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Universidade UNOPAR

SUPERIOR TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

JONATAS DE OLIVEIRA SILVA

Senhor do Bonfim - BA

ATIVIDADE PRÁTICA
DOSIMETRIA DAS RADIAÇÕES
3ª SEMESTRE

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Universidade UNOPAR

Senhor do Bonfim - BA

JONATAS DE OLIVEIRA SILVA

ATIVIDADE PRÁTICA
DOSIMETRIA DAS RADIAÇÕES
3ª SEMESTRE

PINDOBAÇU-BA
2022
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 3
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4
2.1 ATIVIDADE PROPOSTA 1: CÁLCULO DA CAMADA SEMI-REDUTORA........4

2.2 ATIVIDADE PROPOSTA 2: CALIBRAÇÃO DE DOSÍMETRO...........................6

2.3 ATIVIDADE PROPOSTA 3: INFLUÊNCIA DE ATENUAÇÃO DO FEIXE..........7

3 CONCLUSÃO...........................................................................................................9

Portfolio apresentado no curso de


Graduação em tecnologia em radiologia da
Universidade Norte do Paraná (UNOPAR).

Tutor á Distancia: Paola Bianca Barbosa Cavalin

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho busca alcançar os seguintes objetivos: verificar a influência na


atenuação do feixe na dosimetria de um equipamento emissor de raios X, calculando
a camada semirredutora do feixe de radiação; compreender o processo de
calibração de dosímetros individuais utilizados para fins de proteção radiológica;
verificar a influência na atenuação do feixe na dosimetria de um equipamento
emissor de raios X, a partir da alteração da distância entre a fonte e o medidor de
radiação.

Para tal, realizando os experimentos solicitados por meio do VirtuaLab


Algetec, e realizando as atividades pressupostas nos checklists das atividades
propostas.

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ATIVIDADE PROPOSTA 1: CÁLCULO DA CAMADA SEMI-REDUTORA

1. Qual o objetivo dos atenuadores de cobre e alumínio?

As radiações têm sua intensidade diminuída em função das interações que


ocorrem com o material que as absorve. As principais interações da radiação com a
matéria ocorrem na forma de efeito fotoelétrico, efeito Compton e produção de
pares. A atenuação da energia das radiações ocorre de maneira exponencial em
função da espessura do material absorvedor. Isso significa que quanto mais espesso
o material, menor será a energia da radiação que deixa o material depois de
atravessá-lo (se atravessá-lo). Por outro lado, quanto maior a energia dos fótons da
radiação incidente, maior será também a sua capacidade de penetração, embora se
aumente, também, a probabilidade de as interações ocorrerem – a radiação se
propaga por uma distância maior e consequentemente, interage mais.

CSR (Camada Semi-Redutora) ou HVL (Half Value Layer) é, na prática, a


medida da qualidade do feixe. É a espessura necessária de um material para reduzir
a intensidade de um feixe pela metade. Alumínio e Cobre são os materiais
comumente usados. Dependendo do material, necessita-se de espessuras
diferentes, essa relação é dependente da densidade do material. Quanto mais
denso, mais radiação o material consegue atenuar.

De acordo com Tauhata et al. (2014), o coeficiente de atenuação total μ


depende do material atenuador e da energia do feixe incidente. No caso de uma
fonte que emite fótons de várias energias, deve-se utilizar diferentes valores de μ,
correspondentes às diversas energias do feixe e às diversas taxas de emissão de
cada radiação. Como a intensidade de um feixe de fótons não pode ser totalmente
atenuada pela blindagem, utiliza-se um parâmetro experimental, denominado de
camada semi-redutora (HVL = Half Value Layer), definido como sendo a espessura
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de material que atenua à metade a intensidade do feixe de fótons. A relação entre μ
e HVL é expressa por:

0,693
μ=
HVL

2. A camada semi-redutora pode ser medida sob quais condições específicas?

Em radiodiagnóstico, a dose absorvida pelo paciente e a qualidade da


imagem dependem da energia e da quantidade de fótons associados ao feixe de
raios X usado na geração da imagem. Dessa forma, o equipamento de raios X deve
gerar feixes de raios X constantes para os mesmos procedimentos radiográficos. A
energia dos fótons de raios X está relacionada à voltagem de pico aplicada no tubo
de raios X, da ordem de kVp. A camada semi-redutora depende do valor da
voltagem usada. Portanto, a camada semi-redutora pode ser útil como uma técnica
adicional para se determinar a energia efetiva associada ao feixe de raios X gerado
pelo equipamento (LEIDENS; GÓES, 2013).

O coeficiente de atenuação linear (μ) é a probabilidade de o feixe sofrer


atenuação devido a eventos de espalhamento Compton, absorção fotoelétrica ou
formação de pares (KNOLL, 1979), ele é considerado como somatório desses
efeitos. O parâmetro que mede a eficiência de uma blindagem à raios X é o
coeficiente de atenuação linear (μ). No modelo exponencial, μ está relacionado com
a camada semi-redutora (CSR) do material absorvedor. Pode ser medido sob
condições específicas como, por exemplo, um feixe de fótons monoenergéticos,
colimado, incidindo num material absorvedor do qual se faz variar a espessura
(SEMPAU, 1997).

Na determinação da espessura de um material absorvedor para ser utilizado


na blindagem de feixe monoenergético e de boa geometria, pode-se utilizar o
método da camada semi-redutora (CSR), definida como sendo a espessura de
material que reduz à metade a intensidade do feixe de fótons dos raios X (KNOLL,
1979). A atenuação da energia das radiações ocorre de maneira exponencial em
função da espessura do material absorvedor ou CSR, define-se como sendo a
espessura necessária de um material absorvedor para atenuar a intensidade de um
feixe à metade de seu valor inicial (ROS, 2000).

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3. Cite exemplos práticos da aplicabilidade da camada semi-redutora.

A camada semi-redutora é utilizada também para cálculo de blindagens, ou


seja, possui importância para a proteção radiológica.

2.2 ATIVIDADE PROPOSTA 2: CALIBRAÇÃO DE DOSÍMETRO

1. Realizar a leitura do dosímetro para todos os parâmetros de qualidade


disponíveis e analisar a diferença na leitura.

Os seguintes dados foram levantados no experimento:

Tabela 1 – Leitura Eletrômetro. Fonte: o autor.


Qualidade ISO Carga Corrente
N-40 0,500 (nC) 7,5 (mA)
N-60 0,3800 (nC) 9,9 (mA)
N-80 0,3500 (nC) 10,8 (mA)
N-100 0,3500 (nC) 10,7 (mA)
N-120 0,3600 (nC) 10,3 (mA)
N-150 0,3800 (nC) 9,9 (mA)

Tabela 2 – Leitura Dosímetro. Fonte: o autor.


Qualidade ISO Carga
N-40 17,1 (nC)
N-60 14,1 (nC)
N-80 12 (nC)
N-100 18,5 (nC)
N-120 11,5 (nC)
N-150 11,1 (nC)

2. Com base nos seus conhecimentos, como você explica o princípio de


funcionamento do dosímetro?

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Um dosímetro termoluminescente, abreviado como TLD, é um dosímetro de
radiação passiva, que mede a exposição à radiação ionizante medindo a intensidade
da luz visível emitida por um cristal sensível no detector quando o cristal é aquecido.
A intensidade da luz emitida é medida pelo leitor de DPN e depende da exposição à
radiação.

Seu funcionamento é dado pelos seguintes princípios:

I. Quando a radiação ionizante passa pelo detector (chip), o chip absorve


a radiação e sua estrutura muda levemente.
II. Em materiais termoluminescentes, os elétrons podem alcançar a banda
de condução, quando são excitados, por exemplo, por radiação
ionizante. Mas, neste caso, existem defeitos no material ou impurezas
são adicionadas para prender elétrons no intervalo da banda e mantê-
los lá.
III. Esses elétrons presos representam energia armazenada pelo tempo
em que os elétrons são retidos e a quantidade dessa energia depende
da exposição à radiação.
IV. Para obter a dose recebida, o chip do TLD deve ser aquecido neste
leitor de TLD. Os elétrons presos retornam ao estado fundamental e
emitem fótons de luz visível. A quantidade de luz emitida em relação à
temperatura é chamada de curva de brilho.
V. Após a conclusão da leitura, o TLD é recozido em alta temperatura.
Esse processo zera essencialmente o material TL, liberando todos os
elétrons presos.

2.3 ATIVIDADE PROPOSTA 3: INFLUÊNCIA DE ATENUAÇÃO DO FEIXE

1. Qual a função do eletrômetro no sistema de medição?

As medições das cargas ou correntes geradas na câmara de ionização são


executadas por um instrumento de medição denominado eletrômetro. Este
equipamento quando interligado a uma câmara de ionização compõe um dosímetro
que, quando utilizado em radioterapia é denominado de dosímetro clínico. Este
dosímetro mede o valor da dose a ser aplicada no paciente. Para que o mesmo
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indique o valor correto da dose, deve ser calibrado segundo critérios estabelecidos
em um protocolo específico por um laboratório de padronização reconhecido
(PERES, 1999).

O eletrômetro pode medir outras quantidades diferentes como, tensão,


corrente, resistência, carga e etc. de acordo com o uso a que se destina. Este
instrumento multifunção, normalmente, é utilizado em laboratórios de medidas ou
calibração, podendo, também, ser empregado em dosimetria na radioterapia. O
eletrômetro utilizado em radioterapia apresenta, além da opção de medição de
exposição ou dose absorvida, a possibilidade de medição de cargas e correntes
elétricas (PERES, 1999).

2. Qual a importância de ajustar a bancada de modo que a radiação fique


posicionada na horizontal?

É imperativo que sejam utilizados corretamente os fatores de exposição


radiográfica e o posicionamento da região anatômica determinado para cada
incidência, associados à correta identificação da radiografia.

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3 CONCLUSÃO

Este trabalho verificou a influência na atenuação do feixe na dosimetria de um


equipamento emissor de raios X, calculando a camada semirredutora do feixe de
radiação; discorreu sobre o processo de calibração de dosímetros individuais
utilizados para fins de proteção radiológica e verificou a influência na atenuação do
feixe na dosimetria de um equipamento emissor de raios X, a partir da alteração da
distância entre a fonte e o medidor de radiação.

Assim, através dos experimentos e das atividades realizadas, chegando em


maior esclarecimento sobre as atividades práticas do dia a dia profissional no ramo
de radiologia.

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REFERÊNCIAS

KNOLL G. F., Radiation Detection and Measurements, Second Edition, John Wiley
& Sons (1979).
PERES, M. A. L. Padronização da Calibração de Dosímetros Clínicos Utilizando
Cargas e Correntes Elétricas. Tese (Doutorado). Rio de Janeiro-RJ, set. de 1999.
ROS R.A. metodologia de controle de qualidade de equipamentos de raios x
(nível diagnóstico) utilizados em calibração de instrumentos, Universidade São
Paulo-USP, Departamento de Ciências Nucleares. Dissertação de Mestrado, 2000.
SEMPAU, J.; ACOSTA, E.; An algorithm for Monte Carlo simulation of couple
electron-photon transport, Nuclear Instruments and Methods in Physics Research,
vol.132, pp. 377-390, 1997.
TAUHATA, L. et al. Radioproteção e Dosimetria: fundamentos. Instituto de
Radioproteção e Dosimetria, Comissão Nacional de Energia Nuclear. Rio de Janeiro-
RJ, abril de 2014.

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