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Espectrofotometria UV-Vis

Química Analítica V
Mestranda: Joseane Maria de Almeida
Prof. Dr. Júlio César José da Silva
Relembrando....
Conceitos

 Comprimento de onda (λ): distância entre dois pontos na


mesma fase da onda.
 Período (p): O tempo em segundos necessário para a
passagem de dois máximos sucessivos ou dois mínimos por
um ponto fixo no espaço.
 Frequência (n): número de ciclos que passam num ponto
fixo, por segundo. É o inverso do período.
Medidas espectroscópicas
Espectros da espécie [Fe(SCN)6]3- , em diferentes concentrações.
Limitações da Lei de Beer
DESVIOS REAIS

 A lei de Beer é válida apenas para soluções diluídas


(≤0,01𝑚𝑜𝑙/L).

 Em altas concentrações a distância média entre as


moléculas ou íons responsáveis pela absorção, de forma
que cada partícula afeta na distribuição de carga da
partícula vizinha.
DESVIOS QUÍMICOS
 Os desvios da lei de Beer aparecem quando a espécie
absorvente sofre associação, dissociação ou
reação com o solvente para gerar produtos que
absorvem de forma diferente do analito.

Meios não tamponados

430 nm : Forma ionizada da


indicador In̄

570 nm: Forma protonado do


indicador HIn
DESVIOS INSTRUMENTAIS

 A lei de Beer se aplica estritamente somente quando as


medidas forem feitas com a radiação monocromática.

 Na prática, fontes policromáticas que apresentam uma


distribuição contínua de comprimentos de onda são
utilizadas em conjunto com uma rede ou um filtro para
isolar uma banda bastante simétrica de comprimentos de
onda ao redor do comprimento de onda a ser
empregado.
Desvios da lei de Beer com a radiação policromática. O absorvente tem as absortividades
molares indicadas nos dois comprimentos de onda λ1 e λ2
 Algumas bandas de absorção na região UV/visível e muitas
na região do infravermelho são muito estreitas e os desvios da
lei de Beer são comuns.
 Para se evitar os desvios é recomendado que se selecione um
comprimento de onda próximo ao máximo de absorção.
 Luz Espúria: Radiação instrumental que está fora da
banda do λ escolhido.

 Resultado do espalhamento e das reflexões das


superfícies das redes, lentes ou espelhos, filtros e janelas.
 Células desiguais: Outro desvio da lei de Beer quase
trivial, mas importante, é causado pelo uso de células
desiguais.

 Se as células que contêm o analito e o branco não apresentam


o mesmo caminho óptico e não são equivalentes em suas
características ópticas, uma interseção vai ocorrer na curva
de calibração.
 Largura da fenda:
Instrumentação
Materiais ópticos
 As células, janelas, lentes, espelhos e elementos de seleção de
comprimento de onda devem, nos instrumentos de
espectroscopia óptica, transmitir a radiação na região de
comprimento de onda investigada.
Fontes de radiação
 Para ser adequada aos estudos espectroscópicos, uma fonte
deve gerar um feixe de radiação que seja suficientemente
potente para permitir fácil detecção e medida.

 Sua potência de saída deve ser estável por períodos razoáveis


de tempo.

 Fontes contínuas: Emitem radiação cuja intensidade se altera


lentamente em função do comprimento de onda.

 Fontes de linhas: Emitem um número limitado de linhas


espectrais, cada uma delas abrangendo uma região muito
limitada de comprimento de onda.
Seletores de comprimento de onda
 Os instrumentos espectroscópicos para as regiões do UV
e visível são geralmente equipados com um ou mais
dispositivos para restringir a radiação que está sendo
medida dentro de uma banda estreita que é absorvida ou
emitida pelo analito.

 Seletividade
 Sensibilidade
Monocromadores
 Os monocromadores geralmente possuem uma rede de
difração para dispersar a radiação sem seus comprimentos de
onda constituintes.
Células
Detectores
 TRANSDUTORES DE RADIAÇÃO: Transformam energia
radiante em sinal elétrico.

 Um transdutor ideal para a radiação eletromagnética responde


rapidamente a baixos níveis de energia radiante em uma faixa
ampla de comprimento de onda.

 Produz um sinal elétrico fácil de ser amplificado e apresenta um


baixo nível de ruído elétrico.
 Apresentar uma relação linear entre a potência radiante
incidente e o sinal elétrico produzido.
Tipos de aparelho
Espectrofotômetro Varian Cary 3E Ultravioleta-Visível. Espectrofotômetro de Feixe Duplo.
Precauções
Aplicações
 Aplicações na análise qualitativa:
 Identificação de grupos funcionais

 Aplicações na análise qualitativa:


 Cálculo das concentrações
DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UM MÉTODO ANALÍTICO PARA
QUANTIFICAÇÃO POR ESPECTROSCOPIA UV DE CAPTOPRIL EM
COMPRIMIDOS DE LIBERAÇÃO PROLONGADA.

 O Captopril é um fármaco de primeira escolha em casos de


hipertensão arterial.

 Sua ação é eficiente, porém de curto prazo.

 O medicamento se libera totalmente das capsulas em torno de 6 a


8 horas, fazendo com que o tratamento exija de 3 a 4 capsulas
diariamente.

 Necessidade de desenvolver uma formulação para uma liberação


mais prolongada do fármaco.
2-Uma solução da droga tolbutamina apresenta uma
absorbância de 0,85 em uma cubeta com caminho óptico de
1 cm. A massa molar da tolbutamina é de 270 e a
absortividade molar em 262 nm é de 703 Mol L-1 cm-1.
Qual a concentração molar da tolbutamina?

3- Uma solução colorida é colocada dentro de um


espectrofotômetro UV-visível. Em 465 nm a amostra
apresenta uma absorbância de 0,79. Calcule a porcentagem
de luz que está sendo absorvida. Considere I0 = 1
4- Um solução colocada dentro de um espectrofotômetro UV -
visivel apresenta uma absorbância de 0,67 em um
comprimento de onda de 560 nm. Qual a porcentagem de
radiação que está sendo transmitida? Considere I0 = 1

 5- Considere uma solução A que apresenta 82% de


transmitância numa cubeta de 1,5cm de caminho ótico. A
alternativa que representa o comprimento da cubeta
(caminho ótico) para que se tenha 82% de transmitância
triplicando-se a concentração da Solução A é: (A solução
segue a lei de Lambert-Beer):

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