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Arquitetura para Concursos - Curso
Regular - 2022

Autor:
Moema Machado

28 de Março de 2022

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Moema Machado
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1 – Resolução de Questões ................................................................................................3


2 – Lista de Questões..................................................................................................... 142
3 – Lista de Questões Extras .......................................................................................... 164
4 – Gabarito .................................................................................................................. 184
5 – Gabarito de Questões Extras .................................................................................... 185

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Oi pessoal!
Tudo bem?
Como vão os estudos?
Gosto muito desse tema, além de ser primordial para o exercício da nossa profissão com consciência
e qualidade.
Hoje, só exercícios!

Lembre-se:
“Treinamento difícil, combate fácil”

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1 – RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


A incidência solar sobre as edificações traz certo ganho de calor que se dá em “função da
intensidade da radiação incidente e das características térmicas dos paramentos do edifício”
(Frota e Schiffer, 2001, p. 41). Elementos de proteção solar, a exemplo do quebra-sol (“brise-
soleil”), são dispositivos importantes ao controle da insolação no “projeto do ambiente
térmico”. A respeito das características dos elementos de proteção solar na edificação,
assinale a alternativa correta.
A) No caso de sombreamento de cobertura a ventilação entre a cobertura e a placa de
proteção pode produzir melhores efeitos.
B) A continuidade da proteção horizontal maximiza a ventilação da camada de ar próxima à
parede, melhorando a eficiência da proteção.
C) O quebra-sol pode ser utilizado apenas para a proteção de paredes opacas, não tendo
eficiência em paredes transparentes ou translúcidas.
D) O beiral deve ser analisado sob o ponto de vista de fatores como absorção, isolação e
emissividade, de modo que sua eficiência geométrica tenha menor importância.
Comentários
Para um adequado conforto térmico em uma edificação, é muito importante controlar a incidência
solar e especificar de forma correta a envoltória do edifício.
Vamos analisar as alternativas à luz da referência citada, Frota e Schiffer, 2001:
(A) Correta. “No caso de sombreamento de cobertura, a transmissão térmica se dá à semelhança
da proteção de paredes verticais, sendo que a ventilação entre a cobertura e a placa de
proteção pode produzir melhores efeitos.”
(B) Incorreta. “O beiral deve ser analisado sob o ponto de vista de sua eficiência geométrica.
Fatores como absorção, isolação e emissividade têm menor importância. A continuidade da
proteção horizontal impede a ventilação da camada de ar próxima à parede, tornando a
proteção menos eficiente.”
(C) Incorreta. “O quebra-sol pode ser utilizado tanto para a proteção de paredes transparentes
ou translúcidas como para o caso de paredes opacas leves.”
(D) Incorreta. “O beiral deve ser analisado sob o ponto de vista de sua eficiência geométrica.
Fatores como absorção, isolação e emissividade têm menor importância. A continuidade da

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proteção horizontal impede a ventilação da camada de ar próxima à parede, tornando a


proteção menos eficiente.”
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer

2.2 Comportamento térmico da construção


O Sol, importante fonte de calor, incide sobre o edifício representando sempre um certo
ganho de calor, que será função da intensidade da radiação incidente e das
características térmicas dos paramentos do edifício.
Os elementos da edificação, quando expostos aos raios solares, diretos ou
difusos, ambos radiação de alta temperatura, podem ser classificados como:
a) opacos;
b) transparentes ou translúcidos.
2.2.3 Elementos de proteção solar (“brise-soleil”)
O controle da insolação através de elementos de proteção solar — quebra-sol (“brise-
soleil”) — representa um importante dispositivo para o projeto do ambiente térmico.
O quebra-sol pode ser utilizado tanto para a proteção de paredes transparentes ou
translúcidas como para o caso de paredes opacas leves.
2.2.4 Proteção solar de paredes opacas
O valor de 𝛼* (fator fictício de absorção da radiação solar de uma parede opaca protegida
por quebra-sol) será função das características da proteção solar e varia inclusive com a
orientação da parede a ser protegida, com a latitude do local onde está situado o edifício
e com a época do ano.
Segundo Croiset (15), 𝛼* pode, a partir de alguns casos estudados, assumir os seguintes
valores
a) quebra-sol contínuo, vertical, diante de parede vertical, a 30 cm, sem características
especiais do material e acabamentos: 0,20 a 0,25
b) quebra-sol contínuo, vertical, diante de parede vertical, a 30 cm, com R ≅ 0,6 m2°C/W,
face externa branca e face interna pouco emissiva: 0,15 a 0,10
c) quebra-sol de lâminas verticais colocado diante de parede vertical: variável
d) beirais e quebra-sol de lâminas horizontais: variável
e) cobertura com sombreamento de um quebra-sol contínuo, a 30 cm: 0,15 a 0,20
f) cobertura com sombreamento de quebra-sol contínuo, a 30 cm, face externa clara, face
interna pouco emissiva, material isolante: 0,05
O quebra-sol de lâminas verticais colocado diante de uma parede vertical proporcionará
α* com valores sempre mais elevados que os contínuos, devido às diversas reflexões dos
raios solares incidentes sobre as placas.
O beiral deve ser analisado sob o ponto de vista de sua eficiência geométrica. Fatores
como absorção, isolação e emissividade têm menor importância.
A continuidade da proteção horizontal impede a ventilação da camada de ar próxima à
parede, tornando a proteção menos eficiente.
Se os beirais são constituídos por várias lâminas horizontais, a ventilação e o desvio dos
raios refletidos proporcionam maior eficiência e o fator α* pode variar entre 0,20 e 0,50,

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segundo a parede seja clara ou escura e, no caso de construção térrea, o solo seja pouco
ou muito refletor.
No caso de sombreamento de cobertura, a transmissão térmica se dá à semelhança da
proteção de paredes verticais, sendo que a ventilação entre a cobertura e a placa de
proteção pode produzir melhores efeitos.

2.2.5 Proteção solar de paredes transparentes ou translúcidas


A proteção solar de paredes transparentes ou translúcidas pode ser feita através de
dispositivos externos e internos, sendo que, em caso de vidro duplo, por exemplo, pode
até se localizar entre os dois vidros. Por outro lado, a proteção externa normalmente
tende a ser mais eficiente, posto que barra a radiação solar antes de sua penetração por
transmissividade através do material. Porém, como a proteção solar é projetada segundo
a especificidade de cada edifício, de acordo com sua localização, função e orientação, há
casos em que a proteção interna pode ser mais adequada.

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Observe-se que, no caso da figura 8 — quebra-sol externo —, a parcela do calor que


penetra no ambiente é menor que no caso do quebra-sol interno.

Gabarito: alternativa A

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


A respeito das “variáveis climáticas que caracterizam uma região”, Frota e Schiffer (2001, p.
53) explicam que “a oscilação diária e anual da temperatura e umidade relativa, a quantidade
de radiação solar incidente, o grau de nebulosidade do céu, a predominância de época e o
sentido dos ventos e índices pluviométricos” são algumas das “que mais interferem no
desempenho térmico dos espaços construídos”. Considerando o conhecimento sobre estas
variáveis climáticas, assinale a afirmativa correta.

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A) A umidade relativa varia de maneira diretamente proporcional à temperatura do ar,


aumentando conforme ocorra o aumento desta.
B) A longitude de uma região, associada à época do ano, vai determinar o ângulo de incidência
dos raios de sol com relação ao plano do horizonte do lugar.
C) Quando o ar contendo uma certa quantidade de água é esfriado, sua capacidade de reter
água é ampliada, diminuindo a umidade relativa até se tornar saturado.
D) Um solo pouco úmido se esquenta mais depressa durante o dia, mas à noite devolverá o
calor armazenado rapidamente, provocando uma grande amplitude térmica diária.

Comentários
(A) A umidade relativa varia de maneira inversamente proporcional à temperatura do ar
diminuindo, conforme ocorre o aumento desta. Segundo Lamberts, a umidade relativa tende
a aumentar quando há diminuição da temperatura e a diminuir quando há aumento da
temperatura.

(B) A latitude de uma região, associada à época do ano, vai determinar o ângulo de incidência
dos raios de sol com relação ao plano do horizonte do lugar.
Segundo Romero, a latitude, a longitude e a altura sobre o mar são as coordenadas que determinam
a posição de um ponto da superfície terrestre. A latitude sempre é referida à linha do Equador
terrestre. Tomando como ponto de partida o Equador, a temperatura média do ar esfria-se
paulatinamente para os Pólos, mas o esfriamento não é constante. As isotermas não seguem
rigorosamente os paralelos, desviando-se pelo efeito da altura, ventos, correntes marinhas e outros
fatores do clima.

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Segundo Fitch (1971), o principal fator geográfico no meio é expresso pela latitude, já que sua
distância a partir da linha do Equador determina a quantidade de energia solar que cada ponto vai
receber. A longitude, diz o autor, não possui a mesma importância, pois se refere muito mais à
localização e nunca ao clima (Figura 7).

A latitude é medida de 0º a 90º a partir do Equador, sendo Norte, se estiver acima da linha do
Equador e Sul, se estiver abaixo. Ela determina o ângulo de incidência dos raios solares em relação
ao plano do horizonte. Quanto maior for a latitude, menor será a quantidade de radiação solar
recebida.
Relembrando, são fatores climáticos:
 Latitude
 Altitude
 Ventos
 Massas de água e ar
 Topografia
 Vegetação
 Superfície do solo.

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Fonte figuras: http://jeuriibeirogeografia.blogspot.com.br/2012/09/as-coordenadas-geograficas-latitude.html

(C) Quando o ar, contendo uma certa quantidade de água, é esfriado, sua capacidade de reter
água é reduzida, aumentando a umidade relativa até se tornar saturado. Segundo Lamberts,
quanto maior a temperatura do ar, menor a sua densidade e, em consequência, maior
quantidade de água poderá conter. Se o conteúdo de água evaporada no ar é o maior
possível para aquela temperatura, diz-se que o ar está SATURADO. Nessa condição, qualquer
quantidade de água a mais em estado de vapor condensará. Deste fenômeno se originam a
névoa, o orvalho e a chuva. Quando o conteúdo de vapor de água no ar é menor que o
máximo possível para aquela temperatura, diz-se que esta proporção (em percentual) é a
umidade relativa do ar.
(D) Correta. Podemos observar esse efeito da umidade também nos climas. Segundo Lamberts,
em locais com ar muito seco, os dias tendem a ser muito quentes e as noites frias, já em
locais úmidos, as temperaturas extremas tendem a ser atenuadas.
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3.1 Noções de Clima


3.1.1 Elementos climáticos e arquitetura
Adequar a arquitetura ao clima de um determinado local significa construir espaços que
possibilitem ao homem condições de conforto, conforme indicadas no capítulo 1. À
arquitetura cabe, tanto amenizar as sensações de desconforto impostas por climas muito
rígidos, tais como os de excessivos, calor, frio ou ventos, como também propiciar
ambientes que sejam, no mínimo, tão confortáveis como os espaços ao ar livre em climas
amenos.
Dentre as variáveis climáticas que caracterizam uma região, podem-se distinguir as que
mais interferem no desempenho térmico dos espaços construídos: a oscilação diária e
anual da temperatura e umidade relativa, a quantidade de radiação solar incidente, o
grau de nebulosidade do céu, a predominância de época e o sentido dos ventos e índices
pluviométricos.
3.1.2 Fatores climáticos
Os valores dessas variáveis se alteram para os distintos locais da Terra em função da
influência de alguns fatores como circulação atmosférica, distribuição de terras e mares,
relevo do solo, revestimento do solo, latitude e altitude.
3.1.4 Movimento aparente do Sol
Para um observador situado na Terra, o Sol, aparentemente, se movimenta ao longo dos
dias ao redor da Terra, variando a inclinação dos raios em função da hora e da época do
ano.
A Terra, para efeitos práticos, é considerada como sendo uma esfera. A Figura 12
representa esta esfera de centro C, pelo qual passa um eixo imaginário denominado eixo
polar, ao redor do qual a Terra gira. O ponto PN é definido como sendo o Pólo Norte e o
ponto PS, o Pólo Sul. O círculo definido pela intersecção do plano que passa pelo centro C
e é perpendicular ao eixo polar e à esfera terrestre é o Equador terrestre.

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3.1.5 Longitude
A posição de uma localidade A sobre a Terra pode ser especificada a partir de sua latitude
e de sua longitude. A longitude é medida com relação ao Meridiano de Greenwich. Esse
meridiano é, por definição, o semicírculo que passa pelos pólos e pelo observatório de
Greenwich, situado na Inglaterra. Assim, a longitude do ponto A é indicada na Figura 12
pelo ângulo φ1. As longitudes são medidas de 0° a 180°, a leste ou a oeste do Meridiano
de Greenwich.
3.1.6 Latitude
A latitude é medida a partir do Equador, imaginando-se que cada ponto da superfície da
Terra esteja contido em um semicírculo paralelo ao Equador e distante deste segundo um
ângulo definido pela altura do círculo, ou seja, pelo ângulo φ2. Mede-se a latitude de 0°
a 90° e se dirá que ela é Norte, se estiver acima da linha do Equador, e Sul, se estiver
abaixo.
3.1.8 Influência da latitude
A latitude de uma região, associada à época do ano, vai determinar o ângulo de
incidência dos raios de sol com relação ao plano do horizonte do lugar. Tomemos como
exemplo as localidades A e B indicadas no esquema simplificado do movimento aparente
do Sol, representado na Figura 14.

Admitindo-se a lei da Física, segundo a qual a quantidade de radiação solar recebida por
uma superfície é proporcional ao cosseno do ângulo que os raios solares fazem com a
normal ao plano desta superfície, é evidente que, para o sol na posição I, a localidade A
receberá maior quantidade de radiação que a B. Do mesmo modo, a localidade A
receberá maior radiação quando o Sol estiver, numa determinada época do ano, na
posição I, do que quando em outra data, localizado na posição II. Pode-se então afirmar
que quanto maior for a latitude de um local, menor será a quantidade de radiação solar
recebida e, portanto, as temperaturas do ar tenderão a ser menos elevadas.
3.1.13 Revestimento do solo

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O revestimento do solo interferirá nas condições climáticas locais, pois quanto maior for
a umidade do solo, maior será a sua condutibilidade térmica. O ar é um mau condutor
térmico, de modo que um solo pouco úmido se esquenta mais depressa durante o dia,
mas à noite devolverá o calor armazenado rapidamente, provocando uma grande
amplitude térmica diária.
Este fato é bastante significativo nas modificações climáticas sentidas a nível urbano,
uma vez que os materiais de revestimento do solo, não só nos calçamentos das ruas, mas
a nível das edificações, alteram sobremaneira as condições de porosidade e,
consequentemente, de drenagem do solo, acarretando alterações na umidade e
pluviosidade locais.
3.1.14 Umidade atmosférica
A umidade atmosférica é consequência da evaporação das águas e da transpiração das
plantas.
Como definição de umidade absoluta tem-se que é o peso do vapor de água contido em
uma unidade de volume de ar (g/m3), e a umidade relativa é a relação da umidade
absoluta com a capacidade máxima do ar de reter vapor d’água, àquela temperatura.
Isto equivale a dizer que a umidade relativa é uma porcentagem da umidade absoluta de
saturação.
3.1.15 Ponto de orvalho
A umidade relativa varia com a temperatura do ar, diminuindo com o aumento desta.
Quando o ar contendo uma certa quantidade de água é esfriado, sua capacidade de reter
água é reduzida, aumentando a umidade relativa até se tornar saturado — com umidade
100%. A temperatura na qual esse ar se satura é denominada temperatura do ponto de
orvalho — na linha de umidade 100% nas cartas psicrométricas, Anexos 4 e 5. Qualquer
esfriamento abaixo dessa temperatura causa condensação de vapor.

Gabarito: alternativa D

(Consulplan – P.M. Sabará - 2017)


“O desempenho térmico depende de diversas características da ______________ da obra
(topografia, temperatura e umidade do ar, direção e velocidade do vento etc.) e da edificação
(materiais constituintes, número de pavimentos, dimensões dos cômodos, pé direito,
orientação das fachadas etc.). A sensação de conforto térmico depende muito das condições
de ventilação dos ambientes, com grande influência do posicionamento e dimensões das
aberturas de janelas, o que é considerado pela NBR nº 15.575. O nível de satisfação ou
insatisfação depende, ademais, do tipo de atividades no interior do imóvel, quantidade de
mobília, tipo de vestimentas, número de ocupantes, ___________, ___________ e condições
fisiológicas e psicológicas dos usuários. Dessa forma, quando se trata de conforto térmico está
se referindo sempre a uma condição _______________, que atende à maior parte das pessoas
expostas a uma determinada condição.” Assinale a alternativa que completa correta e
sequencialmente a afirmativa anterior.

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A) espécie / idade / peso / normal


B) condição / altura / sexo / máxima
C) localização / idade / sexo / média
D) especificação / altura / peso / mínima

Comentários
Pessoal, a questão é bem grande, mas, vamos convir que as características de topografia,
temperatura e umidade do ar, direção e velocidade do vento dizem respeito à localização da obra.
Logo, a alternativa correta só pode ser a (C):
“O desempenho térmico depende de diversas características da localização da obra (topografia,
temperatura e umidade do ar, direção e velocidade do vento etc.) e da edificação (materiais
constituintes, número de pavimentos, dimensões dos cômodos, pé direito, orientação das fachadas
etc.). A sensação de conforto térmico depende muito das condições de ventilação dos ambientes,
com grande influência do posicionamento e dimensões das aberturas de janelas, o que é considerado
pela NBR nº 15.575. O nível de satisfação ou insatisfação depende, ademais, do tipo de atividades
no interior do imóvel, quantidade de mobília, tipo de vestimentas, número de ocupantes, idade, sexo
e condições fisiológicas e psicológicas dos usuários. Dessa forma, quando se trata de conforto
térmico está se referindo sempre a uma condição média, que atende à maior parte das pessoas
expostas a uma determinada condição.”

No Desempenho Térmico, inicialmente, deve-se esclarecer que a norma NBR 15575 não
trata de condicionamento artificial (refrigeração ou calefação), ou seja, todos os critérios
de desempenho foram estabelecidos com base em condições naturais de insolação,
ventilação e outras. O desempenho térmico depende de diversas características do local
da obra (topografia, temperatura e umidade do ar, direção e velocidade do vento etc.) e
da edificação (materiais constituintes, número de pavimentos, dimensões dos cômodos ,
pé direito, orientação das fachadas, etc.). A sensação de conforto térmico depende muito
das condições de ventilação dos ambientes, com grande influência do posicionamento e
dimensões das aberturas de janelas, o que é considerado pela Norma. O nível de
satisfação ou insatisfação depende, ademais, do tipo de atividades no interior do imóvel,
quantidade de mobília, tipo de vestimentas, número de ocupantes, idade, sexo e
condições fisiológicas e psicológicas dos usuários. Dessa forma, quando se trata de
conforto térmico está se referindo sempre a uma condição média, que atende à maior
parte das pessoas expostas a uma determinada condição. A Norma permite que seja feita
a avaliação térmica de um sistema de diferentes formas, com os procedimentos descritos
passo-a-passo.
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/4371190/resumo---nbr-15575---norma-de-desempenho

Segundo a apostila de Desempenho Térmico de Edificações da UFSC, (Roberto Lamberts)

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1.4 AS VARIÁVEIS DE CONFORTO TÉRMICO


As variáveis de conforto térmico estão divididas em variáveis ambientais e variáveis
humanas. As variáveis humanas são:
- metabolismo gerado pela atividade física
- resistência térmica oferecida pela vestimenta
E as ambientais são:
- temperatura do ar;
- temperatura radiante média;
- velocidade do ar;
- umidade relativa do ar.
Além disso, variáveis como sexo, idade, raça, hábitos alimentares, peso, altura etc podem
exercer influência nas condições de conforto de cada pessoa e devem ser consideradas.

Gabarito: alternativa C

(FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


As fasquias entrecruzadas de influência muçulmana, denominadas rótulas, gelosias e
muxarabis, foram muito empregadas na arquitetura colonial do Brasil como esquadrias.
Assinale a opção que indica uma das vantagens de seu emprego.
(A) Impenetrabilidade sonora.
(B) Ventilação intermitente.
(C) Iluminação indisciplinada.
(D) Completa permeabilidade visual.
(E) Controle de luminosidade.

Comentários

ORIGEM ÁRABE-ISLÂMICA
A etimologia da palavra muxarabi (do árabe, mashrabiya) provém do verbo "beber", que
originalmente significava o lugar (janela) onde eram dispostos jarros com água para que
fossem resfriados.
A solução chegou ao Brasil em 1530 através dos colonizadores portugueses de origem
árabe. Muito dos artífices coloniais que construíram as habitações nas primeiras cidades
brasileiras foram educados conforme a tradição muçulmana e introduziram traços da
arquitetura moura na arquitetura colonial.
De acordo com Heloisa, o elemento deixou de ser adotado por volta de 1808. “Os
muxarabis foram se extinguindo da paisagem brasileira, principalmente das cidades que
surgiram a partir do século XIX”, explica a historiadora.

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O muxarabi consiste em um complexo trançado de ripado de madeira – ideal para regiões


quentes, áridas e com alto nível de incidência solar. Por ser ‘rendado’, permite a
penetração controlada do raio solar e da ventilação, conduzindo conforto térmico à
construção.
“Os intervalos do treliçado são ajustados de acordo com a intensidade da radiação solar
local”, historiadora Heloisa Paes de Souza.
ISOLAMENTO E INTEGRAÇÃO DOS AMBIENTES
O elemento não é indicado para separações estanques, pois não isola ruídos e não
permite projetos de iluminação distintos.
VER SEM SER VISTO
O muxarabi também atribui privacidade ao local onde é aplicado, pois bloqueia a visão
do ambiente interno. Heloisa destaca que essa questão era fundamental na sociedade
colonial brasileira, quando o patriarcalismo vigorava de forma mais rigorosa. “Ele
permitia que as mulheres espiassem pelos muxarabis sem serem vistas”, relata.
Fonte: https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/muxarabi-garante-estetica-e-conforto-ambiental-as-edificacoes_
10075_0_1

OBS.: Atento para o fato de que as denominações de gelosias e rótulas não são unânimes.

O muxarabi é um dos elementos mais característicos da nossa arquitetura colonial, uma


das mais persistentes influências da arquitetura árabe. Segundo Estêvão Pinto, muxarabi
significa local fresco. Para nós designa um balcão fechado por treliças, chamadas
também de urupemas, geralmente com janelas de rótula. As frasquias que formavam as
urupemas tinham dimensões bem pequenas, em torno de 15 mm, e eram sobrepostas,
formando uma malha bem delicada.
Hoje em dia existem muito poucos exemplares de muxarabis. A vinda da Corte portuguesa
foi um golpe de morte para eles. Oficialmente alegava-se que o país devia perder os ares
de colônia, e assimilar as novas tendências européias, isto é, o Neoclassicismo, que não
admitia a influência “espúria” da arquitetura árabe, mas somente a tradição greco-
romana. Conta-se, entretanto, que o Príncipe Regente tinha medo de possíveis ataques
contra ele e os membros da corte, ataques este que seriam camuflados pelas treliças. A
verdade é que a operação iniciada com o intendente Paulo Fernandes Viana teve efeito

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devastador sobre os muxarabis. No Rio de Janeiro não restou nenhum. “A impressão era
que se tinham deixado as casas em trajes menores”
Fonte: https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-iii/

Não resisti e, a seguir, inseri algumas fotos. O Muxarabi vermelho é do edifício do Sesc
Pompeia de Lina Bo Bardi!

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Fonte: http://othaudoblog.blogspot.com.br/2014/07/muxarabi.html

Vamos analisar as alternativas


(A) Errada. O Muxarabi não impede a passagem do som.
(B) Errada. Intermitente significa com interrupções ou que cessa e recomeça por intervalos, não
tem nada a ver.
(C) Errada. A iluminação é controlada através dos muxarabis.
(D) Errada. O Muxarabi tem como característica permitir ver sem ser visto, fornecendo
privacidade.
(E) Correta.
Gabarito: alternativa E

(FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


Uma das estratégias de projeto de Arquitetura Bioclimática, para controlar os ganhos de calor,
é a de
(A) maximizar a energia solar que entra pelas aberturas.
(B) minimizar a energia solar absorvida pelas paredes externas.
(C) facilitar a chegada de sol às superfícies do envelope do edifício.
(D) colocar isolantes térmicos nas paredes internas.
(E) pintar as paredes e tetos com cores escuras e neutras.

Comentários

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(A) Errada. Para se controlar ganhos de calor, é necessário minimizar a energia solar que entra
pelas aberturas, tendo em vista que a radiação solar é uma das variáveis climáticas que mais
afetam o desempenho térmico.
(B) Certa. O ideal é que as paredes externas reflitam mais do que absorvam a energia solar.
(C) Errada. O ideal é trabalhar com o sombreamento do envelope do edifício.
(D) Errada. Colocar isolantes térmicos nas paredes externas.
(E) Errada. As cores escuras absorvem mais calor o que não é recomendado para se controlar
ganhos de calor. Segundo Frota e Schiffer, a pintura externa das construções em climas
quentes deve ser preferivelmente de cores claras, pois essas refletirão mais a radiação solar
e, portanto, menos calor atravessará os vedos.

Fonte: Livro Eficiência Energética na Arquitetura – Roberto Lamberts, Luciano Dutra e Fernando O. R. Pereira.

Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer

5.1.5 Ganhos de calor


O Sol, incidindo sobre os paramentos do edifício, vai representar, em maior ou menor
escala, um ganho de calor. Esse ganho de calor será função da intensidade da radiação
solar incidente e das características térmicas dos materiais desses paramentos.
Os dados relativos à intensidade da radiação solar incidente sobre as superfícies podem
ser calculados por meio de fórmulas, sendo função da latitude, da data, da altitude, da
nebulosidade, da poluição do ar etc e também da orientação do plano de incidência. Esses
dados podem ser apresentados sob a forma de tabelas e de gráficos.

Gabarito: alternativa B

(FGV – ALERJ – 2016)

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Ao definir a implantação dos blocos de um agrupamento de edifícios, o arquiteto optou por


localizá-los, intercaladamente, em direção ao vento dominante.
Sua decisão foi:
(A) correta, porque pode-se obter maior densidade na ocupação do terreno, sem prejudicar a
ventilação do conjunto de edifícios;
(B) incorreta, porque os edifícios recebem o vento apenas com 50% da velocidade que os
atingiria caso não estivessem intercalados;
(C) correta, desde que atenda à exigência de se manter entre os blocos edilícios uma distância
igual à altura deles, para não aumentar o consumo energético;
(D) incorreta, porque implica pouca densidade de ocupação do terreno, expondo os blocos
edilícios à desfavorável ação intensa dos elementos climáticos;
(E) correta, porque a zona de sucção / redemoinhos diminui, podendo reduzir a distância entre
os blocos edilícios e elevar a eficiência da ventilação.

Comentários
Nesta de ficar pesquisando a fonte das bancas, descobri uma fonte das fontes. Rs. Vou explicar, na
maioria das bibliografias dos livros que venho citando há o nome de Victor Olgyay e eu comprei o
ebook, no Google Play, Design with Climate, Bioclimatic Approach to Architectural Regionalism –
Victor Olgyay. Além de poder me aprofundar mais no assunto, vou conseguir imagens melhores
para nossa aula. E essas, abaixo, dizem tudo:

Vamos comentar as alternativas!

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(A) Certa. A disposição intercalada, conforme a figura 199 acima, permite que o vento flua por
entre as edificações.
(B) Errada. As edificações implantadas à 45º em relação à direção do vento dominante são as
que recebem 50% da velocidade desse.
(C) Errada. As edificações implantadas em linha são que precisam ter uma distância entre elas
correspondente a 7 vezes sua altura.
(D) Errada. Com a implantação intercalada, conseguimos mais densidade e melhor
aproveitamento dos ventos.
(E) Errada.
Vamos ao Livro Design with Climate, Bioclimatic Approach to Architectural Regionalism – Victor
Olgyay

Direção do Vento e Layouts de Habitação.


Os edifícios posicionados perpendiculares à direção do vento recebem, no seu lado
exposto, a velocidade completa desse. Posicionados à 45°, a velocidade do vento é
reduzida para 50%; alguns cálculos utilizam 66% como fator de correção. As linhas de
edifícios espaçados a uma distância igual a sete vezes suas respectivas alturas asseguram
um efeito de ventilação satisfatório para cada unidade. O vento tem, no entanto, uma
tendência a arrumar arranjos longos de unidades paralelas. Os edifícios planejados em
arranjos em linha causam uma sombra de vento sobre as unidades subsequentes, o que
é reforçado pela tendência do vento a canalizar através de espaços livres e passar pelas
unidades posteriores. Um arranjo de unidades escalonadas aproveita o padrão de salto
do vento, uma vez que as casas dirigem o fluxo para as estruturas subsequentes. Observe
que a direção do fluxo é perpendicular à terceira fila de edifícios. O primeiro tipo de
disposição é desejável para evitar efeitos de vento no inverno; o segundo padrão garante
igual distribuição da brisa de verão. Como os ventos de inverno e as brisas do verão, mais
frequentemente, vêm de direções diferentes, ambas as condições podem ser satisfeitas.

(traduzido por Moema Machado, com ajuda do tradutor do Google Play)

Wind Direction and Housing Layouts. Buildings positioned perpendicular to the wind direction receive on their
exposed side the full sweep of the velocities. Positioned at 45° the wind velocity is reduced to 50%; some calculations
use 66% as the correction factor. Building rows spaced at a distance equal to seven times their respective heights
secure satisfactory ventilation effect for each unit. The wind has a tendency, however, to leap-frog long parallel unit
arrangements. Buildings planned in row arrangements cause a wind shadow over the subsequent units, which is
reinforced by the tendency of the wind to channel through free spaces and pass by the later units. An arrangement
of staggered units takes advantage of the bouncing pattern of the wind since the houses direct the flow to
subsequent structures. Note that the direction of flow is perpendicular to the third row of houses. The first type of
lay out is desirable for avoiding winter wind effects; the second pattern secures equal summer breeze distribution.
As winter winds and summer breezes more often than not come from different directions, both conditions may be
satisfied.

Gabarito: alternativa A

(CONSULPLAN – P.M.N. Patos de Minas – 2015)

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Sob a ótica do conforto térmico, os movimentos de ar aceleram as trocas de calor das pessoas
com o ambiente por convecção e por evaporação. Sua consideração em climas de tensão
térmica positiva é fundamental para obtenção das condições de conforto. É também elemento
de controle térmico dos ambientes e de salubridade. (Mascaró, 1985.) salienta que é
“indispensável conhecer e aplicar técnicas de projeto e cálculo de ventilação natural dos
edifícios; com a dupla finalidade de oferecer conforto ao usuário e otimizar o uso da energia
na edificação”.
Os fatores que condicionam a ventilação são:
I. Forma e características da edificação e do entorno (topografia natural e edificada).
II. Localização e orientação do edifício.
III. Posição e tamanho das aberturas.
IV. Direção, velocidade e frequência dos ventos.
V. Diferença de temperaturas interiores e exteriores.
Estão corretas as alternativas
(A) I, II, III, IV e V
(B) I, II e III, apenas.
(C) II, III e IV, apenas.
(D) I, II, III e IV, apenas.

Comentários
Todas estão corretas. Antes de analisarmos os fatores que condicionam a ventilação, quero que
vocês compreendam os 3 princípios que governam o movimento do ar: (Sol, Vento & Luz)
1. Como resultado da fricção, a velocidade do vento é menor próxima à superfície da terra do
que nas partes mais altas da atmosfera.
2. Como resultado da inércia, o ar tende a continuar movendo-se na mesma direção quando
encontra um obstáculo. Portanto, ele flui ao redor dos objetos.
3. O ar flui de áreas de alta pressão a áreas de baixa pressão.
Complementarmente a estes princípios de movimento do ar, há diversos fenômenos
microclimáticos que ocorrem em sítios edificados.
A ventilação é uma das estratégias, mais antigas de resfriamento passivo e após o sombreamento,
é a estratégia bioclimática mais importante para o Brasil.
Segundo Lamberts, a ventilação natural é recomendada para temperaturas entre 20ºC e 32ºC (carta
bioclimática). Pois, a partir daí os ganhos térmicos por convecção funcionariam mais como
aquecimento do ambiente, que como resfriamento. E entre 27ºC e 32ºC a ventilação só é eficiente
se a umidade relativa do ar tiver valores entre 15% e 75%.
Fatores que condicionam a ventilação:

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I. Como o ar é um fluido, como a água, o mesmo terá sua direção e velocidade afetados pelas
formas e características da edificação e do entorno.
II. Segundo Lamberts, a ventilação natural em ambientes é indissociável da orientação e da
implantação do edifício no terreno. Elementos como vegetação e superfícies edificadas
influenciam no ângulo de incidência e na intensidade com a qual o vento atinge a
edificação. Deve-se atentar para a orientação da edificação voltando as aberturas para a
direção das brisas do verão.
III. A posição e o tamanho das aberturas são muito importantes para o conforto térmico do
ambiente pela ventilação natural, sendo a mesma o deslocamento do ar através do edifício,
através das aberturas. Umas, funcionando como entrada, e outras, como saída.
O fluxo de ar que entra e sai do edifício depende:
 Da diferença de pressão entre os ambientes externos e internos.
 Da resistência ao fluxo de ar oferecida pelas aberturas.
 Pelas obstruções internas.
 De uma série de implicações relativas à incidência do vento e forma do edifício.
A diferença de pressões exercidas pelo ar sobre um edifício pode ser causada:
 Pelo vento.
 Pela diferença de densidade do ar interno e externo. (ar quente menos denso, ar frio mais
denso)
 Por ambas as forças.
Tendo em vista esse conhecimento, algumas técnicas são recomendadas para o resfriamento
passivo de uma edificação, levando-se em conta a localização e tamanho das aberturas:
 Localizar aberturas de entrada voltadas para zona de alta pressão e de saída para zona de
baixa pressão (sucção). Romero chama de ventilação por ação dos ventos.
 Localizar as aberturas de entrada mais baixas e as de saída mais altas, já que o ar quente
tende a subir. Romero chama de ventilação por efeito chaminé.
 Ocorre maior fluxo de ar quando são posicionadas aberturas de igual tamanho em fachadas
opostas.
 Se produz maior velocidade interna quando se combina uma pequena entrada de ar com uma
saída grande de ar.
 Se as aberturas não estiverem centralizadas, se produzirá um fluxo interno assimétrico.
 Quando algum obstáculo exerce pressão lateral sobre o fluxo inicial, o fluxo resultante será
assimétrico.
 Se houver obstáculo interno paralelo ao fluxo de ar, esse se dividirá, mas, não perderá
velocidade.
 Se o obstáculo for perpendicular, a velocidade do fluxo será reduzida.
(...)
IV. Correta. Direção, velocidade e frequência do vento são fatores variáveis dos quais a
ventilação natural depende.
V. Como vimos no terceiro princípio, do movimento do ar, acima, o ar flui da área de alta
pressão para área de baixa pressão. O ar quente, tem baixa pressão, e o ar frio, alta

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pressão, logo, as diferenças de temperatura provocam um deslocamento da massa de ar da


zona de maior para a de menor pressão.
Vamos ao Livro Energia na Edificação de Lúcia Mascaró

As correntes naturais de ar ajudam a obter ventilação por meio de aberturas


convenientemente orientadas na direção dos ventos locais. Umas na direção do vento
dominante, chamadas “bocas de entrada”, e outras, no lado oposto, denominadas “bocas
de saída”.
A ventilação natural depende de fatores fixos, como:
a. Forma e características construtivas do edifício;
b. Forma e posição dos edifícios e espaços abertos vizinhos;
c. Localização e orientação do edifício;
d. Posição, tamanho e tipo das aberturas.
E de fatores variáveis, como:
a. Direção, velocidade e frequência do vento;
b. Diferença de temperaturas interiores e exteriores.

Gabarito: alternativa A

(CONSULPLAN – P.M.N. Natividade – 2014)


Entre alguns exemplos de influência térmica dos elementos da arquitetura destacam‐se os
seguintes fatores:
I. As características dos materiais das fachadas externas (expostas às condições climáticas) e
as cores utilizadas nas fachadas.
II. A orientação solar, a forma e a altura da edificação mais as características do entorno da
mesma.
III. A orientação e o tamanho das vedações transparentes mais a orientação em relação à
ventilação e à localização dos condicionadores de ar.
IV. O desempenho das aberturas, quanto às possibilidades de iluminação natural, bem como
suas devidas proteções à insolação inadequada.
Estão corretas as afirmativas
A) I, II, III e IV.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e IV, apenas.

Comentários

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Todas corretas!
I. Correta. Os elementos construtivos têm desempenhos diferentes em relação à radiação
térmica incidente, transmitindo, refletindo ou absorvendo e reemitindo esta radiação para o
interior. De acordo com Lamberts, a radiação incidente num material construtivo terá uma
parcela refletida, uma absorvida e, se for um material translúcido, também uma parcela
transmitida diretamente para o ambiente interior.

A cor utilizada na fachada é de extrema importância, pois as cores claras refletem mais que as
escuras.

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A emissividade é uma propriedade física dos materiais que diz qual a quantidade de energia térmica
é emitida por unidade de tempo e pertence à camada superficial do material emissor.
II. Correta. Alguns exemplos:
 A exposição efetiva das paredes ao sol é maior à medida que aumenta a altura da edificação.
 A transmissão de calor do exterior para o interior diminui proporcionalmente à diminuição
da exposição solar da cobertura.
 A ventilação é bem-vinda para o resfriamento da envoltória do edifício, logo, deve-se
verificar a influência da forma e altura do entorno em relação à direção dos ventos
dominantes e o edifício. Segundo Lúcia Mascaró, as superfícies do envolvente do edifício
expostas a radiações intensas são aquecidas por parte da radiação que não foi refletida, mas
absorvida. Esse calor tenderá a ser conduzido para o interior do edifício, se não for eliminado
de outra forma. Como a temperatura da superfície que está recebendo muita radiação,
geralmente, é maior que a do ar, o movimento do ar sobre essa superfície leva parte do calor
que acaba chegando em menor quantidade no interior do edifício.
 A orientação solar influencia a quantidade de radiação solar incidente na edificação.

III. Correta.

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Como os aparelhos usados para o resfriamento de ar captam ar do exterior da edificação, é


necessário se pensar no melhor local, de acordo com a implantação, para que essa captação ocorra.
Vegetação próxima é bem-vinda.
Vou aproveitar a questão para trazer informações sobre tipos de sistemas de ar condicionado.
 Ar condicionado de parede ou janela:

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 Split (ou mini centrais de pequeno porte):

IV. Correta.

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Gabarito: alternativa A

(CONSULPLAN – COMPANHIA BRASILERIA DE TRENS URBANOS – CBTU – 2014)


Os procedimentos propostos quanto à elaboração de projetos arquitetônicos adequados aos
diversos climas podem ser sumarizados em forma de itens de verificação, segundo os
principais fatores envolvidos neste processo. Analise-os.
I. Dados climáticos relativos ao mês em estudo.
II. Adoção do partido arquitetônico em função das características climáticas.
III. Determinação dos materiais adequados.

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IV. Avaliação da temperatura interna máxima resultante.


Estão corretas as afirmativas
A) I, II, III e IV.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) III e IV, apenas.

Comentários

Todas corretas de novo!


Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer

Os procedimentos aqui propostos quanto à elaboração de projetos arquitetônicos


adequados aos distintos climas podem ser sumarizados em forma de itens de verificação,
segundo os principais fatores envolvidos neste processo:
A) Dados climáticos relativos ao mês em estudo
• temperatura do ar média mensal;
• temperatura do ar média mensal das máximas;
• temperatura do ar média mensal das mínimas;
• umidade relativa do ar, média mensal;
• radiação solar direta para céu limpo, para as diversas orientações;
• porcentagem média de nebulosidade;
• direção e velocidade dos ventos;
• caracterização do clima local;
• latitude;
• altitude.
B) Adoção do partido arquitetônico em função das características climáticas
• forma mais apropriada;
• orientação e dimensionamento das aberturas;
• localização dos diversos blocos no espaço físico;
• determinação da sombra projetada das edificações;
• determinação das máscaras produzidas por obstruções externas às aberturas;
• indicação de elementos externos de projeção da radiação solar (construções,
vegetações etc.).
C) Determinação dos materiais adequados
• inércia desejada;
• atraso desejado;
• coeficiente global de transmissão térmica (K) de cada material;
• cor externa e interna.
D) Avaliação da temperatura interna máxima resultante

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• cálculo da temperatura interna máxima para as diversas alternativas de projeto;


• comparação da temperatura interna máxima obtida com os índices de conforto;
• há alternativa possível dentro dos limites da climatização natural?

Gabarito: alternativa A

(CONSULPLAN – P.M. Cantagalo – 2013)


Adequando a arquitetura a um determinado clima local é possível construir espaços que
possibilitem ao homem condições de conforto. Dentre as variáveis climáticas que caracterizam
uma região, as que mais interferem no desempenho térmico dos espaços construídos são:
I. oscilação diária e anual da temperatura e umidade relativa;
II. quantidade de radiação solar incidente;
III. grau de nebulosidade do céu;
IV. sentido dos ventos e índices pluviométricos.
Estão corretas as alternativas
(A) I, II, III e IV.
(B) I e III, apenas.
(C) I, II e III, apenas.
(D) I, II e IV, apenas.
(E) II, III e IV, apenas.

Comentários

Todas corretas de novo!


Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer

Adequar a arquitetura ao clima de um determinado local significa construir espaços que


possibilitem ao homem condições de conforto, conforme indicadas no capítulo 1. À
arquitetura cabe, tanto amenizar as sensações de desconforto impostas por climas muito
rígidos, tais como os de excessivos, calor, frio ou ventos, como também propiciar
ambientes que sejam, no mínimo, tão confortáveis como os espaços ao ar livre em climas
amenos.
Dentre as variáveis climáticas que caracterizam uma região, podem-se distinguir as que
mais interferem no desempenho térmico dos espaços construídos: a oscilação diária e
anual da temperatura e umidade relativa, a quantidade de radiação solar incidente, o

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grau de nebulosidade do céu, a predominância de época e o sentido dos ventos e índices


pluviométricos.

Gabarito: alternativa A

(CONSULPLAN – P.M. Uberlândia – 2012)


Nos dias atuais, diversas áreas da sociedade têm se mostrado preocupadas com as condições
do planeta e muito tem se estudado na tentativa de melhorar as condições de habitabilidade
das construções e as variáveis que precisam ser melhor pesquisadas. A combinação de
elementos geradores de calor individuais e ambientais constituem a
A) radiação solar incidente.
B) existência de um coeficiente de altas temperaturas.
C) probabilidade de calor excessivo.
D) radiação intensa e ostensiva.
E) carga térmica.

Comentários
Vamos direto à Frota e Schiffer!
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Capítulo 5 - Climatização natural das edificações


5.1 Fontes de calor
A previsão da carga térmica a ser gerada no interior do edifício é fundamental no que
respeita às decisões de projeto referentes ao partido arquitetônico a ser adotado, sendo
sempre função das exigências funcionais e humanas, para os diferentes tipos de clima.
Em se tratando da carga térmica interna ao edifício, as fontes podem ser classificadas
como:
a) presença humana;
b) sistemas de iluminação artificial;
c) motores e equipamentos;
d) processos industriais;
e) calor solar.

Nomenclatura e Unidades dos coeficientes e Variáveis


Q = Carga térmica (W)
Qe = Carga térmica produzida por pessoas (W)
Qop = Carga térmica transmitida por material opaco (W)
Qoc = Carga térmica produzida pela ocupação (W)

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Qtr = Carga térmica transmitida por material transparente (W)


Q′vent = Carga térmica transmitida pela ventilação (W)

Gabarito: alternativa E

(FGV – TJ/BA - 2014)


A inércia térmica exerce uma benéfica influência reguladora, ainda que num clima tropical.
Analise as afirmativas referentes à inércia térmica apresentadas a seguir:
I. Ambientes com uma inércia térmica apreciável, bem projetada e combinada com ventilação
noturna, normalmente, trarão benefícios para os usuários.
II. Quando a média diária da temperatura está perto do limiar de desconforto térmico, a inércia
alta pode ser satisfatória se combinada com meios efetivos de dissipação de calor.
III. As flutuações nas temperaturas internas podem ser amortecidas pela inércia térmica
disponível dentro do edifício como uma função de seus materiais e acabamentos internos
empregados.
Está correto o que se afirma em:
(A) somente I;
(B) somente II;
(C) somente III;
(D) somente II e III;
(E) I, II e III.

Comentários
Todas corretas!
De acordo com Brown e Decay (livro Sol, Vento & Luz), o esfriamento de uma edificação através da
ventilação noturna de massas térmicas depende de um processo em duas etapas:
1. Durante o dia, quando a temperatura está elevada demais para a ventilação, as aberturas
são fechadas e o calor excessivo é armazenado na massa da edificação.
2. À noite, quando a temperatura está mais baixa, permite-se que o ar externo circule pela
edificação para remover o calor armazenado na massa.
Para que isso ocorra, deverá haver massa suficiente para armazenar o calor e amplas aberturas para
a ventilação noturna poder remover o calor armazenado.
A inércia térmica deve ser utilizada de forma diferente em climas com grandes amplitudes térmicas
(os quais teriam uma média diária da temperatura confortável) e em climas com pequenas
amplitudes térmicas, com calor excessivo durante o dia e com um resfriamento noturno que não
justifique a necessidade de aquecer o ambiente interno. No clima com grande amplitude térmica, a

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arquitetura deve possibilitar, durante o dia, temperaturas internas abaixo das externas e, durante
a noite, acima. Logo, já passa a ser importante a transmissão do calor armazenado durante o dia
para o interior da edificação.
Segundo Frota e Schiffer, à inércia térmica estão associados dois fenômenos de grande significado
para o comportamento térmico do edifício: o amortecimento e o atraso da onda de calor, devido
ao aquecimento ou ao resfriamento dos materiais. A inércia térmica depende das características
térmicas da envolvente e dos componentes construtivos internos. Para a avaliação da inércia
térmica da construção, recorre-se ao conceito de superfície equivalente pesada — que é igual à
somatória das áreas das superfícies de cada uma das paredes interiores, inclusive piso e teto,
multiplicadas por um coeficiente que será função do peso da parede e da resistência térmica de
seus revestimentos — em relação à área do piso do local.

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3.2.4 Influência da umidade relativa do ar


A grande diferenciação que o grau de umidade relativa do ar acarreta nas condições
climáticas de um local é quanto à amplitude da temperatura diária. Isto equivale a dizer

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que quanto mais seco for o clima, mais acentuadas serão suas temperaturas extremas
(mínimas e máximas).
Este fenômeno se dá em função de as partículas de água em suspensão no ar terem a
capacidade de receber calor do Sol e se aquecerem.
Quanto mais úmido estiver o ar, maior será a quantidade de água em suspensão. Essas
partículas, além de se aquecerem pela radiação solar que recebem, também funcionam,
de dia, como uma barreira da radiação solar que atinge o solo e, à noite, ao calor
dissipado pelo solo.
Nesse sentido, um solo em clima mais seco recebe mais radiação solar direta que em
clima mais úmido.
À noite, a temperatura do ar é mais baixa do que a do solo, e este, então, tenderá a entrar
em equilíbrio térmico dissipando o calor armazenado durante o dia. Se o ar for úmido,
aquelas partículas de água em suspensão que de dia armazenaram calor vão também
devolver ao ar o calor retido, além de dificultar a dissipação do calor do solo. Parte desse
calor será devolvido na direção do solo, e a outra parte para a atmosfera. Assim, as
temperaturas noturnas do ar vão resultar não muito diversas das diurnas.
Em um clima quente seco, o solo pode perder, à noite, esse calor armazenado durante o
dia com muito mais facilidade, pois não terá muitas partículas de água em suspensão
agindo como barreira térmica.
Do mesmo modo, o calor adicional transmitido por essas partículas de água no período
noturno também não será significativo. Isto vai tornar, em climas secos, a temperatura
diurna bastante afastada da noturna, ou seja, com uma grande amplitude térmica.
3.2.5 Clima quente seco: a Arquitetura e o Urbano
As diferenças quanto à umidade relativa do ar vão requerer partidos arquitetônicos
distintos em função da consequente variação da temperatura diária, a qual,
basicamente, definirá as vantagens ou não da ventilação interna.
Tomando-se como referência a amplitude climática de um clima seco, por
exemplo, o da cidade de Brasília, onde a mínima (noturna) é de 15,4°C e a máxima
(diurna) de 30,7°C, vê-se que, idealmente, a arquitetura nestes climas secos e quentes
deveria possibilitar, durante o dia, temperaturas internas abaixo das externas e, durante
a noite, acima. A ventilação não seria útil, pois o vento externo estaria, em um mesmo
instante, ou mais frio ou mais quente que a temperatura do ar interno.
Nesse sentido podem-se adotar partidos arquitetônicos que tenham, primordialmente,
uma inércia elevada (vide capítulo 2), a qual acarretará grande amortecimento do calor
recebido e um atraso significativo no número de horas que esse calor levará para
atravessar os vedos da edificação. Assim, é possível obter-se um desempenho térmico tal
do espaço construído, de modo que o calor que atravessa os vedos só atinja o interior da
edificação à noite, quando a temperatura externa já está em declínio acentuado. Por isto,
parte do calor armazenado pelos materiais durante o dia será devolvido para fora, não
penetrando na edificação.
Outro fator a se considerar no projeto é o tamanho das aberturas. Já que não há
conveniência de ventilação, pode-se ter pequenas aberturas, o que também facilitará a
sua proteção de excessiva radiação solar direta.

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Quanto à proteção da radiação solar direta, é vantajoso terem-se soluções arquitetônicas


onde as construções sejam as mais compactas possíveis, para possibilitar que menores
superfícies fiquem expostas tanto à radiação quanto ao vento, que normalmente, em
clima seco, traz também consigo poeira em suspensão.
3.2.6 Clima quente úmido: a Arquitetura e o Urbano
Com relação ao clima quente úmido, decisões quanto ao partido arquitetônico relativo
às edificações são bastante distintas das adotadas para o clima quente seco.
Como a variação da temperatura noturna não é tão significativa, neste clima, que cause
sensação de frio, mas suficiente para provocar alívio térmico, a ventilação noturna é
bastante desejável.
Devem-se, então, prever aberturas suficientemente grandes para permitir a ventilação
nas horas do dia em que a temperatura externa está mais baixa que a interna.
Do mesmo modo, devem-se proteger as aberturas da radiação solar direta, mas não fazer
destas proteções obstáculos aos ventos.
No clima quente úmido as construções não devem ter uma inércia muito grande, pois isto
dificulta a retirada do calor interno armazenado durante o dia, prejudicando o
resfriamento da construção quando a temperatura externa noturna está mais agradável
que internamente. Nesse sentido, deve-se prever uma inércia de média a leve, porém com
elementos isolantes nos vedos, para impedir que grande parte do calor da radiação solar
recebida pelos vedos atravesse a construção e gere calor interno em demasia.
A cobertura deve seguir o mesmo tratamento dos vedos, isto é, ser de material com
inércia média, mas com elementos isolantes, ou espaços de ar ventilados, os quais têm
como característica retirar o calor que atravessa as telhas que, deste modo, não
penetrará nos ambientes.
Em climas úmidos, a vegetação não deve impedir a passagem dos ventos, o que dará
limitações quanto à altura mínima das copas, de modo a produzirem sombra, mas não
servir como barreiras à circulação do ar.

Gabarito: alternativa E

(FGV – TJ/RO - 2015)


Sobre a ventilação por ação dos ventos, no âmbito do conforto ambiental, analise as
afirmativas a seguir, considerando V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):
( ) As paredes expostas ao vento estarão sujeitas a pressões negativas, enquanto as paredes
expostas ao vento e à superfície horizontal superior estarão sujeitas a pressões positivas.
( ) A distribuição das pressões sobre o edifício depende da direção dos ventos com relação a
ele e a sua exposição às correntes de ar ou à proteção por outros obstáculos.
( ) Nas edificações situadas na área urbana, uma alteração previsível se refere à direção do
vento, que não se mantém a nível intra-urbano, tendendo a seguir o traçado viário.
A sequência correta é:

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(A) F – V – F;
(B) F – V – V;
(C) V – F – F;
(D) V – V – F;
(E) F – F – V.

Comentários
(A) As paredes expostas ao vento estarão sujeitas a pressões positivas, enquanto as paredes
não expostas ao vento e à superfície horizontal superior estarão sujeitas a pressões
negativas.
(V) Quanto mais perpendicular for a direção do vento em relação à fachada, mais pressão será
exercida.
(V) Correta. O ar, como fluido, “procura” os espaços vazios.
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer

5.2.3 Ventilação por “Ação dos Ventos”

A diferença de pressão exercida sobre o edifício pode ser causada pela ação dos ventos.
O vento, considerado aqui como o ar que se desloca paralelamente ao solo em
movimento lamelar, ao encontrar um obstáculo — o edifício — sofre um desvio de seus
filetes e, ultrapassando o obstáculo, tende a retomar o regime lamelar.
Segundo ilustra a Figura 63, as paredes expostas ao vento estarão sujeitas
a pressões positivas (sobrepressões), enquanto as paredes não expostas ao vento e à
superfície horizontal superior estarão sujeitas a pressões negativas (subpressões).
Essa situação proporciona condições de ventilação do ambiente pela abertura de vãos
em paredes sujeitas a pressões positivas (sobrepressões) para entrada de ar e em paredes
sujeitas a pressões negativas (subpressões) para saída de ar, segundo esquematizado na
Figura 64.
A distribuição das pressões sobre o edifício depende da direção dos ventos
com relação ao edifício e do fato de estar exposto às correntes de ar ou protegido por
outros edifícios ou qualquer obstáculo. A pressão exercida sobre um determinado ponto
do edifício depende também da velocidade do vento e do seu ângulo de incidência.
O fluxo da ventilação devido à ação dos ventos pode ser calculado por meio da seguinte
expressão:

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Ao lidar com edificações situadas na área urbana, o efeito da ação dos ventos pode ser
pequeno em razão da proximidade entre as construções. Outra alteração previsível se
refere à direção do vento, que não se mantém a nível intraurbano, tendendo a seguir o
traçado viário.
Na eventualidade de construções espaçadas, até mesmo por exigência climática (vide
capítulo 3), o fator preponderante quanto à ação dos ventos é a determinação do sentido
do fluxo de ar no interior das edificações. Obstáculos, produzidos por construções
vizinhas, muros ou mesmo vegetação, podem inverter este sentido, modificando as
pressões do ar sobre as superfícies externas, conforme Figura 65.
As inversões de sentido do fluxo interno podem levar odores, vapores, etc. De cozinhas ou
banheiros para o interior das edificações em vez de para o exterior.

Gabarito: alternativa B

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(FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


Ao analisar a relação entre clima e urbanização, o arquiteto deve considerar os efeitos do clima
em tal urbanização e, ao mesmo tempo, os efeitos desta sobre o clima. Com relação a esses
efeitos, analise as afirmativas a seguir.
I. A formação de uma “ilha de calor” dentro dos limites da cidade é atribuída estritamente à
abundância de materiais como o asfalto e às próprias construções.
II. A grande inércia térmica dos edifícios provoca a elevação da temperatura ambiental durante
o dia e um aumento do resfriamento, que normalmente ocorre à noite.
III. Os edifícios altos apresentam uma variedade de superfícies, que servem para reduzir a
velocidade do vento, causando menor difusão do vapor e, consequentemente, maior umidade
nas áreas urbanizadas com edifícios altos.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.

Comentários
I. Errada. “Detwyler (1974) trata das alterações climáticas provocadas pela urbanização. Segundo
ele, as alterações são três:
1. mudança da superfície física da terra, pela densa construção e pavimentação, fazendo
com que a superfície fique impermeável, aumentando sua capacidade térmica e
rugosidade e, ao mesmo tempo, alterando o movimento do ar;
2. aumento da capacidade armazenadora de calor com a diminuição do albedo;
3. emissão de contaminantes, que aumentam as precipitações e modificam a
transparência da atmosfera.
Estas três alterações resultantes da urbanização, aliadas ao fluxo material de energia,
produzem um balanço térmico especial nos centros urbanos, que é visível em muitas
cidades: o domo urbano. Este domo contém uma circulação de ar típica, fazendo com que
a cidade se pareça com uma ilha quente rodeada por um entorno mais frio. Daí o efeito
ser conhecido como “ilhas de calor”.” Romero, “Princípios Bioclimáticos para o Desenho
Urbano”

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Várias pesquisas demonstram que a ilha de calor urbana, dentre outros fatores, tem uma
forte relação com a morfologia urbana, está entendida como a combinação das formas
construídas com o relevo e a paisagem natural (geomorfologia), ou com a forma
resultante da ocupação urbana (Villas Boas, 1986).
Entretanto, os efeitos das ilhas de calor podem ser mitigados por uma série de medidas,
como: o uso de cores claras nas fachadas dos edifícios, aumentando a capacidade de
reflexão da radiação e reduzindo as absorções de calor; o aumento da massa de
vegetação com o plantio de árvores (com o cuidado de que essas não se tornem um
impedimento para a ventilação urbana), entre outras (Gartland, 2008). O uso de concreto
claro em vez de asfalto, por exemplo, aumenta a reflexão da radiação global incidente
em aproximadamente 50%, reduzindo a quantidade de energia absorvida e
posteriormente reemitida pelo material (Gartland, 2008). Indo mais além,
transformações na configuração física da forma urbana, como a criação de espaços
abertos, ou a inserção de edifícios novos, também guardam o potencial de melhorar a
qualidade do clima urbano e, com isso, melhorar o desempenho ambiental dos edifícios.
(Fonte: Edifício Ambiental - Joana Carla Soares Gonçalves, Klaus Bode)

II. Errada. A inércia térmica faz com que o calor forte que incide durante o dia demore a entrar no
interior da edificação, fazendo com que a temperatura interna fique mais fresca durante o dia
e favorecendo o seu aquecimento durante à noite, quando a temperatura externa sofre grande
queda.

“Assim, verifica-se no vale das Casbás, onde o clima quente árido (pela proximidade do
deserto do Saara ao Sul) solicita um tecido urbano compacto, para minimizar a exposição
das superfícies à radiação solar direta, e para aproveitar a grande inércia térmica da
massa das construções (barro e troncos de palmeira para as estruturas e piso) que
retardam a passagem de calor durante o dia e deixam passar à noite o calor acumulado
durante o dia.” Romero, “Princípios Bioclimáticos para o Desenho Urbano”

III. O gabarito da questão é que essa afirmativa é a única correta, sendo a alternativa (C). Porém,
achei que faltaram dados suficientes para se chegar a essa conclusão. E, apesar de ter
pesquisado várias bibliografias, não encontrei essa afirmativa. Logo, aproveito a questão para,
abaixo, trazer várias informações de modo a enriquecer o conhecimento sobre o assunto.

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A velocidade do vento é afetada pela rugosidade da superfície e pela distância vertical acima da
superfície, assim, quanto maior é o efeito do atrito, menor a velocidade. Quanto maior a altura do
obstáculo, maior altura do gradiente de velocidade.

A velocidade do vento aumenta com a altura, em função da redução do atrito conforme o fluxo de
ar se distancia da superfície.
A velocidade de deslocamento das massas de ar sobre a cidade é menor do que sobre a área rural.
Isto se dá em função do incremento da rugosidade do solo, que modifica o movimento e a
velocidade dos ventos, dando-lhes características próprias.

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A velocidade do vento também é alterada pela superfície das massas edificadas, a rugosidade nas
cidades altera significativamente a forma de deslocamento das massas de ar, mudando o seu
movimento natural – laminar (em lâmina), para um movimento turbilhonar, que se caracteriza por
uma série de fluxos ascendentes e descendentes, rotacionais ou não rotacionais que, se
corretamente utilizado, se introduz no interior da massa edificada, aumentando as perdas de calor
por convecção das superfícies da massa edificada com a atmosfera.
Quanto maiores os contrastes entre as alturas dos elementos da massa edificada, maior o
turbilhonamento dos ventos; melhor ventilação se combinada com porosidade; maior a velocidade
dos ventos em parte da massa edificada próxima dos volumes mais altos; e maiores as trocas
térmicas com o ambiente atmosférico, ocasionando menores ganhos térmicos, consequentemente,
menores temperaturas do ar”. (Oliveira,1988).
A ventilação, com a renovação do ar, representa uma forma de retirada de calor do ambiente que
abriga cargas térmicas significativas e pode resultar em consequente melhoria das condições
térmicas, mas, também, pode ser responsável pela retirada de umidade, que pode ser desejável em
climas quentes-úmidos, mas, em outros não. Logo, temos que analisar a ventilação necessária para
um melhor conforto térmico de acordo com as condições climáticas.
O impacto dos edifícios altos vai depender de quão altos eles são, de quantos e quão distantes estão
um do outro.
Enquanto por um lado as paredes dos canyons podem representar barreiras para a ventilação
urbana, por outro lado, a rugosidade da forma urbana criada pelas diferenças de altura entre
edifícios próximos favorece a ventilação, trazendo benefícios para o conforto do pedestre
(especialmente em cidades de clima quente), a ventilação natural no interior dos edifícios e, ainda,
para a dispersão de poluentes do ambiente urbano (Givoni, 1998). Isso significa que, dependendo

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do clima local, determinadas características da forma urbana podem ser positivas para os
microclimas urbanos. Por exemplo, situações de turbulência de vento podem ser desejáveis em
climas quentes, enquanto causam desconforto em climas mais frios.
Segundo o Livro “Edifício Ambiental”:

A inserção do edifício no terreno, incluindo o tratamento de sua base, são fatores cruciais
para o impacto ambiental desse edifício sobre os espaços abertos do entorno imediato.
Nesse sentido, pódios, pilotis, marquises e articulações da forma arquitetônica são
algumas medidas estratégicas de projeto para aproximar o edifício da escala humana,
enquanto oferecem proteção para o nível térreo contra o sol, a chuva e o vento. Pódios e
pilotis tiveram um papel central na inserção urbana dos edifícios do apogeu do período
modernista brasileiro (1930-1960). Como resposta às condições climáticas dos trópicos,
espaços abertos no térreo foram projetados para serem protegidos pelo sol e pela chuva,
enquanto permitem a passagem do vento ao redor dos edifícios.
Logo, em decorrência de sua forma e altura, o edifício alto tem um grande potencial de
modificar o microclima do entorno. Nesse sentido, os impactos mais relevantes são a
projeção de sombras e a criação de turbulências de vento.
Em se tratando do impacto específico na ventilação urbana, as diferenças de altura,
somadas às distâncias entre os edifícios, definem o nível de rugosidade da forma urbana,
que tem uma relação direta com os padrões de ventilação no ambiente urbano. De
acordo com Givoni (1992), o posicionamento estratégico de edifícios altos, mantendo
certa distância entre os mais altos, aumenta a rugosidade da forma urbana, acelerando
os fluxos e criando turbulências (Tab. 7.1). Nesses casos, a ventilação urbana pode ser
melhorada de 35% a 70% em decorrência de variação de altura entre edifícios altos
próximos (Ng, 2010).
O potencial de dispersão da poluição no nível da rua em função da ventilação urbana é
outra vantagem associada ao impacto dos edifícios altos, em centros urbanos
congestionados. Voltando às particularidades do clima quente-úmido, o incremento da
ventilação urbana é favorável ao conforto térmico em espaços abertos. No entanto, deve
ser destacado que as vantagens do impacto ambiental dos edifícios altos no ambiente
urbano, mais especificamente no conforto térmico do pedestre, não podem ser
generalizadas, estando atreladas às características do clima local. Enquanto sombras e
ventos são favoráveis para o conforto térmico em lugares de clima quente e úmido, os
mesmos efeitos são desfavoráveis nos climas mais frios.

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Para finalizar, segue Romero em “Princípios Bioclimáticos para o Desenho Urbano”:


Para a morfologia do tecido urbano, os princípios foram elaborados levando-se em conta
a forma, a radiação, a ventilação, os lotes, o tamanho dos espaços públicos e as ruas.

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Nas regiões de clima quente-seco, a forma deve ser compacta, a radiação evitada com a
exposição mínima de superfícies à radiação solar, a ventilação minimizada, uma vez que
carrega ar aquecido, e a forma dos lotes estreita e longa. Os espaços públicos devem ser
pequenos, sombreados e com presença de água. As ruas devem ser estreitas e curtas e a
vegetação deve comparecer em maior proporção nos espaços privados.
Nas regiões de clima quente-úmido, a forma deve ser aberta, sombreada, a excessiva
radiação evitada, em especial a difusa, através da utilização de materiais pouco
refletivos, a ventilação favorecida em todos os ambientes e a forma dos lotes mais larga
do que comprida, a fim de aproveitar ao máximo a ventilação conduzida pelas ruas. Os
espaços públicos não devem ser de grandes dimensões, já que a sombra é um elemento
fundamental. As ruas curtas e com um lado que dê sombra. A umidade deve ser reduzida
através da abertura de espaços e a vegetação não deve interferir com a ventilação.

Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer

3.2 Adequação da arquitetura aos climas


3.2.2 Clima urbano
Uma aglomeração urbana não apresenta, necessariamente, as mesmas condições
climáticas relativas ao macroclima regional na qual está inserida. Estas alterações estão
diretamente relacionadas com o tamanho e setores predominantes de atividade do
núcleo urbano e podem ser dimensionadas através de avaliação comparativa com o clima
do campo circunvizinho.
As modificações climáticas podem ser tais que as áreas urbanas, notadamente as
maiores, resultem em verdadeiras Ilhas de Calor.
Tais ilhas de calor, basicamente, são geradas a partir das modificações impostas à
drenagem do solo, notadamente pelo seu revestimento por superfície de concreto e
asfalto.
Além desse fator, as cidades também são produtoras de calor. Nelas se instalam grandes
quantidades de equipamentos termoelétricos e de combustão para a produção de
mercadorias e transportes de pessoas e cargas. Interferem, ainda, as verdadeiras massas
de edificação que modificam o curso natural dos ventos, prejudicando a ventilação
natural no interior do núcleo. Além disso, a poluição gerada em um meio urbano modifica
as condições do ar quanto a sua composição química e odores.
A quantidade de radiação solar recebida pelas diversas edificações inseridas numa cidade
vai variar com relação às posições das edificações vizinhas, as quais podem constituir
barreiras umas às outras ao sol e ao vento.
Por outro lado, as condições para que ocorra precipitação em forma de chuva são
favorecidas no núcleo urbano devido às partículas sólidas em suspensão no ar, que
contribuem para a aglutinação das partículas de água que formarão a gota de chuva.

Gabarito: alternativa C

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(FGV – SUSAM/AM - 2014)


No tocante à ventilação natural, assinale a opção que indica um efeito das aberturas sob as
edificações.
(A) Os espaços abertos sob o edifício direcionam mais o fluxo de ar quando orientados face à
direção do vento.
(B) Quanto maior é a altura dos pilotis, menor é o efeito da zona de baixa pressão ou sucção.
(C) A saída de ar do espaço sob o edifício se faz na forma de jato localizado, quando os orifícios
de saída são grandes em relação aos de entrada.
(D) O aumento do efeito de sucção provoca desconforto ao usuário nos climas quente‐úmidos,
pois impede a ventilação do entorno do edifício.
(E) O efeito das aberturas sob as edificações tornou‐se secundário em relação à ação da maior
zona de baixa pressão, devido ao aumento da altura e do comprimento da edificação.

Comentários
Segundo Lamberts, Le Corbusier, com a utilização de pilotis, permitia à arquitetura descolar-se do
solo, incrementando a permeabilidade à circulação de pedestres e à ventilação no térreo.
Analisando a figura abaixo, podemos perceber que os espaços abertos sob o edifício direcionam
mais o fluxo de ar quando orientados face à direção do vento. Logo, a alternativa (A) é a correta.

Agora, vamos analisar as outras alternativas!


(B) Quanto maior é a altura dos pilotis, maior é o efeito da zona de baixa pressão (ou sucção).

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(C) A saída de ar do espaço sob o edifício se faz sob a forma de jato localizado quando os orifícios
de saída são pequenos em relação aos de entrada.
(D) Quanto maior é a altura dos pilotis, maior é o efeito da zona de baixa pressão (ou sucção). No
inverno do clima composto, provoca desconforto ao usuário, sendo porém, agradável nos climas
quente-úmidos, permitindo ventilar o entorno do prédio, já que sua ação se exerce sobre uma
distância da ordem do tamanho da cavidade ou pilotis.
(E) Até uma altura de cinco andares, o fenômeno se produz, isto é, sente-se a passagem do ar
através dos pilotis. Mas, a partir de sete andares, o efeito começa a ser secundário em relação à
ação da maior zona de baixa pressão (ou sucção), devido à maior altura do edifício,
independentemente de seu comprimento.
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró

Efeito das Aberturas sob as Edificações


Desse efeito interessam as cavidades que fazem a união, sob o edifício, entre a zona de
alta pressão (fachada exposta à direção do vento) e a zona de baixa pressão ou sucção
(fachada oposta).
Os espaços abertos sob o edifício direcionam mais o fluxo do ar quando orientados face
à direção do vento, sendo seu efeito maior que os dos espaços divididos por paredes-
pilotis, construídas segundo a largura do edifício, que fazem o efeito de quebra-sol ou
persiana vertical.
Quanto maior é a altura dos pilotis, maior é o efeito da zona de baixa pressão (ou sucção).
No inverno do clima composto, provoca desconforto ao usuário, sendo, porém, agradável
nos climas quente-úmidos, permitindo ventilar o entorno do prédio, já que sua ação se
exerce sobre uma distância da ordem do tamanho da cavidade ou pilotis. A saída de ar
do espaço sob o edifício se faz sob a forma de jato localizado quando os orifícios de saída
são pequenos em relação aos de entrada.
Até uma altura de cinco andares, o fenômeno se produz, isto é, sente-se a passagem do
ar através dos pilotis. Mas, a partir de sete andares, o efeito começa a ser secundário em
relação à ação da maior zona de baixa pressão (ou sucção), devido à maior altura do
edifício, independentemente de seu comprimento.
A solução é aproveitar o efeito dos espaços abertos localizados sob o edifício para
melhorar a ventilação do entorno construído nos climas quente-úmidos. Já nos climas
compostos com estação fria, essa solução deve ser usada em combinação com a de
barreiras de proteção do vento frio do inverno, de forma a tornar utilizáveis os espaços
abertos, ou semiabertos, durante o ano todo.

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Gabarito: alternativa A

(FGV – SUSAM/AM - 2014)


A previsão da carga térmica a ser gerada no interior do edifício é fundamental para as decisões
dos projetos arquitetônicos. A este respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. A quantidade de calor dissipada pelo organismo humano para o ambiente independe da
atividade desenvolvida pelo indivíduo.
II. O ganho de calor pela incidência do Sol será função da radiação solar incidente e das
características térmicas dos materiais dos parâmetros do edifício.

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III. A conversão de energia elétrica em luz gera calor sensível, que é dissipado,
especificamente, por radiação e por condução.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários
I. Errada. A quantidade de calor dissipada pelo organismo humano para o ambiente depende
da atividade desenvolvida pelo indivíduo.
II. Correta.
III. Errada. O erro está no “especificamente”, já que o calor é dissipado, também, por convecção.
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer

Capítulo 5 - Climatização natural das edificações


5.1 Fontes de calor
A previsão da carga térmica a ser gerada no interior do edifício é fundamental no que
respeita às decisões de projeto referentes ao partido arquitetônico a ser adotado, sendo
sempre função das exigências funcionais e humanas, para os diferentes tipos de clima.
Em se tratando da carga térmica interna ao edifício, as fontes podem ser
classificadas como:
a) presença humana;
b) sistemas de iluminação artificial;
c) motores e equipamentos;
d) processos industriais;
e) calor solar.
5.1.1 Ganhos de calor devidos à presença humana
A quantidade de calor dissipada pelo organismo humano para o ambiente depende
essencialmente de sua atividade (conforme item Exigências Humanas, capítulo 1). A
tabela do Anexo 1 fornece os dados relativos ao calor dissipado pelo organismo humano,
para o ambiente, segundo a atividade desenvolvida pelo indivíduo.
Para calcular o ganho de calor, considera-se apenas o calor sensível.
5.1.2 Ganhos de calor devidos ao sistema de iluminação artificial
A conversão de energia elétrica em luz gera calor sensível. Esse calor é dissipado, por
radiação, para as superfícies circundantes, por condução, através dos materiais
adjacentes, e por convecção para o ar.

Gabarito: alternativa B

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(FGV – SUSAM/AM - 2014)


Assinale a opção que indica os materiais empregados como revestimentos de parede, como
pavimentação e como materiais de cobertura, respectivamente, que apresentam maior
coeficiente de absorção solar.
(A) tijolo amarelo escuro / lajotas claras / telha de barro cor bege.
(B) mármore claro / areia seca / telha de concreto natural.
(C) reboco claro / grama / ardósia.
(D) concreto aparente limpo / terra / telha de madeira.
(E) tijolo vermelho aparente / asfalto / impermeabilizante.

Comentários
Quanto mais clara a cor da superfície externa de um elemento, menor seu coeficiente da radiação
solar. Como a questão nos pede os materiais com maior coeficiente de absorção solar, eu já ficaria
entre a alternativa (A) e a (E), analisando só o revestimento da parede. Analisando os materiais de
pavimentação, já mataríamos a questão, alternativa (E)!
Vamos ao Manual de Conforto Térmico, de Frota e Schiffer

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Gabarito: alternativa E

(FGV – ALBA/BA - 2014)


Nos climas quentes e úmidos, o efeito convecção em superfícies expostas à radiação é
desejável, porque o movimento do ar tende a esfriá‐las por evaporação. Uma das propostas
para se obter este efeito é o de
(A) escolher lugares baixos e junto à base das encostas
(B) desviar a declividade da cobertura dos ventos dominantes.
(C) estimular as zonas neutras entre edifícios adjacentes.
(D) evitar barreiras contra ventos dominantes favoráveis.
(E) eliminar os canais de ventilação entre conjunto de edifícios próximos.

Comentários
Se o efeito convecção é desejável, não devemos ter barreiras contra os ventos dominantes

favoráveis...
Resposta, alternativa (D)!
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró

Convecção sobre superfícies expostas à radiação (condição de verão nas regiões sul e
sudeste)
Nos climas quentes e úmidos, o efeito convecção em superfícies expostas à radiação é
desejável, porque o movimento do ar tende a esfriá‐las por evaporação, já que estas
estão frequentemente úmidas.
Por isso, deve-se aproveitar qualquer mecanismo que facilite o movimento do ar sobre as
superfícies expostas à radiação ou, pelo menos, aproveitar plenamente os ventos da
região.
Nos capítulos dedicados ao estudo do sítio e da ventilação são apresentadas diversas
propostas para se obter esse efeito, destacando-se:
 Escolha de lugares altos ou nas encostas;
 Orientação da declividade da cobertura para os ventos dominantes;
 Evitar barreiras contra ventos dominantes favoráveis;
 Evitar as zonas neutras (ou de calmaria) entre edificações adjacentes;
 Preservar os canais de ventilação entre conjunto de edifícios próximos;
 Verificar a influência da forma e altura do entorno em relação à direção dos ventos
dominantes e o edifício em estudo.

Gabarito: alternativa D

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Aula 07 - Somente em PDF

(FGV – ALBA/BA - 2014)


Uma das propriedades do Efeito Pirâmide que ocorre entre o vento e o edifício de forma
piramidal é a de
(A) oferecer grande resistência à passagem do vento.
(B) dissipar a energia do vento em todas as direções.
(C) reduzir a formação de redemoinhos ao nível do solo.
(D) possuir grande parte de suas sacadas desprotegidas da ação do vento.
(E) apresentar zonas termicamente privilegiadas nos cantos do edifício.

Comentários
(A) Não oferecer grande resistência à passagem do vento.
(B) Correta.
(C) Aumentar a formação de redemoinhos ao nível do solo.
(D) Possuir grande parte de suas sacadas protegidas da ação do vento.
(E) Apresentar zonas críticas nos cantos do edifício.
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró

Efeito Pirâmide
O edifício de forma piramidal, devido a sua geometria aerodinâmica, não oferece grande
resistência à passagem do vento. Suas características irregulares (diferenças de níveis e
sacadas) dissipam a energia do vento em todas as direções. A formação de redemoinhos
ao nível do solo é grande em massas edificadas dessa forma.
As zonas críticas situam-se nos cantos dos edifícios piramidais. Sobre as sacadas
orientadas na direção do vento, na proximidade das cristas e a partir do nono andar, a
ação do vento já começa a ser agradável, mas de acentuada percepção nas regiões
quente-úmidas. Verifica-se, entretanto, que 80% das sacadas do edifício (levando-se em
consideração as diferentes fachadas) estão protegidas da ação do vento.
A proposta é usar os edifícios de forma piramidal para melhorar as condições de
ventilação do edifício e do entorno, otimizando as vantagens de sua forma aerodinâmica
e reduzindo sua capacidade de obstrução à ação do vento, interior e exteriormente.

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Gabarito: alternativa B

(FGV – CÂMARA MUNICIPAL/PE - 2014)


Considerando-se que o controle do ganho de calor e a dissipação da energia térmica do interior
da edificação propiciará o conforto térmico dos usuários, analise as afirmativas a seguir:
I. As superfícies mais castigadas pelo sol, quando não protegidas com elementos externos,
deverão ser compostas por materiais leves além de receber uma capa de isolante térmico;
II. As paredes que separam compartimentos habitáveis dos não habitáveis e não recebem sol,
deverão ser feitas com materiais bons condutores de calor, para dissipar o calor interno;
III. A amplitude térmica diária elevada, durante longos períodos, indicará a utilização de
materiais pesados tanto para as paredes externas quanto para as internas.
Assinale se:
(A) somente a afirmativa I estiver correta;
(B) somente a afirmativa II estiver correta;
(C) somente a afirmativa III estiver correta;
(D) somente as afirmativas II e III estiverem corretas;
(E) todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários

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I. Segundo Frota e Schiffer, o sol, importante fonte de calor, incide sobre o edifício
representando sempre um certo ganho de calor, que será função da intensidade da
radiação incidente e das características térmicas dos parâmetros do edifício. Logo, a
proteção com elementos externos, tais como brise-soleil e vegetação, são muito
importantes evitando a incidência da radiação direta. Aumentar a resistência térmica do
elemento, substituindo o material ou acrescentando material isolante térmico também
reduz as perdas e a alteração merece ser analisada quanto à sua real vantagem.
II. Correta. A energia metabólica de uma pessoa pode contribuir substancialmente à
quantidade de energia gerada na edificação, sendo a quantidade de calor e umidade
gerada, função do seu sexo, atividade e outros fatores. Também a iluminação elétrica e
os equipamentos produzem ganhos térmicos internos. Sendo as paredes boas condutoras
de calor, vão evitar que esse calor interno tenha dificuldade para sair do interior da
edificação.
III. Correta. Quando há temperaturas durante o dia muito altas e, durante à noite, muito
baixas, é interessante usar-se materiais pesados, ou seja, com alta inércia térmica, a fim
de que promovam o amortecimento e o atraso da onda de calor. A inércia térmica da
construção é igual à somatória das áreas das superfícies de cada uma das paredes
interiores, inclusive piso e teto, multiplicado por um coeficiente que será função do peso
da parede e da resistência térmica de seus revestimentos. Segundo Frota e Schiffer, os
revestimentos desempenham um papel importante, pois, se forem isolantes, diminuirão
as trocas térmicas com a parede e, consequentemente, sua inércia térmica.
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró

O Edifício
Os quatro fatores dinâmicos do clima também afetam o desempenho térmico do edifício.
As taxas de ganho ou perda de calor do edifício dependem de um conjunto de fatores,
tais como:
 diferença entre a temperatura interior e exterior. O ganho (ou perda) de calor radiante
também está vinculado às características do material e da cor das superfícies que
constituem o envolvente do edifício;
 localização, orientação (ao sol e aos ventos), forma e altura do edifício;
 características do entorno natural e construído (sítio);
 ação da radiação solar e térmica e, consequentemente, das características isolantes
térmicas do envolvente do edifício;
 ação do vento sobre as superfícies interiores e fachadas e nos locais do edifício;
 desenho e proteção das aberturas para iluminação e ventilação, assim como sua
adequada proteção;
 localização estratégica dos equipamentos de climatização artificial, tanto dentro,
como fora do edifício, assim como dos principais aparelhos eletrodomésticos.

Gabarito: alternativa D

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(FGV – CÂMARA MUNICIPAL/PE - 2014)


A aplicação de técnicas de projeto e cálculo de ventilação natural dos edifícios tem como
finalidades oferecer conforto ambiental ao usuário e otimizar o uso da energia da edificação.
Sobre o tema, é correto afirmar que:
(A) a ventilação natural relaciona-se com a temperatura e a umidade do ar,
independentemente de sua velocidade;
(B) a corrente de ar quente tende a descer, enquanto a corrente de ar frio tende a subir;
(C) duas massas de ar com a mesma temperatura e umidade, quando postas em contato
através de uma abertura, se mesclarão rapidamente;
(D) temperaturas distintas geram duas correntes, uma de ar quente e outra de ar frio, que se
dispõem num mesmo sentido;
(E) a ventilação dá-se também por diferença de pressão entre o interior e o exterior, com
filtrações através das janelas, poros das paredes e coberturas.

Comentários
(A) A ventilação natural relaciona-se principalmente com o estado do ar, ou seja, com sua
temperatura, umidade e velocidade.
(B) O ar quente tende a subir e o ar frio, a baixar.
(C) Duas massas de ar, postas em contato através de uma abertura, se mesclarão lentamente,
caso tenham a mesma temperatura e umidade.
(D) Temperaturas distintas geram duas correntes: uma de ar quente, que sobe num sentido, e
outra de ar frio, que baixa em sentido oposto.
(E) Correta.
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró

Ventilação natural e Consumo de Energia


A ventilação natural relaciona-se principalmente com o estado do ar, ou seja, com sua
temperatura, umidade e velocidade. O ar quente tende a subir e o ar frio, a baixar. Duas
massas de ar, postas em contato através de uma abertura, se mesclarão lentamente,
caso tenham a mesma temperatura e umidade. Temperaturas distintas geram duas
correntes; uma de ar quente, que sobe num sentido, e outra de ar frio, que baixa em
sentido oposto.
A ventilação dá-se também por diferença de pressão entre o interior e o exterior, com
filtrações através das fissuras e janelas, poros das paredes e coberturas, ou pelo efeito
chaminé. Nos climas quente-úmidos e nos compostos por estação fria, mas com
permanente e alta umidade relativa do ar, a ventilação deve ser constante.
Essa ventilação constante tem três funções:
A de dar conforto ao usuário do edifício, chamada de ventilação de conforto. Ela é
necessária nos climas quente-úmidos e na estação quente dos climas compostos úmidos,

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e sua função é a de retirar a umidade do corpo, facilitando a troca térmica entre o usuário
e seu entorno através da convecção.
A de manter a qualidade do ar. Esta não só é necessária nos climas quente-úmidos, mas
também nos climas compostos úmidos por estação fria, durante o inverno. É chamada de
ventilação higiênica e sua função é renovar o ar do local. Deve ser produzida na parte
superior do local (onde está o ar aquecido), longe do usuário para lhe evitar desconforto.
Resfriamento das superfícies interiores do local (especialmente do forro) por convecção,
durante o período quente dos climas úmidos. (Ver no Capítulo 4 – calor, efeito da troca
térmica por convecção, coberturas com câmara de ar ventilada).

Gabarito: alternativa E

(FGV – INEA/RJ - 2013)


A existência de uma câmara de ar em coberturas leves, porém isolantes, é uma solução
econômica e eficiente para o problema de transmissão de calor através da cobertura,
tornando o forro indispensável. Nos climas quentes e úmidos, a câmara deve ser ventilada
porque

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I. a variação da temperatura diurna e noturna é maior do que a dos climas quentes e secos.
II. a quantidade de calor transmitida pela cobertura terá uma redução proporcional.
III. o isolamento do calor, sem armazená‐lo, é prejudicial à manutenção do conforto térmico
das edificações.
Assinale:
(A) se somente a justificativa I estiver correta.
(B) se somente a justificativa II estiver correta.
(C) se somente a justificativa III estiver correta.
(D) se somente as justificativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as justificativas estiverem corretas.

Comentários
I. Errada. Lembrem-se:
 Climas quentes e secos – grande amplitude térmica diária;
 Climas quentes e úmidos – pequena amplitude térmica diária.
Acho que já deve estar “tatuado no cérebro”. Rs
II. Correta!
III. Errada. O isolamento do calor, sem armazená-lo, é benéfico à manutenção do conforto
térmico das edificações nos climas quentes e úmidos. Tendo em vista que a queda da
temperatura à noite, não justifica o armazenamento de calor e sua posterior transmissão
para dentro da edificação.
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró

Efeito do Espaço de Ático (câmara de ar) no desempenho térmico da cobertura


A existência de uma câmara de ar em coberturas leves, porém isolantes, é uma solução
econômica e eficiente para o problema de transmissão de calor através da cobertura,
tornando o forro indispensável.
Nos climas quente-úmidos, a câmara de ar deverá ser ventilada, proporcionando, assim,
uma redução aproximada de 30% da quantidade de calor transmitida pela cobertura.
Já nos climas compostos com estação fria, é conveniente que a câmara de ar não seja
ventilada no inverno. Isso porque o efeito de convecção do ar frio sobre as superfícies
interiores da câmara as esfriará e, consequentemente, a temperatura da superfície
interna do forro poderá ser menor que a do ambiente. A posterior condensação e uma
importante perda térmica acarretariam o consumo de energia operante para se
restabelecer o conforto do ambiente.

Gabarito: alternativa B

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(FGV – INEA/RJ - 2013)


Nos estudos realizados em nível de vento, foram identificados alguns efeitos aerodinâmicos,
decorrentes da forma do edifício ou de seu entorno, que podem favorecer ou prejudicar a
ventilação dos mesmos. No caso em que o edifício, devido à sua geometria aerodinâmica, não
oferece grande resistência à passagem do vento, por ter superfícies irregulares que dissipam
a energia do vento em todas as direções, o efeito é denominado de
(A) barreira.
(B) Venturi.
(C) canto.
(D) malha.
(E) pirâmide. ==1a111b==

Comentários
Já vimos que o nome desse efeito é efeito pirâmide.
Para entendermos melhor os conceitos segundo Lúcia Mascaró, que trago para comentar as
alternativas, vou trazer também algumas breves explicações de Brown e DeKay, retiradas do livro
“Sol, Vento & Luz”, do item sobre princípios do movimento do ar.
“Quando o vento atinge um anteparo como uma edificação ou colina, ele cria uma zona
de alta pressão e velocidade crescente a barlavento do objeto (no lado que está sendo
atingido pelo vento) e uma zona de baixa pressão e velocidade menor a sotavento do
anteparo. A velocidade aumenta à medida que o vento contorna os lados e o topo do
anteparo.”
“O vento é acelerado quando tem que passar por uma área mais estreita, de acordo com
o efeito Venturi, por exemplo quando ele flui através de uma brecha entre duas
construções ou através de uma depressão entre duas dunas, ou quando canalizado ao
fluir paralelamente às bordas de um cânion.”
“Na maioria dos casos, a alta pressão ocorre no lado à barlavento e a baixa pressão, a
sotavento, enquanto o vento que é direcionado ao passar pelas arestas de uma edificação
aumenta sua velocidade.”
(A) Barreira: Segundo Lúcia Mascaró, é a influência de um edifício laminar no entorno imediato.
O edifício laminar, sob o ponto de vista da ventilação, é um prédio estreito, 10 m, de altura
até 30 m e comprimento mínimo igual a 8 vezes a altura. Quando há lâminas paralelas
próximas, produz o efeito barreira nas seguintes. Quando há incidência de vento a 45º em
uma fachada com altura entre 15 a 25 m, o fluxo de ar passa por cima e cai em parafuso
atrás, criando zona de turbulência e redemoinhos.

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(B) Venturi: Segundo Lúcia Mascaró, fenômeno de funil formado por dois edifícios próximos
cujos eixos formam um ângulo agudo ou reto.

(C) Canto: Segundo Lúcia Mascaró, efeito resultante da união dos ângulos do edifício formado
por fachadas em pressão positiva e em sucção (pressão negativa). O efeito aumenta com a
altura do edifício e se acentua no caso de conjunto de edificações próximas entre si. Deve-se
otimizar as relações de forma e distância de maneira a aproveitar o efeito canto para ventilar
o entorno (construído ou aberto), diminuindo, assim, a sua temperatura e umidade, e
favorecendo a ventilação dos locais do edifício nos climas quente-úmidos.

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(D) Malha: Segundo Lúcia Mascaró, chama-se malha a uma justaposição de construções de
quaisquer alturas, formando um alvéolo (ou bolso), cujo número de lados não é limitado, e
onde a abertura (ou aberturas) da malha não excede 25% do seu perímetro. Uma malha,
conforme suas medidas e orientação em relação à direção do vento, estará protegida, ou
não, da entrada do fluxo de ar.

(E) Correta.

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Vou aproveitar a questão e trazer um quadro contido no Livro “Princípios Bioclimáticos para o
Desenho Urbano”

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Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró

Efeito Pirâmide
O edifício de forma piramidal, devido a sua geometria aerodinâmica, não oferece grande
resistência à passagem do vento. Suas características irregulares (diferenças de níveis e
sacadas) dissipam a energia do vento em todas as direções. A formação de redemoinhos
ao nível do solo é grande em massas edificadas dessa forma.
As zonas críticas situam-se nos cantos dos edifícios piramidais. Sobre as sacadas
orientadas na direção do vento, na proximidade das cristas e a partir do nono andar, a
ação do vento já começa a ser agradável, mas de acentuada percepção nas regiões
quente-úmidas. Verifica-se, entretanto, que 80% das sacadas do edifício (levando-se em
consideração as diferentes fachadas) estão protegidas da ação do vento.
A proposta é usar os edifícios de forma piramidal para melhorar as condições de
ventilação do edifício e do entorno, otimizando as vantagens de sua forma aerodinâmica
e reduzindo sua capacidade de obstrução à ação do vento, interior e exteriormente.

Gabarito: alternativa E

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(FGV – INEA/RJ - 2013)


Uma das estratégias para se conseguir um edifício com boa ventilação e um controle eficiente,
consiste em
(A) posicionar o edifício de forma a evitar a formação de uma corrente de ar no seu interior,
no período do dia em que isso seja desejado.
(B) estudar a disposição de elementos no envelope da edificação, de modo a bloquear o vento,
impedindo a produção de uma corrente cruzada no seu interior.
(C) pesquisar e projetar fechamentos de boa qualidade nas aberturas para que se produza a
renovação controlada de ar.
(D) estudar as divisões internas de maneira que se apresentem como grandes obstáculos ao
deslocamento do ar.
(E) coibir o uso de ventilação por termossifão, mesmo em partes do edifício protegidas por
vento externo.

Comentários
(A) Errada. Devemos propiciar a formação de corrente de ar no seu interior, no período do dia
em que isso seja desejado.
(B) Errada. Pelo contrário, deve-se favorecer a entrada do vento na edificação. E a ventilação
cruzada, segundo Lamberts, é uma das técnicas mais eficazes de ventilação num ambiente,
pois exige, basicamente, duas aberturas em paredes diferentes e certo conhecimento da
orientação dos ventos desejáveis nos períodos quentes.
(C) Correta. Segundo Lúcia Mascaró, persianas e venezianas que possam fechar-se quase
totalmente e abrir-se segundo as circunstâncias, sempre protegidas da radiação solar e
térmica, possuem a vantagem não só de controlar a entrada do ar quente nas horas críticas,
mas também de permitir um mínimo de ventilação (indispensável nos climas quente-úmidos)
e de iluminação nesse período do dia.
(D) Errada. Pelo contrário, deve-se evitar obstáculos internos à circulação do ar.
(E) Errada. O efeito termossifão (ou de chaminé) é uma aplicação do princípio de Arquimedes, o
qual afirma que a massa de ar aquecida recebe um impulso, de baixo para cima, igual ao peso
da massa de ar frio deslocada. Segundo Frota e Schiffer, a ventilação natural de edifícios se
faz através de dois mecanismos, ventilação por ação dos ventos e, por efeito chaminé.
Segundo Brown e Decay, o vento pode não estar disponível em certos horários, como à noite,
pode ser fraco demais em certos climas ou a condição urbana ou do sítio pode barrar o acesso
de uma edificação ao vento. Sob tais condições, a ventilação por efeito chaminé, que não
necessita dos ventos para que o ar se mova através de uma edificação, pode proporcionar
um efeito semelhante. Há também a vantagem de independência com relação à orientação.

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Fonte imagem: http://movimentoterras.blogspot.com.br/

A estratégia de ventilação por pátios internos também utiliza o efeito de termossifão. Para acelerar
as correntes de convecção são criados dois pátios, de um lado um pátio sombreado com fontes de
água para resfriar o ar e do lado oposto, um pátio exposto à radiação solar, promovendo o efeito
de termossifão.

Fonte: http://projeteee.mma.gov.br/implementacao/ventilacao-em-patios-internos/

Vamos a algumas imagens, que falam mais que palavras, do livro Design with Climate de Victor
Olgyay

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Gabarito: alternativa C

(FGV – ALMT/MT - 2013)


No Brasil, frequentemente os edifícios têm grandes aberturas envidraçadas que, depois,
recebem vidros de cor escura, para proteger o ambiente interno da excessiva radiação solar.
Com relação ao uso de vidros de cor escura, analise as afirmativas a seguir.
I. Ao absorver mais energia, o vidro escuro é aquecido e envia grande parte do calor absorvido
para o interior do edifício.
II. A radiação solar que penetra através do vidro de cor escura é menor, porque ele reflete
grande parte da energia.
III. Apesar da intensidade da luz se reduzir com o uso de vidro escuro, seu espectro se mantém
equiponderando o uso das iluminações natural e artificial.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente a afirmativa I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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Comentários
I. Correta. Lembrem-se que a cor da superfície externa é muito importante. Quanto mais
absorver calor, mais calor será transmitido para o interior do ambiente.
II. Errada. A radiação solar que penetra através do vidro de cor escura é maior, porque ele
absorve grande parte da energia.
III. Errada. O vidro escuro diminui bastante a transmissividade visível (visibilidade).
Tabela 1 do anexo 11 do Manual de Conforto Térmico de Frota e Schiffer

Gabarito: alternativa A

(FGV – ALMT/MT - 2013)


Uma das estratégias para combater o ganho de calor devido à radiação solar e a consequente
elevação da temperatura interior, é
(A) posicionar o edifício de modo a obter a máxima térmica devido à energia solar.
(B) amplificar as aberturas para a entrada da luz solar.
(C) direcionar a chegada da luz solar para as superfícies do envelope do edifício.
(D) maximizar a absorção da luz solar pelas superfícies externas.
(E) determinar a orientação e o tamanho das aberturas, para atender às necessidades de luz
natural.

Comentários
(A) Errada. Para combater o ganho de calor devido à radiação solar, deve-se posicionar o edifício
de modo que não receba a máxima térmica devido à energia solar.
(B) Errada. As aberturas que permitem a entrada da luz solar, aumentam muito o ganho de calor
por radiação solar dentro do edifício.

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(C) Errada. Deve-se proteger o envelope do edifício da incidência da radiação solar.


(D) Errada. Deve-se minimizar a absorção da luz solar.
(E) Certa. De acordo com Lúcia Mascaró, a fonte primária de luz para a iluminação natural é o
sol, porém a fonte de luz diurna considerada é a abóboda celeste, excluída a luz solar direta
sobre os locais de trabalho, devido a sua enorme capacidade luminosa e calorífica.
Gabarito: alternativa E

(CESPE – TRT 10º Região – 2013)


Com base na figura acima, que ilustra uma abóboda celeste, julgue os itens seguintes.

No projeto de proteção solar, o ângulo de sombra vertical α é usado para determinar as


dimensões dos brises horizontais.

Comentários
A CESPE sempre cobra alguma questão sobre Geometria Solar. Vamos lembrar que o azimute e a
altura solar determinam a localização do sol na abóboda celeste. Sendo:
 Azimute (A) é o ângulo que a projeção do sol faz com a direção Norte.
 Altura solar (H): é o ângulo que o sol faz com o plano horizontal.

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Fonte: Apostila de Conforto Ambiental UFRJ

Vamos ao Livro Eficiência Energética na Arquitetura, de Dutra, Lamberts e Pereira

Gabarito: alternativa CERTA

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A altura solar, o ângulo que o Sol faz com o plano horizontal, é representada por α, enquanto
β diz respeito ao azimute, ângulo que a projeção solar faz com a direção norte.

Comentários
Correta, conforme explicação da questão anterior.
Vamos ao Livro Eficiência Energética na Arquitetura, de Dutra, Lamberts e Pereira

Gabarito: alternativa CERTA

O ponto da esfera celeste oposto ao zênite solar (Z) denomina-se nadir.

Comentários
Correta. Segundo Frota e Schiffer, se traçarmos uma linha que passa pelo observador e é
perpendicular ao seu plano do horizonte, ela encontrará a esfera celeste em dois pontos: o que se
situa acima do observador é denominado Zênite (Z) e aquele abaixo, Nadir (Z′).

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Abaixo, aproveito para trazer a utilidade do Nadir na confecção das cartas solares.

Vamos ao Livro Eficiência Energética na Arquitetura, de Dutra, Lamberts e Pereira

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Gabarito: alternativa CERTA

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(CESPE – TRT 10ª Região – 2013)


Considerando a figura acima, que mostra o desempenho térmico do vidro em relação à
radiação solar, julgue os próximos itens.

Para que as proteções solares internas ― persianas e cor nas ― adquiram certa eficiência, é
importante que as superfícies viradas para o exterior sejam brancas ou muito claras. Assim,
boa parte da radiação solar incidente será devolvida para o exterior, por reflexão.

Comentários
Correto! De novo a eficiência da cor branca ou off-white.

Fonte: ao Manual de Conforto Térmico de Frota e Schiffer

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Vamos ao Livro Design with Climate, Bioclimatic Approach to Architectural Regionalism – Victor
Olgyay

Conclusões sobre a eficácia dos fatores de sombra.


A. Influência da cor e do material
Sabe-se que as cores claras refletem a radiação solar e as cores escuras a absorvem. Pelo
olhar, podemos perceber, aproximadamente, a relação da cor com o seu valor de
absorção.
As figuras mostram que, para as persianas venezianas, o uso de cor off-white dá 20%
mais proteção de sombra do que uma cor escura; a blindagem de alumínio é um reforço
adicional de 10%. Nas cortinas de rolo externas, o efeito é mais pronunciado; a cortina
off-white dá 40% mais proteção do que a escura. Com as cortinas internas, a diferença
não é tão ampla; a clara é 18% mais eficaz do que a escura.
B. Localização da proteção de sombra.
Os dispositivos de proteção de sombreamento interno só podem interceptar a energia
solar que acaba de passar pela superfície de vidro e pode eliminar apenas a parte da
energia radiante que pode ser refletida novamente através do vidro. Parte da energia que
atinge um dispositivo interior é absorvida, e reemitida para a sala. Se a intercepção
ocorre na superfície ou à superfície do vidro, parte da energia será refletida de volta na
camada de entrada, parte dela transmitida e uma parte absorvida. A porção absorvida
será transformada em calor e reemitida tanto para o exterior como para dentro do
ambiente. Os dispositivos de proteção exterior bloqueiam a radiação direta antes de essa
penetrar pelo vidro. Logo, é evidente que a proteção de sombra depende da sua
localização, e sua eficácia aumenta caso seja posicionada após, sobre ou antes da
superfície de vidro.

Gabarito: alternativa CERTA

A radiação incidente (I) é igual à soma da radiação transmitida (T) e da radiação refletida (R),
isto é, I = T + R.

Comentários
Errada. Pela própria ilustração da questão, podemos perceber que para o I, temos o T, o R e o A,
está faltando na fórmula a radiação absorvida. Logo, o correto seria: I= T + R + A
Vamos ao Livro Eficiência Energética na Arquitetura, de Dutra, Lamberts e Pereira

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Gabarito: alternativa ERRADA

(CESPE – INPI-pesquisador de arquitetura – 2013)


No que concerne ao conforto ambiental do espaço arquitetônico, julgue os itens seguintes.

O movimento do ar em um espaço é afetado pela distribuição da pressão no edifício e pela


inércia do movimento do ar. Dessa forma, a ventilação cruzada refere-se às condições nas
quais um dado espaço é conectado por aberturas às áreas de pressão e sucção do exterior.

Comentários
Correta! Lembram-se dos três princípios do movimento do ar?
1. Como resultado da fricção, a velocidade do vento é menor próxima à superfície da terra do que
nas partes mais altas da atmosfera.
2. Como resultado da inércia, o ar tende a continuar movendo-se na mesma direção quando
encontra um obstáculo. Portanto, ele flui ao redor dos objetos.

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3. O ar flui de áreas de alta pressão a áreas de baixa pressão.


Livro Sol, Vento & Luz, Brown e Decay

Achei interessante trazer para vocês a estratégia, abaixo, de design de wing walls, a qual pode ser
utilizada quando o vento não vem de uma direção perpendicular às janelas. Perceberemos que
pode-se usar o paisagismo ou as wing walls para alterar as zonas de pressão positiva ou negativa
em torno da edificação e induzir fluxos de ventos através de janelas paralelas às direções dos ventos
predominantes.

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Abaixo, a ilustração do Livro “Eficiência Energética na Arquitetura” sobre ventilação cruzada:

Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró: (bibliografia cobrada na questão)


Ventilação cruzada
O movimento do ar num espaço é afetado por dois fatores: a distribuição da pressão no
edifício e a inércia do movimento do ar.
A ventilação cruzada se refere às condições nas quais um dado espaço é ligado por
aberturas às áreas de pressão e sucção do exterior.
Muitas vezes, a expressão ventilação cruzada é usada livremente para denominar o
espaço que tem mais de uma abertura para o exterior independentemente da sua posição
em relação ao vento. Isso terá resultados negativos quando todas as aberturas do espaço
estão na mesma face com a pressão semelhante, havendo pouco fluxo de ar interno.
Gabarito: alternativa CERTA

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A utilização da vegetação é um dos atributos de projeto para melhorar a qualidade dos


aspectos bioclimáticos. Espaços arquitetônicos realizados em climas do trópico úmido, o
posicionamento correto da vegetação, composta de arbustos e árvores de copas altas, permite
a absorção da radiação solar e o esfriamento do ar que penetra no edifício.

Comentários
Correta! As árvores de copas altas são as indicadas para o clima quente-úmido, pois oferecem
sombra e não bloqueiam a ventilação tão necessária nesses climas.

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Adoro as ilustrações desse livro! Rs. (Eficiência Energética na Arquitetura)


Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró

Influência da Vegetação
A colocação correta da vegetação, composta de arbustos e árvores de caule liso e copas
altas, permite a absorção solar e o esfriamento do ar que penetra no edifício.

Gabarito: alternativa CERTA

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O processo de transferência de calor por condução caracteriza-se pela transmissão de calor


por meio de um fluido em movimento, como o ar. Em um espaço cujas paredes não são
adequadas do ponto de vista térmico, o ar, em contato com a parede exterior, recebe calor na
estação quente e o perde na estação fria.

Comentários
Errada. A forma de transmissão de calor explicada na questão é convecção, e não condução.
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró

Formas de Transmissão de Calor


O fluxo de calor transmite-se de três formas:
CONDUÇÃO
O calor pode ser transmitido diretamente de uma parte de um objeto para outra, por
exemplo, quando se aquece uma frigideira o seu cabo vai se esquentando
gradativamente. O calor pode passar de um objeto para o outro, por exemplo, quando se
segura o cabo quente da frigideira.
O fluxo de calor movimenta-se permanentemente. Alguns materiais são melhores
condutores de calor que outros (ver Tabela 4.2 dos Anexos). O ar é um mau condutor,
podendo transmiti-lo também por convecção e radiação.
CONVECÇÃO
O calor pode ser transmitido por um fluido em movimento como o ar, por exemplo. Num
espaço onde as paredes não são adequadas do ponto de vista térmico, o ar, em contato
com a parede exterior, ganha calor na estação quente e o perde na estação fria.
No inverno, pode-se perder calor por convecção quando o ar quente de um interior sobe
(causando circulação do ar) e encontra frestas, infiltrando-se para o exterior.

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RADIAÇÃO
Qualquer objeto pode radiar calor da mesma forma que o sol. Ao colocar a mão perto de
uma lâmpada acesa, sente-se o calor irradiado por ela. Essa sensação térmica pode ser
amenizada pondo-se um pedaço de papel entre a mão e a lâmpada.
Da mesma maneira, num local onde as paredes, cobertura e aberturas não estão
devidamente desenhadas e protegidas, facilmente se ganha ou se perde calor (no verão
ou inverno, respectivamente) do interior para o exterior, aumentando consideravelmente
o consumo de energia, como foi visto no início deste capítulo.

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Gabarito: alternativa ERRADA

A construção sobre pilotis, um dos cinco pontos da arquitetura modernista, proporcionou


ganhos ao conforto térmico, uma vez que a elevação da construção do solo permite maior
permeabilidade dos ventos, além do aumento da área de contato da envoltória da edificação
com o ar externo.

Comentários

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Correta. Os cinco pontos da arquitetura modernista são:


 Planta Livre: através de uma estrutura independente permite a livre locação das paredes, já
que estas não mais precisam exercer a função estrutural.
 Fachada Livre: resulta igualmente da independência da estrutura. Assim, a fachada pode ser
projetada sem impedimentos.
 Pilotis: sistema de pilares que elevam o prédio do chão, permitindo o trânsito por debaixo do
mesmo.
 Terraço Jardim: "recupera" o solo ocupado pelo prédio, "transferindo-o" para cima do prédio
na forma de um jardim.
 Janelas em fita: possibilitadas pela fachada livre, permitem uma relação desimpedida com a
paisagem.

Pilotis no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro

Como já vimos, a construção sobre pilotis, provoca um efeito aerodinâmico no vento chamado
“Efeito pilotis”.
Segundo Romero, os edifícios com pilotis são aconselháveis para áreas densamente construídas,
uma vez que, através das aberturas destes, os fluxos de ar atingem outros edifícios localizados
sotavento (Figura 61).
Os efeitos indesejáveis do efeito de pilotis (jatos de ventos) podem ser atenuados:
- Se os edifícios procuram uma orientação paralela ao vento dominante;
- Se a base do edifício é forrada com vegetação ou construção;
- Se se evitam os pilotis de forma contínua;
- Se se dividem os fluxos de ar à beira das construções, através do aumento da porosidade do
edifício.

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Devem, no entanto, ser tomados cuidados para que os procedimentos para a atenuação do efeito
de pilotis não venham reduzir sobremaneira a sua porosidade e impedir a passagem do vento.

Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró

Efeito das Aberturas sob as Edificações


A solução é aproveitar o efeito dos espaços abertos localizados sob o edifício para
melhorar a ventilação do entorno construído nos climas quente-úmidos. Já nos climas
compostos com estação fria, essa solução deve ser usada em combinação com a de
barreiras de proteção do vento frio do inverno, de forma a tornar utilizáveis os espaços
abertos, ou semiabertos, durante o ano todo.

Gabarito: alternativa CERTA

Atualmente, diversos softwares auxiliam no estabelecimento de um eficiente desempenho


bioclimático para os prédios. Contudo, em tempos anteriores, a carta solar apresentou-se
como instrumental eficiente, cuja função era determinar os horários do dia e do ano em que
o sol estaria presente em determinado sítio físico.

Comentários
A Carta Solar é um instrumento criado para representar a direção dos raios do Sol em relação a um
ponto na Terra durante todo o ano solar, de maneira a podermos transferir tais medidas para a
representação arquitetônica nos planos horizontal e vertical, visualizando assim a insolação em
planta e corte. O desenho da carta solar é feito a partir da observação quanto à posição do Sol na

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esfera celeste em relação a um observador na esfera terrestre, e utiliza o sistema equatorial de


coordenadas:
 nas horas do dia > longitude
 em cada dia do ano > declinação solar
 na posição do observador > latitude

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Notem que, conforme a localização da cidade vai se distanciando da linha do equador, ou seja, sua
latitude vai aumentando, a trajetória do sol vai ficando mais inclinada e, por consequência, vai
recebendo menos quantidade de radiação solar. Isso se dá porque quanto mais inclinado estiver o
sol, mais distante ele estará.

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Vou aproveitar e trazer a leitura da carta solar de Porto Alegre retirada da apostila de geometria
solar da UFRGS

Gabarito: alternativa CERTA

(CESPE – INPI – 2013)

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Considerando a figura acima, bem como aspectos relativos a conforto ambiental e


desempenho térmico, acústico e sonoro em edificações, julgue os itens subsecutivos.

Os efeitos de ventilação e convecção apresentados no esquema acima não teriam sua


intensidade alterada se as aberturas das duas fachadas cortadas fossem de tamanhos
diferentes entre si.

Comentários
Errada. Os efeitos de ventilação variam de intensidade conforme o tamanho das aberturas nas suas
respectivas fachadas.
Vamos ao Livro Energia na Edificação de Lúcia Mascaró

As correntes naturais de ar ajudam a obter ventilação por meio de aberturas


convenientemente orientadas na direção dos ventos locais. Umas na direção do vento
dominante, chamadas “bocas de entrada”, e outras, no lado oposto, denominadas “bocas
de saída”.
A ventilação natural depende de fatores fixos, como:
a. Forma e características construtivas do edifício;
b. Forma e posição dos edifícios e espaços abertos vizinhos;
c. Localização e orientação do edifício;
d. Posição, tamanho e tipo das aberturas.
E de fatores variáveis, como:
a. Direção, velocidade e frequência do vento;
b. Diferença de temperaturas interiores e exteriores.

Ventilação a nível do edifício (meio interno)


(...)
Outras observações ainda devem ser levadas em conta quanto à ventilação interna do
edifício, tais como:
 O sistema de ventilação deverá ter necessariamente uma abertura de entrada do ar e
uma de saída;
 As aberturas de entrada e saída do ar devem ser o mais desobstruídas possível,
permitindo a ventilação do local;
 A abertura de entrada de ar deverá estar alocada na zona de alta pressão (fachada
que sofre a incidência do vento), enquanto as de saída se situarão na zona de baixa
pressão (fachada protegida do vento);
 A orientação das aberturas deve ser a mais frontal possível ao vento, sendo que
quando as temperaturas, médias forem muito elevadas é recomendável posicionar o
edifício perpendicularmente ao vento;
 A ventilação mais adequada é aquela na qual o fluxo de ar penetra na habitação pelo
espaço de estar e dormitórios, saindo pela área de serviço;

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 Deve haver uma proporção de área aproximadamente igual para as aberturas de


entrada e saída de ar, quando houver variação dimensional entre a abertura de
entrada e saída, dever-se-á manter a relação adequada entre elas (ver gráfico 5.2 dos
anexos);
 Ao se dimensionar e alocar as aberturas para a ventilação, deve-se ter sempre
presentes os dados de iluminação, insolação e acústica, bem como suas tipologias.
 No uso de quebra-sóis para controle da radiação solar nas aberturas, deve haver um
cálculo para que a área de desobstrução dos mesmos venha ser compensada no
dimensionamento daqueles;
 Quando se usam telas protetoras contra insetos, as aberturas deverão ser
dimensionadas de tal maneira que as áreas das janelas sejam ampliadas segundo a
direção e a velocidade do vento incidente. A abertura será maior quanto menor for a
velocidade do vento e maior for o ângulo de incidência, sendo o aumento proporcional
ao valor do cosseno do ângulo de incidência;
 A velocidade do ar ao nível do usuário, ainda que usando a melhor tipologia de janela,
é de somente 30 a 40% da velocidade do vento livre;
 Para melhor controle de ventilação interior, a combinação de pequenas e grandes
aberturas em diferentes alturas é a mais interessante (ventilação higiênica e de
conforto);
 Do ponto de vista térmico, devem-se evitar aberturas nas paredes com orientação
crítica, mas caso haja ventos predominantes nesta direção (ou meias direções) é
aconselhável abrir com o objetivo de permitir a ventilação e excluir quaisquer ganhos
térmicos através de elementos corretamente projetados (fatores de sombra que
permitam a ventilação);
 Podem-se obter condições de ventilação satisfatórias com ângulos até 50º de um lado
e outro da perpendicular da direção do vento;
 Nos climas quentes e úmidos, nos quartos e outras peças com zona de ocupação bem-
definidas, é possível melhorar a distribuição do ar por meio das aberturas de entrada
de ar menores que as de saída.

Gabarito: alternativa ERRADA

O ruído de tráfego de veículos poderia ser sensivelmente atenuado por uma formação vegetal
de médio e grande porte em torno do edifício.

Comentários
Errada. A vegetação não possui, por si mesma, um efeito de barreira significativo.

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A atenuação provocada por uma faixa de cem metros de vegetação densa é de apenas
10dB(A), ou seja, 1 dB(A) para cada 10 metros de vegetação, o que pode ser considerado
insignificante (Fig. A18).
O uso de vegetação sobre taludes de terra, nas bordas das vias de tráfego, é eficiente,
mas são os taludes e não a vegetação, que se opõem à propagação do ruído.

Em contrapartida, a vegetação pode ter um efeito significativo na ambiência sonora dos


espaços ao ar livre pelos efeitos da absorção, difusão e do mascaramento.
Fonte: Apostila UFRJ – Conforto ambiental: o homem e suas necessidades acústicas

Vamos ao livro “Bê-á-bá da acústica arquitetônica – ouvindo a Arquitetura”, de Léa Cristina Souza,
Manuela de Almeida e Luís Bragança

Gabarito: alternativa ERRADA

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Os vidros duplos insuflados podem diminuir a percepção, em decibéis, das fontes emissoras
de ruído, como as de tráfego aéreo.

Comentários
Correta. Os vidros insulados têm propriedades termoacústicas.

DUPLO INSULADO LAMINADO


Este produto é fabricado com vidros
laminados tanto na parte interna
quanto externa do conjunto
insulado. É a configuração ideal para
aplicações onde se requer um
melhor desempenho acústico, como
regiões com grande tráfego aéreo e
rodoviário, além de atender aos
requisitos dos vidros de proteção.

Fonte: http://www.glassec.com.br/insulado

Figura 46. Isolamento de janelas. - Fonte: Santos e Santos, 2005.

No gráfico da figura 46 apresentam-se resultados do isolamento acústico R por


frequência, de janelas com vidro simples de 3mm, e com vidro duplo com câmara de ar
de 10, 20 e 30 mm com vedação eficiente.

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Verifica-se que o isolamento acústico melhora com o aumento da câmara de ar, para um
mesmo tipo de material.
Vidros duplos com câmaras de ar pequenas, entre 4 e 8 mm, têm pouco efeito no
isolamento acústico, são mais adequadas para isolamento térmico.
Fonte: Procel Edifica – Acústica Arquitetônica.

Vamos ao livro “Bê-á-bá da acústica arquitetônica – ouvindo a Arquitetura”, de Léa Cristina Souza,
Manuela de Almeida e Luís Bragança

Tabela 10 Valores típicos de índice de isolamento sonoro (Fonte: PATRÏCIO, 2003)

Gabarito: alternativa CERTA

A radiação recebida por determinado edifício será menor se diminuída a carga térmica na
envoltória. O dimensionamento correto das aberturas e a orientação solar adequada são
essenciais para atingir tal objetivo.

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Comentários
Com certeza! Segundo Frota e Schiffer, considerando que as diferenças climáticas da Terra são
basicamente advindas da energia solar, torna-se indispensável a posse de elementos para avaliar
qual a carga térmica que determinada edificação ou espaço ao ar livre receberá nas diversas horas
do dia e nas várias épocas do ano.
Essa análise das cargas térmicas, tanto as externas, quanto as internas, são essenciais para se definir
um projeto com bom desempenho térmico.

Vamos ao Livro Energia na Edificação de Lúcia Mascaró

Orientação em função da radiação solar


A orientação do edifício influi sensivelmente na quantidade de calor por ele recebida. Com
suas fachadas maiores orientadas favoravelmente, o edifício recebe, na latitude 30º S
(correspondente a Porto Alegre), 1,7 milhão de quilocalorias/dia, ao passo que, orientado
desfavoravelmente, a carga térmica recebida é da ordem de 4,2 milhões de
quilocalorias/dia. Ou seja, o aumento da carga térmica recebida por um edifício mal
orientado é de quase 150%.
Forma e orientação
Além da orientação, a forma do edifício também influi na carga térmica recebida por ele.
Assim, por exemplo, em Porto Alegre, um edifício de dez andares e 2.000 m2 de superfície
recebe menor carga térmica quando se apresenta alongado e com as fachadas principais
na orientação N-S. À medida que a forma se torna mais compacta, a carga térmica
recebida pelo edifício aumenta, sendo máxima quando a orientação das fachadas
principais é L-O e o edifício é, novamente, alongado.
A forma deve ser escolhida, então, em função da orientação disponível, de maneira a
minimizar a carga térmica recebida e, consequentemente, o consumo de energia
operante.

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(...)
Baseando no conhecimento do clima (meso e micro) e nos métodos de redução do
consumo de energia (localizar, orientar, plantar, proteger, abrir e fechar) pode-se esboçar
o projeto do edifício e estabelecer as características do entorno, da forma e minimizar as
perdas e os ganhos térmicos e, consequentemente, a energia consumida no uso do
edifício.

Gabarito: alternativa CERTA

Em relação à adaptação do trabalho ao homem, a ergonomia deve considerar aspectos


relativos a desempenho térmico, mesmo quando não estiver relacionada diretamente ao
desenho dos objetos.

Comentários
Creio que a ergonomia deve considerar aspectos relativos ao conforto térmico, e, não, ao
desempenho térmico, que seria o conforto térmico aliado à economia de energia.
A ergonomia se preocupa com o desempenho do sistema produtivo, focando no bem-estar do
trabalhador.
O "mesmo" no enunciado faz com que a questão esteja incorreta, pois, de qualquer forma, o
desempenho térmico não está relacionado ao desenho dos objetos. Creio que o correto seria dizer
que a ergonomia deve considerar aspectos relativos a conforto térmico, quando não estiver
relacionada diretamente ao desenho dos objetos.
Mas, o que significa o termo Ergonomia? No seu estudo etimológico, Ergo vem de trabalho e Nomos
significa lei ou regra. Fazendo ligação com sua função, seu conceito está relacionado a leis ou regras
que proporcionam o melhor desenvolvimento, conforto e satisfação no trabalho e,
consequentemente, a obtenção de melhor produtividade, com baixos índices de retrabalho e
doenças ocupacionais.
A Ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar a atividade nele existente, às
características, habilidades e limitações das pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente,
confortável e seguro (ABERGO, 2000).
Nos aspectos físico-ambientais do ruído, da temperatura, da umidade, da luminosidade e das cores
do ambiente dentro dos seus limites, a harmonia é de extrema importância para o bom
desenvolvimento do trabalho.
A Norma Regulamentadora NR-17 visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, incluindo os aspectos

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relacionados ao levantamento, ao transporte e à descarga de materiais, ao mobiliário, aos


equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.
As questões térmicas representam aspectos importantes, fatores como a temperatura, a velocidade
do ar e a umidade afetam o conforto.
De acordo com a Norma Regulamentadora NR-17, o índice de temperatura efetiva deve ser entre
20°C e 23° C, a velocidade do ar não superior a 0,75m/s, a umidade relativa do ar não inferior a 40%.
A sensação térmica varia consideravelmente em relação à pessoa e as suas roupas. A preferência
térmica depende da aclimatação da pessoa ao ambiente, por sequência da idade, sexo,
alimentação, metabolismo, conformação física, roupas e da própria atividade, que também pode
influenciar as preferências térmicas. Uma situação de conforto é alcançada quando 95% dos
ocupantes de um ambiente se manifestam satisfeitos.
O tipo de vestimenta importa nos parâmetros de conforto, pois as roupas são uma forma de ajuste
pessoal para o isolamento térmico. Quanto maior a quantidade de roupas, maior o isolamento em
torno do corpo e menores as perdas de calor. Os níveis de vestimenta são expressos em unidades
de resistência ao fluxo de calor. Usa-se o valor “clo”, onde 1 clo é o isolamento fornecido por uma
vestimenta em condições ambientais interiores no inverno (IIDA, 2005).
Para Vidal (2002, p. 28), trabalhar com ergonomia é desenvolver maneiras de dar conta dos
problemas que surgem na vida profissional. A forma de encaminhar soluções ou perspectivas para
uma ação ergonômica efetiva, o autor denomina de modalidades, e assim os campos de atuação
das ergonomias para ele podem ser:
1. Quanto ao objeto – Ergonomia de Produto e de Produção.
2. Quanto à perspectiva – Ergonomia de Intervenção e de Concepção.
Na realidade, o desempenho térmico não está relacionado ao desenho dos objetos e a ergonomia
não se restringe apenas aos móveis, computadores e posturas mais adequadas. O objetivo maior
desta ciência está em melhorar as condições específicas dos postos de trabalho em termos de
segurança, higiene e conforto para o indivíduo. É preciso adaptar o trabalho ao trabalhador e nunca
o contrário!
Moraes e Mont’Alvão (2000, p.14-15) trazem de forma muito didática e abrangente os enfoques de
atuação da ergonomia. São eles:
Interfaciais: configuração, morfologia, arranjo físico, dimensões, alcances de máquinas,
equipamentos, consoles, bancadas, painéis e mobiliários;
Instrumentais: configuração, conformação, arranjo físico e topologia, priorização, ordenação,
padronização, compatibilização e consistência, painéis de supervisão (sinópticos, mostradores)
e/ou comandos;
Informacionais: visibilidade, legibilidade, compreensibilidade e quantidade de informação,
priorização e ordenação, padronização, compatibilização e consistência, componentes signicos –
caracteres alfanuméricos e símbolos iconográficos-, sistemas de sinalização de segurança ou de
orientação, de painéis sinópticos, relas de monitores de vídeo e mostradores, de manuais
operacionais e apoios instrucionais;

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Acionais: configuração, conformação, apreensibilidade, dimensões, movimentação e resistência de


comandos manuais e pediosos;
Comunicacionais: articulação e padronização de mensagens verbais por alto-falantes, microfones e
telefonia; qualidade de equipamentos de comunicação oral;
Cognitivos: compreensibilidade, consistência de lógica de codificação e representação,
compatibilização de repertórios, significação das mensagens; processamento de informações,
coerência dos estímulos, das instruções e das ações e decisões envolvidas na tarefa,
compatibilidade entre a quantidade de informações, complexidade e/ou riscos envolvidos na tarefa;
qualificado, competência e proficiência do operador;
Movimentacionais: limites de peso para levantamento e transporte manual de cargas segundo a
distância horizontal da carga em relação à região lombar da coluna vertebral, o curso vertical do
levantamento ou abaixamento da carga, a conformação da carga e a frequência de manipulação da
carga;
Espaciais/Arquiteturais: aeração, insolação e iluminação do ambiente; isolamento acústico e
térmico; áreas de circulação e layout de instalações das estações de trabalho; ambiência gráfica,
cores do ambiente e dos elementos arquiteturais;
Físico-ambientais: toxidade, vapores e aerodispersóides; agentes biológicos (microorganismos:
bactérias, fungos e vírus), que respeitem padrões de assepsia, higiene e saúde;
Securitários: controle de riscos e acidentes, pela manutenção de máquinas e equipamentos, pela
utilização de dispositivos de proteção coletiva e, em último caso, pelo uso de equipamentos de
proteção individual adequados, pela supervisão constante da instalação dos dutos, alarmes e da
planta industrial geral;
Operacionais: programação da tarefa, interações formais e informais, ritmo, repetitividade,
autonomia, pausas, supervisão, precisão e tolerância das atividades da tarefa, controles de
qualidade, dimensionamento de equipes;
Organizacionais: parcelamento, isolamento, participação, gestão,
avaliação, jornada, horário, turnos e escala de trabalho, seleção e treinamento para o trabalho;
Instrucionais: programas de treinamento, procedimentos de execução da tarefa; reciclagens e
avaliações;
Urbanos: planejamento e projeto do espaço da cidade, sinalização urbana e transporte, terminais
rodoviários, ferroviários e metroviários; áreas de circulação e integração; áreas de repouso e de
lazer;
Psicossociais: conflitos entre indivíduos e grupos sociais; dificuldades de comunicações e interações
interpessoais; falta de opções de descontração e lazer.
Vamos à NR 17
NR 17 – ERGONOMIA

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17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.5. Condições ambientais de trabalho.
17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação
intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas
de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes
condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no
INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados);
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas
não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível
de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído
(NC) de valor não superior a 60 dB.
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de
trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis
na altura do tórax do trabalhador.
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial,
geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.
17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os
valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita
no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula
corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência.

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17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4,
este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.
Gabarito: alternativa ERRADA

(CESPE – TJ/RO – 2012)


Relativamente ao desempenho térmico, a taxa de radiação incidente sobre um corpo, por
unidade de área da superfície, é denominada
(A) coeficiente de sombreamento.
(B) difusividade térmica.
(C) capacidade térmica específica.
(D) irradiância.
(E) absortância à radiação solar.

Comentários
O termo IRRADIÂNCIA se refere à densidade de fluxo de radiação incidente sobre uma superfície
(W/m2; cal/cm2.min). Resposta: alternativa (D).
Vamos à NBR 15220-1 - Desempenho térmico de edificações
Parte 1: Definições, símbolos e unidades

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Gabarito: alternativa D

(FCC – TRT 3º Região – 2015)


O arquiteto João Filgueiras Lima, ao projetar o hospital da rede Sarah em Belo Horizonte,
lançou mão de um elemento repetitivo típico de cobertura de fábricas, cuja função principal é
o aproveitamento e distribuição da luz natural no interior dos ambientes sem incidência direta
do sol. Tal elemento é

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(A) claraboia.
(B) shed.
(C) brise.
(D) lanternim.
(E) light-shelf.

Comentários
SHEDS
O shed é muito utilizado em fábricas, especialmente quando não é possível obter luz lateral, ou está
deficiente pela excessiva largura do corpo do edifício.
Caracteriza-se por telhados em forma de dentes de serra (faces de pouca inclinação alternadas com
outras quase verticais). Essas últimas são envidraçadas.
Pede uma estruturação mais elaborada da cobertura. Pois, para proporcionar iluminação e
ventilação precisam ser guarnecidos com caixilhos ou com algo que possibilite essas funções,
impedindo a penetração de chuvas.

Resposta, alternativa (B).


Seu melhor desempenho é quando orientado a sul para latitudes compreendidas entre 24° e 32° S,
no caso do Brasil.

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Foto: http://www.sarah.br/a-rede-SARAH/nossas-unidades/unidade-belo-horizonte/

Vamos à dissertação de mestrado de Jorge Montero, “Ventilação e Iluminação Naturais, na obra


de João Filgueiras Lima, Lelé”

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Gabarito: alternativa B

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(FCC – TRT 3º Região – 2015)


Considere, abaixo, a figura que representa a implantação de dois edifícios de 30 m de altura
(com vedações e fechamentos tradicionais do piso ao teto) em uma quadra de 200 × 200 m.

A seta, que indica a direção dos ventos predominantes, demonstra claramente a presença de
um fenômeno conhecido como efeito
(A) de malha.
(B) barreira.
(C) Venturi.
(D) de esteira.
(E) Wise.

Comentários
Efeito Venturi! Alternativa (C).
Vamos ao Livro Energia na Edificação – Lúcia Mascaró

Efeito Venturi
O efeito Venturi é um fenômeno de funil formado por dois edifícios próximos cujos eixos
formam um ângulo agudo ou reto.
A zona crítica para o conforto (máxima aceleração) situa-se no estrangulamento ou
garganta Venturi. Para que o efeito Venturi exista, é preciso que a altura dos prédios seja
maior que 15 m (cinco andares), a soma do comprimento dos edifícios tenha pelo menos
200 m, e a parte superior e inferior da fachada maior, que forma o efeito Venturi, esteja
livre de qualquer construção numa superfície da mesma ordem de grandeza do funil.
Quando a largura da garganta de Venturi é de duas a três vezes sua altura média, se
produz a passagem do fluxo máximo de ar pelo funil.

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As formas curvas na configuração de Venturi aumentam o efeito do fenômeno. E se o


funil for comprido, produzir-se-á um túnel aerodinâmico.
A proposta é aproveitar o efeito Venturi para ventilar espaços urbanos cuja localização
ou conformação sejam desfavoráveis ao aproveitamento dos ventos locais, evitando a
formação do túnel aerodinâmico pelo desconforto que produz nas pessoas.

Gabarito: alternativa C

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(FCC – TRT 3º Região – 2015)


Considere a figura abaixo.

Na figura que mostra a máscara produzida por obstáculos externos (em planta e corte
esquemáticos) a uma determinada abertura (O) e a área de eficiência total de sombreamento,
correspondem a X, Y, Z os ângulos verticais:
(A) 𝛼 3, 𝛼 1, 𝛼 2.
(B) 𝛼 3, 𝛼 2, 𝛼 1.
(C) 𝛼 2, 𝛼 1, 𝛼 3.
(D) 𝛼 2, 𝛼 3, 𝛼 1.
(E) 𝛼 1, 𝛼 3, 𝛼 2.

Comentários
Vamos supor que não saibamos trabalhar com máscaras e estamos fazendo a prova. Primeiro passo,
não se assustar com a questão, depois, respirar fundo e interpretá-la. Muitas das vezes, as questões
que parecem mais difíceis, na realidade, podem ser resolvidas por um raciocínio lógico.
A questão nos pede para relacionarmos os ângulos 𝛼1, 𝛼2 e 𝛼3, com as curvas X, Y e Z, sendo que
nomeia os pontos dos vértices, na planta, no corte e na máscara.
Observando-se o corte, o ângulo 𝛼1 passa pelos vértices A e B, o 𝛼2, pelos vértices C e D, e o 𝛼3,
passa pelo ponto F.
Observando-se a máscara a curva X passa pelo ponto F, a Y, pelo pontos A e B, e a Z, pelos pontos C
e D.

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Logo, a curva X corresponde ao ângulo vertical 𝛼3, a curva Y, ao ângulo vertical 𝛼1 e a curva Z, ao
ângulo vertical 𝛼2.
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer

4.2.11 Máscaras produzidas por obstáculos externos às aberturas


Edificações localizadas externamente às aberturas também funcionarão como protetores
da radiação solar direta. O procedimento para determinar a máscara produzida por
obstáculos externos é idêntico ao desenvolvido no caso de dispositivos agregados às
superfícies verticais que contêm a abertura.
Se a distância entre a abertura e o obstáculo externo for relativamente grande, pode-se
considerar o observador fixo no centro da abertura.

Gabarito: alternativa A

(FGV – SUDENE/PE - 2013)


Nas regiões quente‐secas, a temperatura do terreno pode atingir 70°C ou mais, de modo que
nestas condições qualquer superfície, exposta a um intercâmbio de radiação, absorverá uma

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quantidade considerável de calor, que poderá criar desconforto térmico e aumentar o


consumo energético da edificação. Para solucionar estes efeitos na edificação deve‐se
(A) plantar vegetação.
(B) pintar com cores escuras.
(C) ventilar descontroladamente.
(D) evitar sombreamento.
(E) usar grandes superfícies envidraçadas.

Comentários
Pessoal, essa foi por eliminação!
(A) Radiação solar: nas escalas meso e microclimáticas a radiação solar pode ser interceptada
pelos elementos vegetais e topográficos do local. Em locais arborizados a vegetação pode
interceptar entre 60% e 90% da radiação solar, causando uma redução substancial da
temperatura do solo. Isto acontece porque o vegetal absorve parte da radiação solar para
seu metabolismo (fotossíntese). Além disso o movimento do ar entre as folhas retira
grande parte do calor absorvido do sol.

(B) Pintar as superfícies externas com cores escuras vai fazer com que as fachadas absorvam
mais calor e, por conseguinte, o transmita para o interior da edificação.
(C) Nas regiões quente-secas, não é aconselhável ventilar a edificação descontroladamente,
pois o ar vai carregar calor e poeira.
(D) Deve-se sombrear a edificação para que se diminua a radiação incidente.
(E) Não se deve usar grandes superfícies envidraçadas, o vidro transmite muito calor para
dentro da edificação. O ideal é usar materiais com grande inércia térmica. Já que esses
climas quente-secos se caracterizam por grandes amplitudes térmicas, esses materiais
fazem com que o calor chegue dentro da edificação só à noite, quando a temperatura
externa já teve uma queda brusca.

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Abaixo, trago a NBR 15220-3 com as diretrizes construtivas de Brasília, a qual tem um clima quente-
seco.
Vamos à NBR 15220-3 - Desempenho térmico de edificações
Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares
de interesse social

Gabarito: alternativa A

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(FCC – TRF 2ª Região – 2012)


A satisfação psicofisiológica de um indivíduo com as condições térmicas do ambiente é
denominada tecnicamente de
(A) neutralidade térmica.
(B) equilíbrio térmico.
(C) ponto de equilíbrio.
(D) conforto ambiental.
(E) conforto térmico.

Comentários
Essa é a definição dada pela NBR 15220 para conforto térmico.
Segundo Lamberts, conforto térmico é uma sensação humana fortemente relacionada à
subjetividade, e depende, principalmente, de fatores físicos, fisiológicos e psicológicos. Os fatores
físicos são aqueles que determinam as trocas de calor do corpo com o meio; já os fatores fisiológicos
referem-se às alterações na resposta fisiológica do organismo, resultantes da exposição contínua a
determinada condição térmica (aclimatação humana); e finalmente, os fatores psicológicos, que são
os que se relacionam às diferenças na percepção e na resposta aos estímulos sensoriais, frutos da
experiência passada e da expectativa do indivíduo.
Segundo a ASHRAE Standard 55 conforto térmico é definido como “O estado de espirito que
expressa satisfação com o ambiente térmico”.
Vamos à NBR 15220-1 - Desempenho térmico de edificações
Parte 1: Definições, símbolos e unidades

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Gabarito: alternativa E

(FCC – TRF 2ª Região – 2012)


A ventilação do ático de uma edificação é desejável e recomendável, pois aumenta a
resistência térmica da câmara de ar e, consequentemente, reduz a transmitância térmica e os
ganhos de calor em regiões de clima
(A) frio.
(B) quente.
(C) temperado.
(D) temperado de altitude.
(E) frio setentrional.

Comentários

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Se a própria questão nos diz que a ventilação do ático reduz os ganhos de calor, podemos deduzir
que são desejáveis em climas quentes. A alternativa (B) é a correta.
Vamos à NBR 15220-2 Desempenho térmico de edificações
Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade
térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações:

Nota: No caso de coberturas, a câmara de ar existente entre o telhado e o forro pode ser
chamada de ático.
5.3.4 Considerações quanto à ventilação de áticos
A ventilação do ático em regiões quentes é desejável e recomendável. Isto aumenta a
resistência térmica da câmara de ar e, consequentemente, reduz a transmitância térmica
e os ganhos de calor.
Porém, alerta-se que em regiões com estação fria (inverno) a ventilação do ático provoca
perdas de calor pela cobertura, o que não é desejável.

Gabarito: alternativa B

(FCC – TRF 2ª Região – 2012)


Analise, abaixo, a planta do pavimento superior da residência José Calil Skaf (1958-61),
projetada pelo arquiteto David Libeskind:

1. Dormitório
Considerando-se a adequada disposição dos quartos quanto à insolação, a orientação solar
Norte a ser incluída na planta é:

(A)

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(B)

(C)

(D)

(E)

Comentários
Sem saber a localização da casa, fica difícil, não é? Achei essa questão mal elaborada... mas, vamos
lá! Estamos aqui para tirar proveito de tudo, erros, acertos, potencializar nosso lado interpretativo,
etc.
Em primeiro lugar, gostaria de relatar as conclusões do estudo de Olgyay que aborda o impacto do
clima sobre a forma das plantas:
1. O edifício (ou casa) quadrado não é a forma ideal em nenhum lugar.
2. Todas as formas alongadas no eixo norte-sul são menos eficientes do que a forma quadrada.
3. A forma mais eficiente em todos os casos foi a alongada no eixo leste-oeste.
Olgyay estudou 4 cidades, cada uma representando um tipo de clima diferente, frio, temperado,
quente-seco e quente-úmido.
A forma ideal foi definida como aquela que tem o menor ganho de calor no verão e a menor perda
de calor no inverno. Portanto, a forma das casas deve variar com a região e efeitos das forças
térmicas.

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Podemos observar, na implantação das casas, que o eixo norte-sul “corta” as mesmas
transversalmente.
Para essa questão, esse estudo não adiantou muito, pois não temos nenhuma hipótese na qual a
casa citada ficasse alongada na direção do eixo norte-sul, para que a eliminássemos, mas achei
interessante trazer para vocês.
Também achei bastante interessante esses exemplos de edifícios, abaixo, que Olgyay correlacionou
com diferentes regiões climáticas. Principalmente, por estar o Pedregulho, localizado no Rio de
Janeiro e projetado por Affonso Reidy e muito cobrado em concursos.

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Bom, levando-se em conta a insolação da piscina e que os quartos têm varanda, eu até marcaria a
(D)...

, mas, sabendo-se a localização, fica mais fácil!


A residência José Kalil Skaf localiza-se em São Paulo.
Vamos analisar a carta solar para a latitude 24º S, aproximadamente, a latitude de São Paulo (23 ½
º) retirada do Manual de Conforto Térmico. Segundo Frota e Schiffer, a diferença por volta de até
3º, não resulta em desvios significativos.

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O exemplo trazido no manual é, justamente, a resposta da questão! Horários de insolação para a


fachada Nordeste!

4.1.19 Horários de insolação


A informação mais imediata que se pode extrair das cartas solares é a relativa ao horário
de insolação sobre superfícies horizontais e verticais, segundo a orientação determinada.
Toma-se como referência a carta solar para latitude 24°S, apresentada na Figura 33.
Tendo-se uma superfície vertical orientada, por exemplo, a NE, marcam-se na carta solar
as linhas que definem a fachada e a sua normal, a qual apontará para NE.
A área hachurada na carta solar corresponde à projeção da região da abóbada celeste
que se situa atrás da superfície NE em questão. Isto significa que o Sol não atingirá esta
superfície quando estiver nessa região da abóbada celeste.

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Através de leitura direta na carta solar representada na Figura 34, vê-se que a superfície
voltada para NE, se estiver livre de obstáculos externos, receberá radiação direta do Sol,
por exemplo, no dia 22 de dezembro desde o nascer do sol até o meio-dia e em 3 de abril
até aproximadamente 13 horas e 45 minutos.
O procedimento é o mesmo para se determinar o horário de insolação para superfícies
verticais com orientação distinta daquela acima considerada. Deve-se apenas cuidar em
marcar corretamente a normal à superfície, que deve apontar para a sua orientação
particular.

Realmente, é a melhor orientação! A fachada Sul, nesse caso, não teria insolação nos meses mais
frios, sendo importante em São Paulo.
São Paulo está na Zona Bioclimática 3 e vamos ver abaixo, quais são as diretrizes construtivas de
acordo com a NBR 15220-3. Reparem que a norma pede para permitir sol durante o inverno.
Reparem também, que a insolação nos meses de dezembro e janeiro para a fachada Sul,
praticamente, é a mesma que para a fachada Nordeste. Viram como é importante a Carta Solar?
Vamos à NBR 15220-3 - Desempenho térmico de edificações

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Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares


de interesse social.

Gabarito: alternativa D

(FCC – MP-Maranhão – 2013)

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As aberturas para ventilação devem ser dimensionadas e posicionadas de modo a


proporcionar um fluxo de ar adequado ao recinto. Sobre a ação dos ventos, em um edifício em
meio urbano, é correto afirmar que
(A) internamente máquinas, equipamentos e a exposição à radiação solar irão elevar as
temperaturas, tornando-as equivalentes ao ambiente externo, mantendo as pressões
constantes.
(B) a diferença de pressões exercidas pelo ar sobre um edifício pode ser causada pela forma
do próprio edifício e pelas edificações do entorno, que criam diferenças nas pressões externas
pelo calor produzido dentro dos edifícios.
(C) a ventilação natural do edifício pode ser proporcionada também pelo chamado efeito
chaminé, que utiliza o ar da parte superior das coberturas dos edifícios, onde as pressões são
constantes.
(D) o efeito da ação dos ventos é regulado, principalmente, pela organização interna dos
ambientes, considerando-se máquinas e equipamentos produtores de calor e o calor
produzido pela presença humana.
(E) o fluxo de ar que entra ou sai do edifício depende da pressão entre os ambientes e da
resistência oferecida pelas aberturas, barreiras físicas internas e externas e demais
implicações relativas à incidência do vento.

Comentários
(A) A ocupação dos edifícios por pessoas, máquinas e equipamentos e a exposição à radiação
solar vão ocasionar, nos ambientes internos, temperaturas superiores às do ar externo.
(B) A diferença de pressões exercidas pelo ar sobre um edifício pode ser causada pelo vento
ou pela diferença de densidade do ar interno e externo, ou por ambas as forças agindo
simultaneamente.
(C) O efeito da diferença de densidade provoca o chamado efeito chaminé. Assim, a
ventilação natural de edifícios se faz através desses dois mecanismos:
 ventilação por ação dos ventos;
 ventilação por efeito chaminé.
(D) A ventilação natural é o deslocamento do ar através do edifício, através de aberturas,
umas funcionando como entrada e outras, como saída. Assim, as aberturas para
ventilação deverão estar dimensionadas e posicionadas de modo a proporcionar um fluxo
de ar adequado ao recinto.
(E) Correta.
Vamos ao Manual de Conforto Térmico de Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer

A ventilação proporciona a renovação do ar do ambiente, sendo de grande importância


para a higiene em geral e para o conforto térmico de verão em regiões de clima
temperado e de clima quente e úmido.

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A renovação do ar dos ambientes proporciona a dissipação de calor e a desconcentração


de vapores, fumaça, poeiras, de poluentes, enfim. A ventilação pode também ser feita
por meios mecânicos, porém sendo aqui abordada apenas a ventilação natural como um
dos meios de controle térmico do ambiente.
A ventilação natural é o deslocamento do ar através do edifício, através de aberturas,
umas funcionando como entrada e outras, como saída. Assim, as aberturas para
ventilação deverão estar dimensionadas e posicionadas de modo a proporcionar um fluxo
de ar adequado ao recinto. O fluxo de ar que entra ou sai do edifício depende da
diferença de pressão do ar entre os ambientes internos e externos, da resistência ao
fluxo de ar oferecida pelas aberturas, pelas obstruções internas e de uma série de
implicações relativas à incidência do vento e forma do edifício.
A diferença de pressões exercidas pelo ar sobre um edifício pode ser causada pelo vento
ou pela diferença de densidade do ar interno e externo, ou por ambas as forças agindo
simultaneamente. A força dos ventos promove a movimentação do ar através do
ambiente, produzindo a ventilação denominada ação dos ventos. O efeito da diferença
de densidade provoca o chamado efeito chaminé. Assim, a ventilação natural de edifícios
se faz através desses dois mecanismos:
 ventilação por ação dos ventos;
 ventilação por efeito chaminé.
Quando a ventilação natural de um edifício é criteriosamente estudada, verifica-se a
conjugação dos dois processos. No entanto, a simultaneidade dos processos pode resultar
na soma das forças, ou pode agir em contraposição e prejudicar a ventilação dos
ambientes. A identificação de ocorrência de uma ou de outra situação depende da análise
de cada caso, especificamente.
A ocupação dos edifícios por pessoas, máquinas e equipamentos e a exposição à radiação
solar vão ocasionar, nos ambientes internos, temperaturas superiores às do ar externo.
Esse acréscimo de temperatura, no caso de inverno nos climas quentes ou no caso geral
de climas frios, pode ser um fator positivo, porém, na época de verão dos climas
temperados ou durante todo o ano em climas quentes certamente será um fator
negativo, agravante das condições térmicas ambientais.

Gabarito: alternativa E

(FGV – DOCAS-SP – 2010)


Entre as estratégias sistemáticas que podem ser adotadas para a melhoria do conforto
ambiental das construções, considere as afirmativas abaixo:
I. A direção dos ventos dominantes, por exemplo, tem influência na ventilação interna das
edificações, que por sua vez é influenciada pela posição e tipo das janelas.
II. O tipo, cor e textura dos acabamentos externos também têm influência na absorção,
irradiação e transmissão de calor.

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III. Pelo estudo da insolação, pode-se definir a boa orientação de uma construção e seus
ambientes, controlando a incidência dos raios solares através de beirais, varandas, brises-soleil
e toldos, entre outros recursos.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se somente a afirmativa II estiver correta.

Comentários
Todas corretas!
I. Olgyay. Observem a variação da ventilação interna em função da posição e tipo das janelas:

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II. NBR 15220-2 - Desempenho térmico de edificações - Parte 2: Métodos de cálculo da


transmitância térmica, da capacidade térmica do atraso térmico e do fator solar de
elementos e componentes de edificações.

Frota:

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III. Lamberts:

Segundo Frota e Schiffer, o sol, importante fonte de calor, incide sobre o edifício representando
sempre um certo ganho de calor, que será função da intensidade da radiação incidente e das
características térmicas dos paramentos do edifício. Logo, a proteção com elementos externos, tais
como brise-soleil e vegetação, são muito importantes evitando a incidência da radiação direta.

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Vamos ao Livro Energia na Edificação de Lúcia Mascaró

Ventilação Natural e consumo de Energia


As correntes naturais de ar ajudam a obter ventilação por meio de aberturas
convenientemente orientadas na direção dos ventos locais. Umas na direção do vento
dominante, chamadas “bocas de entrada”, e outras, no lado oposto, denominadas “bocas
de saída”.
A ventilação natural depende de fatores fixos, como:
a. Forma e características construtivas do edifício;
b. Forma e posição dos edifícios e espaços abertos vizinhos;
c. Localização e orientação do edifício;
d. Posição, tamanho e tipo das aberturas.
E de fatores variáveis, como:
a. Direção, velocidade e frequência do vento;
b. Diferença de temperaturas interiores e exteriores.

Princípios dirigidos a reduzir o ganho térmico e a aumentar as perdas de calor por


radiação do usuário
Exemplo
Para dar uma ideia do efeito do uso da cor, citam-se valores obtidos em cálculos
realizados para Porto Alegre. Em edifícios climatizados naturalmente, as superfícies
pintadas de branco, especialmente as do exterior da cobertura, reduzem a quantidade de
calor que entra no local em um terço.
Orientação em função da radiação solar

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A orientação do edifício influi sensivelmente na quantidade de calor por ele recebida. Com
suas fachadas maiores orientadas favoravelmente, o edifício recebe, na latitude 30º S
(correspondente a Porto Alegre), 1,7 milhão de quilocalorias/dia, ao passo que, orientado
desfavoravelmente, a carga térmica recebida é da ordem de 4,2 milhões de
quilocalorias/dia. Ou seja, o aumento da carga térmica recebida por um edifício mal
orientado é de quase 150%.
O Edifício
Os quatro fatores dinâmicos do clima também afetam o desempenho térmico do edifício.
As taxas de ganho ou perda de calor do edifício dependem de um conjunto de fatores,
tais como:
 Diferença entre a temperatura interior e exterior. O ganho (ou perda) de calor radiante
também está vinculado às características do material e da cor das superfícies que
constituem o envolvente do edifício;
 Localização, orientação (ao sol e aos ventos), forma e altura do edifício;
 Características do entorno natural e construído (sítio);
 Ação da radiação solar e térmica e, consequentemente, das características isolantes
térmicas do envolvente do edifício;
 Ação do vento sobre as superfícies interiores e fachadas e nos locais do edifício;
 Desenho e proteção das aberturas para iluminação e ventilação, assim como sua
adequada proteção;
 Localização estratégica dos equipamentos de climatização artificial, tanto dentro,
como fora do edifício, assim como dos principais aparelhos eletrodomésticos.

Gabarito: alternativa C

(FGV – SUSAM/AM - 2014)


A luz refletida pelo entorno do edifício ou por outras superfícies exteriores representam dados
fundamentais para o projeto de iluminação natural. A este respeito, assinale V para a
afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Diferentemente das outras fontes de luz, não é preciso que a luminância da luz refletida
pelo entorno seja controlada.
( ) A luz refletida pelo entorno em regiões ensolaradas representa, no mínimo, 10 a 15% do
total da luz diurna recebida pelas janelas.
( ) Para locais cujas superfícies exteriores não estão dispostas ao Sol, a luz refletida pelo
entorno chega a ser maior que 50% da luz recebida pelas janelas localizadas em superfícies
sombreadas.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) F, V e F.
(B) F, V e V.

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(C) V, F e F.
(D) V, V e F.
(E) F, F e V.

Comentários
A primeira afirmativa está errada, pois é necessário o controle da luminância da luz refletiva pelo
entorno.
Vamos ao livro “Energia na Edificação”:
(Mascaró, 1985)

Gabarito: alternativa B

(CESPE – ECT –2011)

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Considerando os gráficos acima, que representam a incidência da luz solar sobre as três
cidades indicadas, julgue os itens seguintes, a respeito de conforto térmico.

A ventilação de um ambiente por meio de shed ocorre por sucção. Assim, no hemisfério Sul,
quando o vento dominante vem do leste, a abertura do shed deverá estar virada para oeste,
podendo expor esse ambiente ao sol poente.

Comentários
A princípio, pensei estar errada essa afirmativa, tendo em vista que a ventilação por shed ocorre
pela diferença de densidade do ar, o ar quente, menos denso, sobe e sai pela abertura superior,
sendo esse efeito conhecido como efeito chaminé. Esse fenômeno ocorre, independentemente, da
ação dos ventos, podendo ou não, ser conjugado com esse tipo de ventilação. Além disso, a abertura
do shed para oeste causa mais ganho térmico, pela radiação solar direta, à edificação.
Acontece que a questão nos diz que o vento dominante vem do leste. Se as aberturas são localizadas
no lado da cobertura voltado para os ventos ou em área de turbulência o efeito chaminé pode ser
revertido, onde as saídas de ar passam a agir como entradas de ar de pouca eficiência. A geometria
da abertura de saída deve oferecer uma resistência mínima ao fluxo de ar ascendente, para permitir

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que o ar flua livremente para fora do edifício e o desempenho da saída de ar pode ser melhorado
se posicionado em uma zona de sucção.
A tendência natural do vento é entrar pela zona de alta pressão e sair pela de baixa pressão por
sucção.
Segue trecho de um trabalho de graduação:
“..., quando se deseja extrair o ar interno por meio de aberturas no forro/cobertura, estes elementos
são posicionados contra o sentido predominante do vento, ou são vazados em todas as suas
orientações - aproveitando a diferença de pressão entre o ar interno e a cobertura. Gandemer e
Barnaud (1989) realizaram um estudo em túnel de vento quantificando os efeitos da utilização de
aberturas (shed) para captação e para exaustão do ar. Com a função de permitir a entrada de ar, e
em ambientes com ventilação cruzada, o shed proporcionou aumento de 15% na velocidade interna
do vento. Para a exaustão do ar, foi constatado um aumento aproximado de 40% em sua velocidade
(Figura 1. 29).

http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/22747/1/2016_GustavodeLunaSales.pdf

Vamos a um trecho do Manual de Conforto Térmico de Frota e Schiffer:

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A ventilação natural é o deslocamento do ar através do edifício, através de aberturas,


umas funcionando como entrada e outras, como saída. Assim, as aberturas para
ventilação deverão estar dimensionadas e posicionadas de modo a proporcionar um fluxo
de ar adequado ao recinto. O fluxo de ar que entra ou sai do edifício depende da diferença
de pressão do ar entre os ambientes internos e externos, da resistência ao fluxo de ar
oferecida pelas aberturas, pelas obstruções internas e de uma série de implicações
relativas à incidência do vento e forma do edifício.
A diferença de pressões exercidas pelo ar sobre um edifício pode ser causada pelo vento
ou pela diferença de densidade do ar interno e externo, ou por ambas as forças agindo
simultaneamente. A força dos ventos promove a movimentação do ar através do
ambiente, produzindo a ventilação denominada ação dos ventos. O efeito da diferença
de densidade provoca o chamado efeito chaminé. Assim, a ventilação natural de edifícios
se faz através desses dois mecanismos:
• ventilação por ação dos ventos;
• ventilação por efeito chaminé.
Quando a ventilação natural de um edifício é criteriosamente estudada, verifica-se a
conjugação dos dois processos. No entanto, a simultaneidade dos processos pode resultar
na soma das forças, ou pode agir em contraposição e prejudicar a ventilação dos
ambientes. A identificação de ocorrência de uma ou de outra situação depende da análise
de cada caso, especificamente.
A ocupação dos edifícios por pessoas, máquinas e equipamentos e a exposição à radiação
solar vão ocasionar, nos ambientes internos, temperaturas superiores às do ar externo.
Esse acréscimo de temperatura, no caso de inverno nos climas quentes ou no caso geral
de climas frios, pode ser um fator positivo, porém, na época de verão dos climas
temperados ou durante todo o ano em climas quentes certamente será um fator
negativo, agravante das condições térmicas ambientais.

Gabarito: alternativa CERTA

Tanto a fachada sul, em janeiro, quanto a fachada norte, em julho, da cidade de Belém,
localizada próxima à linha do Equador, recebem a mesma insolação, o que se denomina
equinócio, caracterizado como a inexistência de verão ou de inverno definidos.

Comentários
“Tanto a fachada sul, em janeiro, quanto a fachada norte, em julho, da cidade de Belém, localizada
próxima à linha do Equador, recebem a mesma insolação”, até aí, OK. Porém, a isso não se
denomina equinócio.

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Equinócio é a denominação que se dá àquelas datas do ano onde o dia tem a mesma duração que
a noite. Ocorre 3 meses após cada um dos solstícios (extremos de maior e de menor trajetória solar).

(Lamberts & al., 2012)

Gabarito: alternativa ERRADA

No verão em Brasília, a fachada sul recebe insolação pela manhã e à tarde; em Miami, a
insolação no verão atinge a fachada sul durante todo o dia.

Comentários

Pegadinha, pessoal!
O inverno em Miami se dá nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, e, o verão, nos meses de
junho, julho e agosto.
Dá para perceber que, na carta solar apresentada, de Miami, a trajetória maior do sol está acima,
em junho, e a menor trajetória solar está abaixo, em dezembro.
Dito isso, podemos perceber que a fachada sul não é banhada pelo sol, durante o verão, durante
todo o dia, sendo banhada pelo sol somente entre 12:00 h e 15:00 h.
Já no verão em Brasília, a fachada sul recebe insolação durante todo o dia.

Gabarito: alternativa ERRADA

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(CESPE – TL-AL –2012)


Os fenômenos físicos da transferência de calor que orientam os princípios do desenho térmico
são: condução, convecção, radiação e evaporação. A respeito dos aspectos relacionados ao
conforto térmico, assinale a opção correta.
(A) Os estudos de sombreamento (diagramas de sombra) ajudam a controlar com maior
eficácia a radiação difusa. Para controlar a radiação direta, seria necessária a desumidificação
do ar.
(B) Condução é o processo pelo qual o calor se propaga no interior de um material pela
agitação molecular, ou entre dois corpos, pela interação molecular entre suas superfícies.
(C) Quando o ar entra em contato com uma superfície mais quente, ele se aquece, se eleva e
é substituído por ar mais frio, gerando um movimento denominado condução natural.
(D) A transmissão de calor por evaporação está diretamente ligada às propriedades
superficiais dos materiais, como absorção e reflexão.
(E) A ventilação é o fator preponderante para a existência do fenômeno de radiação.

Comentários
Vamos analisar as alternativas?
(A) Incorreta. Os estudos de sombreamento (diagramas de sombra) ajudam a controlar com
maior eficácia a radiação direta, não é pessoal? Para essa, temos dados de altura e ângulo
solar.

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Quanto mais úmido o ar, mais teremos radiação difusa.

http://www.labeee.ufsc.br/antigo/pos-graduacao/ecv_4247/arquivos/02_Clima_Homem_Arquitetura.pdf

(B) Correta.

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(C) Incorreta. Quando o ar entra em contato com uma superfície mais quente, ele se aquece, se
eleva e é substituído por ar mais frio, gerando um movimento denominado convecção
natural.
(D) Incorreta. A transmissão de calor por radiação está diretamente ligada às propriedades
superficiais dos materiais, como absorção e reflexão.
(E) Incorreta. A ventilação é o fator preponderante para a existência do fenômeno de
evaporação.

Gabarito: alternativa B

Abraço,
Profa. Moema Machado

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2 – LISTA DE QUESTÕES
(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)
A incidência solar sobre as edificações traz certo ganho de calor que se dá em “função da
intensidade da radiação incidente e das características térmicas dos paramentos do edifício”
(Frota e Schiffer, 2001, p. 41). Elementos de proteção solar, a exemplo do quebra-sol (“brise-
soleil”), são dispositivos importantes ao controle da insolação no “projeto do ambiente
térmico”. A respeito das características dos elementos de proteção solar na edificação,
assinale a alternativa correta.
A) No caso de sombreamento de cobertura a ventilação entre a cobertura e a placa de
proteção pode produzir melhores efeitos.
B) A continuidade da proteção horizontal maximiza a ventilação da camada de ar próxima à
parede, melhorando a eficiência da proteção.
C) O quebra-sol pode ser utilizado apenas para a proteção de paredes opacas, não tendo
eficiência em paredes transparentes ou translúcidas.
D) O beiral deve ser analisado sob o ponto de vista de fatores como absorção, isolação e
emissividade, de modo que sua eficiência geométrica tenha menor importância.

(Consulplan – TRF 2ª Região - 2017)


A respeito das “variáveis climáticas que caracterizam uma região”, Frota e Schiffer (2001, p.
53) explicam que “a oscilação diária e anual da temperatura e umidade relativa, a quantidade
de radiação solar incidente, o grau de nebulosidade do céu, a predominância de época e o
sentido dos ventos e índices pluviométricos” são algumas das “que mais interferem no
desempenho térmico dos espaços construídos”. Considerando o conhecimento sobre estas
variáveis climáticas, assinale a afirmativa correta.
A) A umidade relativa varia de maneira diretamente proporcional à temperatura do ar,
aumentando conforme ocorra o aumento desta.
B) A longitude de uma região, associada à época do ano, vai determinar o ângulo de incidência
dos raios de sol com relação ao plano do horizonte do lugar.
C) Quando o ar contendo uma certa quantidade de água é esfriado, sua capacidade de reter
água é ampliada, diminuindo a umidade relativa até se tornar saturado.
D) Um solo pouco úmido se esquenta mais depressa durante o dia, mas à noite devolverá o
calor armazenado rapidamente, provocando uma grande amplitude térmica diária.

(Consulplan – P.M. Sabará - 2017)


“O desempenho térmico depende de diversas características da ______________ da obra
(topografia, temperatura e umidade do ar, direção e velocidade do vento etc.) e da edificação

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(materiais constituintes, número de pavimentos, dimensões dos cômodos, pé direito,


orientação das fachadas etc.). A sensação de conforto térmico depende muito das condições
de ventilação dos ambientes, com grande influência do posicionamento e dimensões das
aberturas de janelas, o que é considerado pela NBR nº 15.575. O nível de satisfação ou
insatisfação depende, ademais, do tipo de atividades no interior do imóvel, quantidade de
mobília, tipo de vestimentas, número de ocupantes, ___________, ___________ e condições
fisiológicas e psicológicas dos usuários. Dessa forma, quando se trata de conforto térmico está
se referindo sempre a uma condição _______________, que atende à maior parte das pessoas
expostas a uma determinada condição.” Assinale a alternativa que completa correta e
sequencialmente a afirmativa anterior.
A) espécie / idade / peso / normal
B) condição / altura / sexo / máxima
C) localização / idade / sexo / média
D) especificação / altura / peso / mínima

(FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


As fasquias entrecruzadas de influência muçulmana, denominadas rótulas, gelosias e
muxarabis, foram muito empregadas na arquitetura colonial do Brasil como esquadrias.
Assinale a opção que indica uma das vantagens de seu emprego.
(A) Impenetrabilidade sonora.
(B) Ventilação intermitente.
(C) Iluminação indisciplinada.
(D) Completa permeabilidade visual.
(E) Controle de luminosidade.

(FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


Uma das estratégias de projeto de Arquitetura Bioclimática, para controlar os ganhos de calor,
é a de
(A) maximizar a energia solar que entra pelas aberturas.
(B) minimizar a energia solar absorvida pelas paredes externas.
(C) facilitar a chegada de sol às superfícies do envelope do edifício.
(D) colocar isolantes térmicos nas paredes internas.
(E) pintar as paredes e tetos com cores escuras e neutras.

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(FGV – ALERJ – 2016)


Ao definir a implantação dos blocos de um agrupamento de edifícios, o arquiteto optou por
localizá-los, intercaladamente, em direção ao vento dominante.
Sua decisão foi:
(A) correta, porque pode-se obter maior densidade na ocupação do terreno, sem prejudicar a
ventilação do conjunto de edifícios;
(B) incorreta, porque os edifícios recebem o vento apenas com 50% da velocidade que os
atingiria caso não estivessem intercalados;
(C) correta, desde que atenda à exigência de se manter entre os blocos edilícios uma distância
igual à altura deles, para não aumentar o consumo energético;
(D) incorreta, porque implica pouca densidade de ocupação do terreno, expondo os blocos
edilícios à desfavorável ação intensa dos elementos climáticos;
(E) correta, porque a zona de sucção / redemoinhos diminui, podendo reduzir a distância entre
os blocos edilícios e elevar a eficiência da ventilação.

(CONSULPLAN – P.M.N. Patos de Minas – 2015)


Sob a ótica do conforto térmico, os movimentos de ar aceleram as trocas de calor das pessoas
com o ambiente por convecção e por evaporação. Sua consideração em climas de tensão
térmica positiva é fundamental para obtenção das condições de conforto. É também elemento
de controle térmico dos ambientes e de salubridade. (Mascaró, 1985.) salienta que é
“indispensável conhecer e aplicar técnicas de projeto e cálculo de ventilação natural dos
edifícios; com a dupla finalidade de oferecer conforto ao usuário e otimizar o uso da energia
na edificação”.
Os fatores que condicionam a ventilação são:
I. Forma e características da edificação e do entorno (topografia natural e edificada).
II. Localização e orientação do edifício.
III. Posição e tamanho das aberturas.
IV. Direção, velocidade e frequência dos ventos.
V. Diferença de temperaturas interiores e exteriores.
Estão corretas as alternativas
(A) I, II, III, IV e V
(B) I, II e III, apenas.
(C) II, III e IV, apenas.
(D) I, II, III e IV, apenas.

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(CONSULPLAN – P.M.N. Natividade – 2014)


Entre alguns exemplos de influência térmica dos elementos da arquitetura destacam‐se os
seguintes fatores:
I. As características dos materiais das fachadas externas (expostas às condições climáticas) e
as cores utilizadas nas fachadas.
II. A orientação solar, a forma e a altura da edificação mais as características do entorno da
mesma.
III. A orientação e o tamanho das vedações transparentes mais a orientação em relação à
ventilação e à localização dos condicionadores de ar.
IV. O desempenho das aberturas, quanto às possibilidades de iluminação natural, bem como
suas devidas proteções à insolação inadequada.
Estão corretas as afirmativas
A) I, II, III e IV.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e IV, apenas.

(CONSULPLAN – COMPANHIA BRASILERIA DE TRENS URBANOS – CBTU – 2014)


Os procedimentos propostos quanto à elaboração de projetos arquitetônicos adequados aos
diversos climas podem ser sumarizados em forma de itens de verificação, segundo os
principais fatores envolvidos neste processo. Analise-os.
I. Dados climáticos relativos ao mês em estudo.
II. Adoção do partido arquitetônico em função das características climáticas.
III. Determinação dos materiais adequados.
IV. Avaliação da temperatura interna máxima resultante.
Estão corretas as afirmativas
A) I, II, III e IV.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) III e IV, apenas.

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(CONSULPLAN – P.M. Cantagalo – 2013)


Adequando a arquitetura a um determinado clima local é possível construir espaços que
possibilitem ao homem condições de conforto. Dentre as variáveis climáticas que caracterizam
uma região, as que mais interferem no desempenho térmico dos espaços construídos são:
I. oscilação diária e anual da temperatura e umidade relativa;
II. quantidade de radiação solar incidente;
III. grau de nebulosidade do céu;
IV. sentido dos ventos e índices pluviométricos.
Estão corretas as alternativas
(F) I, II, III e IV.
(G) I e III, apenas.
(H) I, II e III, apenas.
(I) I, II e IV, apenas.
(J) II, III e IV, apenas.

(CONSULPLAN – P.M. Uberlândia – 2012)


Nos dias atuais, diversas áreas da sociedade têm se mostrado preocupadas com as condições
do planeta e muito tem se estudado na tentativa de melhorar as condições de habitabilidade
das construções e as variáveis que precisam ser melhor pesquisadas. A combinação de
elementos geradores de calor individuais e ambientais constituem a
A) radiação solar incidente.
B) existência de um coeficiente de altas temperaturas.
C) probabilidade de calor excessivo.
D) radiação intensa e ostensiva.
E) carga térmica.

(FGV – TJ/BA - 2014)


A inércia térmica exerce uma benéfica influência reguladora, ainda que num clima tropical.
Analise as afirmativas referentes à inércia térmica apresentadas a seguir:
I. Ambientes com uma inércia térmica apreciável, bem projetada e combinada com ventilação
noturna, normalmente, trarão benefícios para os usuários.
II. Quando a média diária da temperatura está perto do limiar de desconforto térmico, a inércia
alta pode ser satisfatória se combinada com meios efetivos de dissipação de calor.

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III. As flutuações nas temperaturas internas podem ser amortecidas pela inércia térmica
disponível dentro do edifício como uma função de seus materiais e acabamentos internos
empregados.
Está correto o que se afirma em:
(A) somente I;
(B) somente II;
(C) somente III;
(D) somente II e III;
(E) I, II e III.

(FGV – TJ/RO - 2015)


Sobre a ventilação por ação dos ventos, no âmbito do conforto ambiental, analise as
afirmativas a seguir, considerando V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s):
( ) As paredes expostas ao vento estarão sujeitas a pressões negativas, enquanto as paredes
expostas ao vento e à superfície horizontal superior estarão sujeitas a pressões positivas.
( ) A distribuição das pressões sobre o edifício depende da direção dos ventos com relação a
ele e a sua exposição às correntes de ar ou à proteção por outros obstáculos.
( ) Nas edificações situadas na área urbana, uma alteração previsível se refere à direção do
vento, que não se mantém a nível intra-urbano, tendendo a seguir o traçado viário.
A sequência correta é:
(A) F – V – F;
(B) F – V – V;
(C) V – F – F;
(D) V – V – F;
(E) F – F – V.

(FGV – P.M. Paulínia/SP – 2016)


Ao analisar a relação entre clima e urbanização, o arquiteto deve considerar os efeitos do clima
em tal urbanização e, ao mesmo tempo, os efeitos desta sobre o clima. Com relação a esses
efeitos, analise as afirmativas a seguir.
I. A formação de uma “ilha de calor” dentro dos limites da cidade é atribuída estritamente à
abundância de materiais como o asfalto e às próprias construções.
II. A grande inércia térmica dos edifícios provoca a elevação da temperatura ambiental durante
o dia e um aumento do resfriamento, que normalmente ocorre à noite.

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III. Os edifícios altos apresentam uma variedade de superfícies, que servem para reduzir a
velocidade do vento, causando menor difusão do vapor e, consequentemente, maior umidade
nas áreas urbanizadas com edifícios altos.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.

(FGV – SUSAM/AM - 2014)


No tocante à ventilação natural, assinale a opção que indica um efeito das aberturas sob as
edificações.
(A) Os espaços abertos sob o edifício direcionam mais o fluxo de ar quando orientados face à
direção do vento.
(B) Quanto maior é a altura dos pilotis, menor é o efeito da zona de baixa pressão ou sucção.
(C) A saída de ar do espaço sob o edifício se faz na forma de jato localizado, quando os orifícios
de saída são grandes em relação aos de entrada.
(D) O aumento do efeito de sucção provoca desconforto ao usuário nos climas quente‐úmidos,
pois impede a ventilação do entorno do edifício.
(E) O efeito das aberturas sob as edificações tornou‐se secundário em relação à ação da maior
zona de baixa pressão, devido ao aumento da altura e do comprimento da edificação.

(FGV – SUSAM/AM - 2014)


A previsão da carga térmica a ser gerada no interior do edifício é fundamental para as decisões
dos projetos arquitetônicos. A este respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. A quantidade de calor dissipada pelo organismo humano para o ambiente independe da
atividade desenvolvida pelo indivíduo.
II. O ganho de calor pela incidência do Sol será função da radiação solar incidente e das
características térmicas dos materiais dos parâmetros do edifício.
III. A conversão de energia elétrica em luz gera calor sensível, que é dissipado,
especificamente, por radiação e por condução.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

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(C) se somente a afirmativa III estiver correta.


(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

(FGV – SUSAM/AM - 2014)


Assinale a opção que indica os materiais empregados como revestimentos de parede, como
pavimentação e como materiais de cobertura, respectivamente, que apresentam maior
coeficiente de absorção solar.
(A) tijolo amarelo escuro / lajotas claras / telha de barro cor bege.
(B) mármore claro / areia seca / telha de concreto natural.
(C) reboco claro / grama / ardósia.
(D) concreto aparente limpo / terra / telha de madeira.
(E) tijolo vermelho aparente / asfalto / impermeabilizante.

(FGV – ALBA/BA - 2014)


Nos climas quentes e úmidos, o efeito convecção em superfícies expostas à radiação é
desejável, porque o movimento do ar tende a esfriá‐las por evaporação. Uma das propostas
para se obter este efeito é o de
(A) escolher lugares baixos e junto à base das encostas
(B) desviar a declividade da cobertura dos ventos dominantes.
(C) estimular as zonas neutras entre edifícios adjacentes.
(D) evitar barreiras contra ventos dominantes favoráveis.
(E) eliminar os canais de ventilação entre conjunto de edifícios próximos.

(FGV – ALBA/BA - 2014)


Uma das propriedades do Efeito Pirâmide que ocorre entre o vento e o edifício de forma
piramidal é a de
(A) oferecer grande resistência à passagem do vento.
(B) dissipar a energia do vento em todas as direções.
(C) reduzir a formação de redemoinhos ao nível do solo.
(D) possuir grande parte de suas sacadas desprotegidas da ação do vento.
(E) apresentar zonas termicamente privilegiadas nos cantos do edifício.

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(FGV – CÂMARA MUNICIPAL/PE - 2014)


Considerando-se que o controle do ganho de calor e a dissipação da energia térmica do interior
da edificação propiciará o conforto térmico dos usuários, analise as afirmativas a seguir:
I. As superfícies mais castigadas pelo sol, quando não protegidas com elementos externos,
deverão ser compostas por materiais leves além de receber uma capa de isolante térmico;
II. As paredes que separam compartimentos habitáveis dos não habitáveis e não recebem sol,
deverão ser feitas com materiais bons condutores de calor, para dissipar o calor interno;
III. A amplitude térmica diária elevada, durante longos períodos, indicará a utilização de
materiais pesados tanto para as paredes externas quanto para as internas.
Assinale se:
(A) somente a afirmativa I estiver correta;
(B) somente a afirmativa II estiver correta;
(C) somente a afirmativa III estiver correta;
(D) somente as afirmativas II e III estiverem corretas;
(E) todas as afirmativas estiverem corretas.

(FGV – CÂMARA MUNICIPAL/PE - 2014)


A aplicação de técnicas de projeto e cálculo de ventilação natural dos edifícios tem como
finalidades oferecer conforto ambiental ao usuário e otimizar o uso da energia da edificação.
Sobre o tema, é correto afirmar que:
(A) a ventilação natural relaciona-se com a temperatura e a umidade do ar,
independentemente de sua velocidade;
(B) a corrente de ar quente tende a descer, enquanto a corrente de ar frio tende a subir;
(C) duas massas de ar com a mesma temperatura e umidade, quando postas em contato
através de uma abertura, se mesclarão rapidamente;
(D) temperaturas distintas geram duas correntes, uma de ar quente e outra de ar frio, que se
dispõem num mesmo sentido;
(E) a ventilação dá-se também por diferença de pressão entre o interior e o exterior, com
filtrações através das janelas, poros das paredes e coberturas.

(FGV – INEA/RJ - 2013)


A existência de uma câmara de ar em coberturas leves, porém isolantes, é uma solução
econômica e eficiente para o problema de transmissão de calor através da cobertura,
tornando o forro indispensável. Nos climas quentes e úmidos, a câmara deve ser ventilada
porque

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I. a variação da temperatura diurna e noturna é maior do que a dos climas quentes e secos.
II. a quantidade de calor transmitida pela cobertura terá uma redução proporcional.
III. o isolamento do calor, sem armazená‐lo, é prejudicial à manutenção do conforto térmico
das edificações.
Assinale:
(A) se somente a justificativa I estiver correta.
(B) se somente a justificativa II estiver correta.
(C) se somente a justificativa III estiver correta.
(D) se somente as justificativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as justificativas estiverem corretas.

(FGV – INEA/RJ - 2013)


Nos estudos realizados em nível de vento, foram identificados alguns efeitos aerodinâmicos,
decorrentes da forma do edifício ou de seu entorno, que podem favorecer ou prejudicar a
ventilação dos mesmos. No caso em que o edifício, devido à sua geometria aerodinâmica, não
oferece grande resistência à passagem do vento, por ter superfícies irregulares que dissipam
a energia do vento em todas as direções, o efeito é denominado de
(A) barreira.
(B) Venturi.
(C) canto.
(D) malha.
(E) pirâmide.

(FGV – INEA/RJ - 2013)


Uma das estratégias para se conseguir um edifício com boa ventilação e um controle eficiente,
consiste em
(A) posicionar o edifício de forma a evitar a formação de uma corrente de ar no seu interior,
no período do dia em que isso seja desejado.
(B) estudar a disposição de elementos no envelope da edificação, de modo a bloquear o vento,
impedindo a produção de uma corrente cruzada no seu interior.
(C) pesquisar e projetar fechamentos de boa qualidade nas aberturas para que se produza a
renovação controlada de ar.
(D) estudar as divisões internas de maneira que se apresentem como grandes obstáculos ao
deslocamento do ar.

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(E) coibir o uso de ventilação por termossifão, mesmo em partes do edifício protegidas por
vento externo.

(FGV – ALMT/MT - 2013)


No Brasil, frequentemente os edifícios têm grandes aberturas envidraçadas que, depois,
recebem vidros de cor escura, para proteger o ambiente interno da excessiva radiação solar.
Com relação ao uso de vidros de cor escura, analise as afirmativas a seguir.
I. Ao absorver mais energia, o vidro escuro é aquecido e envia grande parte do calor absorvido
para o interior do edifício.
II. A radiação solar que penetra através do vidro de cor escura é menor, porque ele reflete
grande parte da energia.
III. Apesar da intensidade da luz se reduzir com o uso de vidro escuro, seu espectro se mantém
equiponderando o uso das iluminações natural e artificial.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente a afirmativa I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

(FGV – ALMT/MT - 2013)


Uma das estratégias para combater o ganho de calor devido à radiação solar e a consequente
elevação da temperatura interior, é
(A) posicionar o edifício de modo a obter a máxima térmica devido à energia solar.
(B) amplificar as aberturas para a entrada da luz solar.
(C) direcionar a chegada da luz solar para as superfícies do envelope do edifício.
(D) maximizar a absorção da luz solar pelas superfícies externas.
(E) determinar a orientação e o tamanho das aberturas, para atender às necessidades de luz
natural.

(CESPE – TRT 10º Região – 2013)

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Com base na figura acima, que ilustra uma abóboda celeste, julgue os itens seguintes.

No projeto de proteção solar, o ângulo de sombra vertical α é usado para determinar as


dimensões dos brises horizontais.

A altura solar, o ângulo que o Sol faz com o plano horizontal, é representada por α, enquanto
β diz respeito ao azimute, ângulo que a projeção solar faz com a direção norte.

O ponto da esfera celeste oposto ao zênite solar (Z) denomina-se nadir.

(CESPE – TRT 10ª Região – 2013)


Considerando a figura acima, que mostra o desempenho térmico do vidro em relação à
radiação solar, julgue os próximos itens.

Para que as proteções solares internas ― persianas e cor nas ― adquiram certa eficiência, é
importante que as superfícies viradas para o exterior sejam brancas ou muito claras. Assim,
boa parte da radiação solar incidente será devolvida para o exterior, por reflexão.

A radiação incidente (I) é igual à soma da radiação transmitida (T) e da radiação refletida (R),
isto é, I = T + R.

(CESPE – INPI-pesquisador de arquitetura – 2013)


No que concerne ao conforto ambiental do espaço arquitetônico, julgue os itens seguintes.

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O movimento do ar em um espaço é afetado pela distribuição da pressão no edifício e pela


inércia do movimento do ar. Dessa forma, a ventilação cruzada refere-se às condições nas
quais um dado espaço é conectado por aberturas às áreas de pressão e sucção do exterior.

A utilização da vegetação é um dos atributos de projeto para melhorar a qualidade dos


aspectos bioclimáticos. Espaços arquitetônicos realizados em climas do trópico úmido, o
posicionamento correto da vegetação, composta de arbustos e árvores de copas altas, permite
a absorção da radiação solar e o esfriamento do ar que penetra no edifício.

O processo de transferência de calor por condução caracteriza-se pela transmissão de calor


por meio de um fluido em movimento, como o ar. Em um espaço cujas paredes não são
adequadas do ponto de vista térmico, o ar, em contato com a parede exterior, recebe calor na
estação quente e o perde na estação fria.

A construção sobre pilotis, um dos cinco pontos da arquitetura modernista, proporcionou


ganhos ao conforto térmico, uma vez que a elevação da construção do solo permite maior
permeabilidade dos ventos, além do aumento da área de contato da envoltória da edificação
com o ar externo.

Atualmente, diversos softwares auxiliam no estabelecimento de um eficiente desempenho


bioclimático para os prédios. Contudo, em tempos anteriores, a carta solar apresentou-se
como instrumental eficiente, cuja função era determinar os horários do dia e do ano em que
o sol estaria presente em determinado sítio físico.

(CESPE – INPI – 2013)

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Considerando a figura acima, bem como aspectos relativos a conforto ambiental e


desempenho térmico, acústico e sonoro em edificações, julgue os itens subsecutivos.

Os efeitos de ventilação e convecção apresentados no esquema acima não teriam sua


intensidade alterada se as aberturas das duas fachadas cortadas fossem de tamanhos
diferentes entre si.

O ruído de tráfego de veículos poderia ser sensivelmente atenuado por uma formação vegetal
de médio e grande porte em torno do edifício.

Os vidros duplos insuflados podem diminuir a percepção, em decibéis, das fontes emissoras
de ruído, como as de tráfego aéreo.

A radiação recebida por determinado edifício será menor se diminuída a carga térmica na
envoltória. O dimensionamento correto das aberturas e a orientação solar adequada são
essenciais para atingir tal objetivo.

Em relação à adaptação do trabalho ao homem, a ergonomia deve considerar aspectos


relativos a desempenho térmico, mesmo quando não estiver relacionada diretamente ao
desenho dos objetos.

(CESPE – TJ/RO – 2012)

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Relativamente ao desempenho térmico, a taxa de radiação incidente sobre um corpo, por


unidade de área da superfície, é denominada
(A) coeficiente de sombreamento.
(B) difusividade térmica.
(C) capacidade térmica específica.
(D) irradiância.
(E) absortância à radiação solar.

(FCC – TRT 3º Região – 2015)


O arquiteto João Filgueiras Lima, ao projetar o hospital da rede Sarah em Belo Horizonte,
lançou mão de um elemento repetitivo típico de cobertura de fábricas, cuja função principal é
o aproveitamento e distribuição da luz natural no interior dos ambientes sem incidência direta
do sol. Tal elemento é
(A) claraboia.
(B) shed.
(C) brise.
(D) lanternim.
(E) light-shelf.

(FCC – TRT 3º Região – 2015)


Considere, abaixo, a figura que representa a implantação de dois edifícios de 30 m de altura
(com vedações e fechamentos tradicionais do piso ao teto) em uma quadra de 200 × 200 m.

A seta, que indica a direção dos ventos predominantes, demonstra claramente a presença de
um fenômeno conhecido como efeito

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(A) de malha.
(B) barreira.
(C) Venturi.
(D) de esteira.
(E) Wise.

(FCC – TRT 3º Região – 2015)


Considere a figura abaixo.

Na figura que mostra a máscara produzida por obstáculos externos (em planta e corte
esquemáticos) a uma determinada abertura (O) e a área de eficiência total de sombreamento,
correspondem a X, Y, Z os ângulos verticais:
(A) 𝛼 3, 𝛼 1, 𝛼 2.
(B) 𝛼 3, 𝛼 2, 𝛼 1.
(C) 𝛼 2, 𝛼 1, 𝛼 3.
(D) 𝛼 2, 𝛼 3, 𝛼 1.
(E) 𝛼 1, 𝛼 3, 𝛼 2.

(FGV – SUDENE/PE - 2013)


Nas regiões quente‐secas, a temperatura do terreno pode atingir 70ºC ou mais, de modo que
nestas condições qualquer superfície, exposta a um intercâmbio de radiação, absorverá uma

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quantidade considerável de calor, que poderá criar desconforto térmico e aumentar o


consumo energético da edificação. Para solucionar estes efeitos na edificação deve‐se
(A) plantar vegetação.
(B) pintar com cores escuras.
(C) ventilar descontroladamente.
(D) evitar sombreamento.
(E) usar grandes superfícies envidraçadas.

(FCC – TRF 2ª Região – 2012)


A satisfação psicofisiológica de um indivíduo com as condições térmicas do ambiente é
denominada tecnicamente de
(A) neutralidade térmica.
(B) equilíbrio térmico.
(C) ponto de equilíbrio.
(D) conforto ambiental.
(E) conforto térmico.

(FCC – TRF 2ª Região – 2012)


A ventilação do ático de uma edificação é desejável e recomendável, pois aumenta a
resistência térmica da câmara de ar e, consequentemente, reduz a transmitância térmica e os
ganhos de calor em regiões de clima
(A) frio.
(B) quente.
(C) temperado.
(D) temperado de altitude.
(E) frio setentrional.

(FCC – TRF 2ª Região – 2012)


Analise, abaixo, a planta do pavimento superior da residência José Calil Skaf (1958-61),
projetada pelo arquiteto David Libeskind:

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1. Dormitório
Considerando-se a adequada disposição dos quartos quanto à insolação, a orientação solar
Norte a ser incluída na planta é:

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

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(FCC – MP-Maranhão – 2013)


As aberturas para ventilação devem ser dimensionadas e posicionadas de modo a
proporcionar um fluxo de ar adequado ao recinto. Sobre a ação dos ventos, em um edifício em
meio urbano, é correto afirmar que
(A) internamente máquinas, equipamentos e a exposição à radiação solar irão elevar as
temperaturas, tornando-as equivalentes ao ambiente externo, mantendo as pressões
constantes.
(B) a diferença de pressões exercidas pelo ar sobre um edifício pode ser causada pela forma
do próprio edifício e pelas edificações do entorno, que criam diferenças nas pressões externas
pelo calor produzido dentro dos edifícios.
(C) a ventilação natural do edifício pode ser proporcionada também pelo chamado efeito
chaminé, que utiliza o ar da parte superior das coberturas dos edifícios, onde as pressões são
constantes.
(D) o efeito da ação dos ventos é regulado, principalmente, pela organização interna dos
ambientes, considerando-se máquinas e equipamentos produtores de calor e o calor
produzido pela presença humana.
(E) o fluxo de ar que entra ou sai do edifício depende da pressão entre os ambientes e da
resistência oferecida pelas aberturas, barreiras físicas internas e externas e demais
implicações relativas à incidência do vento.

(FGV – DOCAS-SP – 2010)


Entre as estratégias sistemáticas que podem ser adotadas para a melhoria do conforto
ambiental das construções, considere as afirmativas abaixo:
I. A direção dos ventos dominantes, por exemplo, tem influência na ventilação interna das
edificações, que por sua vez é influenciada pela posição e tipo das janelas.
II. O tipo, cor e textura dos acabamentos externos também têm influência na absorção,
irradiação e transmissão de calor.
III. Pelo estudo da insolação, pode-se definir a boa orientação de uma construção e seus
ambientes, controlando a incidência dos raios solares através de beirais, varandas, brises-soleil
e toldos, entre outros recursos.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se somente a afirmativa II estiver correta.

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(FGV – SUSAM/AM - 2014)


A luz refletida pelo entorno do edifício ou por outras superfícies exteriores representam dados
fundamentais para o projeto de iluminação natural. A este respeito, assinale V para a
afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Diferentemente das outras fontes de luz, não é preciso que a luminância da luz refletida
pelo entorno seja controlada.
( ) A luz refletida pelo entorno em regiões ensolaradas representa, no mínimo, 10 a 15% do
total da luz diurna recebida pelas janelas.
( ) Para locais cujas superfícies exteriores não estão dispostas ao Sol, a luz refletida pelo
entorno chega a ser maior que 50% da luz recebida pelas janelas localizadas em superfícies
sombreadas.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) F, V e F.
(B) F, V e V.
(C) V, F e F.
(D) V, V e F.
(E) F, F e V.

(CESPE – ECT –2011)

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Considerando os gráficos acima, que representam a incidência da luz solar sobre as três
cidades indicadas, julgue os itens seguintes, a respeito de conforto térmico.

A ventilação de um ambiente por meio de shed ocorre por sucção. Assim, no hemisfério Sul,
quando o vento dominante vem do leste, a abertura do shed deverá estar virada para oeste,
podendo expor esse ambiente ao sol poente.

Tanto a fachada sul, em janeiro, quanto a fachada norte, em julho, da cidade de Belém,
localizada próxima à linha do Equador, recebem a mesma insolação, o que se denomina
equinócio, caracterizado como a inexistência de verão ou de inverno definidos.

No verão em Brasília, a fachada sul recebe insolação pela manhã e à tarde; em Miami, a
insolação no verão atinge a fachada sul durante todo o dia.

(CESPE – TL-AL –2012)

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Os fenômenos físicos da transferência de calor que orientam os princípios do desenho térmico


são: condução, convecção, radiação e evaporação. A respeito dos aspectos relacionados ao
conforto térmico, assinale a opção correta.
(A) Os estudos de sombreamento (diagramas de sombra) ajudam a controlar com maior
eficácia a radiação difusa. Para controlar a radiação direta, seria necessária a desumidificação
do ar.
(B) Condução é o processo pelo qual o calor se propaga no interior de um material pela
agitação molecular, ou entre dois corpos, pela interação molecular entre suas superfícies.
(C) Quando o ar entra em contato com uma superfície mais quente, ele se aquece, se eleva e
é substituído por ar mais frio, gerando um movimento denominado condução natural.
(D) A transmissão de calor por evaporação está diretamente ligada às propriedades
superficiais dos materiais, como absorção e reflexão.
(E) A ventilação é o fator preponderante para a existência do fenômeno de radiação.

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3 – LISTA DE QUESTÕES EXTRAS


(FGV – DOCAS-SP – 2010)
Os coletores solares, cuja função é captar o calor do sol e transferi-lo à água que circula no
sistema, são instalados normalmente na cobertura das construções. É importante observar
que algumas recomendações devem ser atendidas, para que o sistema de energia solar tenha
um rendimento otimizado. Sobre essas recomendações, assinale a alternativa correta.
(A) Os coletores devem ter a inclinação igual ou a mais próxima possível, da latitude do lugar
onde estão instalados (23°32'51", no caso de São Paulo).
(B) Os coletores devem ter a inclinação maior que a latitude do lugar onde estão instalados
(23°32'51", no caso de São Paulo).
(C) Os obstáculos que possam sombrear os coletores não devem ocupar mais que 30% da sua
superfície.
(D) Os coletores devem ter a inclinação menor que a latitude do lugar onde estão instalados.
(E) Os obstáculos que possam sombrear os coletores não devem ocupar mais que 50% da sua
superfície.

(FGV – Senado Federal – 2008)


Em 2005 foi aprovada a NBR 15220-3, definindo o zoneamento bioclimático brasileiro, que
divide o país em oito zonas bioclimáticas e apresenta as primeiras diretrizes de projetos para
elas. Tais zonas foram estabelecidas utilizando dados de 330 estações climáticas, considerando
a temperatura e a umidade média do ar. Essa é uma valiosa fonte de informação para o
arquiteto que pretende projetar uma residência que possa se aproveitar das vantagens do
clima da cidade onde se situe o seu projeto. Outra fonte de informação a ser consultada é o
potencial eólico do local, encontrado no Atlas Eólico Brasileiro de 1990. As duas informações
associadas permitem a compreensão das disponibilidades climáticas brasileiras que devem ser
consideradas na elaboração do projeto de arquitetura. Além disso, é fundamental, para
auxiliar na escolha da solução adequada, a utilização de estratégias arquitetônicas com base
no clima do local. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir, quanto à implantação da
edificação no lote:
I. Para locais frios devem-se colocar obstáculos compactos no caminho dos ventos frontais à
fachada da casa.
II. Para ventos frontais à fachada da casa em locais quentes, retirar os obstáculos de seu
caminho, como caixa de medidores ou arbustos baixos e densos.
III. Para situações de inexistência de ventos, criar aberturas inferiores deixando cobertura
vegetal baixa próxima ao piloti ou piso elevado, caso haja. Deixar saídas na parte superior da
casa para obter o efeito termo-sifão.

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Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

(CONSULPLAN – P.M.N. Barra Velha – 2012)


No verão, para latitudes entre 12° e 30°, que fachadas, por ordem de importância decrescente,
recebem maior incidência de sol?
A) 1. leste e oeste; 2. norte e sul; 3. teto.
B) 1. norte e sul; 2. leste e oeste; 3. teto.
C) 1. norte e sul; 2. Teto; 3. leste e oeste
D) 1. leste e oeste; 2. teto; 3. norte e sul.
E) 1. teto; 2. leste e oeste; 3. norte e sul.

(CONSULPLAN – DAMAE - Porto Alegre – 2011)


Associe as situações climáticas às características de ventilação adequadas para a sua
arquitetura. Tipos de clima:
1. Frio.
2. Temperado
3. Árido quente.
4. Úmido quente.
Características ambientais desejáveis:
( ) Máxima exposição ao vento. / Máximo fluxo de ar interno.
( ) Resistência moderada ao vento. / Fluxo moderado de ar interno.
( ) Pequena exposição ao vento. / Fluxo moderado de ar interno.
( ) Mínima resistência ao vento. / Fluxo de ar interno indesejável.
A sequência está correta em
A) 1, 2, 3, 4
B) 4, 2, 3, 1
C) 1, 3, 2, 4

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D) 4, 3, 2, 1
E) 2, 3, 4, 1

(CONSULPLAN – DAMAE-Porto Alegre – 2011)


A tabela representa que tipo de fenômeno referente a trocas térmicas secas para paredes
verticais?

(Frota e Schiffer. Manual de Conforto Térmico. São Paulo, Studio Nobel, 2003. pág. 33)
A) Radiação.
B) Condução.
C) Evaporação.
D) Convecção.
E) Implantação.

(CONSULPLAN – DAMAE-Porto Alegre – 2011)


Analise os esquemas de implantação de edifícios na quadra representados a seguir.

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É(são) adequado(s) para climas úmidos


A) I, II
B) III, IV
C) III
D) II
E) IV

(CONSULPLAN – DAMAE-Porto Alegre – 2011)


Considerando a amplitude térmica de Porto Alegre com verões quentes e úmidos e invernos
frios e úmidos, que estratégia bioclimática para prover o conforto ambiental nas construções
deverá ser adotada?
A) Maximizar o aproveitamento solar evitando o sombreamento.
B) Maximizar a ventilação com aproveitamento moderado do calor solar.
C) Maximizar a ventilação com o controle da radiação solar através de brises.

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D) Maximizar o sistema de esquadrias com controle da ventilação.


E) Maximizar a ventilação associada a espelhos d’água ou outras fontes de umidade.

(CONSULPLAN – CREA-RJ – 2011)


A climatização de um edifício proporciona bem-estar e saúde a seus ocupantes e é considerada
uma diretriz para a construção sustentável, desde que se baseie em soluções de baixo
consumo energético. Para isso, o projeto de arquitetura é a chave e deve incluir recursos que
melhorem a circulação de ar e reduzem a carga térmica da casa. Considerando os fatores de
conforto térmico e eficiência energética, pode-se afirmar que:
A) Superdimensionar os equipamentos de climatização em relação aos ambientes é uma boa
solução, pois nunca
trabalharam forçados para climatizar os ambientes de uma edificação.
B) Substituir aparelhos de ar condicionado por ventiladores é uma boa solução energética por
economia de energia
consumida, uma vez que ventiladores consomem menos comparados aos aparelhos de ar
condicionado.
C) Evitar ligar os aparelhos de ar condicionado em horários de picos energéticos oferece ajuda
no fornecimento de energia elétrica por parte das concessionárias.
D) O uso e o emprego simultâneo de sistemas de aparelhos de ar condicionados com
ventiladores melhoram as condições de climatização nos interiores dos ambientes das
edificações e otimizam por diminuição do consumo de energia elétrica.
E) Conjugar ventilação natural com um equipamento de ar condicionado eficiente melhora a
condição térmica e a eficiência energética de uma edificação.

(CONSULPLAN – P.M. Resende – 2010)


Um grupo de casas, numa cidade, tem uma forma própria, que deve depender das condições
dos arredores e do meio ambiente. Imagine um conjunto de casas nas seguintes condições:
- praças arborizadas;
- casas rodeadas de espaço para ventilação;
- áreas comerciais com portais para proteção contra chuva;
- ruas largas com árvores para sombra;
- ruas que seguem os níveis do terreno com drenagem para rios e lagos.
Com base nestas informações, assinale a situação que este conjunto de casas estaria melhor
inserido:
A) Clima tropical seco.

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B) Clima tropical úmido.


C) Área florestal.
D) Área pantanosa.
E) Área pantanosa e florestal.

(CONSULPLAN – P.M. Tobias Barreto –SE - 2005)


No estudo de conforto térmico na utilização de ambientes, devemos considerar os usuários
dos ambientes também como fonte de calor, dentre as várias formas de liberação de calor de
um corpo humano podemos citar, EXCETO:
A) convecção
B) radiação
C) evaporação
D) insolação
E) condução

(CONSULPLAN – P.M. Tobias Barreto –SE - 2005)


Em relação à ventilação em edifícios é INCORRETO afirmar que:
A) Ventilação natural dinâmica é causada por pressões e depressões que se geram nos
volumes como consequência da ação mecânica do vento.
B) Ventilação artificial é usada quando a natural não é possível ou insuficiente de acordo com
a necessidade.
C) A presença de árvores próximas a um edifício não diminui a velocidade do fluxo de ar, mas
também lhe dá uma direção descendente no momento que ele entrar no vão.
D) Para uma boa ventilação interna, duas janelas sobre um mesmo plano não são
aconselháveis, pois são pressões iguais, não provocando circulação do ar.
E) Analisar a direção e velocidade do vento são critérios importantes para as soluções, porém
nos espaços urbanos, os edifícios modificam totalmente, dificultando uma análise mais
correta.

(CONSULPLAN – P.M. Tobias Barreto –SE - 2005)


Dentre os materiais abaixo qual é que possui maior condutividade térmica?
A) vidro
B) concreto

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C) madeira
D) tijolo maciço
E) argamassa

(CONSULPLAN – P.M. Tobias Barreto –SE - 2005)


São recursos técnicos para reduzir o efeito térmico da radiação solar nos períodos de calor,
EXCETO:
A) Orientação correta de fechamento.
B) Utilização de equipamentos climatizadores de ambientes.
C) Diminuição do coeficiente de absorção da superfície exposta.
D) Colocar lâminas ou chapas, separadas do fechamento superior.
E) Vegetação.

(CONSULPLAN – P. M. N.S. do Socorro –SE - 2005)


Assinalar a afirmativa correta:
A) aumentar a abertura exposta ao vento principal e diminuir a abertura da parede oposta,
aumenta a velocidade do vento.
B) a área de absorção solar é bastante similar em tetos planos ou curvos, porém os curvos têm
maior coeficiente de transferência de calor por convecção.
C) nas habitações de tetos curvos, tradicionalmente encontrados em regiões quentes e secas,
a estratificação do ar é baixa, reduzindo a transferência de calor do teto para a habitação.
D) quando se abre o ápice do Domus, se cria um ponto de alta pressão, que produz sucção
permitindo a saída de ar quente.
E) todas as afirmativas estão corretas.

(CONSULPLAN – P. M. N.S. do Socorro – SE - 2005)


Relativo ao conforto ambiental, é correto afirmar que:
A) sendo a homeotérmica ou balanço térmico igual a zero, está representada uma das
condições de conforto ambiental.
B) os ventos criam zonas de pressão e depressão.
C) em regiões marítimas, pode-se tirar proveito do movimento de ventos vindos do mar em
direção à terra durante o dia e do movimento inverso durante a noite, devido a amplitude de
variação térmica mais lenta do mar em relação à terra.

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D) em lugares de clima quente e úmido, tirar partido da vegetação para proporcionar conforto
através da ventilação adequada é fazer bom uso dos princípios da arquitetura bioclimática.
E) todas as afirmativas estão corretas.

(CONSULPLAN – P. M. N.S. do Socorro –SE - 2005)


O Brasil abrange uma vasta extensão territorial com suas montanhas, vales, praias e regiões
desérticas. Existem orientações construtivas relativas a cada tipo de clima brasileiro. Assinalar
a alternativa correta:
A) em regiões de clima quente e úmido, criar ventilação cruzada, locar abertura ao nível das
pessoas, trabalhar com ventilação permanente.
B) em regiões de clima quente e seco, usar nas paredes materiais com inércia térmica baixa.
C) em regiões de clima misto, usar paredes com materiais de inércia mediana, cores claras e
nas paredes orientadas
exclusivamente para o sol de inverno, usar espessura menor com materiais de baixa inércia
térmica.
D) em regiões de clima quente e seco, usar coberturas com pouco ou nenhum caimento e
materiais de inércia térmica baixa.
E) em regiões de clima quente e seco, usar forros bem ventilados para evitar o armazenamento
de calor.

(CONSULPLAN – P. M. N.S. do Socorro – SE - 2005)


Em prédios sobre pilotis existem efeitos aerodinâmicos criados pelo vento. Para evitar o
desconforto na área dos pilotis existem algumas orientações construtivas:
I – Orientar os prédios com pilotis ou com aberturas, paralelamente aos ventos dominantes.
II – Criar na base dos prédios obstruções com vegetação ou construções.
III – Introduzir no nível dos volumes de ligação, elementos de bloqueio levando à perda de
carga.
IV – Evitar pilotis “plenos”
V – Dividir os fluxos de ar na base da construção, aumentando a porosidade do prédio.
Assinale a alternativa correta:
A) somente II e V estão corretos.
B) somente I, III e IV estão corretos.
C) somente II está correto.
D) todos os números estão corretos

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E) somente V está incorreto.

(CONSULPLAN – P.M. Laranjeiras –SE - 2005)


A figura abaixo mostra uma situação urbanística bastante comum de ser encontrada nas
cidades brasileiras de médio e grande porte.

Lote B
Analisando a figura, conclui-se que:
A) O prédio situado no lote B nunca recebe sol na fachada A, o que é benéfico, pois evita raios
solares prejudiciais à saúde.
B) O playground está bem disposto, pois permanece na sombra o dia todo, o que é adequado
para as crianças e idosos.
C) As árvores existentes no lote A prejudicam a manutenção da piscina e das áreas comuns do
lote B.
D) A implantação dos edifícios situados no lote C preserva as qualidades ambientais dos
espaços livres do lote B, assegurando-lhes adequada proteção em termos de insolação.
E) A piscina está bem disposta em termos de insolação, na medida em que recebe insolação
plena durante o dia.

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(CONSULPLAN – P.M. Laranjeiras – SE - 2005)


Ao projetar um edifício alto e isolado no centro de uma quadra com amplos jardins, o arquiteto
decidiu instalar um quebra-sol fixo, com placas de alumínio, para proteger a fachada da
incidência dos raios no período da tarde. Considerando-se que a fachada está voltada para
OESTE, o posicionamento correto para instalação das placas em relação ao plano da fachada
é a colocação:
A) Vertical e ortogonal à fachada.
B) Vertical e inclinada a 30° na direção NO.
C) Vertical e inclinada a 45° na direção SO.
D) Horizontal e ortogonal à fachada.
E) Horizontal com inclinação para baixo de 30°.

(CONSULPLAN – P.M. Laranjeiras – SE - 2005)


Nos projetos de galpões industriais a serem construídos em locais de clima quente e úmido, é
comum a utilização de recursos naturais para a ventilação. Um dos processos tradicionalmente
empregados é o aproveitamento dos ventos dominantes na renovação do ar de ambientes
internos. Qual dos exemplos NÃO atende corretamente aos princípios de aeração
recomendados para garantir o necessário conforto ambiental?

(A)

(B)

(C)

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(D)

(E)

(CESPE – TL-AL –2012)

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Legenda:
eixo vertical esquerdo – g/kg
eixo vertical direito – umidade em porcentagem
eixo horizontal – temperatura de bulbo seco
Com base nos gráficos acima, que ilustram aspectos climáticos das cidades X e Y, e
considerando a aspectos bioclimáticos, clima e zona de conforto, assinale a opção correta.

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(A) A cidade Y possui clima desértico durante todo o ano.


(B) Ambas as cidades estão no limite das respectivas zonas de conforto.
(C) A cidade X é, na média anual, mais fria que a cidade Y.
(D) A amplitude térmica da cidade X é maior que a da cidade Y.
(E) A cidade X apresenta umidade extremamente baixa durante um período do ano.

(CESPE – TL-AL –2012)

Considerando a tabela acima, assinale a opção correta acerca de absorção, transmissão e


reflexão térmica.
(A) A energia luminosa não sofre modificação ao atravessar um vidro transparente.
(B) É correto inferir, de acordo com as informações da tabela, que as construções
mediterrâneas são geralmente pintadas de branco por causa do rigoroso inverno europeu.
(C) A superfície de uma parede de concreto aparente comporta-se da mesma maneira que
uma de tijolo aparente quanto à absorção térmica.
(D) A médio e longo prazo, uma parede externa caiada é mais vantajosa, do ponto de vista da
absorção térmica, que uma parede pintada com tinta branca.
(E) Comparativamente a telhas metálicas, o telhado colonial é mais adequado para a cobertura
de quiosques de parque, visto que absorve menos calor que as telhas metálicas.

(CESPE – MPE-PI –2012)


Figuras I e II para os itens de 92 a 94

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Figura I – Carta solar de Palmas–TO

Figura II – Carta Solar de Palmas–PR


Um escritório de arquitetura desenvolveu um projeto para ser submetido a um concurso
público em Palmas, no Tocantins, cuja latitude é igual a 10°11' 4" sul. Devido a um erro de um
dos responsáveis técnicos, os brises do projeto foram desenhados levando-se em
consideração a latitude de Palmas, no Paraná, que é igual a 26º29'3" sul.
Com relação à situação hipotética descrita e nas figuras apresentadas, julgue os itens a seguir
acerca dos aspectos de conforto em edificações e do uso de cartas solares.

A denominada máscara de sombra é desenhada a partir de uma carta solar e indica


graficamente a melhor proteção de uma fachada, e se esta deve ser constituída por elementos
verticais, horizontais, fixos, móveis ou mistos, entre outros.

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Os materiais de revestimento de uma fachada influenciam diretamente no desempenho


térmico de um edifício térreo e, também, no de seu entorno imediato.

Ainda que haja diferença considerável entre a latitude dos dois municípios, é correto afirmar
que para uma fachada noroeste, nas duas cidades, o desenho dos brises poderá ser de certa
forma semelhante, ainda que estes possuam tamanhos diferentes e sejam desenhados de
acordo com aspectos de plasticidade, visibilidade e ventilação distintos.

(CESPE – Câmara dos Deputados –2012)


Com relação ao controle ambiental das edificações, julgue os itens subsecutivos.

A exaustão feita pelo uso de ventilação por efeito chaminé através de recintos é incrementada
com a diminuição da distância entre as aberturas altas (por onde o ar quente sai) e as baixas
(por onde o ar frio entra).

O uso da ventilação natural, apesar de proporcionar a circulação de ar fresco externo, pode


ocasionar problemas acústicos por permitir ruídos externos e, por vezes, impedir o isolamento
acústico entre os recintos.

(CESPE – Banco da Amazônia –2012)

Com referência à interpretação de cartas solares e às cartas solares acima; ao desenho de


brises; a ventilação e exaustão; e a iluminação natural e artificial, julgue os itens de 97 a 99.

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De acordo com as cartas solares acima, para as duas cidades, nas fachadas leste e oeste, que
recebem, respectivamente, o Sol da manhã e o Sol da tarde, devem ser empregados brises
com aletas verticais. Na fachada norte, que recebe Sol durante todo o dia na maior parte do
ano, mas em uma posição mais a pino, são mais adequados os brises horizontais. Para a
fachada sul, os brises são de muito pouca utilidade.

Em uma habitação construída em regiões sob climas quentes e úmidos, deve-se evitar a
ventilação natural em seu interior, para, com isso, impedir a umidade excessiva e assegurar a
ventilação cruzada.

Sabendo que, do ponto de vista ergonômico, em ambientes de trabalho, um número maior de


luminárias com pequenas densidades luminosas é mais eficiente que poucas luminárias com
grandes densidades, é correto afirmar que, caso dez luminárias fluorescentes 4 × 40 W sejam
substituídas por vinte luminárias de 2 × 40 em um escritório com pé-direito baixo, com o
objetivo de diminuir o ofuscamento, não haverá redução do iluminamento.

(CESPE – ABIN –2010)

A partir da figura acima, julgue os itens a seguir, relativos a conforto nas edificações.

A formação de correntes convectivas entre os planos de vidro e o brise horizontal são


irrelevantes para o sistema de proteção solar.

Os elementos apresentados na figura são suficientes para serem inseridos em um conjunto de


pranchas de um projeto básico que esteja em conformidade com a Lei nº 8.666/1993.

O plantio de árvores ao redor de uma edificação térrea ameniza o efeito da radiação refletida
pelo meio e pelo entorno, diminuindo a sensação térmica do ambiente.

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Os sistemas de proteção solar em edificações adotados recentemente na arquitetura brasileira


são constituídos, principalmente, por mecanismos de renovação de ar do interior dos edifícios.
(CESPE – ABIN –2010)
No que concerne a sistemas de climatização e ar condicionado e a controle térmico de
edificações, julgue os próximos itens.

Ao se especificar determinado sistema de ar condicionado para um ambiente, deve-se


considerar a energia solar incidente nas fachadas, pois esta é transferida integralmente para
o interior da edificação e transformada em carga térmica instantânea.

A ausência de dutos onera significativamente a implantação do sistema de ar condicionado


insuflado pelo piso.

A potência dissipada por equipamentos, inclusive por sistemas de iluminação, deve ser
considerada no cálculo de potência a ser admitida em determinado ambiente condicionado.

(CESPE – ABIN – 2010)


Um sistema de cobertura configurado por um terraço jardim em região de temperatura
elevada e clima seco pode reduzir sensivelmente a sensação térmica nos espaços que delimita,
com a vantagem de dispensar sistemas de impermeabilização mais complexos, como mantas
asfálticas aluminizadas.

(CESPE – ABIN –2010)


Julgue os itens de 115 a 119, com relação a conforto térmico.

A máscara de sombra mostrada abaixo indica a necessidade de proteção solar em grelha, cujo
estudo deve ser feito a partir dos desenhos em planta e corte.

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O estudo dos brises horizontais é feito a partir dos desenhos em planta, já que é nessa
representação que se obtém a verdadeira grandeza do ângulo de sombra horizontal.

(CESPE – ABIN –2010)

Com base na ilustração abaixo, que apresenta a eficiência de alguns tipos de controle solar
para redução de carga térmica em um edifício, é correto afirmar que a eficiência das proteções
internas, assim como a dos vidros especiais, é reduzida se comparada à eficiência das
proteções externas.

Considere que, em uma oficina de carpintaria, para amenizar os efeitos do pó gerado pela
atividade ali desenvolvida, o arquiteto tenha optado por vedar as fachadas leste e oeste com
veneziana de chapa metálica com lamelas a 45º. Nesse caso, a abertura total de ventilação
permaneceu praticamente a mesma, descontando-se apenas a soma das espessuras das
chapas, o que representa uma porcentagem mínima.

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A ventilação de um ambiente é influenciada pelo tipo de janela. Por exemplo, a janela do tipo
guilhotina, muito comum em casas antigas, não é atualmente recomendada, porque, quanto
à ventilação, é menos eficiente que a janela de correr.

(CESGRANRIO – UNIRIO - 2016)


Para definir a profundidade de um brise-soleil para a fachada norte no hemisfério sul, o
projetista utilizou o transferidor de sombra. Com o objetivo de garantir um sombreamento
eficiente para os meses mais quentes de verão, ele adotou como ângulo limite o
correspondente ao horário das 10h em março.
No transferidor de sombra, o(s) ângulo(s) de referência para o traçado do brise horizontal
será(ão)
(A) alfa (𝛼), apenas
(B) beta (β) da direita, apenas
(C) beta (β) da esquerda, apenas
(D) beta (β) da direita e beta (β) da esquerda, apenas
(E) beta (β) da direita, beta (β) da esquerda e alfa (𝛼)

(FGV – SUDENE/PE – 2013)


Os ganhos de calor a que um edifício está submetido ocasionam a elevação de temperatura
no ar contido no seu interior. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.
I. O ar aquecido contido no interior da edificação torna‐se mais denso e com uma tendência
natural à descensão.
II. Se um recinto dispuser de aberturas próximas ao piso e próximas ao teto, o ar interno, mais
aquecido que o externo, tenderá a sair pelas aberturas baixas.
III. O fluxo do ar será tanto mais intenso, quanto mais baixas forem as aberturas de entrada
de ar e quanto mais altas forem as aberturas de saída de ar.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

(FGV – SUSAM/AM - 2014)

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45 A luz refletida pelo entorno do edifício ou por outras superfícies exteriores representam
dados fundamentais para o projeto de iluminação natural. A este respeito, assinale V para a
afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) Diferentemente das outras fontes de luz, não é preciso que a luminância da luz refletida
pelo entorno seja controlada.
( ) A luz refletida pelo entorno em regiões ensolaradas representa, no mínimo, 10 a 15% do
total da luz diurna recebida pelas janelas.
( ) Para locais cujas superfícies exteriores não estão dispostas ao Sol, a luz refletida pelo
entorno chega a ser maior que 50% da luz recebida pelas janelas localizadas em superfícies
sombreadas.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) F, V e F.
(B) F, V e V.
(C) V, F e F.
(D) V, V e F.
(E) F, F e V.

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4 – GABARITO

1. A 15. A 29. CERTA 43. B

2. D 16. B 30. CERTA 44. C

3. C 17. E 31. ERRADA 45. A

4. E 18. D 32. CERTA 46. A

5. B 19. B 33. CERTA 47. E

6. A 20. D 34. ERRADA 48. B

7. A 21. E 35. CERTA 49. D

8. A 22. B 36. CERTA 50. E

9. A 23. E 37. ERRADA 51. C

10. A 24. C 38. ERRADA 52. A

11. E 25. A 39. CERTA 53. CERTA

12. E 26. E 40. CERTA 54. ERRADA

13. B 27. CERTA 41. ERRADA 55. ERRADA

14. B 28. CERTA 42. D 56. B

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5 – GABARITO DE QUESTÕES EXTRAS

1. A 17. D 33. CERTA

2. D 18. E 34. ERRADA

3. E 19. C 35. ERRADA

4. D 20. A 36. ERRADA

5. D 21. B 37. CERTA

6. C 22. C 38. ERRADA

7. D 23. ERRADA 39. CERTA

8. E 24. CERTA 40. ERRADA

9. B 25. CERTA 41. CERTA

10. D 26. E 42. ERRADA

11. C 27. C 43. ERRADA

12. A 28. ERRADA 44. A

13. C 29. ERRADA 45. C

14. B 30. ANULADA 46. B

15. E 31. ERRADA

16. A 32. ERRADA

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12190866731 - Vinícius Felix

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