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Radiologia

Conceito:
Especialidade que utiliza radiações para diagnosticar e tratar doenças - o raio x é invisível,
produz fluorecência , propaga em linha reta, impressiona chapas radiográficas, não são alterados
por campos eletromagnéticos.
Espectro eletromagnético:
O espectro que pode representar perigo para os seres humanos atuam nos comprimentos de
onda a partir de 10-7 (ultravioleta) e raio x (10-10 ou 10-11)
Produção de raio x e interação de partículas carregadas e matéria:
1- Radiação características: Ocorre quando o elétron em movimento choca-se com os elét-
rons da camada mais interna do átomo alvo no tubo de Raio-X e o desloca provocando a sua injeção
para fora do átomo. *Esse átomo agora ionizado precisa se estabilizar, para isso, um elétron de uma
camada mais externa migra para a lacuna liberando nesse processo uma determinada e bem precisa
quantidade de fótons na forma de raio -x.

2 - Radiação de freamento ou efeito Breamsstrahlung: Um elétron com a energia cinética


inicial de E0 é desacelerado pela interação com o núcleo pesado do átomo alvo, e a energia que esse
elétron perde surge em forma de radiação como um fatores de raio - x.
2 - Efeito fotoelétrico: Emissão de partículas carregadas de um meio material qualquer que
absorva radiação eletromagnética, ejetando elétrons. Ocorre quando um fóton de raio x choca-se
com um elétron de um átomo e destaca-se de sua camada orbitária no átomo
3 - Efeito compton: Consiste no espalhamento de fótons pela sua interação com um materi-
al, diminuindo a energia. Os elétrons ficam vagando como bolas de sinuca e espalhando fótons.
4 - Radiação de pares: Ocorre em interações com alto nível de energia (radioterapia).

Aparelho de raio - x:
O tubo de raio x: pode ser intraoral ou extraoral
Componentes geral:
Cabeçote (tubo de raio x, filtro, colimação, localizador e blindagem metálica)
Base (Fixa ou móvel)
Braço extensor
Corpo (parte elétrica e painel de controle)

Þ Tubo de Raio-X:
Tubo de vidro à vácuo onde ocorre à produção de raios-x. É o aparato básico para produção
de raio x, nele está contido o catado e o anodo

Cátodo polo negativo é o local onde a amperagem (miliamperagem) emite os elétrons


que fluem para o anodo. Aumentando-se a miliamperagem (mA), aumenta-se a quantidade de raios-
X produzida na ampola. Filamento de tungstênio, Corpo molibdênio e geração de elétrons.
Anodo, é o local que vai receber, pode ser descrito como anodo giratório e polo positivo,
é o local responsável pela quilovoltagem que vai acelerar o elétron e responsável por acelerar e pela
penetração e contraste. Alto número atômico, alto ponto de fusão, boa condutividade térmica e
tungstênio associado a cobre.

Amperagem = formar os elétrons


Voltagem (Kv) = Acelera e está presente no anodo

Filme radiográfico:
Intraoral (periapical, interproximal e oclusal)
Dosimétrico
Extraoral (Screen - uso de tela intensificadora, No screen - maior tempo de exposição)
componentes:
Base
Base protetora
Emulsão
Camada adesiva
Efeito biológico e proteção das radiações:
Introdução:
Radiologia - estudo dos efeitos da radiação ionizante nos seres vivos
Þ Radiação ionizante possui energia suficiente para ionizar átomos e moléculas
Dose para o paciente
Þ Raio x Dose para o profissional
Dose para o filme
Efeitos da interação com a matéria:
- Thomson - Fotoelétrico - Compton

Efeitos físicos Efeitos químicos


ms ionização ! Radicais livres ! ! anos

Classificação:
Determinístico ou não determinísticos
Estocásticos
Þ Determinísticos:
Þ Efeitos somáticos - reações teciduais
Agudos Crônicos
Reações clara de causa e efeito Para doses abaixo de 100 mGy, nenhum
Severidade aumenta com a dose efeito é observado
Existe uma dose mínima para ocorrer o efeito
Þ Estocásticos:
Þ Efeitos genéticos e hereditários Exposição crônica
Sem limiar de dose
Probabilidade de ocorrência aumenta com a base
A gravidade do efeito independe da dose
Odontologia
Mecanismo de ação da radiação ionizante:
Ação indireta Ação direta

H 2O DNA

- Elétron hidratado Mutação


- OH
-H

ms Efeito Bystander ANOS

Grandezas dosimétricas:
CD - 0,44 (mGy) dose média anual
dose absorvida = Gray (Gy) - quantidade de energia média cedida à matéria por unidade de massa
material
20 mGy/ano de Rx ou Beta
2 mGy/ano de radiação nêutrons
1 mGy/ano de radiação alfa

Efeitos Genéticos:
Depende da dose, taxa e frequência de exposição, local da exposição, tipo celular e capa-
cidade de recuperação.
Pode ocorrer no núcleo, aberrações cromossômicas, citoplasma...
As células menos diferenciadas são mais sensíveis a radiação (Lei de Bergoniê)
Mutações genéticas estão relacionado com células reprodutoras

Princípios básicos:
Otimação e limitação:
Alara = tão baixo, quanto possivelmente exequível.
Justificação:
A radiação só deve ser autorizada quando produzir benefícios suficientes que compen-
sem o detrimento que esta pode causar.
Lesões oriundas de radiação:
Mucosite
osteorradionecrose
cárie de radiação
câncer de tireoide
cegueira
queimaduras

Proteção do Profissional:
Controle de qualidade:
Portaria 453,
ANVISA,
Diretrizes básicas estaduais da radiologia
Uso contínuo dos filmes dosimétricos é utilizado para cálculo de dose de radiação não ocupacio-
nal e não pode ser submetido à radiação advinda de equipamentos
Aumentar a blindagem:
Biombos - 1 mm de Pb ou 1 mm de aço
Paredes - 1 mm de Pb ou 8 cm de concreto
Nunca segurar o cabeçote do aparelho de raio x
Não segurar o filme para o paciente
Não ficar na direção do feixe central de raio x
Aumentar a distância do feixe central de raio x, pelo menos 2 metros
O profissional está sujeito a:
radiação primária -> Radiação primária é a radiação emitida pelo aparelho no momento
da realização do exame radiográfico.
radiação secundária -> Radiação secundária é resultante da interação de Compton dos
fótons com o objeto.
radiação de vazamento -> consiste na radiação não pertencente ao feixe útil do equipa-
mento.

Proteção do paciente:
Técnica radiográfica corretas
Processamento adequado
Tipo de localizador:
cone
cilíndrico
retangular
Calibração do aparelho:
filtração - discos de alumínio filtram Rx de maior comprimento de onda;
colimação - diminui a divergência de Rx.
Quilovoltagem - menor possível 70-100 Kvp
Miliamperagem-segundo - a menor possível 3-10 mA
Filmes sensíveis e placas intensificadoras:
diminuem exposição de Rx ao paciente
D1 E e F
receptores de imagem - < 40% da dose F
Aventais de chumbo e colares -> redução significativa da exposição 98% nas gônadas e 92% na
tireoide
Controle biológico:
Uso de EPI’s
Papel filme PVC
Desinfecção - álcool 70%, hipoclorito de sódio a 1%, ...
Descarte correto do material biológico
Seleção de exames:
critério para solicitar exames de imagem, apenas 1/3 dos CD solicitam corretamente.
Risco de câncer ou efeito hereditário por Rx odontológico 1,9-11/1.000.000

Princípios de Formação de Imagem - Radiologia


O aparelho
O objeto
O receptor de imagem
Fator geométrico
O aparelho:
Tempo de exposição:
Tempo de exposição densidade radiográfica (mais radiolúcida)
Amperagem - Formação de elétrons:
Miliamperagem densidade radiográfica
Voltagem - Aceleração e penetração:
Quilovoltagem Contraste radiográfico (65 a 70 Kvp)
O objeto:
Densidade:
Densidade radiopacidade
Espessura:
Espessura radiopacidade
Número atômico:
N° atômico radiopacidade

O receptor de imagem:
Þ Analógico:
Granulação:
Granulação Nitidez

Número de camadas de emulsão:


Camadas de emulsão Nitidez

Espessura da base:
Espessura da base Nitidez

Processo analógico:
Temperatura e/ou concentração Tempo de ação

Temperatura, concentração ou Densidade


tempo de ação do revelador

Þ Digital:
Resolução espacial:
Resolução espacial Tamanho pixel Nitidez
Resolução de contraste:
Resolução de contraste Capacidade de reprodução do Objeto
Sensibilidade:
Sensibilidade Densidade radiográfica
Processamento digital
Fator geométrico:
Tamanho da área focal:
Área focal Nitidez
Angulação da área focal:
Efeito Benson - Angulação ideal de 20° que faz diminuir a penumbra e melhora a nitidez
Distância da área focal - receptor:
Distância da área focal do receptor Melhor a radiografia (nitidez)
Distância do objeto - receptor:
Distância objeto - receptor Imagem fidedigna (nitidez)

“Sucesso é o acúmulo de pequenos esforços repetidos dia a dia”


Robert Collier

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