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UVA – Engenharia Civil – Edificações II – Cobertura – 2021

COBERTURA
1. SISTEMA DE COBERTURA
A norma de desempenho ABNT NBR 15575-5:2013 define Sistema de Cobertura (SC) como:
“ Conjunto de elementos/componentes, dispostos no topo da construção, com as funções de
assegurar estanqueidade às águas pluviais e salubridade, proteger demais sistemas da
edificação habitacional ou elementos e componentes da deterioração por agentes naturais,
e contribuir positivamente para o conforto termoacústico da edificação habitacional ”.
Um sistema de cobertura consiste no elemento de fechamento mais superior de uma edificação que, sob ponto
de vista estético, pode incorporar-se ao estilo arquitetônico adotado, principalmente em prédio de pequena altura,
ou apresentar-se de forma discreta, tornando-se visível somente por cima (vista aérea).
Os sistemas de coberturas de uma edificação exercem funções importantes nas edificações desde a contribuição
para preservação da saúde dos usuários até a própria proteção do corpo da construção, interferindo diretamente
na durabilidade dos demais elementos que a compõem, protegendo as atividades humanas ali realizadas e o
seu conteúdo, propiciando um ambiente agradável e servindo de abrigo contra a chuva, o vento, o calor, o frio,
a neve, os raios solares, as poeiras, os gases e demais agentes agressivos do meio ambiente.
Os sistemas de coberturas impedem a infiltração de umidade oriunda das intempéries para os ambientes
habitáveis e previnem a proliferação de micro-organismos patogênicos e de diversificados processos de
degradação dos materiais de construção, incluindo apodrecimento, corrosão, fissuras de origem hidrotérmica e
outros. Por esses motivos, devem ser planejados e executados de forma a proteger os demais sistemas.
Sendo o sistema de cobertura a parte da edificação habitacional mais exposto à radiação direta do sol, ele exerce
predominante influência na carga térmica transmitida aos ambientes (casas térreas e último pavimento de
sobrados ou prédios), influenciando diretamente no conforto térmico dos usuários e no consumo de energia para
acionamento de equipamentos de ventilação forçada e/ou condicionamento artificial do ar.
Os sistemas de cobertura, ao integrarem-se perfeitamente ao corpo das edificações habitacionais, interagem
com os sistemas de instalações hidrossanitárias, sistemas de proteção de descargas atmosféricas, sistemas de
isolação térmica e outros, necessariamente previstos em projeto.
As ações atuantes, particularmente vento, intensidade de chuvas e insolação, são as que exercem a maior
influência e são determinantes nos projetos de coberta.
Os aspectos relacionados à segurança de pessoas, devido aos serviços de execução ou manutenção dos
sistemas de coberturas serem exercidos em locais acima do solo e de acesso cuidadoso, constituem
considerações adicionais previsíveis nos projetos.
 REQUISITOS FUNCIONAIS PARA AS COBERTURAS DE EDIFÍCIOS
1) Quanto à segurança:
1. Desempenho estrutural: Apresentar um nível satisfatório de segurança contra a ruína e não apresentar
avarias ou deformações e deslocamentos que prejudiquem a funcionalidade do SC ou dos sistemas
contíguos, considerando-se as combinações de ações passíveis de ocorrerem durante a vida útil de
projeto da edificação habitacional;
2. Segurança na sua utilização: Não apresentar partes soltas ou destacáveis sob ação do peso próprio e
sobrecarga de uso;
3. Segurança quanto à ação do fogo: Dificultar a propagação de chamas no ambiente de origem do incêndio
e não criar impedimento visual que dificulte a fuga dos ocupantes em situações de incêndio;
4. Segurança quanto às intempéries: Sol, chuva, vento, calor, frio, neve, poeiras, gases e demais agentes
agressivos do meio ambiente.

2) Quanto à habitabilidade:
1. Deve apresentar estanqueidade adequada à água, ao ar, à neve, aos poluentes, etc.;
2. Propiciar conforto térmico – correção ou amenização dos efeitos das variações térmicas;
3. Regulação hidrotérmica– referente à umidade;
4. Propiciar conforto acústico– adequado isolamento acústico;
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5. Apresentar beleza visual como elemento componente da arquitetura da edificação;


6. Higiene e salubridade: limitação de ocorrência e desenvolvimento de substâncias nocivas ou insalubres;

3) Quanto à Durabilidade:
1. Ser resistentes aos agentes agressivos e climáticos;
2. Manutenção de suas propriedades durante sua vida útil;
3. Permitir facilidade de limpeza, manutenção 1e reparação;
4. Apresentar resistência aos esforços previstos;
5. Manutenibilidade2;
6. Apresentar Vida Útil de Projeto (VUP) igual ou superior a 20 anos - norma ABNT NBR 15575-1:2013;
7. Permitir rápido escoamento das águas pluviais.

4) Quanto à Economia:
1. Racionalização dos custos e facilidade de produção, manutenção e recuperação.
3. Promover a economia de energia: Iluminação isolamento térmico.

AS COBERTURAS PODEM SER DIVIDIDAS EM DOIS GRANDES GRUPOS PRINCIPAIS:


1. Lajes impermeabilizadas
As lajes de cobertura são geralmente planas (niveladas ou com leve inclinação), executadas em quase sua
totalidade em concreto armado (salvo casos especiais), podendo ser utilizadas como um pavimento destinado
a lazer, mirante, heliporto e outras destinações, quando não há a necessidade de comporem o estilo
arquitetônico da edificação.
As lajes são geralmente apoiadas em vigas que se apoiam em pilares ou apoiadas diretamente aos pilares. As
lajes de cobertura curvas são adotadas muitas vezes para comporem o estilo arquitetônico, caso de abóbadas,
cúpulas e outras formas.
As lajes de cobertura apresentam características diferentes das coberturas em telhados, pois são geralmente
mais pesadas e de maior custo que as coberturas em telhado. As coberturas em concreto integram a estrutura
da edificação, portanto, movimentações estruturais, tais como: retração, movimentação térmica, recalque de
fundação, carregamentos, podem introduzir tensões na laje que provocam fissuras e trincas, comprometendo
a sua estanqueidade.
Para garantir a estanqueidade da laje deve ser executado um sistema de impermeabilização, caro e que requer
manutenções periódicas durante a vida útil da edificação.
As lajes possuem a vantagem de geralmente eliminar a utilização de forro, entretanto, não permite a isolação
ou correção térmica, necessitando de sistema de correção térmica.

2. Coberturas em telhado
As coberturas em telhados, quando não compõem o estilo arquitetônico da edificação, são projetadas
adotando-se um critério de escolha do tipo de coberta levando-se em conta os custos de construção e
manutenção, a adequação técnica e a discrição arquitetônica. O telhado quando compõe o estilo arquitetônico
é de fundamental importância para o acabamento final da edificação.
As coberturas em telhados, quando comparadas às lajes de concreto impermeabilizadas, possuem as
seguintes características:
1. Possui menor peso próprio que as lajes de concreto;

Manutenção1: Conjunto de atividades a serem realizadas ao longo da vida total da edificação para conservar ou
recuperar a sua capacidade funcional e de seus sistemas constituintes de atender as necessidades e segurança
dos seus usuários. (ABNT NBR 15.575-1:2013).
Manutenibilidade2:Grau de facilidade de um sistema, elemento ou componente de ser mantido ou recolocado
no estado no qual possa executar suas funções requeridas, sob condições de uso especificadas, quando a
manutenção é executada sobre condições determinadas, procedimentos e meios prescritos.(ABNT NBR 15.575-
1:2013).
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2. Facilidade de vencer grandes vãos através de estruturas leves treliçadas (madeira, aço e alumínio);
3. Apresenta melhor estanqueidade devido às declividades adotadas e à possibilidade de ser adotado um
sistema de coleta de águas pluviais melhor e mais adequado;
4. Normalmente possui maior durabilidade devido à facilidade de manutenção e recuperação;
5. A sua manutenção é menos complexa, de fácil execução e de menor custo;
6. Geralmente não possui qualquer participação na estrutura da edificação, portanto, menos susceptível às
movimentações estruturais;
7. Possui, na maioria casos, a necessidade de uso de forro para nivelar o teto e fazer a correção térmica;
8. O espaço existente entre o forro e a coberta pode ser utilizado como sótão destinado a depósito, dormitório
ou uso específico.
 CRITÉRIOS DE ESCOLHA DO TIPO DE COBERTA
– Adequação técnica;
– Discrição arquitetônica
– Custo direto de construção;
– Relação custo/benefício em função da sua durabilidade e manutenbilidade;
– Facilidade de manutenção e reparos;
– Durabilidade;
2. PARTES CONSTITUINTES DAS COBERTURAS EM TELHADO
A cobertura em telhado é constituída geralmente de estrutura de apoio da cobertura, trama, telhamento, sistema
de captação de águas pluviais, subcobertura e acessórios.

Telhado

Trama

Estrutura de apoio

1. Estrutura de apoio da cobertura


A Estrutura de apoio da cobertura consiste no conjunto resistente apoiado diretamente na estrutura da edificação,
com a função de receber e distribuir adequadamente as cargas verticais da coberta. A estrutura de suporte da
cobertura pode ser construída em madeira, aço, alumínio e concreto armado ou protendido.
As lajes em concreto armado das edificações são geralmente utilizadas como estrutura de apoio da cobertura;
entretanto, quando a estrutura de apoio necessita vencer grandes vãos, o uso do concreto armado se torna
inadequado face ao seu elevado peso próprio, salvo casos especiais.
As estruturas de madeiras são as mais utilizadas, pois são mais econômicas até vãos de 12metros. Já as
estruturas metálicas, aço e alumínio, são mais econômicas para vãos maiores que 12 metros.
As estruturas de alumínio somente são utilizadas quando se tornam economicamente mais viáveis e
tecnicamente mais adequadas que o aço, ou por opção arquitetônica.
As lajes inclinadas podem ser utilizadas como lastro para receber diretamente as telhas, evitando-se o uso da
trama.
2. Trama
A Trama é uma estrutura secundária formada pelo conjunto de peças arranjadas de modo a servir de lastro de
sustentação e fixação das telhas e acessórios da coberta, constituída geralmente por terças, caibros e ripas e se
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apoiam sobre a estrutura de suporte da cobertura. Para telhas de dimensões maiores, tais como as telhas
metálicas, plásticas, de fibrocimento e de concreto, é possível eliminar os caibros e ripas.
3. Telhamento (coberta)
O telhamento é a parte constituída pelas telhas e acessórios, destinados à vedação da coberta. Os principais
grupos são: as telhas cerâmicas, de fibrocimento, as metálicas (alumínio, aço, zinco e aço zincado) e as
especiais: vidro, poliestireno (transparentes), policarbonato, concreto, ardósia, madeira e outras.
Têm-se ainda as coberturas naturais constituídas por fibras e palhas vegetais (folhas).
4. Sistemas de captação de águas pluviais:
Sistema constituído geralmente por rufos, calhas, condutores verticais e acessórios, tendo como função a
drenagem das águas pluviais.
5. Subcobertura:
A Subcobertura consiste num sistema instalado por baixo do telhado com propriedades de impedir infiltrações e
propiciar isolamento térmico e acústico. A subcobertura é colocada sobre os caibros abaixo das telhas. Exige
geralmente a colocação de uma ripa intermediária para melhor apoio.

Utilizam-se alguns sistemas, tais como:


1) Mantas em espuma de fibras de polietileno, com ou sem película de alumínio;
2) Placas de Poliestireno Expandido – EPS;
3) Mantas de fibra de vidro (fiberglass).

6. Complementos e acessórios.
Componente cerâmico ou de qualquer outro material que permite a solução de detalhes do telhado, tais como
chapim, beiral, beira-e-bica, algeroz, cumeeira, rincões, espigões, peças especiais destinadas a promover a
ventilação e/ou iluminação e arremates em geral.

2. COBERTURA EM TELHA CERÂMICA E ESTRUTURA DE MADEIRA

2.1 ESTRUTURAS DE APOIO:


A Estrutura de apoio deve ser compatível com o telhamento adotado, com as condições de apoio, bem como
com os custos da edificação. Nas coberturas em telha cerâmica a estrutura de apoio é geralmente constituída
por pontaletes de madeira, pilaretes de alvenaria, paredes de alvenaria e treliça de madeira (tesouras).
O telhamento é apoiado sobre a trama de madeira que por sua vez é apoiada sobre a estrutura de apoio.
1) Pontalete de madeira ou Pilaretes de alvenaria
Apoiam-se sobre laje ou viga. As lajes devem ser dimensionadas levando-se em conta as cargas transmitidas
pelos pontaletes. Os pontaletes de madeira trabalham à compressão e devem se apoiar sobre um coxim de
madeira, com comprimento mínimo de 40 cm, a fim de melhor distribuir a carga sobre a laje.
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O pontalete deve ser dotado de mãos-francesas nas duas direções da cumeeira ou terça. Nas lajes pré-
moldadas os pontaletes não devem ser apoiados sobre as mesmas e sim sobre as paredes ou vigamentos. As
linhas de madeira devem ser apoiadas nos pilaretes de alvenaria através de um coxim de concreto.
2) Paredes (empenas)
As paredes de alvenarias, principalmente nas pequenas edificações, são utilizadas como estrutura de apoio da
coberta. As linhas devem ser apoiadas sobre cinta ou coxim de concreto a fim de distribuir sobre a alvenaria
a carga concentrada das linhas (terças, cumeeira e frechal), de modo a se evitar fissuras desagradáveis
localizadas no revestimento e na alvenaria, imediatamente abaixo das linhas.
3)Estruturas metálicas (aço, aço zincado e alumínio)
Tipo utilizado para vencer grandes vãos e/ou por conveniência de partido arquitetônico.
4)Estruturas de madeira
A estrutura de madeira é o tipo de estrutura de apoio mais utilizada. Consiste, geralmente, em uma viga em
forma de treliça plana vertical, composta por barras dispostas de modo a formar uma rede de triângulos
adjacentes, tornando o sistema estruturalmente indeslocável.
A tesoura “clássica convencional” é o tipo mais utilizado. Para vãos maiores de 12 m, a estrutura de aço passa
a ser mais econômica que a estrutura de madeira.
TESOURA DE MADEIRA
Tesoura– elemento da estrutura principal de sustentação da trama.

Perna ou banzo superior


Pendural

Asna Asna
Montante

Escora

Linha ou banzo inferior

Elementos principais de uma tesoura convencional de madeira

1. Linha (ou banzo inferior)


Viga (linha) horizontal localizada ao longo da parte inferior da tesoura que vai de um apoio ao outro apoio da
tesoura.

2. Pendural
Viga (linha) que liga a linha à extremidade superior das pernas da tesoura e se encontram em posição
perpendicular à linha, mas no mesmo plano. Esta peça recebe as asnas da tesoura. Em alguns casos recebe
no topo a cumeeira, caso dos telhados em telha cerâmica. O pendural se liga ao banzo inferior (linha) através
de estribo de aço aparafusado no pendural e livre em torno do banzo inferior (linha).
3. Pernas ou banzo inferior
Vigas (linhas) de sustentação das terças, indo do ponto de apoio da tesoura ao pendural. A perna é ligada à
linha sobre o apoio e ao pendural. A ligação da perna à linha é feita através de entalhe com reforço
indispensável feito por parafuso ou estribo. A ligação da perna ao pendural se dá através de entalhes e duas
chapas de ferro em ambos os lados, aparafusadas no pendural e em ambas as pernas.
O apoio das terças sobre as pernas da tesoura se dá nos nós teóricos formados pelo encontro da perna com
uma escora e um montante. A perna, também denominada de empena, não deve ter nenhum esforço de
flexão.
4. Montante
Peça que liga a linha à perna e se encontram em posição perpendicular à linha, mas no mesmo plano. Os
montantes (também chamados de tirantes) podem ser executados de três maneiras:
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1) Através de duas peças de madeira paralelas e opostas em ambos lados da tesoura, aparafusadas
lateralmente em suas extremidades à linha e à perna da tesoura, respectivamente, trabalhando à tração;
2) Através de uma peça de madeira fixada nas extremidades à linha e à perna, respectivamente, através de
pequeno entalhe (tipo macho e fêmea), e com a introdução de uma haste de aço junto a esta peça de
madeira, unindo a perna à linha, devidamente aparafusadas entre si, com a finalidade de absorver todo o
esforço de tração incidente sobre o montante.
3) Através de uma peça de madeira colocada entre a linha e a perna e presa por estribos de aço aparafusados
ligando as extremidades do montante à linha e à perna.
5. Asna
Denomina-se asna a peça que sai do pé do pendural e vai até a face inferior do banzo superior (perna) da
tesoura. A ligação das asnas ao pendural é reforçada através de chapas de ferro aparafusadas unindo as
duas asnas e o pendural entre si.
6. Escoras
São Vigas (linhas) de ligação entre a linha e a perna, encontram-se geralmente em posição oblíqua à linha e
trabalham a compressão.
7. Ferragens
São elementos constituídos por parafusos, hastes, estribos e chapas de aço, que garantem a união e solidez
entre as peças das tesouras.
8. Sambladuras
São entalhes apropriados realizados nas peças de madeira com a finalidade de proporcionar maior ajuste e
solidez na junção destas peças entre si, tornando o conjunto mais indeformável possível. Os entalhes são
feitos, geralmente, através de dentes ou mechas.
DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS DAS TESOURAS DE MADEIRA:
1. O espaçamento ideal entre as tesouras de madeira deve ficar entre 3,0 e 4,0 m;
2. As cargas devem ser sempre distribuídas nos nós, a fim de evitar qualquer esforço de flexão nas peças;
3. O ângulo entre a perna e a linha deve obedecer ao ângulo de inclinação do telhado;
4. O ponto de intersecção dos eixos da perna e da linha deve projetar-se verticalmente com o centro do apoio
da tesoura. Entretanto há uma tolerância máxima de 5,0 cm entre a borda do apoio da tesoura e a projeção
vertical do encontro dos eixos;
5. A distância entre a extremidade da linha e o encaixe da perna da tesoura não deve ser inferior a 20 cm;

6. As duas extremidades de apoio devem ser niveladas;


7. Os eixos das peças devem se encontrar nos nós estruturais;
8. As tesouras devem ser contraventadas com mão francesa ou com peças de madeira fixadas lateralmente
no topo do pendural da tesoura, através de parafuso, e fixada lateralmente na parte inferior do pendural das
tesouras imediatamente vizinhas, formando um “X” entre as tesouras e perpendicular ao seu plano;
9. Para vãos superiores a 10 m deve ser colocado contraventamento adjacentes complementar entre tesouras.
10. Os contraventamentos são necessários, para resistir às forças laterais (ventos) e para manter as estruturas
principais alinhadas e a prumo.
11. Qualquer entalhe não deve ser superior a 1/5 da altura da peça;
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12. A união do pendural com a linha é feita através de estribo de ferro aparafusado no pendural, de modo a
manter o nó estrutural e obrigar o sistema a trabalhar segundo um plano vertical;
13. A ligação entre a perna e a linha deve ser reforçada através de uma abraçadeira em forma de estribo ou
parafuso na vertical unindo as duas peças;
14. A ligação entre as pernas e o pendural deve ser feita através de chapa de ferro em ambos os lados,
devidamente aparafusadas (mínimo de um parafuso em cada peça). As chapas devem acompanhar os eixos
das peças;
15. Os parafusos e porcas utilizados devem ser dotados de arruelas;
16. As emendas das peças de madeira que compõem a linha devem ser feitas com chapas de aço em ambos
os lados (superior e inferior) com quatro parafusos dotados de porcas e arruelas e comprimento não inferior
a quatro vezes a altura da linha.
17. A linha de eixo da perna, a linha de eixo da linha ou banzo inferior e o eixo do apoio devem cruzar num
único ponto;
18. As duas extremidades de apoio devem ser niveladas;
19. A madeira utilizada deve ser tipo “madeira de lei”, resistente aos esforços presentes na estrutura, seca,
isenta de defeitos e imunizada contra pragas.
20. As emendas das linhas devem ser feitas através de chapas de aço e parafusos com arruelas. As peças de
madeira deverão receber entalhe de emenda tipo “dente-de-cão” com cunhas de aperto. O comprimento da
chapa deve ter não deve ser inferior a quatro vezes a altura da linha e dotada de quatro parafusos – dois
para cada lado da emenda.
2.3 TRAMA DE MADEIRA
As madeiras utilizadas devem ser do tipo “madeira de lei”, secas, apresentando resistência adequada aos
esforços a serem submetidas as peças da coberta e serem isentas de defeitos (empenamentos, nós, parte
de entrecasca, dentre outros). São consideradas “madeiras de lei”: Ipê (pau d’arco), massaranduba, jatobá,
pau marfim, Gonçalo Alves, tatajuba, sucupira, Angelim, dentre outras.
A trama é constituída dos seguintes elementos:
1. Cumeeira
Aresta horizontal delimitada pelo encontro de duas águas, localizada geralmente na parte mais alta do
telhado formando uma linha de intersecção de duas superfícies de cobertura com inclinação de sentidos
opostos;
A terça da parte mais alta do telhado é denominada cumeeira, sendo constituída de uma viga na linha de
cumeeira ou duas vigas paralelas junto à linha da cumeeira, mas em planos opostos. São apoiadas sobre
tesoura, pontaletes, paredes ou vigas.
A cumeeira quando apoiada sobre uma tesoura de madeira, o faz diretamente sobre o pendural (caso de
uma única linha) ou sobre a extremidade superior de cada perna da tesoura (caso de duas linhas paralelas).
As linhas de madeira são dimensionadas em função das bitolas comerciais existentes, atendendo ao cálculo
estrutural e às determinações das normas NBR.
2. Terças
Vigas (linhas) horizontais colocadas paralelas à cumeeira e apoiadas sobre tesoura, pontaletes ou paredes
a fim de receber os caibros ou diretamente as telhas, dando-lhes sustentação.
As vigas de madeira são dimensionadas em função das bitolas existentes no comércio, ao espaçamento
entre si, atendendo ao cálculo estrutural.
O espaçamento entre as terças é função do vão adotado para os caibros.
A distância entre os apoios das terças (vão) deve limitar-se à capacidade de carga da viga de madeira e ao
limite máximo admissível de flecha, definidos no cálculo da estrutura de madeira da coberta.
As emendas das terças serão feitas sobre os apoios ou afastados deles aproximadamente a ¼ do vão, com
chanfro de 45º e no sentido do diagrama de momentos fletores.
3. Frechal
É a denominação dada à última terça mais inferior de uma coberta.
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4. Chapuz
Calço de madeira, geralmente de forma triangular, que serve de apoio lateral para Terça, frechal e cumeeira.
O chapuz é fixado à madeira por meio de pregos de bitola adequada, devendo ser furado com broca de
diâmetro imediatamente inferior à do prego para não o danificar.

5. Caibro
Peças de madeira apoiadas sobre as terças servindo de apoio das ripas. A sua inclinação obedece a
inclinação do telhado. Os caibros são fixados na direção perpendicular as terças, através de pregos,
devendo ser furado com broca de bitola imediatamente inferior à do prego para não danificar ou lascar o
caibro.
Os caibros são dimensionados em função das bitolas existentes no comércio, atendendo ao cálculo
estrutural. O espaçamento entre os caibros não deve ser superior a 40 cm. As emendas dos caibros são
feitas sempre sobre as linhas em forma de plano inclinado (“sapata”), com o prego perpassando ambos os
caibros. Os caibros devem ser furados com broca de diâmetro inferior ao do prego a fim de evitar o
“lascamento” dos mesmos.
5. Ripa
Peça de madeira dispostas horizontalmente e apoiadas sobre os caibros; servem de lastro para as telhas
cerâmicas. As ripas são fixadas aos caibros através de pregos de dimensões apropriadas, de modo a não
lascar a madeira.
O espaçamento entre as ripas é função da dimensão da telha utilizada. O primeiro apoio da fiada superior
de telhas e o apoio terminal da fiada inferior devem ser constituídos por duas ripas sobrepostas, de forma a
compensar a espessura da telha que deveria existir (antes ou depois dessa fiada, em cada caso) e garantir
o plano do telhado.
6. Tabeira do beiral
O beiral é a parte denominada à projeção do telhado, geralmente em balanço, para fora do alinhamento da
parede ou do frechal (terça mais inferior), cujo comprimento, em geral varia de 40 cm a 60 cm. O termo
beiral(sem o nome tabeira) é também atribuída à peça de madeira fixada com prego no topo das terminações
dos caibros em balanço com a finalidade de dar um acabamento na terminação do telhado e manter as
extremidades dos caibros alinhadas e niveladas ao longo desta linha de contorno da coberta.
Nas terminações da coberta que coincidem com o último caibro lateral inclinado no sentido longitudinal do
telhado é colocado um beiral pregado ao longo deste último caibro, a fim de propiciar um bom acabamento.
Adota-se a secção mínima de 10 cm x 1,5 cm para a peça de madeira destinada ao beiral.
9. Rincão

Aresta inclinada delimitada pelo encontro de duas águas, formada pela intersecção inferior de duas
superfícies de cobertura adjacentes entre si, formando um coletor (calha) de águas das duas superfícies.
Neste caso é executada uma calha metálica (chapa de aço galvanizado ou alumínio) fixada sobre a trama
e abaixo do telhado para captação das águas pluviais.

10. Espigão
Aresta inclinada delimitada pelo encontro de duas águas, formada pela intersecção superior de duas
superfícies de cobertura adjacentes entre si, formando um divisor de águas entre as duas superfícies.

Rincão Espigão
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RUFO E CHAPIM

Rufo: Peça complementar de arremate entre o telhado e uma parede, executados em concreto
impermeabilizado ou peça metálica, com a finalidade de garantir a estanqueidade entre as telhas e as
paredes. São executados nos encontros do telhado com paredes paralelas ou transversais ao
comprimento das telhas.

Rufo Chapim

Rufo

Chapim: Elemento construtivo, geralmente de concreto premoldado, colocado sobre as terminações das
alvenarias expostas ao meio ambiente com a finalidade de impedir a penetração de água de chuvas
na parede.

2.4 TELHADO CERÂMICO


1. Telhas Cerâmicas

A impermeabilidade das telhas cerâmicas deve ter sua absorção de água não seja superior a 18%, a fim de
não causar gotejamento e propiciar a não proliferação de algas, fungos, liquens e musgos. As telhas têm sua
impermeabilidade aumentada com o tempo devido ao fato de que os poros são obstruídos com o limo e a poeira
depositada. A superfície das telhas deve ser lisa a fim de deixar a água escorrer facilmente e reduzir a
proliferação de fungos e musgo.
A estanqueidade e o desempenho térmico das telhas cerâmicas constituem os dois pontos principais para a
avaliação de um telhado. As telhas cerâmicas deverão estar isentas de defeitos sistemáticos como quebras,
rebarbas, esfoliações, trincas, empenamentos, desvios geométricos e não uniformidade de cor.
A colocação das telhas deve ser feita por fiadas, iniciando-se pelo beiral e prosseguindo-se em direção à
cumeeira. As telhas da fiada seguinte são colocadas de forma a se encaixarem perfeitamente sobre as telhas
da fiada inferior.
As telhas simples de sobreposição tipo capa e canal (colonial, Plan, Paulista, Piauí) devem ter sua parte mais
larga voltada para cima, com o esbarro encaixado nas ripas. A telha de capa é posicionada em seguida sobre
as telhas canais com a parte mais larga. As capas e os canais devem apoiar-se nas fiadas inferiores,
observando-se recobrimento longitudinal mínimo.
O apoio inferior da fiada do beiral (mais baixa) deve ser apoiada sobre duas ripas sobrepostas a fim de
compensar a altura correspondente à altura da telha a fim de garantir o plano do telhado. A telha canal deve
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ser invertida, ficando sua parte mais larga apoiada na ripa mais baixa a fim de possibilitar a execução do beira-
e-bica.
A cumeeira deve ser executada com peças cerâmicas específicas ou com as telhas que estejam sendo usadas.
Devem ser cuidadosamente encaixadas e emboçadas com argamassa mista, obedecendo-se um sentido de
colocação contrário ao dos ventos dominantes, observando um recobrimento longitudinal mínimo de 3 a 5 cm
entre as peças subsequentes.
No caso de beirais laterais, a proteção pode ser feita mediante o emboçamento de peças cerâmicas.
A argamassa a ser empregada no emboçamento das telhas e das peças complementares (cumeeiras, espigão,
algeroz e arremates), deve ser mista de cimento cal e areia, a fim de reduzir a retração e tornar a argamassa
mais deformável.
Os encontros do telhado com paredes paralelas ou transversais ao comprimento das telhas devem ser
executados empregando-se rufos metálicos ou de concreto impermeabilizado, de modo a garantir a
estanqueidade, evitando-se infiltrações de águas pluviais.
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE TELHAS
Segundo a NBR 15310 (ABNT, 2005), as telhas são classificadas em função de suas características
geométricas e do tipo de fixação, havendo quatro tipos:

1. Telhas planas de encaixe: Telhas cerâmicas planas que se encaixam por meio de sulcos e saliências,
apresentando pinos, ou pinos e furos de amarração, para fixação na estrutura de apoio. Ex: telha francesa.

2. Telhas compostas de encaixe: Telhas cerâmicas planas que possuem geometria formada por capa e canal
no mesmo componente, para permitir o encaixe entre si, possuem pinos, ou pinos e furos de amarração, para
fixação na estrutura de apoio. Ex: Romana, Portuguesa.

3. Telhas simples de sobreposição: Telhas cerâmicas formadas pelos componentes capa e canal
independentes. A concavidade ou convexidade define a utilização como canal ou capa respectivamente. O
canal deve apresentar pinos, furos ou pinos e furos de amarração, para fixação na estrutura de apoio; a capa
está dispensada de apresentar furos ou pinos. Ex: Colonial, Plan, Paulista, Piauí.

4. Telhas planas de sobreposição: Telhas cerâmicas planas que somente se sobrepõem e que podem ter pinos
para o encaixe na estrutura de apoio ou pinos e furos de amarração para fixação. Ex: Alemã.

PRINCIPAIS TIPOS DE TELHAS FABRICADAS NO BRASIL:

1. Telha Tipo Francesa.


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2. Telha Tipo Romana


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3. Telha Tipo Portuguesa

4. Telha Colonial
A capa e canal possuem formas iguais, com reentrâncias no lado convexo e no lado côncavo.
A inclinação deve estar entre 20 % e 25 %.
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5. Telha Tipo paulista


Os canais que se apoiam acima das ripas com um ressalto na face inferior que têm uma largura maior; e as
capas se apoiam sobre os canais, com largura menor; possuem uma reentrância para permitir o perfeito
acoplamento com os canais e uma saliência inferior para o deslizamento da telha.
A inclinação deve estar entre20 % e 30 %.
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PAULISTA - CAPA PAULISTA - CANAL

6. Telhas Tipo Plan


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PLAN - PLAN -
CAPA CANAL

7. Telha Tipo Piauí (capa e canal)


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 Principais acessórios cerâmicos para completar o telhado

Telha de ventilação Cumeeira e espigão Terminação de espigão

Chaminé Passagem de tubulação Encontro de cumeeira e espigão Peça decorativa

8. Telha Tipo Alemã

DETALHES GEOMÉTRICOS
Largura/comprimento de fabricação: Largura/comprimento indicada pelo fabricante, correspondente à maior
largura da telha.
Largura/comprimento útil (Lu/Cu): Valor da largura/comprimento da parte visível da telha quando montado o
telhado.
Largura/comprimento efetivo: Valor da largura resultante das medições realizadas em ensaio de laboratório.
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Sobreposição longitudinal: Diferença entre o comprimento de fabricação e o comprimento útil da telha.


Sobreposição transversal: Diferença entre a largura de fabricação e a largura útil da telha.
Canal: Componente ou parte da telha cuja finalidade é conduzir água.
Capa: Componente ou parte da telha cuja finalidade é conduzir a água para o canal.
REQUISITOS GERAIS
1. Requisitos de absorção de água:
- Em clima tropical ou temperado: ≤ 20%;
- Em climas frios e temperados: ≤ 12%;
- Em climas muito frio ou úmido sujeitos a ciclos de gelo e degelo: ≤ 7%;
2. Requisitos de impermeabilidade:
- Resistir à passagem da água após longos períodos de exposição à chuva;
- Não apresentar vazamento ou formação de gotas em sua face inferior durante certo período de tempo.
3. Identificação na telha:
- Nome do fabricante, do município e estado;
- Nome do Tipo da telha;
- Rendimento médio da telha (quantidade de telhas por metro quadrado, com uma casa decimal - T/m²);
- Dimensões de fabricação na sequência: largura (L) x comprimento (C);
4. Resistência à carga de ruptura à flexão simples em ensaio de três pontos:
- Telhas compostas de encaixe: 1300 N (133 kg)
- Telhas planas de encaixe, telhas simples de sobreposição e telhas de sobreposição: 1000 N (102 kg);
- Resistir ao trânsito eventual de uma pessoa sobre o telhado.
5. Requisitos geométricos: a fim de evitar problemas de encaixe e montagem.
- Planaridade: Flecha máxima medida em um dos vértices de uma telha, estando os outros três apoiados em
um mesmo plano horizontal. Tolerância de até 5 mm.
- Retilineidade: Flecha máxima medida em um ponto determinado das bordas, ou no eixo central, no sentido
longitudinal ou no transversal. Largura efetiva ≤ 1% - todas as telhas;
Comprimento ≤ 1% - somente para telhas planas;
- Tolerância Dimensional: ± 2,0% em relação às dimensões especificadas na Norma.

6. Características visuais e sonoras:


- Pode apresentar ocorrências como esfoliações, quebras, lascados e rebarbas que não prejudiquem o seu
desempenho;
- São admissíveis eventuais riscos, escoriações e raspagens causadas por atrito feitas nas telhas durante sua
fabricação, embalagem, manutenção ou transporte;
- Apresentar coloração uniforme;
- Apresentar som metálico quando suspensa por uma extremidade e percutida;
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- Não apresentar defeitos como: crateras, rachaduras, fissuras, eflorescências, manchas e corpo estranho;

TELHAMENTO

O telhamento de uma coberta é constituído pelas telhas e acessórios, destinados à vedação da coberta.
Principais grupos:
- Telhas cerâmicas;
- Fibrocimento;
- Metálicas: alumínio, aço, zinco e aço zincado;
- Diversos: vidro, plásticos, concreto, ardósia, ecológica, etc.

Telhas tipo sanduiche (isolação térmica) Telhas metálicas

TELHAS FIBROCIMENTO
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Espessuras: 5, 6 e 8 mm
Comprimento: 0,91 / 1,22 / 1,53 / 1,83 / 2,13 / 2,44 / 3,05 / 3,66.
Largura: 1,10 m;
Largura útil: 0,885 m ou 1,05 m;
Tipos (modelos) mais comuns: Onduladas e Calhetas.

 Algumas vantagens das telhas de fibrocimento são:


– Grande resistência a atmosferas agressivas, não sofrendo o efeito de corrosão e
– Baixo peso e relativa resistência mecânica;
– Grande estanqueidade e isolamento acústico;
– Econômicas, duráveis e de fácil manuseio;
– Podem ser pintadas para melhorar a estética ou o comportamento térmico do telhado.
– Apresentam diversos tamanhos e espessuras para escolha;
– Desvantagem: não proporcionem adequado conforto, sobretudo térmico.

 Requisitos técnicos:

- A aplicação das telhas deve usar o grau de inclinação (ângulo com a horizontal ou % de inclinação) e o
correspondente trespasso recomendados pelo fabricante. Esta inclinação deverá constar do projeto de
coberta da edificação a fim de dar eficácia à coberta e evita o gotejamento ao ambiente coberto.
- Fixar as telhas individualmente nas ondas superiores à linha de madeira ou à estrutura metálica através de
parafusos indicados pelo fabricante das telhas;
- Os parafusos deverão ser dotados de elemento de vedação dos furos executado na telha;
- O furo na telha deve ser dotado de folga que permita a movimentação térmica e higroscópica da telha a fim
de evitar a fissuração longitudinal da telha na ocorrência de variação de temperatura da telha;
- O assentamento se faz no sentido oposto ao dos ventos dominantes;
- A inclinação da telha deve ser a mesma da cumeeira;
- A s recomendações e especificações técnicas do fabricante das telhas devem ser obedecidas.
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Cumeeira Articulada:
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PREGOS
O mercado utiliza as duas medidas abaixo:
1) Polegadas inglesas x BWG (Birmingham Wire Gauge)
2) JP (Jauge de Paris) x LPP (Linha de Polegadas Portuguesas).
Tabela de pregos:

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