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As técnicas analíticas são usadas para identificar os  A técnica e a habilidade do analista em

componentes que podem estar presentes em um conduzir o preparo e a análise das


material e determinar as quantidades exatas dos amostras.
componentes identificados.
Controle de qualidade analítica
A sequência analítica:
 Destilação à sub-ebulição: Evaporação
 Definição do problema; do ácido mediante aquecimento por
 Planejamento; incidência de radiação infravermelha
o Número de amostras; (calor); não ocorre ebulição do
o Faixa de concentração do analito; reagente; evita o transporte do
o Natureza da matriz da amostra; contaminante.
o Escolha do método analítico.  Capela de fluxo laminar para
 Amostragem; manipulação de amostras e soluções
 Pré-tratamento das amostras; padrão.
 Determinação da concentração;  Sistema de introdução de amostras
o Calibração; protegido.
o QA/QC;
A ETAPA DE PREPARO DE AMOSTRAS É A MAIS
o CRMs.
TRABALHOSA E A MAIS SUSCETÍVEL A ERROS
 Avaliação dos resultados.
EM UMA ANÁLISE QUÍMICA.
Processo analítico: constituído por uma série de
Etapas do preparo: secagem (em estufa ou
operações analíticas, desde a coleta da amostra até
liofilizador), moagem, peneiramento,
a obtenção do resultado final.
centrifugação, filtração, digestão.
Técnica analítica: baseada em um princípio
científico; faz uso de um instrumento para se obter ESPECTROFOTOMETRIA NO ULTRAVIOLETA-
a informação desejada.
VISÍVEL (UV-Vis)
Método analítico: aplicação de uma determinada
técnica analítica. Consiste em um campo elétrico que se alterna
muitas vezes por unidade de tempo e se
Procedimento analítico: série de instruções que propaga no espaço como um “trem” de ondas.
devem ser seguidas para a implementação de um Associado ao campo elétrico existe um campo
método analítico, visando a determinação de um magnético, também oscilante, colocado em
ou mais analito. ângulo reto e de mesmo comprimento.

PRÉ-TRATAMENTO DE AMOSTRAS Comprimento de onda (ʎ): é a distância entre


duas cristas de ondas adjacentes; é dado em
Independentemente de sua natureza, cada unidade de comprimento.
amostra deve ser submetida a um tratamento
especial para dissolver ou extrair o analito. Espectro eletromagnético: é o arranjo
ordenado das radiações conforme os seus
(para evitar erros, contaminação, perdas, etc) comprimentos de onda.
Fontes de contaminação mais comuns: Espectroscopia: técnicas baseadas na emissão,
absorção e espalhamento de radiação
 Atmosfera/ambiente em que se realizam o
eletromagnética (luz).
preparo e a análise das amostras;
 Pureza (e quantidade) dos reagentes A espectrofotometria fundamenta-se na
empregados; medida de absorção de radiação
 Materiais utilizados que entram em eletromagnética por moléculas em solução.
contato direto com a amostra: frascos de
digestão/extração, tubos de centrífuga,
espátulas, béqueres, etc.
Fonte Absortividade específica (a): idem ao anterior,
porém em 1g/L (n/a: constante para cada
Requisitos gerais: emitir radiação com
composto).
intensidade suficiente na região desejada, de
modo reprodutível e de fácil controle. Para a Espectrofotômetro: instrumento utilizado
região do visível – fonte incandescente, para a para determinações realizadas na região do
região do UV – lâmpada de descarga de gases. UV-Vis, que acopla um fotômetro e um
A intensidade de emissão depende do ʎ espectrômetro.
escolhido.
Fotômetro: instrumento que fornece a
Monocromador relação entre o poder radiante de dois feixes
eletromagnéticos.
Função: selecionar uma raia, onde a absorção
será medida, das demais linhas emitidas pela Espectrômetro: instrumento
fonte. Ângulo de rotação da rede = seleção do composto por uma fenda de entrada, um
ʎ da radiação. dispositivo de dispersão e uma ou mais fendas
de saída, onde medidas de ʎ podem ser feitas.
Componentes: fenda de entrada e de saída,
espelhos e prisma/grade de difração.

Detectores de radiação:
ESPECTROMETRIA DE MASSA (COM FONTE
Função: converter a energia radiante em sinal
elétrico. DE PLASMA INDUTIVAMENTE ACOPLADO)
Amplificadores (ICP-MS).
Fototubo (emissão de elétrons provocada pelo Fundamenta-se na determinação de
fluxo de fótons) ou fotomultiplicadora (sinal elementos (isótopos, razões isotópicas)
multiplicado pela presença de dinodos). utilizando a espectrometria de massa (MS) de
íons produzidos através de um plasma
Lei de Lambert: “Quando a luz monocromática
indutivamente acoplado (ICP).
passa através de um meio transparente, a taxa
de decréscimo da intensidade com a espessura Espectrômetro de massa: é um instrumento
do meio é proporcional à intensidade da luz”. que separa, rapidamente, íons em movimento
Lei de Beer: “A intensidade do feixe de luz com base em suas razões massa/carga (m/z).
monocromática decresce exponencialmente à Fonte de Energia
medida que a concentração da substância
absorvente aumenta aritmeticamente”. Função: promover a dissociação dos
compostos presentes na amostra formando
log Io/I = abc íons livres (necessidade de energia cinética alta
– altas temperaturas).
Transmitância (T): é a fração da radiação
incidente que é transmitida pela solução (o Plasma: gás a temperatura elevada contendo
que o equipamento vê, “que a amostra não moléculas, átomos, íons e elétrons; é condutor
quis”). elétrico; é afetado pelo campo magnético.

Absorvância (A): é o logaritmo decimal da Tocha: constituída de três tubos concêntricos;


razão entre a potência radiante incidente e a sua montagem é sempre horizontal.
transmitida.
Interface: faz a ligação entre a fonte de íons em
Absortividade molar (Ꜫ): é a absorvância pressão atmosférica com a região de alto vácuo
característica da substância absorvente, do separador de massa (quadrupolo).
quando sua concentração é 1 mol/L, utilizando Constituída por 2 cones metálicos (Ni ou Pt);
cubeta de 1cm. A magnitude depende do ʎ da cone amostra > cone escuma. É resfriada e
radiação incidente. mantida sob vácuo por uma bomba rotativa.
Sistema de vácuo: geralmente são mais Introdução do aerossol no plasma: o tempo de
comuns sistemas com três câmaras. permanência do analito no plasma é muito curto
1ª: interface – situada entre os cones. (ordem de ms), por isso, o aerossol deve ser
introduzido de forma adequada.
2ª: óptica de íons.
Nebulização → transformação da solução em um
3ª: analisador de massa e detector.
aerossol.
Lentes iônicas: feitas por um conjunto de
Introdução de amostras sólidas: ablação a laser.
“lentes de extração” posicionadas
imediatamente após a interface formando um Considerações sobre introdução de amostras: o
feixe mássico. Otimizam e direcionam o feixe tratamento da amostra é muito importante para não
até focalização na entrada do quadrupolo. danificar os orifícios dos cones, prolongando a vida útil
e sensibilidade.
Filtro/analisador de massa  Sólidos dissolvidos no máx. 0,2%m/v;
Quadrupolo  Máximo de 5% (v/v) de HNO3;
 Máximo de 5% (v/v) de HCl (Cl –
Composto por 4 barras metálicas cilíndricas interferências);
hiperbólicas equidistantes montadas em
 Máximo de 1%(m/v) H3PO4, H2SO4 ou HF
suporte cerâmico.
(sistema para introdução de amostra
Características: baixa resolução; sensibilidade compatível).
relativamente baixa; baixo custo, robusto e de
Imprevistos: desvitrificação, entupimento, depósito de
fácil operação; varredura rápida; facilmente
fuligem (alto teor de matéria orgânica), depósito de
acoplados; tolerantes a pressões
sais (alto teor de sólidos dissolvidos/alta salinidade),
relativamente altas.
precipitação da amostra.
Tempo de voo
CALIBRAÇÃO
Baseia-se na simples ideia de que as
velocidades de dois íons, criados no mesmo Semi-quantitativa: baseada na calibração do
instante, com a mesma energia cinética, instrumento feita a partir de uma única solução de
variarão conforme as massas dos íons (o mais calibração. O software usa a calibração da massa para
leve chegará primeiro ao detector). estimar as intensidades de cada isótopo a partir do
elemento presente na solução de calibração. Permite a
Alta resolução determinação simultânea de cerca de 80 elementos.
Sinal com 2 casas decimais (na maioria). Quantitativa: construção de curvas de calibração a
Triplo quadrupolo partir de soluções padrão com diferentes
concentrações. Calibração externa multielementar:
“Meio termo” entre o quadrupolo simples e o recomendável para matrizes mais simples –
de alta resolução. assemelhamento de matriz (matrix matching).
1º: funciona igual ao simples. Padrão interno: corrige variações nas medidas
causadas por flutuações no sistema de introdução de
2º: não ocorre separação de massa, só adição
amostra (variações na nebulização) e instabilidade do
de gás para reagir com alguma das espécies
plasma.
(analito ou interferente).
Adição de analito (adição de padrão): utilizada para
3º: dependendo de quem reagir na etapa
matrizes mais complexas.
anterior, mudar ou manter a m/z.
Metodologia analítica:
Detector
 Selecionar os isótopos a serem determinados;
Multiplicador de elétrons: o detector coleta os  Fixar os parâmetros instrumentais;
íons, produzindo uma corrente elétrica o Devem ser otimizados de forma a se
proporcional à quantidade destes. obter melhor relação entre sinais dos
analito, menores taxas de formação de  Calcular a intensidade da
óxidos e de íons divalentes, etc. interferência através da
 Preparar as soluções de calibração (soluções intensidade de outros
padrão e tratamento de amostras); isótopos.
o Utilizar padrões rastreáveis e de  Subtrair a interferência.
pureza elevada;  Interferências moleculares e/ou poliatômicas:
o Métodos de digestão, extração, ArO e Fe - 56; ArC e Cr - 52; ClO e V - 51; ArNa
solubilização. e Cu - 63; ArCl e As - 75.
 Parâmetros instrumentais: o ICP-MS de alta resolução (HR-ICP-MS).
o Potência da radiofrequência aplicada ao  Alto custo;
plasma;  Difícil operação;
o Vazão de argônio (plasma, auxiliar e do  Cuidados especiais com
nebulizador); limpeza do ambiente.
o Escolha adequada da distância o Célula de colisão/reação.
plasma/cone de amostra;  Eficiente na redução de
o Parâmetros de medição: interferências poliatômicas.
 Tempo de residência em cada  Converte íons interferentes
medida; em novas espécies
 Número de varreduras por poliatômicas – que não
medição; causam interferência.
 Número de replicatas;  Converte o analito em uma
 Número de pontos medidos por nova espécie poliatômica com
sinal; um novo valor para a razão
 Tempo de espera para início da massa/carga (m/z) que não
medição. sofre interferência.

O valor ideal para cada parâmetro é determinado


experimentalmente durante a otimização do método. Problemas de transporte na introdução da amostra
(viscosidade e tensão superficial) e instabilidade do
As interferências são dependentes da matriz da
plasma → utilização de padrões internos.
amostra.
Geralmente trabalha-se com seis padrões internos
Interferências não espectrais: interferências que não
cobrindo toda a faixa de massa: Sc, Ga, Ge, Rh, In, Tl,
dependem da resolução de massa do instrumento.
Bi.
 Supressão de sinal em função de componentes Causas da “supressão” de sinais em ICP-MS:
da matriz da amostra;
 Problemas de transporte na introdução da  Alteração da temperatura (energia) do plasma
amostra: pela presença da matriz;
o Viscosidade;  Competição na ionização dos analito (Ex: Na
o Tensão superficial. 5,14eV > Se 9,75eV).
 Efeitos de cargas espaciais perto das lentes
Como tratá-las? Sempre que possível utilizar amostras
iônicas;
diluídas (TDS<0,2%); utilizar a técnica de “adição de
 Efeito da discriminação de massa.
analito”; considerar a possibilidade de remoção da
matriz por métodos de separação adequados (SPE, Funcionamento de uma DRC (Fe 56): entrada de gás
troca iônica, extração em ponto nuvem, etc). reativo (NH3) que reage/colide separando o ArO,
liberando assim a passagem do Fe sem o interferente.
Interferências espectrais: interferências que
dependem da resolução da massa do instrumento. Proibida a reprodução e divulgação do mesmo.

 Interferências isobáricas: Ni e Fe - 58; Ca e Ti -


48.
o Correção através de equações
matemáticas.

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