo eles podem se ausentar. Iremos abordar estas figuras
adiante como Guardiões do 5S. Como serão os responsáveis do programa no seu setor, podem
ser responsáveis por planos de ação.
Uma reunião de Brainstorming não pode levar mais do que uma hora. Grandes nomes
da administração julgam que um bom líder de grupo consegue ótimos resultados em uma
reunião de trinta minutos, porém esta regra varia perante a complexidade do assunto.
50
Nesta dinâmica, o objetivo deve estar bastante claro para todos os participantes. Por
isso é muito importante que tenha havido uma preparação para a reunião, como uma
explanação do tema para as pessoas envolvidas, no momento da convocação, explicando
exatamente a temática a ser tratada. Quanto mais rápido as pessoas forem plenamente
orientadas dos objetivos, maior será o rendimento da dinâmica.
- Criatividade: Deve-se haver sempre grande estímulo à criatividade, pois esta gerará
alta quantidade de ideias. Nenhuma ideia deve ser desprezada;
O funcionamento da Dinâmica
Deve-se determinar um líder para a dinâmica, que geralmente é a pessoa que a convoca.
Pode-se também determinar um secretário para registrar todas as ideias levantadas, ou um
gravador.
51
Ao iniciar o brainstorming, o líder deve repassar as regras da dinâmica, bem como os
motivos de sua execução e os objetivos a serem alcançados. É interessante ressaltar a
importância da participação das pessoas da equipe montada.
Importante: Não é interessante montar uma equipe com grande disparidade de níveis
hierárquicos, pois muitas pessoas podem se sentir intimidadas pela presença de superiores, e
não expor as ideias ou raciocínios que poderia.
Ao transcrever ideias para o quadro, cuidado para não interpretá-las de uma maneira
diferente à falada pelo seu autor. Tente usar as mesmas palavras deste.
Ao final da dinâmica, releia todas as ideias garantindo que todos entenderam seu
significado. Caso necessário, o líder pode pedir ao autor da ideia que a explique com mais
detalhes. Neste momento devem-se encontrar ideias em duplicidade, unindo-as em uma
apenas. Ao fazer isto, sempre se deve verificar se os participantes concordam que se trata da
mesma ideia. Em caso de discordância, manter as ideias separadas.
52
Para facilitar este processo de seleção, o secretário ou até mesmo o líder, pode
organizar as ideias em assuntos ou por simplicidade de aplicação, por custo de implantação ou
qualquer outro critério aplicável.
O grupo de avaliação pode ser composto pelas mesmas pessoas que compuseram o
grupo de brainstorming, que estarão mais familiarizadas com o assunto, ou pode ser composto
de outras pessoas, com poder de decisão ou facilidade diferenciada de implantação. Qualquer
uma das maneiras é válida e eficaz, porém na segunda hipótese, o líder deve explicar
satisfatoriamente cada uma das ideias para os participantes do grupo de avaliação.
Esta ferramenta foi concebida para poder ser usada por todos em uma empresa, até
mesmo por trabalhadores fabris. Kaoru Ishikawa previa que cerca de 95% dos possíveis
problemas de qualidade poderiam ser resolvidos utilizando-se deste diagrama. Hoje se trata de
uma das ferramentas mais conhecidas e utilizadas na Gestão da Qualidade atualmente, sendo
bastante eficaz na organização de ideias dadas para solucionar um problema ou um efeito que
se deseja aperfeiçoar. Este Efeito deve ser o tema do diagrama, sendo descrito na sua parte
direita, ou a “cabeça do peixe”.
Nos anos 60, Ishikawa inseriu esta ferramenta na Metodologia de Qualidade Industrial,
posteriormente evoluindo para os Círculos de Controle de Qualidade, que classificaram o
Diagrama de Ishikawa como uma das 7 ferramentas principais da qualidade.
Entende-se que temos além dos Grupos de Causas, as causas primárias e secundárias. As
primárias geralmente são genéricas e abrangentes demais, devendo ser mais bem detalhadas.
53
responsáveis”. Dependendo do interesse em aprofundar o assunto, podem-se inserir causas
terciárias.
Figura 53 - Ishikawa
54
Importante: Vale lembrar que estes grupos pré-definidos são simplesmente para facilitar
a organização das ideias, e são voltados principalmente para uso em indústrias. Pode-se criar
qualquer tipo de Grupo de Causa, para customizar a utilização do diagrama em outros campos
da administração e gestão.
O diagrama de Ishikawa possui uma infinidade de aplicações, não há limites para sua
utilização. E quanto mais detalhes forem inseridos em suas “espinhas”, maior qualidade terá o
plano de ação encontrado. Deve-se lembrar de que quanto mais aprofundada for a busca pelas
causas geradoras do efeito, mais chances os participantes terão de encontrar todos os desvios,
e consequentemente, mais chances de se livrar deles.
Ao examinar detalhadamente as causas (Figura 54), pode ser tentador tentar livrar-se
dos sintomas do efeito, e não do efeito em si. Cabe ao líder identificar estas situações e corrigir
a rota dos raciocínios, pois os sintomas são simplesmente os alertas de uma causa principal, e
evitá-los sem dar atenção a esta causa principal pode não eliminar o efeito, ou eliminá-lo
temporariamente.
55
Figura 55 – Causas primárias e secundárias
Um aprofundamento ainda mais eficaz e produtivo seria avaliar se este rolamento está
inserido em um programa de manutenção preventiva da máquina, ou se outra peça ocasionou
sua deterioração. Estas ações poderiam prolongar ainda mais a solução, ou atendê-la em
definitivo.
É sempre interessante avaliar a mudança dos fatos analisados. Muitas vezes fatos
desviam de normas e padrões, este é um indício de que se deve aprofundar mais os estudos.
O Diagrama de Ishikawa possui como grande vantagem a eliminação da busca pela causa
verdadeira, em detrimento da busca por diversas causas diferentes, ou ramificações diferentes
de um mesmo sintoma. Sua estrutura estimula os participantes do processo a pensarem em
conjunto, em novas fontes causadoras do efeito estudado, estruturando suas ideias em um
diagrama visual e de fácil entendimento e aperfeiçoamento posterior.
56
- Baixa Variedade/ Alto Impacto: São as que representam maiores ocorrências e
maiores prejuízos ao processo. Devem ser trabalhadas imediatamente.
Exemplo:
Vamos estudar o caso de uma máquina que possui alto valor da hora trabalhada, e que
esteja obtendo baixa utilização de tempo graças a uma série de problemas, uns mais comuns,
outros menos.
Verificamos que o total de horas paradas não programadas da semana foi de 46,85h. O
próximo passo é calcular individualmente a participação de cada uma elas em percentual “%”,
colocando estes valores em uma coluna lateral, bem como o percentual acumulado.
57
Notamos imediatamente que os três primeiros motivos de parada representam juntos
78,1% do tempo total parado da máquina na semana em questão. Em número de motivos,
estes representam 33% do total. Caberá portanto aos gestores trabalharem sobre estes
principais motivos de parada do primeiro ao último, até o momento em que uma nova ação de
melhoria não se pagaria perante o ganho em tempo de máquina.
Gráfico 1 - Pareto
58
Figura 56 – Simbologia do Fluxograma
59
A existência de fluxogramas é fundamental para facilitar o entendimento do
funcionamento de sistemas. Muitas áreas da engenharia possuem seus próprios modelos de
fluxogramas. A engenharia elétrica possui símbolos que representam dispositivos e
componentes elétricos, a linguagem de computação possui símbolos representando
processamentos e outras funções, e assim por diante.
- Símbolos de Decisão (Losangos) sempre devem ter saídas bem determinadas, com
caminhos concluídos para cada opção;
60
de ações. Esta metodologia é mais completa do que a descrita anteriormente, e justamente
por isto, aumenta o grau de compreensão dos participantes sobre a ação, e deixa claro os
custos de implantá-la, assim como outras possíveis dúvidas a respeito. Segue:
Um bom exemplo de plano de ação preenchido com a ferramenta 5W2H pode ser
visto na tabela 15. O conteúdo deste exemplo é uma reprodução do plano de ação visto
anteriormente, é importante ressaltar que muitas vezes, ao preencher um plano de ação em
formato 5W2H, a necessidade de informações a serem colocadas no plano ajudam os
participantes a enxergar um possível problema futuro, ou uma melhor maneira de agir em
alguma circunstância. Esta é uma das grandes vantagens desta ferramenta.
61
Tabela 3 – 5W2H
Vale lembrar que a estrutura vista anteriormente ainda se faz parcialmente necessária.
O Fator, que antecede o “What / O que?”, e as colunas de acompanhamento ação a ação.
62
O 5S é um conceito muito visual, portanto sejamos também muito visuais na sua
divulgação. Devemos colocar banners e cartazes em áreas de circulação, deixar as pessoas
animadas e percebendo que a empresa está mobilizada e valorizando muito o programa.
Recomendamos a pesquisa de sites na internet que possuem histórias em quadrinhos para
conscientizar sobre o programa, é barato e surte bom efeito com sua linguagem simples e
design profissional.
4.7.1. A Cartilha do 5S
O comitê dos 5S deve disponibilizar às pessoas uma cartilha do 5S na semana dos
treinamentos. A capacitação em sala ajudou as pessoas a conhecer a ferramenta, mas para
que a ideia se fixe e realmente entre na cultura da empresa, as mensagens e recomendações
precisam ser constantemente vistas, e as pessoas precisam ter informações à mão para sanar
dúvidas e relembrar os conceitos.
63
Não é necessário entregar uma cartilha por funcionário, vamos pensar no meio
ambiente. Uma impressão pode ser disponibilizada no setor e uma versão online divulgada em
intranet.
É difícil prever quantas horas do dia serão necessárias para o trabalho, isto depende do
tamanho dos setores principalmente, e da quantidade e habilidade das pessoas do comitê do
5S para conseguir dar suporte aos funcionários e realizar a pesagem e registros do material
segregado. Iremos prever entre uma hora e meia a quatro horas. Em alguns casos podemos
considerar o dia todo para determinados setores da empresa, seriam as ocasiões aonde a
empresa possui entulho, sucata, grandes equipamentos que serão destinados à venda ou à
própria sucata, e muito estoque obsoleto que será segregado e inventariado. Mais uma vez
aqui o Presidente do Comitê deverá antever as ações mais demoradas e já preparar o comitê e
a diretoria.
Todos dos funcionários devem começar juntos, cada grupo em seu setor, e os
profissionais do comitê devem, juntamente com o Presidente, andar pelos setores dando
64
suporte e fazendo uma espécie de auditoria do serviço sendo realizado. Todos os setores
devem ser fotografados neste dia pelo comitê, se for possível filmar o trabalho melhor ainda.
O objetivo será descartar ou enviar para a manutenção ou almoxarifado tudo que não é
necessário, ou não está em boas condições, e limpar tudo que restou inclusive o ambiente. A
limpeza deve ser primorosa, nenhuma sujeira visível pode ser deixada para trás. Áreas comuns
da empresa podem ser divididas um pouco para cada setor limpar.
Por este grande aumento de demanda, deve-se preparar um bom espaço no setor dos
manutentores demarcado com fitas coladas no solo ou cones com fitas zebradas para receber
estes itens. As folhas onde o envio dos itens à manutenção foi registrado devem passar pelo
Comitê do 5S posteriormente, para confecção de um relatório que mencionaremos adiante. O
responsável pela manutenção deve montar um plano de ação com a relação de itens
recebidos, e prazo para conserto de cada um deles. Quando este reparo for dispendioso ou
não for viável no momento, deve-se coletar um parecer da diretoria com a destinação final.
Quanto aos profissionais de limpeza, estes devem disponibilizar previamente ao dia "D"
uma generosa quantidade de material de limpeza, panos e produtos. Sugere-se que
acompanhem o dia D de perto para dar auxílio aos profissionais que podem não saber limpar
com os produtos corretos.
65
4.8.2. Tratamento do Descarte
No dia "D" muitos itens sairão dos setores com diversos tipos de destino. Antes de
qualquer coisa devem-se determinar áreas na empresa para destinação do material, as
pessoas precisam ser avisadas previamente onde estes locais ficarão. E tais espaços devem ser
generosamente demarcados, pois o volume de material é sempre alto.
O comitê precisa disponibilizar uma balança para pesagem de cada tipo de descarte. No
caso de itens não descartados (manutenção, realocação ou venda), deve-se apenas guardar os
registros para tratar após o dia "D".
Mas ainda resta muito para estarmos inseridos completamente no programa 5S. Agora a
tarefa dos setores continuará, porém de uma maneira mais criativa e intelectual. O que saltava
aos olhos foi resolvido, porém muito ainda precisa ser organizado. Neste momento os
conhecimentos adquiridos de ferramentas de qualidade serão necessários. O responsável do
setor ou funcionário escolhido para ser o Guardião do 5S será o responsável por reunir toda a
equipe daquele determinado setor (ou dependendo do número de pessoas, reunir apenas
alguns), e juntamente com pelo menos um representante do comitê do 5S, realizar um
brainstorming para coletar todas as não-conformidades e necessidades de melhoria que seu
setor apresenta dentro da metodologia do 5S. Ou seja, tudo que precisa ser criado,
rearranjado ou reformado deve ser levantado pela equipe. Os pontos a analisar são:
66
b) Identificação de áreas e baldes/recipientes de descarte;
Todas as necessidades que não forem atendidas devem ser tratadas com uma ação, cujo
responsável deverá ter uma semana para criar, envolvendo sua equipe. Não cobramos que isto
seja resolvido em uma semana, apenas que tenha sido identificado e um prazo de tratativa
tenha sido estabelecido com um responsável (pessoa, não setor). Reforçamos que é bastante
produtivo se um integrante do comitê participar do processo, para não ter de retrabalhar o
plano de ação com o responsável do setor.
Depois de todos os setores fazerem seus planos de ação e estes serem validados pelo
Presidente do Comitê, uma cópia deve ser arquivada com ele. O comitê deverá listar todas as
67
ações com data e responsável e a partir deste momento, serão os auditores da execução das
ações.
Uma versão resumida deste relatório deve ser divulgada através de um informativo para
todos da empresa. Se possível, com um comentário motivador dos diretores da empresa.
Recomendamos fortemente que este relatório seja divulgado no dia seguinte, até para fechar
com chave de ouro o dia do mutirão saciando a curiosidade dos participantes.
Temos estratégias para aumentar a eficácia destas implantações e não deixar a "peteca
cair", vamos a elas.
Ao final da sua apresentação que deve levar no máximo 30 minutos, o guardião irá
sugerir à diretoria uma data para a apresentação dos resultados das implantações. Novamente
ele fará a apresentação dos resultados obtidos com fotos da nova situação. Esta segunda
reunião não deverá exceder em 45 dias da primeira, a não ser que as mudanças sejam muito
drásticas.
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4.9.2. Informativo 5S com Andamento de Ações
Todos os planos de ação são acompanhados pelo comitê, que irá criar um índice de
atendimento ao plano por setor, com os indicadores em percentual e número total de ações
de melhoria:
- Ações Concluídas;
- Ações Atrasadas;
Estes números devem estar em uma tabela, inserida no informativo com discriminação
de setor e divulgada a toda a empresa, semanalmente. Se o informativo impresso for mensal,
faça por email. Não importa se o atraso foi por problema externo ou de investimento, se está
atrasado entra neste indicador. Reagendamentos também não tiram a ação deste grupo.
69
5. A Manutenção e Padronização
Manter o 5S vivo e sempre bem mantido é a chave para os verdadeiros ganhos do
programa. O choque positivo das mudanças promovidas na implantação dá ótima impressão,
mas é em longo prazo que as enormes economias feitas serão notadas no bolso dos acionistas,
e na qualidade de vida no trabalho, dos profissionais.
O comitê original do 5S está chegando ao final de sua fase mais conturbada, e lhe
restam apenas duas atividades ainda sob a formação original da equipe. Criar uma publicação
interna de rotina e criar o procedimento de Auditorias do Programa 5S. Vejamos na sequência
como proceder nestas atividades e garantir a perpetuação dos sensos.
Deve-se também determinar quem será o responsável direto pelo material a ser
divulgado, e quem ajudará este profissional para tanto. Não necessariamente estas pessoas
necessitam ser as que fizeram parte do Comitê, porém é recomendável pelo ganho de
conhecimento adquirido ao longo da implantação. A tendência é que outros profissionais da
empresa demonstrem interesse pelo tema, e que ocorram adições ou trocas na equipe que
cuidará da manutenção da metodologia.
70
5.2.1. Planejando a Auditoria - Os Auditores e seu Material
De início é necessário se certificar que a equipe que realizará as auditorias é plenamente
capacitada para tanto. Estas pessoas podem ou não ser as que compuseram o comitê do 5S,
normalmente nas empresas trata-se destas mesmas pessoas e mais algumas interessadas. É
fundamental que elas tenham realizado treinamento em todos os tópicos abordados neste
material, e não só nos 5S propriamente ditos.
Sugerimos que a auditoria seja conduzida por uma equipe de dois a três auditores
internos, nunca do mesmo setor, e deve se fazer o possível para alterar as equipes na nova
sessão de auditorias.
O material portado por eles consiste em um relógio para anotar o horário inicial e final,
o Checklist de Auditoria que foi mencionado no tópico 4.3, cujo modelo está disponível para
download no site, uma caneta e uma prancheta para apoiar a folha.
71
Uma metodologia substituta a essa seria a divulgação da relação de setores a serem
auditados com alguma antecedência. Esta prática infelizemente gera a cultura de arrumar tudo
de última hora para mostrar aos auditores, conquistando nada além de um dia perdido dos
profissionais do setor consertando algo que já deveria estar adequado, e depois relaxando
novamente quando os auditores se ausentarem. Vemos muito isso em auditorias de ISO 9001,
no final das contas as pessoas esquecem que a vantagem da metodologia é o resultado diário,
não o sucesso na tentativa de enganar os auditores. A qualidade e atenção dos auditores
podem conseguir desmascaram estas atitutes, mas o impacto da auditoria e seu teor de
manutenção desta maneira ficam prejudicados.
Esta técnica pode parecer rígida, mas se o setor está dentro dos procedimentos
pregados pelo 5S, não terá qualquer dificuldade na auditoria, pois tudo estará visível e bem
demarcado, fácil para qualquer pessoa que não seja do setor entender. O que precisa-se a
todo custo evitar é a correria prévia à auditoria, que dá à equipe do setor uma sensação de
impunidade e ausência de necessidade de respeitar diariamente as regras do programa, já que
uma correria de última hora resolve a questão. Novamente, os grandes ganhos do programa
são colhidos diariamente em longo prazo.
(0) Não atendeu - Não encontrada evidência, ou verificada ação de implantação sem
conclusão e com prazo da ação vencido, ou não está em plano de ação;
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não importa se está em desenvolvimento, a nota é zero e ponto final. Recomendamos que a
rigidez seja proporcional ao nível de maturidade do 5S na empresa, as primeiras auditorias
internas encontrarão muito mais pontos de melhoria do que o quarto ou quinto ciclo. No final
das contas o que mais importa é que o entendimento dos auditores não varie muito entre si,
uma boa estratégia é colocar uma pessoa mais crítica com outra um pouco mais
compreensiva, pelo menos entre a população de auditores.
No processo, os auditores poderão pedir para o responsável abrir todas as gavetas que
desejarem, armários, cabines, salas (obviamente respeitando regras de segurança, não
prejudicando a qualidade do produto). Podem observar documentos, auditar se estão nas
pastas corretas, nas revisões adequadas, se a limpeza está de acordo ou se foram encontradas
superfícies sujas. Enfim, tudo que for necessário para garantir a verificação de todos os pontos
do checklist. Este deve ser guardado para digitação e arquivamento após a auditoria, para
geração do relatório final.
Para uma auditoria profissional, os auditores não podem chegar separados no setor, e
se porventura marcaram hora, também não podem chegar atrasados. É uma exibição de falta
de respeito com o responsável da área e com a importância da auditoria o desrespeito a
horário. Outro cuidado importante é não discordar com o outro auditor no meio do
levantamento. Caso seja um ponto que estes não entrem em consenso, devem registrar a
situação na folha de checklist e debater posteriormente com o Presidente do Comitê,
chegando a uma conclusão com ele.
Ao final da visita, os auditores devem repassar o que foi observado com o responsável,
mostrando seus registros, pontos positivos e negativos. Devemos criar um ambiente de
seriedade e franqueza, sem receio de dizer ao colega o que viu de errado em seu setor. Um
cuidado importante é não criar um debate com o auditado, pois muitas vezes observações
negativas serão questionadas se tornando objeto de discussão. Caso o auditado não concorde
com o parecer do auditor, este deve comunicá-lo que sua opinião será levada ao Presidente do
Comitê para que este avalie a validade da justificativa. O Presidente irá definir qual parecer
acatar, e se julgar interessante, irá pessoalmente visitar este auditado para lhe oferecer sua
visão do problema. Nós entendemos que esta é a maneira mais política e franca de tratar o
problema, seja qual fora a decisão final. Todos se sentirão ouvidos e os sensos estarão sendo
defendidos.
É fundamental criar um relatório que demonstre por setor os resultados, e separe por
sensos o nível de adequação. Esta separação foi feita no checklist, e o relatório deve buscar
73
nestes valores o resultado do setor fornecendo uma nota de 0 a 100%. É interessante
providenciar também um comparativo entre o setor e a média geral da empresa.
Deve-se divulgar para toda a empresa um relatório geral com pontuação por senso, é
decisão do presidente do comitê com a diretoria se o desempenho dos setores será exibido
para toda a empresa ou não.
74
6. A Melhoria Contínua
No ciclo PDCA, ao terminarmos o ciclo da implantação, é chegada a hora de se medir os
sucessos, realizar os ajustes, e passar a viver com as melhorias conquistadas. A partir desta
nova realidade, começamos constantemente novos ciclos de melhoria buscando ganhos ainda
maiores.
Uma estrutura normalmente usada é o baú de sugestões, com fechamento das idéias
mensal e eleição das melhores pelo comitê ou diretoria.
Outro dispositivo usado por empresas é premiar em dinheiro por boas idéias,
principalmente atrelando a resultados financeiros para a empresa. Algo como um dispositivo
ergonômico que diminua afastamentos em um determinado percentual médio, por exemplo.
75
Figura 73 - Programa Boa Idéia II
76
não dão o exemplo limpando suas mesas, o chão de suas salas e áreas comuns, fica mais difícil
passar a mensagem a líderes, supervisores e gerentes que seus cargos não significam o direito
de não se preocupar com asseio e organização, já que funcionários de cargos mais baixos estão
por sua vez realizando estas atividades.
c) Setsuyaku - Senso de Prevenção de Perdas e Economia: Este senso fecha todo o ciclo,
trazendo as preocupações dos profissionais no momento de entrada na Melhoria Contínua à
redução de perdas. O foco das propostas de melhoria, das atualizações de layout, mobiliário,
organização e procedimentos, devem sempre trazer consigo a expectativa de ganho e o tempo
que se calcula para o resultado financeiro ocorrer. Ações sustentáveis de recuperação de
resíduos, tratamento de químicos e reutilização, campanhas de conscientização e dispositivos
eletrônicos de prevenção de gastos de energia são alguns exemplos mais diferenciados deste
tema. Para exemplos mais imediatos podemos citar o controle de validade de insumos e
programa de redução destes por controle de consumo e ponto de compra, entre outros.
Estes três novos sensos propostos se encaixam aos 5 outros já mencionados da seguinte
maneira:
3) - Seiri - Utilização;
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4) - Seiton - Arrumação;
5) - Seiso - Limpeza;
6) - Seiketsu - Padronização;
7) - Shitsuke - Autodisciplina;
78
7. Bibliografia
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ABRANTES, J. (2001) COMO O PROGRAMA DOS OITO SENSOS (8S) PODE AJUDAR NA
EDUCAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, REDUZINDO CUSTOS , AUMENTANDO A
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COUTINHO, M.V.; CASTRO, C.S.P.; SANTANA, E.F.; FRAZÃO, H.S.; AMARAL, Z.P.S.;
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EMBRAPA RECURSOS GENÉTICOS E BIOTECNOLOGIA. VOLUME 1. BRASÍLIA, DF.
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http://www.theatlantic.com/magazine/archive/1982/03/broken-
windows/304465/?single_page=true
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