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Segurança do Trabalho TST 17 MANHÃ - Ricardo

Introdução:

 Trabalho organizado no mundo civilizado, surgiu a milhares de anos;


 Obras Históricas: Pirâmides do Egito antigo; Acrópole de Atenas;
Coliseu de Roma; A Muralha da China; Construções Medievais de
grande porte, tais como: Catedrais, Castelos, Monumentos e
Túmulos.
 Ao longo da história parece não ter havido uma organização e
preocupação maior das nações e povos, com aspectos referentes à
segurança de todos trabalhadores anônimos e desconhecidos, que
promoveram toda construção do mundo civilizado.
 Grande parte da destas obras monumentais utilizaram mão-de-obra
escrava.
 Nos séculos XVIII e XIX, ocorreram importantes eventos que
culminaram com surgimento: “Revolução Industrial”.
 Com surgimento de novas tecnologias: (máquinas a vapor, os
motores elétricos, máquinas de tecelagem, etc.), imprimiu
desenvolvimento acelerado da tecnologia da nossa civilização,
modernizando e modificando o mundo.
 O desenvolvimento tecnológico não acompanhou o correspondente
desenvolvimento social, ocasionando agravamento da situação
social, devido ao deslocamento em massa das populações e
trabalhadores que se moviam do trabalho na agricultura e no campo
para trabalhar nas diversas indústrias que surgiram, como as:
Indústrias de Tecelagem, Confecções, Bebidas e Alimentícias,
Veículos de Transporte Terrestre e Naval, Indústrias Químicas e
Metalúrgicas, Construções, etc.
 Naquela época consequentemente as condições de trabalho tornaram-
se grande escala bastante inseguras e precárias. As condições
deploráveis de trabalho que existiam como também ocorre
atualmente.
 Apesar dos avanços tecnológicos e sociais avançados, ocorrem ainda
casos de displicência, abusos e situações ilegais relativos ao trabalho,
como provam as estatísticas de acidentes de trabalho que ocorrem no
mundo, além dos casos de trabalho de infantil e trabalho escravo.
 Os acontecimentos desastrosos ocorridos contribuíram para que
medidas de proteção ao trabalhador fossem tomadas.

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Definição:

 A Segurança do Trabalho pode ser entendida como os conjuntos das


medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes do
trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade
física do trabalhador.
 È composta por um conjunto de medidas técnicas, educacionais,
médicas e psicológicas, que objetivam a “Prevenção de Acidentes”,
pela eliminação dos Atos e Condições Inseguras do ambiente de
trabalho, pelo treinamento, conscientização e motivação das pessoas
para as práticas preventivas para evitar os acidentes de trabalho.

A Segurança do trabalho é definida por normas e leis.


No Brasil a Legislação de Segurança compõem-se de:
Normas Regulamentadoras: NR’s 31 a 33.
Normas Regulamentadoras Rurais: NRR's 1 a 5.
Outras Leis: ( Portarias, Decretos, Convenção
Internacional OIT: Organização Internacionais do
trabalho ratificadas no Brasil).

Termos Básicos:

1. Segurança: È a situação em que ocorre isenção de riscos, mas como


a eliminação de todos os riscos é impossível, a segurança passa a ser
um compromisso acerca de uma relativa proteção da exposição a
riscos. È antônimo de Perigo.
2. Ato Inseguro: São comportamentos realizados pelo trabalhador que
podem levá-lo a sofrer um acidente. Os atos inseguros são praticados
por trabalhadores que desrespeitam as regras de segurança, que não
as conhecem devidamente, ou ainda, que têm um comportamento
contrário á prevenção. Exemplos: Correr nos corredores da empresa
em horários de intervalos, não utilizar EPI’s, colocar a mão na
máquina nos pontos de engate, etc.
3. Condição Insegura: São deficiências, defeitos ou irregularidades
técnicas na empresa que constituem riscos para integridade física do
trabalhador, para sua saúde e para bens materiais da empresa. As
condições inseguras são deficiências como: defeitos de instalações
ou equipamentos falta de proteção em máquinas, má iluminação,
excesso de calor ou frio, umidade, gases, vapores e poeiras nocivas e
muitas outras condições insatisfatórias do próprio ambiente de
trabalho. Exemplos: Máquinas sem proteção em seus pontos de

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engate, ferramentas defeituosas, piso escorregadio e ventilação
insuficiente no ambiente de trabalho.
4. Acidente de Trabalho: Aquele que acontece no exercício do
trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Equiparam-se aos acidentes de trabalho:

O acidente que acontece quando você está prestando serviços por


ordem da empresa fora do local de trabalho.
O acidente que acontece quando você estiver em viagem a serviço da
empresa.
O acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho
para casa.
A doença profissional (as doenças provocadas pelo tipo de trabalho).
A doença do trabalho (as doenças causadas pelas condições do
trabalho).

5. Ordem e Limpeza:

O local de trabalho também pode influenciar de ordem psicológica nos


trabalhadores. Exemplo: temperatura, ruído, cor, iluminação.

6. Fatores do Trabalho:
 Tensão física e mental;
 Falta de habilidade ou conhecimento;
 Falta de motivação;
 Capacidade física e mental inadequada;
 Alcoolismo;
 Cansaço; etc.

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Normas Regulamentadoras:

NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas
e privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e
manterem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade de
promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de
trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da CLT.

NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e define os


tipos de EPI's a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus
empregados, sempre que as condições de trabalho o exigirem, a fim de
resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A
fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à
existência desta NR, são os artigos 166 e 167 da CLT.

NR8 - Edificações: Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem


ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que
nelas trabalham. A fundamentação legal,
Ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR,
são os artigos 170 a 174 da CLT.
NR4:SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA
DO TRABALHO – SESMT:

 Art.162: As empresas, de acordo com as normas a serem expedidas pelo


Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em
segurança do trabalho. As normas a que se refere este artigo estabelecerão:

a) Classificação das empresas segundo número de empregados e a natureza


do risco de suas atividades;
b) O número mínimo de profissionais especializados exigidos de cada
empresa, segundo grupo em que se classifique, na forma da alínea
anterior;
c) A qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime
de trabalho;
d) As demais características e atribuições dos serviços especializados em
segurança e em medicina do trabalho, nas empresas.

 Acidente do Trabalho: é aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho, a


serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença
que cause a morte ou perda ou redução permanente ou temporária da
capacidade para o trabalho; isto diz respeito também à causa que, não sendo a
única, tenha contribuído para o resultado; pode ocorrer no local de trabalho, a

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serviço da empresa e nos intervalos ou a caminho. Equipara-se ao acidente do
trabalho a doença profissional e a doença do trabalho.

a) Acidente pessoal: È aquele cuja caracterização depende de existir acidentado


cuja conseqüência será a lesão do trabalhador envolvido;
b) Acidente de trajeto: È o acidente sofrido pelo empregado no percurso da
residência para o trabalho ou deste para aquela;
c) Acidente impessoal: È aquele cuja caracterização independe de existir
acidentado de ocorrência eventual que resultou ou poderia ter resultado em lesão
pessoal;
d) Acidentado: È o trabalhador vítima do acidente;
e) Lesão imediata: È a lesão que se verifica imediatamente após a ocorrência do
acidente;
f) Lesão imediata (tardia): È a lesão que não se verifica imediatamente após a
exposição a fonte da lesão; caso seja caracterizado o nexo casual, isto é, a
relação da doença com trabalho, ficará caracterizado como doença ocupacional,
e, neste caso, admite-se a preexistência de uma “ocorrência ou exposição
contínua ou intermitente”, de natureza acidental, sendo registrada como acidente
do trabalho, nas estatísticas de acidente;
g) Incapacidade permanente total: È a perda total da capacidade de trabalho, em
caráter permanente, exclusive a morte, impossibilita o acidentado,
permanentemente, de exercer ocupação remunerada ou da qual decorre a perda
ou a perda total do uso dos seguintes elementos:
 Ambos os olhos;
 Um olho e uma das mãos;
 Um olho e um pé;
 Ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé;

h) Incapacidade permanente parcial: È a redução parcial da capacidade de


trabalho, em caráter permanente;
i) Incapacidade temporária total: È perda total da capacidade de trabalho de que
resulte um ou mais dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade
permanente total;
j) Acidente com perda de tempo ou lesão incapacitante : È o acidente pessoal
que impede o trabalhador de retornar ao trabalho no dia útil imediato ao do
acidente ou de que resulte incapacidade permanente. Este tipo de lesão pode
provocar a morte, incapacidade.
k) Acidente sem perda de tempo (sem afastamento): È o acidente pessoal cuja
lesão não impede que o trabalhador retorne ao trabalho no dia imediato ao do
acidente, desde que não haja lesão incapacitante;
l) Morte (óbito): Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida,
independente do tempo decorrido desde a lesão;
m) Dias perdidos (Dp): São os dias de afastamento de cada acidentado, contados a
partir do primeiro dia de afastamento até o dia anterior ao do dia de retorno ao
trabalho, segundo à orientação médica;
n) Dias debitados (Db) (ou dias a debitar) : São os dias que devem ser debitados
devido à morte ou incapacidade permanente, total ou parcial. No caso de morte
ou incapacidade permanente total, devem ser debitados 6000 (seis mil) dias; por
incapacidade permanente parcial, os dias a serem debitados devem ser retirados
da norma brasileira ABNT NBR 14280 (Cadastro de Acidentes), mesmo que

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os dias efetivamente perdidos sejam maiores do que o número de dias a debitar
ou, até mesmo, quando não haja dias perdidos;
Taxa de freqüência (F): È o número de acidentes ou acidentados (com ou sem
lesão) por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período.
È calculada pela fórmula: F = ( N x 1.000.000) / H
Onde: N = número de acidentados;
H = homens-hora de exposição ao risco;
1.000.000 = um milhão de horas de exposição ao risco (utilizado,
internacionalmente, como base de cálculo);

o) Taxa de Gravidade (G): È o tempo computado por milhão de horas-homem de


exposição ao risco. Deve ser expressa em números inteiros e calculada pela
fórmula: G = (T x 1.000.000) / H
Onde: T = tempo computado (dias perdidos + dias debitados);
H = homens-hora de exposição ao risco;
1.000.000 = um milhão de horas de exposição ao risco (utilizado
internacionalmente, como a base de cálculo).

Coeficiente de Freqüência (C. F.)

Suponhamos duas fábricas; uma que chamaremos de A e outra de B. No


ano passado, 10 trabalhadores se acidentaram na fábrica A e 20 na B. Qual
das duas fábricas teve uma proporção mais alta de acidentados? A fábrica
B? Mas suponhamos, que na fábrica A trabalhem 100 pessoas e na B um
número duas vezes maior. Cada fábrica, portanto, teve o mesmo número de
acidentados para cada 100 trabalhadores. Mas, suponhamos agora que a
fábrica A trabalhe 40 horas por semana e a fábrica B 44 horas. Isso, nos faz

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concluir, que em termos de prevenção de acidentes, a B é melhor do que a
A, já que cada operário trabalhando mais horas, a exposição ao risco é
maior.
Assim, com o objetivo de podermos fazer urna verdadeira comparação das
lesões ocorridas na fábrica A e na fábrica B durante um mesmo período
(ano passado) devemos levar em consideração o total de homens-horas
trabalhadas (H.H.T.) em cada fábrica, no mesmo período. Isto se logra por
meio do chamado coeficiente de freqüência. O coeficiente de freqüência
(C. F.) expressa o número de acidentes com perda de tempo (a.c.p.t.)
ocorridos em um milhão de horas-homens trabalhadas. Este é o número
padrão adotado para possibilitar a comparação entre coeficientes de
empresas que possuem diferentes números de empregados.
A expressão do coeficiente de freqüência é:

C. F. = _x_ x 106
              Y

onde x: número de a.c.p.t.

y: número de H.H.T.

Se na fábrica A, citada no caso acima, ocorreram 10 acidentes com perda


de tempo, no ano passado e, se foram trabalhadas 200.000 horas-homens
durante o ano, obtemos, aplicando a f6rmula:

C.F. = 10__ x 106 = 50,0

2 x105

Isto significa, que durante o ano os trabalhadores da fábrica A sofreram


lesões que provocaram uma perda de tempo à razão de 50, por cada milhão
de horas que trabalharam. O coeficiente de freqüência indica apenas a
quantidade de acidentes, mas não indica a gravidade das lesões. Assim por
exemplo, numa empresa pode ter havido 50 acidentes com lesões de
pequena importância, enquanto que numa outra empresa poderia ter havido
apenas 5 acidentes com perda de falanges e perda de visão de um olho.
Portanto, como o número de acidentes não expressa realmente a gravidade
dos acidentes, torna-se necessário levantar o coeficiente de gravidade.

Coeficiente de Gravidade (C.G.)

O coeficiente de gravidade representa a perda de tempo resultante dos


acidentes em número de dias, ocorridos em um milhão de horas-homens
trabalhadas. A gravidade das lesões é, dessa forma, medida pelos dias de
trabalho perdidos pelos trabalhadores, em decorrência de acidentes. Aos

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dias efetivamente perdidos pelo acidentado que sofreu lesão, incapacitado
permanentemente, somam-se os dias debitados correspondentes à lesão. A
expressão do coeficiente de gravidade é:

C.G. = (a + b) x106
                  y
onde:

a = número de dias perdidos


b = número de dias debitados
y = número de H.H.T.

Se no caso da fábrica A, as 10 lesões provocaram um total de 200 dias


perdidos, obteremos empregando a expressão de coeficiente de gravidade:

C.G. = 200 x 106 = 1.000


              2 x105

Isto é, o tempo perdido devido aos acidentes ocorridos na fábrica A, no ano


passado, foi de 1.000 dias para cada 1.000.000 horas trabalhadas. Supondo-
se que cada trabalhador, trabalhou 2.000 horas por ano, a média de tempo
perdido foi de 2 dias por homem, por ano.

Não devemos nos esquecer, que nesse exemplo, não levamos em


consideração as incapacidades permanentes. É óbvio, que quando figura
uma incapacidade permanente, como por exemplo, perda de um dedo,
perda de um olho, a perda real de tempo enquanto a lesão cicatriza, não
constitui urna medida exata da gravidade. Para sanar esse problema, adota-
se a chamada "tabela de dias debitados" que é um dos anexos da Portaria
DNSHT - 32, de 29 de novembro de 1968.

Tabelas de Dias Debitados

A tabela de dias debitados permite a comparação de redução de capacidade


devido ao acidente. Representa uma perda econômica, tendo a vida média
do trabalhador, sido estimada em 20 anos ou 6.000 dias. E usada
internacionalmente e foi organizada pela "Internacional Association of
Industrial Accident Bord and Comissions".

Se no nosso exemplo incluirmos uma lesão da qual resultou a perda de 2


dedos da mão, a carga correspondente é de 750 dias, os quais acrescidos à
perda de tempo proveniente das 9 lesões restantes, que eqüivalem a 180
dias, nos dá um total de 930 dias, e o coeficiente de gravidade será:

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C.G. = (180 + 750) x 106 = 4.650
                2 x 105

COEFICIENTE DE GRAVIDADE

Expressa a perda de tempo (dias perdidos + dias debitados) por um milhão


de homens-horas trabalhadas.

FORMULA

C = (dias perdidos + dias debitados) x 1.000.000


           número de homens-horas trabalhadas

Tabela de Dias Debitados

A tabela de dias debitados é uma tabela utilizada com o fim exclusivo de


permitir a comparação da redução da capacidade resultante dos acidentes
entre Departamento de uma mesma Empresa, entre diversas Empresas e
entre Empresas de países que adotem a mesma tabela. A perda de tempo
constante da tabela representa uma perda econômica tendo por base a vida
média ativa do trabalhador, estimada em 20 anos ou 6.000 dias.

A tabela, que constitui o Anexo 1 da Portaria 32/68, é usada


internacionalmente e foi organizada pela "International Association of
Industrial Accident Bord and Commission".

TABELA DE DIAS DEBITADOS


 

AVALIAÇÃO DIAS
NATUREZA
PERCENTUAL DEBITADOS
Morte 100 6.000
Incapacidade total e permanente 100 6.000
Perda da visão de ambos os olhos 100 6.000
Perda da visão de um olho 30 1.800
Perda do braço acima do cotovelo 75 4.500
Perda do braço abaixo do cotovelo 60 3.600

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Perda da mão 50 3.000
Perda do 1º quirodátilo (Polegar) 10 600
Perda de qualquer outro quirodátilo
5 300
(dedo)
Perda de dois outros quirodátilos 
12 1/2 750
(dedos)
Perda de tres outros quirodátilos 
20 1.200
(dedos)
Perda de quatro outros quirodátilos 
30 1.800
(dedos)
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e
20 1.200
qualquer outro quirodátilo (dedo)
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e
25 1.500
dois outros quirodátilos (dedos)
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e
33 1/2 2.000
três outros quirodátilos (dedos)
Perda do 1º quirodátilo (polegar) e
40 2.400
quatro outros quirodátilos (dedos)
Perda da perna acima do joelho 75 4.500
Perda da perna, no joelho ou abaixo
50 3.000
dele
Perda do pé 40 2.400
Perda do 1º pododátilo (dedo grande
do pé) ou de dois ou mais podátilos 6 300
(dedos do pé)
Perda do 1º pododátilo (dedo
10 600
grande) de ambos os pés.
Perda de qualquer outro podátilo
0 0
(dedo do pé)
Perda da audição de um ouvido 10 600
Perda da audição de ambos os                     
      3.000
ouvidos 50

VARIÁVEIS DOS COEFICIENTES SEGUNDO A A.B.N.T.

No Brasil, a norma NB-18, R, de 1951, da A.B.N.T. Associação Brasileira


de Normas Técnicas, define as variáveis dos coeficientes que intervém nos
cálculos. Assim temos: Acidente sem perda de tempo (a. s. p. t.).

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É o acidente em que o acidentado, segundo opinião do médico, pode
exercer sua função normal no mesmo dia do acidente, ou no dia imediato
ao dia do acidente, no horário regulamentar.
Nota: O a.s.p.t. não entra nos cálculos do C.F. e dos C.G.

ACIDENTE DIAS DIAS


HORAS COEFICIENTE COEFICIENTE
COM PERDIDOS PERDIDOS DIAS
MÊS HOMEM DE DE
PERDA DE DO MÊS DO MÊS DEBITADOS
TRABALHADAS FREQUÊNCIA GRAVIDADE
TEMPO ATUAL ANTERIOR
JAN. 890.000   20  310 -- -- 22,47 348
FEV 850.000 25 350 80 900 29,41 1.470
AC. 1.740.000 45 740 -- 900 25,88 942
MAR 910.000 18 240 50 -- 19,78 318
AC. 2.650.000 63 1.030 -- 900 23,77 728
ABR. 965.000 15 405 20 3.000 15,54 3.549
AC. 3.615.000 78 1.455 -- 3.900 21,57 1.481

Em fevereiro, três operários sofreram acidentes resultando em incapacidade


temporária; dentre eles, um operário que, de acordo com O prognóstico
médico deveria voltar ao serviço a 9 de março retornou no dia 5, havendo
assim 4 dias perdidos a menos; -4 são inscritos na coluna correspondente
de março, de modo que o total de dias perdidos, por incapacidade
temporária até esse mês em lugar de ser igual a 40 (dias perdidos até o mês
anterior) mais 42 (dias perdidos por acidente ocorrido em marco), torna-se
igual a 40 + 42-4 = 78 dias.
O acidente ocorrido em marco causou um ferimento no braço de um
operário, o qual continuava afastado do serviço ao ser encerrada, a
estatística desse mês. O médico assistente julgou que seria necessária a
perda de 42 dias de serviço, considerando o caso como de incapacidade
temporária.
Com efeito, O operário voltou ao trabalho na data prevista. No entanto, em
setembro foi notado que permanecera um certo grau de perturbação
funcional (dificuldade de movimentação do braço ferido). Assim, o caso
passou de incapacidade temporária para incapacidade permanente parcial
com direito a 900 dias debitados. Foram feitas alterações na tabela do mês
de setembro: nas colunas de acréscimo anotou-se + 1 entre as
incapacidades permanentes parciais e - 1 entre as incapacidades
temporárias.
As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração
direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de

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Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a
saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da
atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento,
constantes dos Quadros I e II da NR 4. As empresas que possuam mais de
50 (cinqüenta) por cento de seus empregados em estabelecimentos ou setor
com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da atividade
principal deverão dimensionar os Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho, em função do maior grau de
risco, obedecido o disposto no Quadro II desta NR.
A empresa poderá constituir Serviço Especializado em Engenharia de
segurança e em Medicina do Trabalho centralizado para atender a um
conjunto de estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distância a ser
percorrida entre aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais não
ultrapasse a 5 (cinco) mil metros, dimensionando-o em função do total de
empregados e do risco, de acordo com o Quadro II. Havendo, na mesma
empresa, apenas estabelecimentos que, isoladamente, não se enquadrem no
Quadro II, anexo, o cumprimento desta NR será feito através de Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
centralizados em cada estado, território ou Distrito Federal, desde que o
total de empregados dos estabelecimentos no estado, território ou Distrito
Federal alcance os limites previstos no Quadro II.
Para as empresas enquadradas no grau de risco 1 o dimensionamento dos
serviços referidos no subitem anterior obedecerá ao Quadro II, anexo,
considerando-se como número de empregados o somatório dos empregados
existentes no estabelecimento que possua o maior número e a média.
aritmética do número de empregados dos demais estabelecimentos,
devendo todos os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, assim constituídos,
cumprirem tempo integral.
Para as empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4, o
dimensionamento dos serviços referidos no subitem 4.2.5 obedecerá ao
Quadro II, anexo, considerando-se como número de empregados o
somatório dos empregados de todos os estabelecimentos.

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• Os Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser
integrados por:

Médico do Trabalho,
Engenheiro de Segurança do Trabalho,
Técnico de Segurança do trabalho,
Enfermeiro do Trabalho e
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho

Os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser empregados da
empresa, salvo:
As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro II, anexo
a esta NR, poderão dar assistência na área de segurança e medicina do
trabalho a seus empregados através de Serviços Especializados em
engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho comuns, organizados
pelo sindicato ou associação da categoria econômica correspondente ou
pelas próprias empresas interessadas. As empresas referidas no item
anterior poderão optar pelos Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho de instituição oficial ou instituição
privada de utilidade pública, cabendo às empresas o custeio das despesas.
Os serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho de que trata esta NR deverão ser registrados no órgão regional do
MTB.
A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo assegurar,
como um dos meios para concretizar tal responsabilidade, o exercício
profissional dos componentes dos Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho. O impedimento do referido
exercício profissional, mesmo que parcial e o desvirtuamento ou desvio de
funções constituem, em conjunto ou separadamente, infrações classificadas
no grau I4, se devidamente comprovadas, para os fins de aplicação das
penalidades previstas na NR 28. (104.025-1 / I4)

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QUADRO I
CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS
GRAU DE RISCO
01.11-2 cultivo de cereais 3
01.12-0 cultivo de algodão herbáceo 3
01.13-9 cultivo de cana-de-açúcar 3
10.00-6 Extração de carvão mineral 4
13.25-0 extração de minerais radioativos 4
15.42-3 fabricação de produtos do laticínio 3
18.13-9 confecção de roupas profissionais 2
21.21-0 fabricação de papel 3
23.40-0 produção de álcool 3
24.73-2 fabricação de artigos de perfumaria e cosméticos 2
30.21-0 fabricação de computadores 3
63.30-4 atividades de agências de viagens e organizadores de viagem 1
65.24-2 cooperativas de crédito 1
66.11-7 seguros de vida 1
92.40-1 atividades de agências de notícias 2

DIMENSIONAMENTO DOS SESMT

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(*) – Tempo parcial (mínimo de três horas);
(**) – O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em
consideração o dimensionamento de faixas de 350.1 a 5000 mais o
dimensionamento do(s) grupo(s) de 4000 ou fração acima de 2000.

Obs.: Hospitais, ambulatórios, maternidades, casas de saúde e repouso,


clínicas e estabelecimentos similares com mais de 500 (quinhentos)
empregados deverão contratar um enfermeiro de trabalho em tempo
integral.

Para fins desta NR, as empresas obrigadas a constituir Serviços


Especializados em Engenharia e Segurança do Trabalho deverão exigir dos
profissionais que os integram comprovação de que sastifazem os seguintes
requisitos:

a) Engenheiro de Segurança do Trabalho: Engenheiro arquiteto


portador de certificado de conclusão de curso de especialização em
Engenharia de Segurança do Trabalho, nível de pós-graduação;
b) Médico do Trabalho: Médico portador de certificado de conclusão
de curso de especialização em Medicina do Trabalho em nível de
pós-graduação, ou portador de certificado de residência médica em
área de concentração em saúde do trabalhador ou denominação
equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência
Médica, do Ministério da Educação, ambos ministrados por
universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação;

c) Enfermeiro do Trabalho: Enfermeiro portador de certificado de


conclusão de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho,
em nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou
faculdade que mantenha curso de graduação em Enfermagem;

d) Auxiliar de Enfermagem: Auxiliar de Enfermagem ou Técnico de


Enfermagem portador de certificado de conclusão de curso de
qualificação de Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, ministrado por
instituição especializada reconhecida e autorizada pelo Ministério da
Educação;

e) Técnico de Segurança do Trabalho: Técnico portador de


comprovação de registro profissional expedido pelo Ministério do
trabalho.

15
3 Alberto Starzewski:

Altera os itens 4.13 e 414- Dimensionamento do SEST para Empresas Prestadoras de


Serviço (terceirização de Limpeza, Segurança Patrimonial e Serviços Administrativos,
etc.)
- Objetivo - Abranger os funcionários das empresa prestadoras de serviço terceirizado,
que mantém seus funcionários espalhados em diversos estabelecimento, onde realizam
suas atividades, geralmente em número inferior a 10 funcionários por estabelecimento.
- Redação: Os profissionais especializados do SEST - Serviço especializado em
Segurança e Saúde no Trabalho de nível médio e superior, das Empresas prestadoras de
serviço de terceirização, vide seus funcionários prestando serviço nos estabelecimentos
dos clientes, espalhados por diversos locais, come a prestação dos serviços de limpeza,
segurança, portaria, serviços administrativos, etc., o SEST será dimensionado somando
se o número de funcionários per região e não por estabelecimento. Mantendo o serviço
centralizado em um raio de, no máximo, 60 Km.

Altera os Itens 4.17 letra “b” e 4.27 - Dimensionamento mínimo dos SEST externo e
coletivo
- Objetivo - possibilitar a assistência a todos os funcionários das empresas contratantes,
não sobrecarregando os profissionais especializados.
- Redação: O limite máximo de funcionários atendidos pelos SEST Externo ou
Coletivo, será estabelecido somando-se o número de funcionários de todas as empresas
que atende, em função do Código de Classificação Nacional de Atividade Econômica,
CNAE e a quantidade de profissionais especializados que possui, com enquadramento
no quadro abaixo.

GRUPO 1 médico 1 1 1 técnico 1 auxiliar


engenheiro enfermeiro

A para cada para cada para cada para cada para cada
grupo de grupo de grupo de grupo de grupo de
3500 3500 10000 2000 3000
funcionários funcionários funcionários funcionários funcionários

B para cada para cada para cada para cada para cada
grupo de grupo de grupo de grupo de grupo de
3000 3000 5000 1000 2500
funcionários funcionários funcionários funcionários funcionários

C para cada para cada para cada para cada para cada
grupo de grupo de grupo de grupo de grupo de
2500 2500 4000 500 1000
funcionários funcionários funcionários funcionários funcionários
Quando existir empresas que se enquadram em diversos grupos (atividades
econômicas diferentes), devera satisfazer a equação abaixo, sendo o cálculo feito para
cada grupo de profissionais:

16
NFA +NFB + NFC = 1
LMA LMB LMC

onde:

NFA - Soma do número de funcionários das empresas enquadradas no grupo A;


NFB - Soma do número de funcionários das empresas enquadradas no grupo B;
NFC - Soma do número de funcionários das empresas enquadradas no grupo C;
LMA - Limite máximo de funcionários enquadrados no grupo A profissionais
especializados que possui;
LMB - Limite máximo de funcionários enquadrados no grupo B profissionais
especializados que possui;
LMC - Limite máximo de funcionários enquadrados no grupo C profissionais
especializados que possui.

Interpretação dos Resultados:

Satisfazendo a igualdade o número de funcionários é equivalente ao número de


profissionais especializados pie possui;
Quando o resultado foi inferior a 1 o número de profissionais especializados que
possui, satisfaz ao número de funcionários atendidos;
Quando o resultado foi superior a 1, o número de profissionais especializados que
possui e pequeno, não satisfazendo ao número de
funcionários atendidos, sendo necessária a contratação de mais um profissional.

Exemplo:
Quando a carteira de clientes o SEST Coletivo ou Externo for composta da seguinte
forma:

17
18
19
20
21
22
23
Comentários sobre a NR6: Equipamentos de Proteção Individual - EPI:
Estabelece e define os tipos de EPI’s a que as empresas estão obrigadas a
fornecer os seus empregados, sempre que as condições de trabalho o exigir,
a fim de resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A
fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à
existência desta NR, são os artigos 166 e 167 da CLT.

NR-6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

1 - DADOS DA INSPEÇÃO
a) Local b) data

c) Inspetor (es) d) Acompanhantes

e) Responsável pelo local f) Ramal

g) Referências técnicas (Além desta NR) h) nº funcionários por


turno

DESCRIÇÃO SIM NÃO COMENTÁRIOS


01) A empresa fornece gratuitamente aos
empregados os EPIs adequados ao risco?
02) São fornecidos em perfeito estado de
conservação e funcionamento?
03) Os EPIs são fornecidos após análise onde as
medidas de proteção coletiva foram tecnicamente
inviáveis?
04) Os EPIs são fornecidos quando as proteções
coletivas não oferecerem completa proteção
contra os riscos de acidentes do trabalho ou
doenças profissionais?
05) Os EPIs são fornecidos quando ocorre
situações de emergência?
06) Existe na empresa EPIs que visem a proteção
da cabeça?
07) Existe na empresa EPIs que visem a proteção
dos membros superiores?
08) Existe na empresa EPIs que visem a proteção
dos membros inferiores?
09) Existe na empresa EPIs contra quedas com
diferença de nível?
10) Existe na empresa EPIs que visem a proteção
auditiva?
11) Existe na empresa EPI 's que visem à
proteção respiratória para exposições a agentes
ambientais em concentrações prejudiciais à

24
saúde do trabalhador de acordo com os limites
estabelecidos na NR-15?
12) Existe na empresa EPI's que visem à
proteção do tronco?
13) Existe na empresa EPI's que visem à
proteção do corpo inteiro?
14) Existe na empresa EPI's que visem à
proteção da pele?
15) O empregado trabalha calçado?
16) Há proibição quanto ao uso de tamancos,
sandálias e chinelos?
17) O SESMT recomenda ao empregador o EPI
adequado ao risco existente?
18) O EPI possui CA expedido pelo MTB?
19) O empregado é treinado sobre seu uso
adequado?
20) O empregador torna seu uso obrigatório?

21) O empregado o utiliza apenas para o fim a


que se destina?
22) O empregado está ciente de sua
responsabilidade quanto a sua guarda e
conservação?
23) O empregado informa seu superior
hierárquico qualquer alteração que o torne
impróprio para uso?
24) Os EPI's apresentam em caracteres
indeléveis e bem visíveis o nome comercial da
fabricante ou importador e o nº. do CA?
25) O CA tem validade de 05 anos?

26) Está vigente?

25

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