Você está na página 1de 32

Grandezas e Unidades em

Proteção Radiológica
Teógenes Augusto da Silva
LABORATÓRIO NACIONAL DE METROLOGIA

BIPM
BUREAU INTERNACIONAL
DES POIDS ET MESURES
IRD
ON Instituto de
INMETRO
OBSERVATÓRIO NACIONAL Radioproteção e
CNPq/MCT MICT Dosimetria
CNEN/MCT

DSHO DIMCI LNMRI


DEPARTAMENTO DO DIRETORIA DE METROLOGIA Laboratório Nacional
CIENTÍFICA E INDUSTRIAL de Metrologia das
SERVIÇO DA HORA
Radiações Ionizantes

T
Tempo e R di õ
Radiações
Mecânica Eletricidade Térmica Óptica Acústica
Frequência Ionizantes
Radiações Ionizantes na
Cadeia Metrológica Internacional

BIPM
BUREAU INTERNACIONAL
DES POIDS ET MESURES
IAEA
Laboratórios Nacionais de Metrologia (LNMs)
PTB, NPL, NIST, LPRI, INMETRO(LNMRI/IRD), outros

REDE BRASILEIRA DE CALIBRAÇÃO


SSDL
59 SSDL’s

IPEN/SP CDTN/MG
G IEN/RJ DEN/PE CRCN/PE LCR/RJ OUTROS
S

CLIENTES (INDÚSTRIA, HOSPITAIS, CENTROS P&D)


Grandezas para Medidas de Radiação

• Grandezas Físicas
– São diretamente mensuráveis e aceitas internacionalmente para
p
caracterizar campos de radiação

• Grandezas de Proteção
ç Radiológica
g
– Definidas para fins de limitação de dose, mas não são diretamente
mensuráveis.
• Grandezas Operacionais de Proteção Radiológica
– Definidas para que pudessem ser mensuráveis e demonstrassem
conformidade com limites de dose recomendados.
• Grandeza do Instrumento de Medida
– Grandeza para a qual o instrumento foi projetado.
elétron
lét

T2

fóton

T1 E3
E1

ar E2
S b a grandeza
Sobre d EXPOSIÇÃO

•1908 – sem nome


•1928 – ICRU – unidade roentgen, r, igual a 1 esu de carga em 0,001293g
de ar.
•1956
1956 – dose de exposição
•1962 – Exposição , Roentgen (R)

dQ Unidade: C.kg-1
X= Unidade especial: Roentgen (R)
dm 1 R = 2,58 x 10-4 C.kg-1

É o quociente entre dQ e dm, onde dQ é o valor absoluto da


carga total de íons de um dado sinal produzidos no ar, quando
todos os elétrons (negativos e positivos) liberados pelos
ar em uma massa dm,
fótons no ar, dm são completamente freados
no ar.
elétron
lét

T2

fóton

T1 E3
E1

ar E2
Grandezas Físicas (Dosimétricas)

• KERMA ((em um meio))


(“kinetic energy released per mass”)

dEtr
K= Unidade: J.kg-1
(nome especial: Gray, Gy)
dm
Etr é a soma das energias cinéticas de todas as partículas
g
ionizantes carregadas liberadas p
pelas p
partículas ionizantes não
carregadas no material de massa dm.

Em radiodiagnóstico
• medida da radiação de fuga ( < 0,25 mGy/h a 1m.)
• reprodutibilidade da taxa de kerma no ar reprodutível em 10%;
Câmara de ar-livre – padrão primário
Câmara cavitária – padrão primário
Câmaras de ionização
G
Grandezas
d Físicas
Fí i (Dosimétricas)
(D i é i )

• DOSE ABSORVIDA (em um meio)

dε Unidade: J.kg-1
D= (nome especial: Gray
Gray, Gy)
dm
ε é a energia média depositada pela radiação ionizante

ε
na matéria em um elemento de volume de massa dm.

D pode ser definida como dose média em um órgão ou


tecido igual a energia total depositada em qualquer
D= T

volume de massa m. m
T
Em radiodiagnóstico
• dose na entrada da pele do paciente ((exame odontológico
g periapical < 3,5 mGy)
y)
Na radioterapia
• dose absorvida em determinado órgão.
Qual a dose absorvida no meio dm ?
Qual o kerma no meio dm?
elétron
T3

T2
fóton
E4
T1

E1 E3

dm E2
Qual a dose absorvida no meio dm ?
Qual o kerma no meio dm?
elétron
T3

T2
fóton
E4
T1
E3 T4
E1

E2
dm E5
Grandezas Físicas

• FLUÊNCIA

dN
Φ= Unidade: m-2
d
da

dN é o número de partículas incidentes em uma esfera de seção


de área da.

& dΦ 1 dN
• TAXA DE FLUÊNCIA Φ= =
dt dt da
Grandezas Físicas

• FLUÊNCIA DE ENERGIA

dR
Ψ= m-2
Unidade: JJ.m
d
da

dR é a energia radiante das partículas (emitida, transferida ou


recebida)) incidente em uma esfera de seção
ç de área da.

& dΨ 1 dR
• TAXA DE FLUÊNCIA DE ENERGIA Ψ= =
dt dt da
Grandezas Físicas

• Relação FLUÊNCIA e FLUÊNCIA DE ENERGIA

dN dR
Φ= Ψ=
da da
Para feixes Para feixes de energia
monoenergéticos de de E e E + dE
energia E
E+dE
ΨE = EΦE ΨE = ∫ ΨdE = ∫ EΦdE
E
Grandezas de Proteção
ç Radiológica
g ((Limitantes))

ICRP 60 (1990 - ?)
• DOSE EQUIVALENTE (“equivalent dose”)

H = ∑w .D
T
R
R TR Unidade: J.kg
-1

(nome especial: Sievert, Sv)

wR foram selecionados para representar a eficácia biológica relativa das radiações


Fator de Peso da Radiação, wR

Fótons (Raios
(R i X e raios i gama)) ......................... wR = 1
Elétrons e muons ................................................ wR = 1
Prótons ................................................... ........... wR = 10
limites de Partículas
dose nos indivíduos
alfa, frag. de ocupacionalmente
fissão, nuclídeos expostos
pesados (profissionais)
wR = 20
Nêutrons
• dose .........anual
equivalente (depende da energia)..................
nas extremidades menor que 500 5 <mSv;
wR <
20 equivalente anual no cristalino menor que 150 mSv.
• dose
Grandezas de Proteção
ç Radiológica
g ((Limitantes))

ICRP 60 (1990 - ?)
• DOSE EFETIVA (“effective
(“ ff ti dose”)
d ”)

E = ∑wT .HT Unidade: J.kg-1


(
(nome especial:
i l Si
Sievert,
t SSv))
T

wT - fator de peso do tecido ou órgão

wT representa a contribuição relativa do órgão para o detrimento total


causado pelos efeitos de uma irradiação uniforme de corpo inteiro.
Detrimento
limites de dose nos- combinação
indivíduosdas probabilidades: câncer
ocupacionalmente fatal, câncer
expostos não fatal,
(profissionais)
efeitos
f it hereditários
h ditá i graves e tempo
t de
d vida
id perdida
did se o dano
d ocorrer.
• dose efetiva anual menor que 20 mSv;
limites de dose nos indivíduos do público
• dose efetiva anual menor que 1 mSv;
Fatores de Peso dos Tecidos ou Órgãos
ÓRGÃO OU TECIDO WT

Gônadas 0,20
Medula óssea 0,12
Cólon 0,12

Pulmão 0,12

Estômago 0,12

Bexiga 0,05
Mama 0,05
Fígado 0,05
Esôfago 0,05
Tireóide 0 05
0,05
Pele 0,01
Superfície óssea 0,01

Restante 0,05*

* restante = glândulas supra-renais, cérebro, intestino delgado, rins,


pâncreas baço,
pâncreas, baço timo e útero.
útero

** por órgão (restante = máximo de cinco órgãos)


Grandezas p
para dosimetria interna

• DOSE ABSORVIDA COMPROMETIDA (“committed absorbed dose”)

to +τ

DT (τ ) = ∫ D& (t).dt T
to

to - momento inicial da incorporação


τ - tempo transcorrido desde a incorporação
(50 anos para adulto e 70 para crianças)
Grandezas de Proteção
ç Radiológica
g ((Limitantes))

ICRP 26 (1976 - 1990)


• EQUIVALENTE DE DOSE (“dose equivalent”)

H = Q.D Unidade: J.kg-1


(nome especial: Sievert, Sv)

Q é o fator de qualidade efetivo selecionado para representar a eficácia biológica


relativa das radiações

Fator de
F d Qualidade,
Q lid d Q
Raios X, raios gama e elétrons........................ Q=1
Prótons ................................................... ........... Q = 10
Partículas alfa .................................................... Q = 20
Nêutrons ........................................................... Q = 20
Grandezas de Proteção
ç Radiológica
g ((Limitantes))

ICRP
C 266 ((1976
976 - 1990)
990)

• EQUIVALENTE DE DOSE NO ÓRGÃO OU TECIDO

H = Q .D
T T T

• EQUIVALENTE
Q DE DOSE EFETIVA

H = ∑w .H
E
T
T T
A esfera ICRU - o simulador do corpo humano

• 30 cm de diâmetro
• densidade 1g/cm3
• material tecido-equivalente (76,2% O - 11,1% C - 10,1% H e
2,6% N.
Grandezas Operacionais de Proteção Radiológica

Monitoração de área
• EQUIVALENTE DE DOSE AMBIENTE, H*(d)
((“ambient dose equivalent”)
q )

Equivalente de dose em um ponto de


um campo de radiação
radiação, que seria
produzido pelo correspondente campo
expandido e alinhado na esfera ICRU,
na profundidade dd, no raio que se
opõe ao campo alinhado.

d = 10 mm (radiação fortemente penetrante)

H*(10)
Unidade: J.kg-1
(nome especial: Sievert, Sv)
Grandezas Operacionais de Proteção Radiológica

Monitoração de área
• EQUIVALENTE DE DOSE DIRECIONAL, H'(0,07)
((“directional dose equivalent”)
q )

Equivalente de dose a 0,07 mm de


profundidade na esfera ICRU
ICRU, em
um campo de radiação fracamente
penetrante, expandido e em
determinada direção
direção.

d = 0.07
0 07 mm (radiação fracamente penetrante)

H’(0,07)
Unidade: J.kg-1
(nome especial: Sievert, Sv)
Grandezas Operacionais de Proteção Radiológica

Monitoração individual
• EQUIVALENTE
Q DE DOSE
OS PESSOAL,
SSO Hp(d)
( )
(“personal dose equivalent”)

Equivalente de dose no tecido, em uma


profundidade d abaixo de um ponto da
superfície do corpo humano.

d = 10 mm - radiações fortemente penetrantes


(estima a dose efetiva)
d = 0,07 mm - radiações fracamente penetrantes
(estima a dose equivalente na pele)
d = 3 mm (estima a dose equivalente no cristalino)
Unidade: J.kg-1
(nome especial: Sievert, Sv)
Sobre os fantomas
Grandeza do Instrumento de Medida

• Os instrumentos de medida deveriam ser projetados para


medir
di as grandezas
d d
de iinteresse (i
(i.e, H*
H*, H´
H´, Hp)
H ) na unidade
id d
Sv (ou sub-múltiplos).

MAS ...
• Na monitoração de área existem instrumentos projetados
para grandezas
d como: exposição,
i ã ddose absorvida,
b id MADE
MADE, etct
e em unidades como: mR/h, mrad/h, mrem/h, cps, ..
• Na monitoração individual existem instrumentos projetados
para indicar densidade ótica (filme dosimétrico), carga
(dosímetro termoluminescente), exposição em mR (caneta
dosimétrica) etc.
dosimétrica), etc
CONCLUSÃO
Todo instrumento deve ser caracterizado e calibrado para
a grandeza de interesse nos Laboratórios de Calibração.
GRANDEZAS FÍSICAS
•Exposição, X
Cálculos usando Fluência, Φ
•Fluência
Q(L) e simuladores Cálculos usando
simples (esfera ou •Kerma, K wR , wT e
paralelepípedo). •Dose absorvida, D simuladores
Validadas ppor antropomórficos
medidas e cálculos.

GRANDEZAS OPERACIONAIS GRANDEZAS DE PROTEÇÃO


•Dose
Dose absorvida no órgão,
órgão DT
•Equivalente de Dose Pessoal, Hp (d) Comparadas por •Dose equivalente no órgão, HT
medidas e cálculos
•Equivalente de Dose Ambiental , H*(d) (usando wR, wT e •Dose Efetiva, E
Equivalente de Dose Direcional, H’(d)
•Equivalente H (d) simuladores
antropomórficos)
Relacionadas por
calibração e cálculo
GRANDEZAS DE MONITORAÇÃO
•Densidade ótica
•Termoluminescência
•Carga
C elétrica
lét i
•Outras (respostas de instrumentos de medida)

Você também pode gostar