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SUMÁRIO

1 LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS ...................................................... 3

2 SEGURANÇA DO TRABALHO E LEGISLAÇÃO ........................................ 4

3 SEGURANÇA DO TRABALHO ................................................................... 4

4 METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO E CUSTO DOS ACIDENTES DE


TRABALHO (AT) ......................................................................................................... 8

5 IMPLICAÇÕES DA CONCEPÇÃO CASUAL NA PREVENÇÃO DE


ACIDENTES ................................................................................................................ 9

6 O ACIDENTADO DO TRABALHO: DE VÍTIMA A CULPADO................... 10

7 RESPONSABILIDADE CIVIL A VIGOR DAS LEGISLAÇÕES E NORMAS .


.................................................................................................................. 12

8 A LEGISLAÇÃO NA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO ........ 14

8.1 Artigos na Consolidação das Leis do Trabalho .................................. 15

9 NORMAS TÉCNICAS ............................................................................... 18

10 O QUE É SEGURANÇA DO TRABALHO ............................................. 28

10.1 Celeridade ....................................................................................... 30

10.2 Cautelares ....................................................................................... 31

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 37

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1 LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS

Fonte: www.tce.sc.gov.br

Legislação - Como o próprio nome indica, refere-se ao conjunto de leis que,


no caso avaliado, regulamentam sobre a comercialização, instalação e/ou
manutenção de cercas eletrificadas. Estas leis normalmente se referem às
características técnicas do equipamento eletrificador, assim como às características
básicas de instalação, como por exemplo, alturas mínimas da cerca, aterramento, etc.
Normas - São compostas por um conjunto de regras que devem ser cumpridas,
podendo ser de natureza técnica, construtiva, procedimental, de segurança,
desempenho, etc. As normas oficialmente adotadas no Brasil são editadas pela ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), que por sua vez possui a prerrogativa
de adotar, por inteiro ou parcialmente, normas internacionais, normalmente editadas
pelo IEC (International Eletrotechnical Comission), assim como modificá-las
objetivando uma "nacionalização" das mesmas. No caso da norma Brasileira sobre
eletrificadores de cercas, foi adotada por inteiro a norma IEC, resultando assim na
norma ABNT NBR IEC 60335-2-76.

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2 SEGURANÇA DO TRABALHO E LEGISLAÇÃO

Compreender o binômio Homem-Ambiente de trabalho, reconhecer, avaliar e


controlar os riscos que possam afetar a saúde dos trabalhadores, através de
metodologias conhecidas. Adquirir conhecimentos básicos sobre Legislação de
Segurança e Medicina do Trabalho – Normas Regulamentadoras, legislação
pertinentes ao acidentado do trabalho. Analisar e avaliar dados estatísticos sobre os
acidentes do trabalho. Adquirir conhecimento sobre proteção coletiva e individual
contra os riscos à saúde decorrente do trabalho ou condições em que este é realizado.
Os empresários habituaram-se a ver a Segurança do Trabalho sob uma lógica
marcadamente legalista, com destaque para as questões do dia-a-dia das relações
de trabalho, tais como: recolhimento das taxas de seguro de acidente do trabalho;
manutenção do “SESMT – Serviço Especializado de Segurança e Medicina do
Trabalho”; CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; fornecimento de EPI-
Equipamentos de Proteção Individual; controle médico e, eventualmente, alguns
conflitos trabalhistas envolvendo insalubridade e periculosidade.
A questão do meio ambiente de trabalho foi, desde o início, identificada com a
figura do trabalhador, incorporada ao rol das questões trabalhistas e tratada sob as
égides da legislação pertinente, numa visão nitidamente “legalista”1 e conflituosa -
como conflituosas são, no nosso meio, quase todas as relações de trabalho. Poucos
são que ver o item “Segurança do Trabalho” como parte integrante do sistema de
gestão empresarial e tratado numa visão de negócio.

3 SEGURANÇA DO TRABALHO

Fonte: www.laborar.com.br
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E a ciência que aplica os princípios e recursos da engenharia no controle e
prevenção dos acidentes do trabalho.
A palavra legalista, entre aspas, refere-se aos desvios, na prática, do
verdadeiro sentido da palavra.
Algumas empresas, e não são poucas, “maquiam” seus ambientes de trabalho
com Mapas de Risco, PPRA, PCMAT e PCMSO, feitos por empresas especializadas
em Segurança do Trabalho - sem a participação de qualquer segmento da empresa,
especialmente dos trabalhadores - com o objetivo puro e simples de “cumprir” a Lei.
Assim, paradoxalmente, acabam arcando com maiores custos, do que se estivessem
efetivamente controlando seus ambientes de trabalho. E como se não bastasse,
continuam tendo parte considerável de seus lucros corroídos pela não-conformidade
de suas ações em relação às condições de trabalho, traduzidos em prejuízos para o
sistema produtivo e em passivos trabalhistas.
A ciência e arte devotada ao reconhecimento, avaliação e controle dos riscos
profissionais.
É um conjunto de ciências e tecnologias que buscam a proteção do trabalhador
em seu local de trabalho. Seu objetivo básico envolve a prevenção de riscos e de
acidentes nas atividades profissionais dentro do ambiente de trabalho mantendo e
respeitando integridade do trabalhador.
É a norma geral obrigatória escrita instituída e imposta coercitivamente a
obediência geral pelo legislador.
Via de regra, entende que basta que o acidente do trabalho ocorra para que
seja devida uma indenização na esfera civil, já que a técnica e o cumprimento as
normas legais impediriam sua ocorrência, ou seja, o nexo causal entre a causa e o
fato que prejudicou a vítima, ou seja, a infortunística pode e deve ser controlada pela
execução de medidas técnicas, operacionais e administrativas, que visem a não
ocorrência do fato.
 PREVENTIVA – CLT e Normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho
 COMPENSATORIA – CLP – Consolidação da Legislação Previdenciária
 INDENIZATORIA – CCB - Código Civil Brasileiro
 INCRIMINATORIA – CPB - Código Penal Brasileiro.

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CONCEITO PREVENCIONISTA - É uma ocorrência não programada,
inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade,
ocasionando perda de tempo útil, e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais.

Fonte: www.2mnoticias.com.br

CONCEITO LEGAL - Lei 8.213/91 c/c Decreto 89.312/84


Acidentes de trabalho são aqueles que acontecem no exercício do trabalho
prestado à empresa e que provocam lesões corporais ou perturbações funcionais que
podem resultar em morte ou na perda ou em redução, permanente ou temporária, das
capacidades físicas ou mentais do trabalhador.

 Serão equiparados aos acidentes do trabalho, todos os casos previstos na


legislação vigente – Artigo 21 da Lei 8.213 de 24/07/91, ou seja:
 Será considerado como do trabalho o acidente que, embora não tenha sido a
causa única, haja contribuído diretamente para a morte ou a perda ou a redução
da capacidade para o trabalho.
 O acidente sofrido pelo empregado no local e no horário de trabalho, em
consequência de:

a) Ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive


companheiro de trabalho;

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b) Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada ao trabalho;
c) Ato de imprudência ou de negligência de terceiro, inclusive companheiro de
trabalho;
d) Ato de pessoa privada do uso da razão;
e) Desabamento, inundação ou incêndio;
f) Outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior:

 Doença proveniente de contaminação acidental do empregado, no exercício de


suas atividades.
 O acidente sofrido pelo empregado, ainda que fora do local e horário de
trabalho, desde que:
a) Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da
empresa;
b) Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa, para lhe evitar
prejuízo ou proporcionar proveito;
c) Em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção utilizado,
inclusive veículo de propriedade do empregado;
d) No percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela.
Nos períodos destinados a refeições ou descanso ou por ocasião da satisfação
de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o
empregado será considerado a serviço da empresa.
– Considera-se também como acidente de trabalho, as doenças profissionais e
as doenças do trabalho.
– No caso de acidente com empregados de prestadoras de serviços, deverá
ser adotada a sistemática definida na Norma para Trabalho de Terceiros.
– As recomendações constantes do formulário "Análise de Acidentes do
Trabalho", deverão constar da ata de reunião dos grupos de segurança como
assuntos novos.

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4 METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO E CUSTO DOS ACIDENTES DE
TRABALHO (AT)

Fonte: pmkb.com.br

Os acidentes do trabalho (AT) são fenômenos socialmente determinados,


previsíveis e preveníveis. Ao contrário de constituir obra do acaso como sugere a
palavra acidente, os acidentes do trabalho são fenômenos previsíveis, dado que os
fatores capazes de desencadeá-los encontram-se presentes na situação de trabalho
(passíveis de identificação) muito tempo antes de serem desencadeados. A
eliminação / neutralização de tais fatores é capaz de evitar / limitar a ocorrência de
novos episódios semelhantes, ou seja, além de previsíveis, os acidentes do trabalho
são preveníveis.
Afirmar que os AT são socialmente determinados equivale a dizer que resultam
de fenômenos sociais, sobretudo da forma de inserção dos trabalhadores na produção
e, conseqüentemente, no consumo, expressando as correlações de forças existentes
em sociedades concretas.
Nesses termos, sua prevenção ultrapassa o âmbito das ações desenvolvidas
e, ou coordenadas por ministérios como o do Trabalho, da Saúde e da Seguridade /
Previdência Social. Em outras palavras, as mudanças das condições de saúde e
segurança do trabalho passam necessariamente pela existência de políticas públicas
de educação, saúde e segurança do trabalho, sobretudo por pressões sociais que,
praticamente inexistem no Brasil.

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5 IMPLICAÇÕES DA CONCEPÇÃO CASUAL NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES

Acreditar que o acidente do trabalho é fruto da fatalidade implica em aceitar que


não há como preveni-lo. Concebê-lo como castigo de Deus, em buscar a solução em
orações. Entender que os acidentes do trabalho são fenômenos uni ou pauci-causais,
decorrentes, sobretudo, de atos inseguros praticados pelos trabalhadores, implica em
centrar as ações preventivas no comportamento dos trabalhadores. Aliada à
identificação de responsável pelo acidente, tal concepção acaba por atribuir ao
acidentado, culpa pela ocorrência de que foi vítima. Cabe salientar que o encontro de
responsável ou culpado, torna desnecessário investigar as causas do acidente,
deixando intocados os fatores que lhes deram origem.
Investigações que atribuem a ocorrência do acidente a comportamentos
inadequados do trabalhador ("descuido", "negligência", "imprudência", "desatenção"
etc.), evoluem para recomendações centradas em mudanças de comportamento:
"prestar mais atenção", "tomar trabalhadores são capazes de manter elevado grau de
vigília durante toda a jornada de trabalho, o que é incompatível com as características
bio-psico-fisiológicas humanas. Em consequência, a integridade física dos
trabalhadores fica na dependência quase exclusiva de seu desempenho na execução
das tarefas.
De acordo com concepções mais recentes, os acidentes de trabalho resultam
de modificações ou desvios que ocorrem no interior de sistemas de produção,
modificações ou desvios esses que por sua vez resultam da interação de múltiplos
fatores. Concebendo a empresa como um sistema sócio-técnico aberto e o acidente
como um sinal de mau funcionamento desse sistema, investigá-lo implica em analisar
aspectos do subsistema empresa (idade e sexo dos trabalhadores, qualificação
profissional, organização do trabalho, relações pessoais e hierárquicas, cultura da
empresa, contexto psico-sociológico, etc.).
Um conceito básico na teoria de sistemas e o de equilíbrio ou homeostase,
considerando-se estável o sistema que, submetido a perturbações, retorna à condição
de equilíbrio devido às suas características intrínsecas ou por ação externa. Em
algumas situações de trabalho o equilíbrio precário exige intervenção de operadores
/ trabalhadores que nem sempre se desenrolam com sucesso, podendo advir
prejuízos na produtividade e, ou acidentes.

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6 O ACIDENTADO DO TRABALHO: DE VÍTIMA A CULPADO

Fonte: www.yeling.com.br

Um aspecto importante a ser considerado ao se pensar a questão da prevenção


dos acidentes diz respeito às concepções desse fenômeno que a experiência
quotidiana ainda nos tem revelado. Entre trabalhadores, militantes e dirigentes
sindicais, membros de comissões internas de prevenção de acidentes - CIPA, técnicos
de segurança, diretores de empresa, enfim, entre profissionais com formações as
mais variadas, constata-se ainda a persistência da concepção fatalista acerca dos
acidentes do trabalho que, atribuídos ao azar, ao destino, à vontade de Deus são, a
partir dessa ótica, inevitáveis!
No Brasil, durante décadas, a formação de profissionais de segurança foi
calcada na concepção de que os acidentes do trabalho são causados por atos
inseguros - entendidos como ações voluntárias ou involuntárias do próprio acidentado
- e por condições inseguras. Essa concepção dicotômica, pauci-causal, aliada à
identificação de responsável pela ocorrência do acidente, tem contribuído
enormemente para a culpabilização do acidentado.

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Fonte: www.palmeira.pr.gov.br

Nesse contexto, o acidente é erroneamente entendido como fruto de descuido,


negligência, imprudência, falta de atenção etc, do próprio acidentado e, nessas
condições, as medidas de prevenção - se é que podem ser consideradas como tal -
consistem basicamente em recomendações para prestar mais atenção, tomar mais
cuidado e outras do gênero, conforme já demonstraram alguns autores no Brasil e no
exterior.
A concepção dicotômica, simplista e pauci-causal de fenômenos complexos e
pluricausais como são os acidentes do trabalho pode ter sérias implicações na prática,
na medida em que propicia o prevalecimento da falsa noção de que o acidente
geralmente resulta de causa única e imediata, ou seja, de ato inseguro do trabalhador
e o que é pior, contribui para a difusão da idéia de que o acidente é algo natural no
mundo do trabalho.
Para ilustrar a difusão desta concepção, tome-se, como exemplo, um acidente
domiciliar banal que ocorre quando uma criança, ao pegar uma garrafa de vidro com
água na geladeira, deixa-a escapar de suas mãos, o que faz com que se espatife no
chão. Nessas circunstâncias o que costuma ocorrer é a criança ser advertida, algumas
vezes aos berros, por sua falta de cuidado ou por seu comportamento desastrado,
aceitando-se, sem questionar, o fato da segurança depender exclusivamente de seu
comportamento, passando ao largo do fato de estar sendo utilizado recipiente de
vidro, acessível a mãos infantis, para água na geladeira.

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Isto significa a aceitação tácita de situações extremamente frágeis do ponto de
vista da segurança, no caso, doméstica.
No Brasil, ainda hoje, a culpabilização dos acidentados sobrevive e encontra
defensores, apontando para o que pode ser considerado como resultado do processo
social de construção da culpa, ocorrido ao longo de décadas. Modelos que induz a
culpabilização do acidentado.
A realidade brasileira em termos de segurança do trabalho é extremamente
heterogênea, o que constitui dificuldade adicional para os profissionais da prevenção,
uma vez que em seu cotidiano enfrentarão tanto situações cujo diagnóstico é
relativamente simples, como situações complexas que exigirão estudo, consulta a
especialistas, etc.
Um aspecto importante a ser considerado ao se pensar a questão da prevenção
dos acidentes diz respeito às concepções desse fenômeno que a experiência
quotidiana ainda nos tem revelado. Entre trabalhadores, militantes e dirigentes
sindicais, membros de comissões internas de prevenção de acidentes - CIPA, técnicos
de segurança, diretores de empresa, enfim, entre profissionais com formações as
mais variadas, constata-se ainda a persistência da concepção fatalista acerca dos
acidentes do trabalho que, atribuídos ao azar, ao destino, à vontade de Deus são, a
partir dessa ótica, inevitáveis.

7 RESPONSABILIDADE CIVIL A VIGOR DAS LEGISLAÇÕES E NORMAS

Fonte: www.immi-canada.com

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A responsabilidade civil tem natureza de sanção e reparação, ou seja, punir
aquele que age em desacordo com o ordenamento para que não reincida, bem como
indenizar a vítima pelo dano sofrido. Segundo Melo (2011), os pressupostos da
responsabilidade civil subjetiva são:
a) Ação ou omissão do agente.
b) Culpa do agente (dolo ou culpa).

A culpa pode se dar por:


 Negligência – deixar de tomar uma atitude ou não apresentar a conduta que
era esperada para a situação, agindo com descuido, desatenção e/ou
indiferença, não tomando as devidas medidas preventivas. Nesse caso, temos
uma omissão. Exemplo: O funcionário deixar um fio solto e sem proteção,
provocando choque em uma pessoa que passava no local.
 Imprudência – é a atuação intempestiva e irrefletida. Consiste em praticar uma
ação sem as necessárias precauções, isto é, agir com precipitação, com
inconsideração ou inconstância. Nesse caso, temos uma ação. Exemplo: Ligar
uma máquina industrial sem verificar se havia alguém no local, causando um
acidente com amputação de membro.
 Imperícia – é a falta de especial habilidade, experiência ou de previsão no
exercício de determinada função, profissão, arte ou ofício. Exemplo Uma
enfermeira do trabalho ministra um remédio a um funcionário sem receita
médica. O paciente, no entanto, é alérgico ao medicamento.

c) Relação de causalidade entre o ato culposo e o dano – tem que existir um


vínculo entre o ato e o dano.
d) Dano efetivo – se não resulta dano, não existe responsabilidade. Exemplo Se,
apesar do erro do empregado, não ocorrer nenhum dano, não pode haver
responsabilização, ou seja, se o trabalhador não regular a temperatura de um
local adequadamente, gerando excesso de calor ou de frio, e não houver
nenhum dano - seja pessoal ou material -, não haverá motivo para
responsabilidades civis. No Código Civil (2002), temos o conceito de ato ilícito
no artigo transcrito a seguir: e-Tec Brasil 80 Normalização e Legislação
Aplicada Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou

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imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.

Também se considera ato ilícito quando, mesmo que titular de um direito, a


pessoa comete um excesso, conforme o Código Civil (2002), de acordo com o
seguinte artigo: Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou
social, pela boa fé ou pelos bons costumes.

8 A LEGISLAÇÃO NA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

A observância, em todos os locais de trabalho não desobriga as empresas do


cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em
códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se
situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções
coletivas de trabalho. Art. 155 - Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em
matéria de segurança e medicina do trabalho:
 Estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos
preceitos deste capítulo, especialmente os referidos no art. 200;
 Coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais
atividades relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o
território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes
do Trabalho;
 Conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das
decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de
segurança e medicina do trabalho.

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8.1 Artigos na Consolidação das Leis do Trabalho

Fonte: www.sebraemercados.com.br

Art. 156 - Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos


limites de sua jurisdição:
 promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina
do trabalho;
 adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste
capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho,
se façam necessárias;
 impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes
deste capítulo, nos termos do art. 201.

Art. 157 - Cabe às empresas:


 cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
 instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a
tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais ;
 Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional
competente;
 Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

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Art. 158 - Cabe aos empregados:
 observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as
instruções de que trata o item II do artigo anterior;
 colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos.

Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:


a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II
do artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.

Art. 159 - Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser
delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de
fiscalização ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposições
constantes deste capítulo.

Art. 162 - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo


Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em
segurança e em medicina do trabalho. As normas a que se refere este artigo
estabelecerão:
a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza
do risco de suas atividades;
b) o número mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa,
segundo o grupo em que se classifique, na forma da alínea anterior;
c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de
trabalho;
d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em
segurança e em medicina do trabalho, nas empresas.

Art. 163 - Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do
Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. O Ministério
do Trabalho regulamentará as atribuições, a composição e o funcionamento da CIPA

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Art. 164 - Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos
empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na
regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. § 1º - Os
representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.
§ 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em
escrutínio secreto do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados. § 3º - O mandato dos membros eleitos
da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição. § 4º - O disposto no
parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante o seu mandato,
tenha participado de menos da metade do número de reuniões da CIPA. § 5º - O
empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o Presidente da
CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.

Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA(s) não


poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em
motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. Ocorrendo a despedida, caberá
ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a
existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser
condenado a reintegrar o empregado. Aula 6 - Segurança do trabalho no direito
trabalhista

Arts. 166 a 201 da CLT, também relativos à Segurança e Medicina do Trabalho.


Apresentamos, a seguir, um resumo das Normas Regulamentadoras (NRs) do
Ministério do Trabalho e Emprego, segundo CLT do art. 154 a 201, Lei n.º 6.514, de
22 de dezembro de 1977, Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978, e suas alterações,
que devem ser seguidas pelas empresas e instituições possuidoras de empregados
regidos pela CLT. NR 01

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9 NORMAS TÉCNICAS

Fonte: www.sebraemercados.com.br

Norma técnica é o resultado de um processo de consenso estabelecido por um


organismo reconhecido onde todas as partes interessadas podem participar e
contribuir.
As Normas se baseiam em estudos consolidados da ciência, tecnologia e
experiência acumulada, visando a benefícios para a comunidade.
Proporcionam maior facilidade e segurança nas trocas de informações entre o
fornecedor e o consumidor, eliminando ruídos na comunicação. Além disso, cria
padrões de qualidade, em respeito ao seu consumidor, aos novos mercados que
pretende alcançar e, ainda, à imagem de sua empresa e setor industrial.
A Norma Técnica promove a difusão tecnológica, consolidando e
estabelecendo parâmetros consensuais entre todas as partes envolvidas. As
comissões de estudos a ela relacionadas reúnem agentes especializados nas mais
diferentes matérias, que interagem continuamente na troca do conhecimento.
Um de seus grandes méritos é exatamente a atualização tecnológica, para a
busca de melhoria do produto e dos processos, além da melhor adequação da mão-
de-obra e dos centros e institutos de pesquisa.
Dentre elas são:

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9.1.1.1 Disposições gerais

Prevê o campo de aplicação das Normas Regulamentadoras de segurança e


medicina do trabalho e os direitos e deveres do Estado, dos empregadores e dos
trabalhadores relativos a este tema. NR 02

9.1.1.2 Inspeção previa


Prevê os casos em que as empresas são obrigadas a solicitar ao Ministério do
Trabalho e Emprego a inspeção prévia em seus estabelecimentos e os procedimentos
para a sua realização.

9.1.1.3 Embargo ou interdição


Prevê os casos em que os serviços, as máquinas e os equipamentos das
empresas podem ser paralisados por não atender às normas de segurança e medicina
do trabalho. Também prevê como realizar a fiscalização nessas situações.

9.1.1.4 Engenharia de Segurança do Trabalho

Prevê a criação dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e


em Medicina do Trabalho (SESMT) com o objetivo de promover a saúde e a proteção
da integridade do trabalhador no local de labor

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9.1.1.5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA

Fonte: www.saudeevida.com.br

Prevê a criação de uma comissão, constituída por empregados, cuja finalidade


é auxiliar no controle da segurança e medicina do trabalho. Suas principais funções
são: trabalhar na prevenção de infortúnios laborais; apresentar sugestões ao
empregador na busca da melhoria das condições de trabalho, visando extinguir ou
diminuir as possíveis causas de acidentes e as doenças ocupacionais.

9.1.1.6 Equipamentos de proteção individual

Prevê os tipos de equipamentos de proteção individual que as empresas devem


fornecer a seus empregados para resguardar a saúde e a integridade física destes,
de acordo com as condições exigidas pelo local de trabalho.

9.1.1.7 Programas de controle medico de saúde opupacional - PCMSO

Prevê a criação e a implementação do Programa de Controle Médico de Saúde


Ocupacional (PCMSO), objetivando a promoção e a preservação da saúde coletiva
dos trabalhadores.

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9.1.1.8 Edificações

Prevê os requisitos técnicos mínimos a serem observados nas edificações,


visando garantir segurança e conforto aos trabalhadores que nelas operam.

9.1.1.9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA

Prevê a criação e a implementação do Programa de Prevenção de Riscos


Ambientais (PPRA), objetivando a preservação da saúde, da integridade física dos
trabalhadores e a proteção do meio ambiente. Para assegurar a proteção ao meio
ambiente, devem ser realizados estudos prévios e efetuadas avaliações das situações
de risco, a fim evitar a ocorrência de eventos danosos ao meio.

9.1.1.10 Instalações e serviços em eletricidade

Prevê as condições mínimas de segurança dos empregados que atuam em


instalações elétricas, dos usuários e de terceiros, considerando as normas técnicas
brasileiras e internacionais.

9.1.1.11 Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais


Prevê as condições mínimas de segurança nos locais de trabalho onde ocorre
transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais, com o objetivo de
promover a saúde e evitar acidentes laborais.

9.1.1.12 Máquinas e equipamentos

Prevê as medidas de segurança e medicina do trabalho nos ambientes ligados


à instalação, à operação e à manutenção de máquinas e de equipamentos, visando
prevenir acidentes de trabalho.

9.1.1.13 Caldeiras e vasos de pressão

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Prevê as medidas técnicas e legais relativas à instalação, à operação e à
manutenção de caldeiras e de vasos de pressão, de modo a prevenir a ocorrência de
infortúnios no ambiente laboral.

9.1.1.14 Fornos

Prevê as medidas técnicas e legais referentes à construção, à operação e à


manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho.

9.1.1.15 Atividades e operações insalubres

Prevê e descreve as atividades, as operações e os agentes insalubres (seus


limites de tolerância); aponta os casos em que existe a presença de agente insalubre
e os meios de proteção que devem ser adotados pelos trabalhadores.

9.1.1.16 Atividades e operações perigosas

Regulamenta e descreve as atividades e as operações consideradas perigosas


indicando as ações preventivas que devem ser adotadas no ambiente de trabalho.

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9.1.1.17 Ergonomia

Fonte: trabalho.facafisioterapia.net

Estabelece parâmetros que permitem ao trabalhador o máximo de conforto e


de segurança no ambiente de trabalho e a devida adaptação às condições
psicofisiológicas, garantindo-lhe a saúde e um desempenho eficiente.

9.1.1.18 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção

Prevê diretrizes que devem ser adotadas, na indústria da construção civil,


objetivando a organização administrativa para a promoção da segurança, melhorando
as condições e o meio ambiente de trabalho.

9.1.1.19 Explosivos

Prevê as medidas de depósito, de manuseio e de transporte de explosivos,


objetivando a proteção da saúde e da integridade física dos trabalhadores e de
terceiros.

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9.1.1.20 Líquidos combustíveis inflamáveis

Prevê as medidas de armazenamento, de manuseio e de transporte de líquidos


combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e da integridade física
dos trabalhadores e de terceiros.

9.1.1.21 Trabalho a céu aberto

Prevê as medidas de prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a


céu aberto, como em minas ao ar livre e em pedreiras.

9.1.1.22 Segurança e saúde ocupacional na mineração

Prevê as medidas de segurança em trabalhos subterrâneos.

9.1.1.23 Proteção contra incêndios

Prevê as medidas de proteção contra incêndios, nos locais de trabalho,


objetivando a integridade física dos trabalhadores e de terceiros.

24
9.1.1.24 Condições sanitárias e de conforto dos locais de trabalho

Fonte: pt.slideshare.net

Estabelece as normas de higiene e de conforto nos locais de trabalho,


especialmente em banheiros, em vestiários, em refeitórios, em cozinhas, em
alojamentos e em água potável.

9.1.1.25 RESÍDUOS INDUSTRIAIS

Prevê as medidas de proteção e de destino final que serão dadas aos resíduos
industriais resultantes dos ambientes de trabalho de modo a proteger a saúde e a
integridade física dos trabalhadores e de terceiros.

9.1.1.26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Prevê a padronização das cores das sinalizações de segurança nos ambientes


de trabalho.

25
9.1.1.27 Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no ministério
do trabalho

Prevê os procedimentos a serem realizados pelo profissional para obter seu


registro profissional - imprescindível para a prática de sua profissão.

9.1.1.28 Fiscalização e penalidades

Prevê os procedimentos a serem adotados pela fiscalização de segurança e


medicina do trabalho, seja na concessão de prazos para correção das irregularidades,
seja no procedimento de autuação por alguma infração às normas de segurança e
medicina do trabalho.

9.1.1.29 Segurança e saúde no trabalho portuário

Prevê medidas de proteção à saúde dos trabalhadores portuários. Tais


medidas são meios de facilitar o apoio aos acidentados e obter melhores condições
de atendimento nos casos de infortúnios.

9.1.1.30 Segurança e saúde no trabalho aquaviário

Estabelecem condições mínimas de segurança e de saúde aos trabalhadores


de toda embarcação comercial utilizada no transporte de mercadorias ou de
passageiros, na navegação marítima de longo curso, na cabotagem, na navegação
interior, no serviço de reboque em alto-mar, bem como em plataformas marítimas e
fluviais, quando em deslocamento, e em embarcações de apoio marítimo e portuário.

9.1.1.31 Segurança e saúde no trabalho, na agricultura, na pecuária, na


silvicultura, na exploração florestal e na agricultura

Prevê as medidas de proteção e de organização nos ambientes de trabalho nas


atividades de agricultura, de pecuária, de silvicultura, de exploração florestal e de
aquicultura, objetivando a segurança e a saúde dos trabalhadores.

26
9.1.1.32 Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde

Prevê as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à


segurança e à saúde dos trabalhadores da saúde (incluindo os que trabalham na
promoção e na assistência).

9.1.1.33 Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados

Prevê as normas para a identificação de espaços confinados (reconhecimento,


monitoramento e controle dos riscos existentes), de modo a garantir,
permanentemente, a saúde e a segurança dos trabalhadores.

9.1.1.34 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e


reparação naval

Prevê as normas e as condições mínimas de segurança.

9.1.1.35 Trabalho em altura

Fonte: afeal.com.br

27
Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em
altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir
a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta e indiretamente com esta
atividade.

10 O QUE É SEGURANÇA DO TRABALHO

Fonte: www.nitmed.com.br

Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que


são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem
como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à
Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em
Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança,
Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O
Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa,
Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção
do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões
e Gerência de Riscos.
A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a Legislação
de Segurança do Trabalho compõe-se de Normas Regulamentadoras, leis

28
complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais
da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil.
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e as futuras
gerações. Assim, na busca de uma melhor qualidade de vida, são criados
mecanismos legais para que as práticas sejam repensadas e ajustadas. Não é
diferente nos ambientes de trabalho, onde objetiva-se uma constante melhoria,
principalmente, na diminuição de doenças e de riscos para os trabalhadores, com o
fim de promover a saúde. Além da saúde, medidas são tomadas para garantir que o
sistema previdenciário tenha condições financeiras de manter seus segurados e seus
beneficiários, criando mecanismos para favorecer e penalizar os empregadores de
acordo com suas condutas e riscos em suas atividades. A lei previdenciária prevê
diferentes alíquotas de pagamento de acordo com a atividade da empresa. Ao
considerar tal fator, foram criados o NTEP e o FAP.
A alíquota de contribuição de um, dois ou três por cento, destinada ao
financiamento do benefício de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em
razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos
ambientais do trabalho, poderá ser reduzida, em até cinquenta por cento, ou
aumentada, em até cem por cento, conforme dispuser o regulamento, em razão do
desempenho da empresa em relação à respectiva atividade econômica, apurado em
conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de frequência, gravidade
e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de
Previdência Social.
Essa medida foi regulada pelo Ministério da Previdência Social (MPS),
Resolução 1.236, de 2004, que introduziu o FAP que norteará os futuros
enquadramentos das empresas e posteriormente pela Resolução 1.269/2006, com
alguns trechos transcritos a seguir: O Plenário do Conselho Nacional de Previdência
Social (CNPS), em sua 118ª Reunião Ordinária, realizada no dia 15 de fevereiro de
2005, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei n.º 8.213, de 24 de julho
de 1991; Considerando a necessidade de se conferir estímulo ao desenvolvimento
econômico via redução de custos e fomento ao trabalho saudável; Considerando o
resultado dos estudos desenvolvidos pelo Ministério da Previdência Social, por
intermédio da Secretaria de Previdência Social desde a edição da Resolução n.º
29
1.236, de 28 de abril de 2004, que trata da metodologia para a flexibilização das
alíquotas de contribuição destinadas ao financiamento do benefício de aposentadoria
especial e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade
laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho;
O direito do Trabalho no Brasil foi fortemente influenciado pela evolução e
tendências na Europa, pelos esforços de vários países para codificar as leis para a
proteção dos trabalhadores e, principalmente, por compromissos do Brasil com a
Organização Internacional do Trabalho. Essas influências, ao lado de fatores internos
significativos, incluindo a crescente industrialização e as políticas trabalhistas do
governo brasileiro, foram fundamentais para a formulação de um corpo de leis
trabalhistas nacionais.
As leis trabalhistas brasileiras consolidadas (Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT) entraram em vigor em 1943, como consequência dos esforços de
juristas para harmonizar as leis existentes e desenvolver um quadro institucional.
Assim, a CLT, que contém mais de 900 artigos, prevê normas jurídicas que regulam
as relações de trabalho no Brasil.

10.1 Celeridade

Para agilizar a tramitação dos processos, no exame da admissibilidade, os


órgãos de controle poderão requisitar informações ao denunciado, ao titular da
unidade gestora ou ao seu órgão de controle interno.
Outra alteração para a celeridade processual é a possibilidade de realização
do exame de admissibilidade e exame preliminar do mérito da denúncia pelo órgão de
controle no mesmo momento, já indicando ao relator as possíveis irregularidades e a
necessidade de citação ou audiência. Assim, uma fase na tramitação dos processos
de denúncia e de representação poderá ser suprimida, caso todas as evidências
estejam no processo.
Cumpridos os requisitos de admissibilidade, a norma autoriza a remessa do
processo diretamente ao relator, dispensando o encaminhamento prévio ao Ministério
Público de Contas, como ocorria antes. “Está resguardada a atuação do Ministério
Público junto ao TCE/SC no caso de não conhecimento ou conhecimento parcial das
representações”, ressaltou o conselheiro Herbst.

30
Com relação às representações formuladas por presidente e conselheiro do
Tribunal, por procurador junto ao TCE/SC, e diante da conversão de comunicação da
Ouvidoria, ficou dispensado o exame de admissibilidade, devendo ser imediatamente
autuadas e encaminhadas à área técnica para apuração dos fatos.

10.2 Cautelares

Foi incluído no Regimento Interno artigo que trata das medidas cautelares para
suspensão de atos administrativos em caso de ameaça de grave lesão ao erário ou
indícios de favorecimento pessoal ou de terceiros. Em situações dessa natureza, o
relator determinará, por meio de decisão singular, a sustação do ato até que haja
decisão que o revogue ou deliberação do Pleno do Tribunal.

Fonte: slideplayer.com.br

O procedimento já vinha sendo adotado pelo TCE/SC, mas a nova norma


determina que a decisão singular seja ratificada pelo Plenário na primeira sessão
subsequente, conforme defendido pelo relator do processo, conselheiro Adircélio de
Moraes Ferreira Júnior. “Para que seja concedido maior respaldo às decisões
singulares referentes às medidas cautelares”, afirmou Ferreira Jr., que utilizou como
parâmetro a tramitação adotada pelo Tribunal de Contas da União.

31
Fonte: www.mundodastribos.com

A elaboração do projeto de alteração das normas que disciplinam o


processamento das denúncias e representações é resultado do trabalho de grupo
constituído para atender à iniciativa do Planejamento Estratégico, incluída no Plano
de Ações do TCE/SC, conforme disposto na Portaria nº 0184/2015.
A Consolidação das Leis Trabalhistas, ou Decreto-lei n.º 5.452, de 1º de
maio de 1943 é composta por oito capítulos que abrangem e especificam direitos de
grande parte dos grupos trabalhistas brasileiros. Nos seus 922 artigos são
encontradas informações como: identificação profissional, duração (jornada) do
trabalho, salário mínimo, férias anuais, segurança e medicina do trabalho, proteção
ao trabalho da mulher e do menor, previdência social e regulamentações de sindicatos
das classes trabalhadoras.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é norma legislativa brasileira
referente ao Direito do trabalho e ao Direito processual do trabalho. Ela foi criada
através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 e sancionada pelo então
presidente Getúlio Vargas durante o período do Estado Novo, entre 1937 e 1945,
unificando toda legislação trabalhista então existente no Brasil. Alguns analistas
afirmam que ela tenha sido fortemente inspirada na Carta del Lavoro do governo de
Benito Mussolini na Itália [1] , enquanto outros consideram este fato como uma
mistificação.[2] [3]

32
A CLT surgiu como uma necessidade constitucional após a criação da Justiça
do Trabalho em 1939. O país passava por um momento de desenvolvimento,
mudando a economia de agrária para industrial, as mudanças eram extremamente
necessárias. Em janeiro de 1942 o presidente Getúlio Vargas e o ministro do trabalho
Alexandre Marcondes Filho trocaram as primeiras ideias sobre a necessidade de fazer
uma consolidação das leis do trabalho. A ideia primária foi de criar a "Consolidação
das Leis do Trabalho e da Previdência Social". Seu objetivo principal é a
regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. Foi
assinada em pleno Estádio de São Januário (Club de Regatas Vasco da Gama), que
estava lotado para a comemoração da assinatura da CLT.
Foram convidados para fazer parte da empreitada os juristas José de Segadas
Viana, Oscar Saraiva, Luís Augusto Rego Monteiro,Dorval Marcenal de Lacerda e
Arnaldo Lopes Süssekind. Na primeira reunião ficou definido que a comissão seria
dividida em Trabalho e Previdência e que seriam criadas duas consolidações
diferentes. As fontes materiais da CLT foram, em primeiro lugar, as conclusões do 1°
Congresso Brasileiro de Direito Social, realizado em maio de 1941, em São Paulo,
para festejar o cinquentenário da Encíclica Rerum Novarum, organizado pelo
professor Antonio Ferreira Cesarino Júnior e pelo advogado e professor Rui de
Azevedo Sodré. A segunda fonte foram as convenções internacionais do trabalho. A
terceira foi a própria Encíclica Rerum Novarum e, finalmente, os pareceres dos
consultores jurídicos Oliveira Viana e Oscar Saraiva, aprovados pelo ministro do
Trabalho.
Em novembro de 1942, foi apresentado o anteprojeto da CLT, publicado
posteriormente no Diário Oficial para receber sugestões. Após estudar o projeto,
Getúlio Vargas deu aos coautores e nomeando os mesmos para examinar as
sugestões e redigir o projeto final, finalmente assinado em 1º de maio de 1943, mas
que não substituiu o publicado no DOU de 9 de agosto do mesmo ano.
A lei prevê atribuições inerentes à profissão de Técnico em Segurança do
Trabalho que devem ser conhecidas, estudadas e colocadas em prática, pois o
cumprimento adequado destas garantirá a integridade, a saúde e a vida de muitas
pessoas. O Técnico em Segurança do Trabalho tem uma forte missão: trabalhar na
prevenção de acidentes; identificar riscos; alertar empregados, empregadores e
prestadores de serviço sobre possíveis perigos; promover a saúde e a defesa do meio

33
ambiente, executando as normas ligadas à segurança e planejando formas de diminuir
os riscos já existentes.
Na responsabilidade trabalhista, aplicam-se os conceitos da responsabilidade
civil vistos anteriormente. A seguir, alguns casos ligados à prática do Técnico em
Segurança do Trabalho: Segundo Melo (2011), no Direito brasileiro, a regra geral é a
responsabilidade subjetiva na qual se considera a culpa do agente para que o mesmo
seja responsabilizado. Essa regra, porém, admite exceções, como em alguns casos
de acidentes de trabalho nos quais prevalece a responsabilidade objetiva. Na
responsabilidade objetiva, relembrando o estudo anterior, estão presentes todos os
requisitos da responsabilidade subjetiva, menos a culpa, ou seja, não se questiona a
culpa de quem pratica, pois a responsabilidade acontece independente da forma como
agiu o autor. No caso dos acidentes de trabalho - devido ao aumento dos infortúnios
do trabalho e também para obrigar os agentes a tomarem todas as medidas possíveis
para a prevenção de acidentes -, é admitida a responsabilidade objetiva que obriga
aquele que, em razão da atividade, cria um perigo a reparar o dano independente de
culpa. Essa regra admite exceção: quando o responsável prova que adotou todas as
medidas idôneas a fim de evitar o acidente. Aquele que prática uma ação ou omissão
e causa danos a outrem além de responder na esfera civil e/ou trabalhista ainda pode
sofrer sanções penais.

Fonte: blog.grancursosonline.com.br

No direito brasileiro, existe o direito penal cuja definição transcreve-se a seguir:

34
O direito penal como o conjunto de normas que ligam ao crime, como fato, a
pena como consequência e disciplinam também as relações jurídicas daí derivadas,
para estabelecer a aplicabilidade das medidas de segurança e tutela do direito de
liberdade em face do poder de punir do Estado (JESUS, 1995, p.5). Pelo conceito
extraímos que cabe ao Estado a proteção das pessoas, do patrimônio, do meio, dentre
outros, prevendo crimes para aqueles que agem em desacordo com o ordenamento
jurídico e prevendo penas a serem cumpridas e-Tec Brasil 86 Normalização e
Legislação Aplicada pelos réus após o devido processo legal. Com isso, o Estado
regula as relações sociais utilizando-se do seu poder de punir.
Conhecimentos
Ao afetar o custo de produção, os acidentes e doenças do trabalho forçam as
empresas a elevar o preço dos bens e serviços que produzem o que pode gerar
inflação ou sabotar a sua capacidade de competir - o que compromete a sua saúde
econômica, a receita tributária e o desempenho da economia como um todo.
Na composição dos custos dos acidentes há duas categorias básicas: os custos
segurados (despesas com seguro acidentes) e os não segurados (outras despesas).
Durante muito tempo, considerou-se que a relação entre os custos segurados
e os não segurados era de 1:4. Considerando-se que a Previdência Social do Brasil
arrecada e gasta anualmente cerca de R$ 2,5 bilhões no campo dos acidentes do
trabalho, as empresas brasileiras estariam arcando com um custo adicional de R$ 10
bilhões o que, nos leva a concluir que a precariedade da prevenção dos riscos do
trabalho custa a elas, R$ 12,5 bilhões por ano.
Os acidentes têm custos para outros membros e entidades da sociedade, a
saber: 1. Devem ser considerados aqui os danos aos trabalhadores e às suas famílias
na forma de redução de renda, interrupção do emprego de familiares, gastos com
acomodação no domicílio e, o mais importante, a dor e o estigma do acidentado ou
doente. Os trabalhadores e os familiares "bancam" uma grande parte dos custos dos
acidentes, estimando-se que isso eleva a relação acima para 1:5, fazendo subir o
custo para R$ 15 bilhões por ano. 2. Além disso, os acidentes e doenças profissionais
geram custos para o Estado não só em termos de pagamento de benefícios a doentes
e acidentados, mas também em termos do pagamento das despesas de recuperação
da saúde e reintegração das pessoas no mercado de trabalho e na sociedade em
geral, inclusive os do mercado informal (60% dos brasileiros). Estima-se que isso
acarrete um adicional de custo de R$ 5 bilhões Chega-se à triste conclusão de que os
35
acidentes do trabalho no Brasil geram uma despesa fenomenal que chega à casa dos
R$ 20 bilhões por ano!
Mesmo assim, esses números são subestimados. Calcula-se que 80% dos
acidentes e doenças profissionais no mercado de trabalho formal, especialmente, os
de menor gravidade, não são notificados.
Mas deixemos essa matemática de lado pois o ser humano vale muito mais do
que todos esses cálculos. O valor da vida não pode ser matematizado. Eventos como
o da Petrobrás, vão muitos além da aritmética dos burocratas e escancaram a
necessidade de empresários e trabalhadores elevarem substancialmente os cuidados
com as vidas de todos os brasileiros.

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BIBLIOGRAFIA

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http://www.ebah.com.br/content/ABAAABgSsAF/apostila-legislacao-seguranca-
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