Você está na página 1de 103

www.leqa.ufc.

br

Introdução aos métodos ópticos de


análise
LUAN FONSÊCA
fluan.fonseca@gmail.com
A radiação eletromagnética
As ondas eletromagnéticas
não necessitam nenhum meio O modelo ondulatório falha ao
de suporte para a sua explicar os fenômenos de absorção
propagação e emissão, sendo requerido a
utilização do modelo de partícula
(fótons)

A radiação eletromagnética é
convenientemente representada como um
campo elétrico e um campo magnético,
que se propagam em fase, oscilando
senoidalmente, perpendiculares entre si.
O espectro eletromagnético

Métodos espectroquímicos que utilizam


faixas fora da região visível, como o
infravermelho e o ultravioleta, também
são convencionalmente denominados de
métodos ópticos.
O espectro eletromagnético
Propriedades mecânico-quânticas da
radiação
Quando a radiação eletromagnética é
emitida ou absorvida ocorre uma
transferência permanente de energia ao
objeto emissor ou no meio absorvente.

Esse fenômeno só pode ser explicado ao


se considerar a radiação eletromagnética
como partícula discretas (fótons ou
quanta).
Propriedades mecânico-quânticas da
radiação
Proposto por Max Planck em 1900, a teoria mecânica-
quântica propões que átomos íons e moléculas só podem
existir em determinados estados discretos e quando essa
espécie absorve ou emite energia a faz apenas quando a
quantidade de energia é exatamente igual a diferença de
energia entre os estados.
Efeito Fotoelétrico
1887- Hertz observou que uma centelha
saltava mais rapidamente entre duas
esferas, carregadas quando iluminadas

1905 – Einstein propôs a equação que


justificava esse fenômeno, sendo então
explicada experimentalmente por Millikan em
1916
Interação radiação com matéria

Emissão Absorção

Fluorescência
Emissão de Radiação
Para ocorrer a emissão uma partícula excitada relaxa para
níveis de energia mais baixos, fornecendo seu excesso de
energia como fótons.

Bombardeamento com elétrons


Espectros de linha
Exposição a corrente elétrica,
Espectros de Bandas
centelha ou chama
Espectro Contínuo
Irradiação com um feixe de radiação
eletromagnética
Espectro de Linhas

Os espectros de linha nas regiões visíveis e ultravioleta


são produzidos quando espécies irradiantes são
partículas atômicas individuais que estão bem separadas
em fase gasosa.
Espectro de Bandas

Os espectros de bandas é frequentemente encontrado


quando radicais gasosos ou pequenas moléculas estão
presentes nas fontes espectrais. As bandas são
provenientes de numerosos níveis vibracionais
quantizados que se superpõem aos níveis de energia
eletrônica do estado fundamental.
Espectro Contínuo

São produzidos quando sólidos são aquecidos até a


incandescência. Sólidos aquecidos são fontes
importantes de radiação infravermelha, visível e
ultravioleta de comprimento de onda mais longos nos
instrumentos analíticos.
Absorção da radiação

Quando a radiação atravessa uma camada de um sólido, líquido ou gás,


algumas frequências são seletivamente removidas por um processo
onde a energia eletromagnética é transferida para átomos, íons ou
moléculas que compõe a amostra.
Absorção da radiação

Essa energia absorvida é limitado a níveis discretos de energia. Uma


vez que esses níveis são únicos para cada espécie, um estudo das
frequências absorvidas por um meio pode ser utilizado para a sua
caracterização
Absorção da radiação

Absorção Molecular Absorção Atômica

UV-Vis IR AAS
Aspectos Quantitativos

T = I0/I1

%T = I1/I0 x100
Aspectos Quantitativos

A =-log T = log I0/I1


Aspectos Quantitativos
Lei Lambert-Beer
Para radiações monocromáticas, a
absorbância é diretamente proporcional
ao comprimento do caminho óptico
através do meio e a concentração do
analito

A =alc
A= Absorção
a = absortividade
l = caminho óptico
c = concentração
Desvios da Lei de Lambert-Beer
A lei de Lambert-Beer é uma lei limite
aplicada apenas a sistemas diluídos.

Em sistemas mais concentrados (>0,01 M) a


interação entre as espécies é maior, assim uma
centro de absorção de uma espécie pode interferir
na espécie vizinha, causando desvios da relação
linear entre absorção e concentração.
Desvio Químico Aparente
Ocorre quando a espécie química em análise
entra em equilíbrio produzindo substâncias
que absorvem em outra região do espectro
Erro Espectrofotométrico

I - A > 1,5
II - A < 0,1
Instrumentação óptica
Mesmo com detectores específicos para
cada tipo de método óptico o arranjo
instrumental da maior parte dos seus
componentes é similar.
Fontes de Radiação
Uma fonte deve gerar um feixe de radiação
com potência suficiente para a detecção e
a medida sejam facilitadas.

Contínuas Linhas
Fontes Contínuas

Tem um largo uso em espectroscopia de


fluorescência e absorção. Para a região do
ultravioleta a lâmpada de deutério é a mais
utilizada, enquanto para a região visível a
lâmpada de tungstênio são quase que universais.
Fontes de Linha

São fontes que emitem poucas linhas e são


amplamente utilizadas em espectroscopia
de absorção e fluorescência.
Seletores de Comprimento de Onda

A maioria das análises espectroscópicas necessitam


de radiação monocromática. Por tanto é necessária
que a fonte de radiação atravesse um filtro que
selecione determinados comprimentos de onda
Redes de Difração

São utilizadas para separar os diferentes


comprimentos de ondas. Boas redes de
difração são as responsáveis pela
sensibilidade dos sistema óptico, assim
como a separação mais eficiente de
linhas diminui interferências de
sobreposição de linhas
Espectrômetros

Espectrômetro simultâneo

São nos espectrômetros que os


sinais são convertido para sinais
elétricos, ou seja, onde
Espectrômetro sequencial realmente o sinal analítico é
“lido”
Como funciona uma
fotomultiplicadora?
Introdução de amostras
A forma mais comum de introduzir amostras líquidas
é através de um aerossol.

A formação do aerossol é de
fundamental importância para o sucesso
da análise

São fatores importantes para um bom


aerossol: tamanho e distribuição das
partículas, quantidade de amostras e
solvente enviados para o plasma e flutuações
do sistema de nebulização.
A quantidade de aerossol produzido depende do nebulizador
utilizado enquanto que a seleção de parte do aerossol
depende da câmara de nebulização
Como ocorre a nebulização?
Nebulizadores pneumáticos

Existem vários projetos de


nebulizadores pneumáticos para
introduzir amostras líquidas no plasma.
Estes são construídos com dois tubos
finos (1 mm di), por onde entra o gás,
geralmente Argônio, e a amostra
líquida. Na passagem do gás, de uma
constrição a uma expansão brusca,
provoca-se uma região de vácuo
(princípio de Venturi) permitindo a
aspiração da amostra líquida.
Tipos de Nebulizadores

Nebulizador Cross-Flow Nebulizador Concêntrico


Tipos de nebulizadores

Nebulizador Meinhard

Nebulizador Babington
E para onde vai o aerossol?
E para onde vai o aerossol?

Os nebulizadores despejam o aerossol


em câmaras de nebulização. A primeira
função destas câmaras consiste em
separar
95% da amostra as gotículas
é perdida, de aerossol,
o que torna sendo
a etapa de
introduçãoas
damaiores
amostra ocondensadas
“calcanhar deeAquiles”
descartadas
das e
astécnicas
menores que formam
de emissão óptica uma nuvem
mais homogênea deverão ser
conduzidas para o plasma.
Câmaras de Nebulização
Câmara de nebulização de duplo passo, desenvolvida por
Scott et al (1974) apresenta dois tubos concêntricos sendo
o tubo interno aberto no fundo

A câmara será avaliada pela capacidade na separação do


aerossol, através da homogeneidades e de tamanho de
gotículas deste, a eficiência de transporte, as facilidades
para limpeza diminuindo efeitos de memória e a
estabilidade de pressão e temperatura
Melhorando a nebulização
Absorção Atômica com Chama
Atomizadores

Chama
Atomização
FAAS
Eletrotérmica

Filamento
Forno de Grafite
W - Ta
Atomização por chama (FAAS)
Flame Atomic Absorption Spectrometry (FAAS)

Utiliza uma chama como fonte de


energia para atomizar os analitos.

Chamas são tipo estacionárias e são a


combinação contínua da mistura de um
gás oxidante e combustível
Queimador de Injeção Direta
Gás Combustível e Oxidante não entram em contato até atingirem a área da
chama.

Produz um som desagradável

Caso o fluxo de oxidante seja muito alto pode


ocorrer “flashback”
Queimador de Fluxo Laminar
Gás Combustível e Oxidante se misturam na câmara de nebulização.

Chama silenciosa e mais estável que a injeção direta


Queimador tipo “Premix”
Estrutura das Chamas Laminares
Zona de Combustão Primária
É uma região muito pequena encontrada na base da chama

O processo de combustão nessa área ocorrem muito rápido, em torno de


microssegundos

Apresenta coloração azul-esverdeadas em chamas de acetileno e azul clara em


chamas de óxido nitroso
Zona Interzonal
Nessa região os gases liberados na região primária atigem o equilíbrio, assim
como a temperatura da chama

As concentrações das espécies químicas nessa região correspondem aqueles


prevista no equilíbrio

A Emissão é menos significativa nessa região


Zona de Combustão secundária
Os gases queimados entram em contato com a atmosfera

Oxigênio e Nitrogênio do ar penetram na chama por difusão


Processos que ocorrem na Chama
Tipos de Mistura nas Chamas
Fontes de Radiação

Lâmpadas de
Lâmpadas de
descarga sem Fontes Contínuas
Cátodo Oco (HCL)
eletrodo (EDL)
Lâmpada de Cátodo Oco
São geralmente monoelementares, uma
vez que o cátodo é formado por um sal
do metal a ser analisado

O gás que preenche a lâmpada deve ser


inerte, geralmente se utiliza argônio
Mecanismos da HCL
Os átomos de Argônio são acelerados
Sputerring e ao se chocar com o cátodo produz
a espécie metálica livre

Os átomos de argônio e elétrons ao


Excitação se chocarem com o metal livre o
excita

Ao retornar ao seu estado fundamental


Emissão o metal libera a energia na forma de luz
Lâmpadas de descarga sem eletrodo
O mecanismo de excitação são iniciados por
radiofrequência

São mais estáveis e possuem vida útil


maior

Ideais para elementos voláteis


Fundamento Histórico

Década de 1930– desenvolve um


fotômetro de chama para emissão
atômica.

A espectroscopia de emissão
renasce em 1964 com a proposta de
Greenfield e Fassel da utilização de
plasmas como fonte de excitação.
Como se forma um espectro
de emissão?
Um elemento emite um fóton
quando ocorre uma transição de
um nível de maior energia (E1)
para outro de menor energia (E2).
ν = (E1-E2)/ћ
O espectro de emissão contem
todas as radiações resultantes das
transições de energias

Quando as transições ocorrem


para o nível de E=0, ocorre o que
se chama de linhas de ressonância
Qual o aspecto de um espectro
de emissão?
A série de Lyman corresponde as
linhas de ressonância presentes
nos espectros de absorção e
emissão

Essas frequências podem ser


calculadas facilmente pela
Para átomos equação
diferentesde
do Rydberg:
Hidrogênio não é tão simples
assim!!!!

Onde R = 109,687 cm-1 e


n2 ∞
Qual o aspecto de um espectro
de emissão?

Em átomos polinucleares existem


interações de spin nos eletrons
onde M = 2S +1, que por sua vez
geram singletes, dubletes ou
tripletes
Qual o aspecto de um espectro
de emissão?

Espectros multielementares são muito


complexos dependendo da energia fornecida
ao sistema, sendo possível ver as bandas do
átomo neutro e de seus íons.
Finalmente o espectro de emissão
Instrumentação em emissão
atômica
Atomizadores

Arco de Centelha Glow Discharge Chama Plasmas

FAES ICP OES MIP OES


Fontes de energia
Plasmas são descargas elétricas em
gases, esse termo foi sugerido por
Langmuir em 1929 e são caracterizados
por apresentarem uma ionização parcial
e alta densidade de elétrons livres.

Nos plasmas produzidos à pressão


atmosférica, atingem-se temperaturas de
até 10.000 K, e um grau de ionização
parcial do gás. Estes plasmas são usados
para fins analíticos porque permitem a
introdução da amostra de forma mais fácil.
Plasmas para fins analíticos
A energia proporcionada ao plasma deve vir de uma fonte
suficientemente estável para manter o equilíbrio dinâmico das
partículas formadas como essa energia é proporcionada por uma
fonte externa, em teoria, não existe limite para o calor gerado em
plasmas

Os plasmas podem ser gerados por ICP,


eletrodos de corrente contínuas (DCP) e por
microondas (MIP)
A tocha do ICP
As tochas são formadas por 3 tubos
concêntricos com entradas
independentes
Na seção externa o fluxo de gás deve ser superior
a 12 L min-1 e injentado tangencialmente para a
formação do “vórtice de Reed”.
Na seção intermediária contém um fluxo auxiliar
de gás a 1 L min-1 para a estabilização do plasma

Em geral os plasmas são formados de Ar ou N2,


contudo os plasmas de Ar necessitam de menor
energia para dissocial (cerca de 500 Kcal mol-1, ao
contrário do N2 que necessita do dobro) além de
ter energia suficiente para ionizar quase todos os
elementos da tabela periódica com exceção do F.
Posição da tocha
Formação do plasma
Introdução da amostra
Uma vez que o plasma é gerado a amostra é inserida na
forma de aerossol no plasma, o que modifica o aspecto
do mesmo: ocorre um escurecimento do canal central e
uma chama comprida no topo

O aumento da energia refletida durante o


processo de introdução da amostra no
plasma homogêneo pode indicar
problemas na colocação da tocha,
dimensões desta e/ou vazão do gás de
nebulização.
Por Que inserir a amostra pelo canal central do plasma?

Os átomos ficam restritos ao túnel central do plasma, assim, não


altera o regime energético que sustenta o plasma tornando-o
robusto aceitar diferentes amostras de diferentes concentrações.

A região do plasma formado no meio da espiral


(região ativa) permite a transferência eficiente da
energia do plasma para a amostra.

A região do plasma formado no meio da espiral


(região ativa) permite a transferência eficiente da
energia do plasma para a amostra.
Geração de vapor
introdução da amostra

A geração de vapor é um
processo no qual são
geradas espécies voláteis
ou semi-voláteis do analito
de interesse através de uma
não-volátil o que permite sua
transferência total para uma
fase condensada gasosa
Geração de vapor
Características gerais

Reações ocorrem em meio aquoso


Cinética de geração de vapor são rápidas

Produtos de reação, em geral, estáveis


Fácil captura da fase vapor
Providencia adequada sensibilidade, reprodutibilidade e melhora
os limites de detecção das técnicas as quais são acopladas
Separação da matriz
Alta seletividade
Geração de vapor
características gerais

Uso de redutores caros e instáveis*


Susceptível a efeitos de pH

Aplicabilidade limitada*
Resposta não uniforme para diferentes espécies químicas
Faixa linear limitada
Interferência por metais de transição
Geração de vapor
Vapor Frio Hg

O mercúrio é o único metal


líquido a pressão atmosférica

Possui elevada pressão de


vapor

Ponto de fusão: -38 ºC


Ponto de ebulição: 356 ºC
VAPOR FRIO Hg
PRINCÍPIO GERAL

A formação do vapor de mercúrio, diferentemente da


técnica de geração de hidretos, baseia-se na formação do
analito na sua forma elementar e não na forma de hidretos,
assim não há a necessidade de uma fonte de calor para a
formação dos átomos isolados.
VAPOR FRIO Hg
PRINCÍPIO GERAL

Pode-se utilizar NaBH4 para a redução do Hg, contudo,


essa reação é muito violenta o que pode gerar problemas
para o transporte do vapor. Por esse motivo, em geral,
utiliza-se SnCl4 para esse fim:

Hg2+ + Sn4-  Hg0 + Sn2-


VAPOR FRIO Hg
INSTRUMENTAÇÃO
A instrumentação utilizada para a geração de vapor frio é
semelhante àquela utilizada na geração de hidretos
convencional
VAPOR FRIO Hg
ANALISADOR DE Hg

Não necessita de preparo de


amostra

Limites de detecção na
ordem de 0,0015 ng/g

Custo de analises até 70%


menos que o CV-AAS

http://www.anacomci.com.br/produtos/dma-80-e-dma-80-3/
VAPOR FRIO Cd
PRINCÍPIO GERAL

Mendel, et. al., propuseram em 1995 a possibilidade de se


formar átomos livres de Cd na fase vapor, quando esse
elemento é submetido a reação com NaBH4 sob
determinadas condições.

Sans-Mendel, A., et. al., Anal. Chim., 67, 2216-2223, 1995


VAPOR FRIO Cd
PRINCÍPIO GERAL

Sans-Mendel, no mesmo trabalho propõe a seguintes


reação para a ocorrência da formação de átomos de Cd à
temperatura ambiente:

[CdH2 ](instável)  Cd0 + H2

LOD = 0.08 ng/mL


Geração de vapor
Geração fotoquímica

A geração fotoquímica de vapor é uma campo recente de


pesquisa em Química Analítica e tem por objetivo
providenciar uma alternativa poderosa de geração de vapor
em relação ao método convencional , trazendo menores
custo, simplicidade e versatilidade.

Sturgeon, R. E., et. al., Anal. Bioanal. Chim., 388, 769-774, 2007.
Yin, Y., Liu, J., Jiang, G., Trends Anal. Chem., 30, 1672-1684, 2011
80
Geração fotoquímica de vapor
Características gerais

Química verde
Não necessita de reagentes redutores frescos
Processos de redução menos violentos
Alta eficiência de geração de vapor (~ 100%)
Melhora dos LODs
Providencia o cenário ideal para especiação química
Diversas aplicações

Sofre interferência de oxidantes


Necessita do uso de ácidos orgânicos de baixo peso
molecular

81
Geração fotoquímica de vapor
Princípio geral

A geração fotoquímica de vapor baseia-se


na formação fotoquímica de radicais livres
envolvendo reações de oxi-redução
auxiliadas pela transferência de carga
ligante-para-metal. Esse processo está de
acordo com a maioria dos dados
experimentais, assim como, na avaliação
dos produtos de reação.

Sturgeon, R. E.,Grinberg, P., J. Anal. At. Spectr., 27, 222-231, 2012.

82
Geração fotoquímica de vapor
Princípio geral

O processo de fotoquímico sempre ocorre


na redução do ferro com liberação de
CO2 e formação de produtos de oxidação
do ácido

Balzani, V., Carassati, V., Photochemistry of Coordination Compounds,Academic


Press, London, 1970
83
Geração fotoquímica de vapor
Instrumentação

84
Geração fotoquímica de vapor
Instrumentação

85
Geração fotoquímica de vapor
Instrumentação – lâmpada de UV

Utiliza-se para a PVG uma lâmpada de mercúriode


baixa pressão como fonte de radiação ultravioleta,
entre 13 e 30 W

86
Geração fotoquímica de vapor
Instrumentação – separador g/l

Os separadores gás-líquido utilizados em sistemas PVG são,


em geral, maiores que aqueles dos sistemas HG, uma vez que
há necessidade de uma grande separação com a mínima
formação de aerossol

87
Geração fotoquímica de vapor
Formação de vapor de Se

Existem dois mecanismos na literatura sobre o mecanismo de


fotorredução de Se. Sakamoto, 2000, propõe o mecanismo
abaixo, quando a amostra é catalisada por TiO2

SeO4-2 + 8H+ + 6e-  Se + 4H20


Se + 2H+ + 2e-  H2Se

Kikuchi, E.,Sakamoto, H., J. Electrochem. Soc., 147,


4569-4593, 2000.

88
Geração fotoquímica de vapor
Formação de vapor de Se

O mecanismo proposto na ausência de TiO2 é complexo,


Sturgeon propõe uma mecanismo relacionado a fotooxidação
do acido carboxílico, formando radicais livres, que irão reduzir
os íons Selenito (Se (IV))

89
Geração fotoquímica de vapor
Formação de vapor de Se

Os íons selenatos, Se (VI), não possuem pares eletrônicos


livres, o que dificulta o ataque inicial, assim, esse espécie
iônica não forma vapor após processo de fotorredução.

90
GERAÇÃO FOTOQUÍMICA DE
VAPOR
FORMAÇÃO DE VAPOR DE Hg

91
Calibração
Todos os métodos comparativos existentes exigem uma relação matemática entre a
concentração do analito de interesse e o sinal proveniente do instrumento; Em geral, escolhe-se
um sistema de calibração linear uma vez que os cálculos tornam-se mais simples.
Calibração Linear
y = f(x)
y = a + bx
a = coeficiente linear (branco)
b = coeficiente angular (fator de proporcionalidade ou sensibilidade)

y
y

b = slope
a Faixa Linear
x
x
Coeficiente de Correlação
Interferências na calibração
Interferências pode ocorrer devido a composição da amostra analítica e os padrões externos e
brancos utilizados na calibração. O ideal é que a matriz da amostra e a de calibração seja a mais
próxima possível.

As interferências podem ser subdivididas em dois grupos: Interferência do branco e


interferência de matriz
Interferência do Branco
Esse tipo de interferência ocorre quando a espécie do material emite um sinal independente da
concentração do analito, um exemplo típico dessa interferência é quando , em ICP OES, a linha
de um elemento B é muito próxima de outra linha e o monocromador não consegue separá-las
devidamente.
Interferência de Matriz
Interferências de matriz ocorrem quando espécies ou substâncias da matriz produzem sinal
muito superior ao analito, ocasionando mascaramento do sinal de interesse. Por exemplo,
análises por ICP OES em águas salinas ou a análise direta de Zn em sangue.
Calibração por Padrão Interno
Esse método é utilizado quando se quer verificar possíveis problemas no transporte
da amostra no equipamento.

Concentração igual de padrão interno

Branco P1 P2 P3 P4
Calibração por Padrão Interno
O volume adicionado de padrão interno deve ser o menor possível, para não influenciar no
volume final da curva de calibração e o mesmo deve possuir características próximas ao analito
de interesse e NÃO deve estar presente na amostra.
Calibração por adição de padrão
Em algumas amostras o efeito de matriz é elevado e para isso se faz necessário a preparação da
curva na própria matriz.

Amostra Amostra Amostra Amostra Amostra


+ P1 + P2 + P3 + P4
Calibração por adição de padrão
Deve existir uma relação linear entre o parâmetro avaliado e a concentração do analito.
A sensibilidade b do método não pode ser mudado pelas adições;
O valor do branco deve ser corrigido:
Limites de Detecção
(LOD)
É a menor quantidade possível de se detectar de um analito no equipamento, sem
necessariamente poder quantifica-lo como um valor exato (Razão sinal/ruído)

IUPAC: 3xRSD/ sensibilidade (Slope)


Limites de Quantificação
(LOQ)
É a menor quantidade possível de ser detectada com precisão pelo método, eliminando-se os
ruídos e com boa repetibilidade.

IUPAC: 10xRSD/ sensibilidade (Slope)

Você também pode gostar