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SISTEMAS,

MÉTODOS E
PROCESSOS
DE CONSTRUÇÃO
CIVIL

Diego da Luz Adorna


Processos e técnicas
construtivas de coberturas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Caracterizar as etapas de execução da estrutura da cobertura.


 Definir as etapas de execução da estrutura do telhado.
 Descrever as etapas de montagem do telhado.

Introdução
A construção de abrigos surgiu a partir da necessidade do homem de
buscar proteção frente às condições climáticas da natureza. Assim, a
cobertura consiste em um importante sistema construtivo, pois garante
a proteção dos usuários e do ambiente interno da edificação.
O tipo de cobertura empregado em uma obra de engenharia varia de
acordo com as características da construção. Em obras residenciais, nor-
malmente a cobertura é composta por um conjunto de telhas sustentadas
por uma estrutura. A esse tipo de cobertura é dado o nome de telhado.
Neste capítulo, você vai estudar as características estruturais dos
principais tipos de estruturas e as suas aplicações. Além disso, você vai
ver as etapas de execução de estruturas de telhados e os procedimentos
de instalação das telhas cerâmicas e metálicas.

1 Coberturas e telhados

Contextualização
Desde os primórdios da humanidade, o homem busca por abrigos que o pro-
tejam frente às ações da natureza, como chuva, vento e granizo. Ao longo da
história, os abrigos evoluíram de cavernas e tendas para grandes edificações
em concreto e aço, como você vê na Figura 1.
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Figura 1. Evolução da arquitetura.


Fonte: Adaptada de Katrevich Valeriy/Shutterstock.com.

A cobertura de uma edificação, além de proteger o usuário das intempé-


ries, deve garantir o isolamento térmico e acústico do ambiente interno. Ela
também deve proporcionar a captação e o escoamento das águas pluviais,
de modo a evitar a infiltração de água no interior da edificação (ALLEN;
IANO, 2013, p. 651).

Tipos de coberturas
Os tipos de coberturas variam, em escala global, de acordo com as condições
climáticas, financeiras e culturais dos povos. Exemplos disso são as tendas
utilizadas pelos beduínos e os iglus construídos pelos esquimós, conforme
mostra a Figura 2.

Figura 2. (a) Tendas utilizadas pelos beduínos e (b) iglus utilizados pelos esquimós.
Fonte: memomemory/Shutterstock.com; Smit/Shutterstock.com.
Processos e técnicas construtivas de coberturas 3

No Brasil, os tipos de coberturas mais empregados em obras residenciais


e edificações são as lajes de concreto e os telhados em estrutura metálica
ou de madeira. Em algumas obras de maior vulto, como centros de eventos
artísticos e esportivos, são empregadas coberturas em membrana, em casca
ou em malhas metálicas. A seguir, você verá as principais características de
cada tipo de cobertura.

Cobertura em laje

A cobertura em laje é utilizada principalmente em edificações de vários pavi-


mentos, como indicado na Figura 3. Porém, hoje muitos projetos residenciais
também estão sendo elaborados com esse tipo de sistema de cobertura.
A construção de coberturas em laje, de modo geral, demanda menor
gasto, quando comparada com telhados tradicionais, além de promover maior
agilidade na execução. Nesse sistema construtivo, o último pavimento da
edificação exerce a função de proteger o ambiente interno das intempéries,
garantir o conforto e permitir o escoamento da água.

Figura 3. Cobertura em laje.


Fonte: Pavel L Photo and Video/Shutterstock.com.

A cobertura em laje deve, obrigatoriamente, estar associada a um sistema


de impermeabilização, cuja função é impedir a infiltração da água (BORGES,
2009). Em lajes de cobertura, a impermeabilização pode ser feita com a
aplicação de argamassas impermeáveis ou poliméricas (impermeabilização
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rígida) ou, ainda, com a aplicação de manta asfáltica sobre a superfície da


laje (impermeabilização flexível). A impermeabilização flexível é indicada
para lajes submetidas a movimentações significativas, decorrentes de va-
riações térmicas.
As lajes de cobertura devem ser executadas com caimento entre 1% e 2%,
a fim de evitar o acúmulo da água da chuva sobre a estrutura. A condução da
água da chuva é realizada por meio de ralos, grelhas, calhas e tubos.

Telhados

O telhado é um sistema composto por uma armação estrutural, normalmente


executada em madeira ou aço, que sustenta o conjunto de elementos de reves-
timento denominados telhas. Os telhados se caracterizam como o principal
tipo de cobertura utilizada em construções residenciais, como você observa
na Figura 4.

Figura 4. Telhado em obra residencial.


Fonte: tamara321/Shutterstock.com.

A estrutura do telhado deve ser executada de modo a garantir o caimento


da cobertura, permitindo o escoamento das águas das chuvas. Esse caimento
da cobertura varia de acordo com o tipo de telha empregado: o telhado pode
ter caimento em uma ou mais direções, que são chamadas de águas. Na Figura
5, você pode ver exemplos de telhados com uma ou mais águas.
Processos e técnicas construtivas de coberturas 5

Figura 5. Telhados de uma ou mais águas.


Fonte: Azeredo (1997, p. 154).

De acordo com Borges (2009), o revestimento da cobertura pode ser feito


com telhas cerâmicas, metálicas, de fibrocimento, entre outros tipos. Estas são
sustentadas por uma estrutura em malha denominada trama, que normalmente
é composta por ripas, caibros e terças. A trama, por sua vez, é apoiada em
uma estrutura treliçada ou pontaletada, que transmite os carregamentos da
cobertura para os pontos de apoios (laje, vigas, paredes). A trama e a estrutura
dos telhados podem ser executadas em madeira ou em aço.

Cobertura em membrana

A cobertura em membrana se refere a um sistema construtivo composto por


membranas sustentadas por estruturas metálicas, conforme representado na
Figura 6. Nesse sistema, as membranas devem ser submetidas, exclusivamente,
a esforços de tração.
6 Processos e técnicas construtivas de coberturas

Figura 6. Cobertura em membrana.


Fonte: MDOGAN/Shutterstock.com.

A estrutura metálica pode ser composta por treliças, cabos ou malhas de


aço, que absorvem os esforços incidentes sobre a membrana e os transferem
para as fundações da edificação. A estrutura normalmente é disposta em
curva, a fim de permitir o escoamento da água, evitando assim sobrecargas
da membrana.
As coberturas em membrana são indicadas em estruturas de grande porte,
em função do seu peso reduzido. Além disso, permitem melhor aproveitamento
do ambiente interno, sendo indicadas para centros esportivos e estádios de
futebol. Devido às suas características, as coberturas em membrana podem ser
montadas e desmontadas com certa facilidade; portanto, são muito utilizadas
em shows e eventos temporários.
As membranas podem apresentar ainda características de isolamento tér-
mico e acústico, garantindo o conforto do ambiente interno. Algumas delas
também têm características de translucidez, permitindo a redução dos custos
energéticos (MARQUES, 2015).

Cobertura em arcos e cascas

Os arcos são elementos estruturais lineares, submetidos quase que exclusiva-


mente a esforços axiais de compressão (REBELLO, 2000). As coberturas com
Processos e técnicas construtivas de coberturas 7

arcos existem desde a Antiguidade, tendo sido utilizadas pelos egípcios e pelos
romanos. Na Idade Média, os arcos foram muito utilizados na construção de
igrejas, como você pode ver na Figura 7. Naquela época, eles normalmente
eram executados com pedras.

Figura 7. Cobertura em arco e casca.


Fonte: Convent of Pater Noster (2008, documento on-line).

As cascas, por sua vez, apresentam comportamento semelhante ao dos


arcos, mas são elementos de superfície, conforme indica a Figura 8. Esse tipo
de cobertura absorve esforços distribuídos sobre a sua superfície e os distribui
até as fundações, por meio de esforços internos de compressão.
Em função do seu comportamento estrutural, os arcos e as cascas garantem
estabilidade para a estrutura e permitem a execução de grandes vãos, sendo
muito utilizados em centros de eventos ou centros esportivos. Além disso, a
curvatura natural dos elementos permite o escoamento da água das chuvas.
Atualmente, as coberturas em arcos e cascas são executadas em concreto
armado, concreto protendido ou em estruturas metálicas.
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Figura 8. Cobertura em casca.


Fonte: Andy Copeland/Shutterstock.com.

2 Execução de estruturas de telhados


A armação do telhado é composta por uma estrutura principal, denominada
tesoura, e uma estrutura secundária, chamada de trama. Em alguns casos,
a estrutura principal pode ser composta apenas por pontaletes e vigas, o que
é conhecido como estrutura pontaletada (YAZIGI, 2009).
A estrutura do telhado pode ser executada em madeira ou em aço. As
estruturas em madeira são empregadas em obras de pequeno e médio porte,
em função do seu custo reduzido, quando comparadas a estruturas metálicas.
Já as estruturas em aço são empregadas em obras de grande porte ou em obras
que demandem maior agilidade na execução.

Estrutura principal: tesouras e meias-tesouras


As tesouras e meias-tesouras são treliças que compõem a estrutura principal
da armação do telhado, como apresenta a Figura 9. Elas têm a função de apoiar
a trama e transferir os carregamentos da cobertura para os apoios, que podem
ser as paredes, as vigas ou a própria laje da edificação.
Processos e técnicas construtivas de coberturas 9

Figura 9. (a) Tesoura. (b) Meia-tesoura.


Fonte: Adaptada de AlexanderZe/Shutterstock.com.

As tesouras e meias-tesouras de madeira em geral são construídas em


peças com bitolas de 6 x 12 cm ou 6 x 16 cm. A armação de madeira deve ser
executada com madeira de lei, normalmente peroba-rosa. Conforme destaca
Yazigi (2009), não devem ser utilizadas peças de madeira que apresentem
sinais de esmagamento, arqueamento, fendas, nós ou qualquer outro tipo
de defeito excessivo. Além disso, as peças não devem apresentar alto teor
de umidade.
As tesouras e meias-tesouras metálicas, por sua vez, são construídas em
perfis de aço com seção em U ou seção em L, de acordo com as dimensões
do fabricante. As armações em aço são mais leves que as em madeira, fa-
cilitando o transporte, o manuseio e a instalação da estrutura. A Figura 10
mostra os elementos estruturais que compõem uma tesoura de cobertura,
os quais recebem uma denominação específica, conforme o papel que de-
sempenham na estrutura.
10 Processos e técnicas construtivas de coberturas

Figura 10. Elementos estruturais de uma tesoura de cobertura.

Veja a seguir as características dos principais elementos estruturais de


uma tesoura de cobertura.

 Frechal: consiste em uma peça posicionada sobre a parede, viga ou


laje, de modo a servir de apoio para a tesoura e permitir a distribuição
dos carregamentos.
 Linha: consiste em uma peça disposta horizontalmente, que promove
a ligação inferior da tesoura com os apoios.
 Perna: é composta por peças inclinadas, que servem de apoio para a
trama. As pernas se desenvolvem a partir dos apoios e se encontram
no cume da estrutura.
 Pendural ou tirante: os tirantes são peças perpendiculares à linha, cuja
função é promover a ligação dela com a perna. O tirante central, que
liga a linha ao cume da estrutura, é denominado pendural.
 Asna e escoras: as escoras são peças oblíquas ao plano da linha, tendo
a função de ligá-la à perna. As escoras também promovem a ligação
entre os tirantes, conferindo estabilidade à estrutura. As escoras ligadas
ao pendural são denominadas asnas.
Processos e técnicas construtivas de coberturas 11

Treliças são estruturas cujos elementos devem ser submetidos, exclusivamente, a esforços
axiais de tração ou compressão. Em geral, as linhas e os tirantes são submetidos a esforços
de tração, enquanto as pernas e escoras são submetidas a esforços de compressão. A
trama de madeira deve se apoiar sobre os pontos de ligação entre pernas e tirantes (nós),
de modo a evitar o desenvolvimento de esforços de flexão nos elementos estruturais.

Em tesouras metálicas, a emenda dos elementos estruturais normalmente


é realizada por meio de soldagem ou parafusos, garantindo a distribuição dos
carregamentos da estrutura. Em tesouras de madeira, no entanto, a emenda
entre os elementos estruturais é feita por meio do encaixe das peças, exigindo
maior atenção durante a execução da estrutura. A seguir, você verá os principais
detalhes que precisa observar na execução de tesouras de madeira.

Ligação entre perna e linha

A ligação entre a perna e a linha deve acontecer, de preferência, no ponto de


apoio da estrutura (vigas, paredes ou laje), para evitar o desenvolvimento de
esforços de flexão na linha. Caso a concepção estrutural não permita isso, deve-
-se prever uma peça de reforço estrutural sob o encontro entre perna e linha.
Assim, aumenta-se a rigidez do elemento estrutural, de modo a absorver os
esforços de flexão sem sofrer deformações. A ligação entre as peças estruturais
pode ser feita por meio de parafusos de comprimento adequado, conforme a
Figura 11a, ou por meio de chapas metálicas parafusadas, como na Figura 11b.

Figura 11. Ligação entre perna e linha com reforço estrutural, por meio de (a) parafuso
e (b) chapa metálica.
Fonte: Adaptada de Azeredo (1997).
12 Processos e técnicas construtivas de coberturas

Ligação entre perna e pendural

A ligação entre a perna e o pendural deve considerar a altura das terças


fixadas sobre a perna, a fim de conferir o caimento adequado para a trama
de madeira. A terça de cumeeira serve de guia para o posicionamento das
peças estruturais, devendo ser encaixada, até a metade da sua altura, sobre o
pendural, como mostra a Figura 12.
Azeredo (1997) destaca dois tipos de ligação entre perna e pendural, re-
presentadas à esquerda e à direita na Figura 12. Contudo, o autor afirma que
a ligação da esquerda é a que, preferencialmente, deve ser adotada.

Figura 12. Ligação entre perna e pendural.


Fonte: Azeredo (1997, p. 148).

Ligação entre linha e pendural

A ligação entre a linha e o pendural é feita por meio de braçadeiras metálicas


ou talas de madeira, posicionadas em ambos os lados da estrutura e parafu-
Processos e técnicas construtivas de coberturas 13

sadas entre si, conforme exposto na Figura 13. Deve-se manter uma folga de
2 cm entre o pendural e a linha, bem como na braçadeira metálica ou tala
de madeira, de modo a permitir a acomodação da estrutura, em função do
sobrepeso decorrente da absorção de água pelas telhas.

Figura 13. Ligação entre linha e pendural.


Fonte: Azeredo (1997, p. 148).

Ligação entre perna, escoras, tirantes e linha

Os tirantes consistem em peças de madeira de bitola 3 x 12 cm ou 3 x 16 cm,


sendo fixados às pernas por meio de pregos ou parafusos, paralelamente à
face externa da tesoura, conforme representado na Figura 14. De acordo com
Azeredo (1997), os tirantes devem ultrapassar a face superior das pernas e a
face inferior das linhas.
Além disso, as terças não devem ser apoiadas sobre os tirantes, e sim sobre
cunhas devidamente parafusadas às pernas, que são chamadas chapuz. As
escoras, por sua vez, são ligadas diretamente às pernas por meio de encaixes
semelhantes aos utilizados na ligação perna–pendural, conforme mostra a
Figura 14.
14 Processos e técnicas construtivas de coberturas

Figura 14. Ligação entre perna, escoras, tirantes e linha.


Fonte: Adaptada de Azeredo (1997).

Estrutura secundária: trama


A trama consiste na estrutura secundária da cobertura, atuando como o sistema
de apoio das telhas de revestimento. As terças metálicas normalmente são
executadas com perfis metálicos com seção em U ou em L. As telhas metálicas
são fixadas de forma perpendicular ao plano das tesouras que compõem a
estrutura principal, conforme você pode observar na Figura 15, e são então
parafusadas diretamente nas terças.
Processos e técnicas construtivas de coberturas 15

Figura 15. Terças metálicas.


Fonte: Thanate Rooprasert/Shutterstock.com.

As tramas de madeira, por outro lado, são compostas por terças, caibros e
ripas, conforme representado na Figura 16. As terças consistem em peças de
madeira com bitola de 6 x 12 cm ou 6 x 16 cm, posicionadas perpendicular-
mente em relação ao plano das tesouras que compõem a estrutura principal.
A terça de topo da trama é denominada cumeeira, enquanto a terça inferior
da trama é chamada de contrafrechal.

Figura 16. Trama de madeira.


Fonte: Adaptada de Azeredo (1997).
16 Processos e técnicas construtivas de coberturas

Os caibros são peças de madeira com bitola entre 5 x 6 cm e 5 x 8 cm,


posicionadas perpendicularmente ao plano das terças. O espaçamento dos
caibros depende do tipo de telha a ser utilizado, mas em geral é de em torno
de 50 cm. A inclinação dos caibros confere o caimento do telhado.
Por fim, as ripas são peças de madeira com bitola de 1 x 5 cm, posicionadas
perpendicularmente ao plano dos caibros. Elas exercem a função de apoio para
as telhas e, portanto, devem ser espaçadas de acordo com o tipo de elemento
de revestimento utilizado.

3 Montagem de telhados
O revestimento da estrutura do telhado é realizado com elementos de fecha-
mento denominados telhas. No mercado da construção civil, são encontradas
telhas em diversos materiais e modelos. Os principais tipos de telhas empre-
gados atualmente são as telhas cerâmicas e as telhas metálicas.
A diferença básica entre a instalação de telhas cerâmicas e metálicas é a
forma de fixação dos elementos na trama. Enquanto as telhas cerâmicas são
simplesmente encaixadas nas ripas, as metálicas são parafusadas nas terças.
Veja na Figura 17 exemplos de fixação de telhas cerâmicas e telhas metálicas.

Figura 17. Fixação de (a) telhas cerâmicas e (b) telhas metálicas.


Fonte: Radovan1/Shutterstock.com; M2020/Shutterstock.com.

A instalação das telhas, tanto cerâmicas quanto metálicas, inicia por meio
da fixação de uma fiada mestra no ponto mais baixo da trama, conforme a
Figura 18a. A fixação das telhas sempre deve ocorrer da direita para a esquerda,
Processos e técnicas construtivas de coberturas 17

como aponta Figuerola (2009). Após a execução da fiada mestra horizontal,


a fixação das telhas ocorre em planos verticais, a partir da direita, conforme
a Figura 18b, até que todo o telhado tenha sido coberto.

Figura 18. Instalação de telhas (a) na fiada mestra e (b) em planos verticais.
Fonte: (a) Figuerola (2009, p. 80); (b) Figuerola (2009, p. 81).

O corte das telhas cerâmicas ou metálicas, se necessário, deve ser feito


de modo a adequar o revestimento à configuração do telhado. Nos divisores
de águas, devem ser instaladas peças de arremate cerâmicas ou metálicas
apropriadas, para promover o fechamento da estrutura e impedir a penetração
de água no interior da cobertura, como mostra a Figura 19.

Figura 19. Peças de arremate em telhado metálico.


Fonte: eleonimages/Shutterstock.com.
18 Processos e técnicas construtivas de coberturas

Em telhados cerâmicos, as peças de arremate são fixadas por meio de


argamassa de assentamento, como na Figura 20. Já em telhados metálicos, a
fixação é realizada por meio de parafusos. As peças de arremate são fornecidas
pelo próprio fabricante das telhas.

Figura 20. Assentamento de cumeeira em


telhado cerâmico.
Fonte: Figuerola (2009, p. 83).

A construção de coberturas envolve diversos serviços em altura, como a instalação


das tesouras e das telhas. Portanto, deve ser realizada de acordo com as exigências da
Norma Regulamentadora nº 18, do Ministério do Trabalho, para garantir a segurança
dos trabalhadores e pedestres.
Processos e técnicas construtivas de coberturas 19

ALLEN, E.; IANO, J. Fundamentos da engenharia de edificações: materiais e métodos. 5.


ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
AZEREDO, H. A. O edifício até sua cobertura. 2. ed. São Paulo: Blucher, 1997.
BORGES, A. C. Prática das pequenas construções. 9. ed. São Paulo: Blucher, 2009. v. 1.
CONVENT of Pater Noster. 2008. 1 fotografia. Disponível em: https://www.scojec.org/
news/2008/08vii_pilgrimage/r_fm.html. Acesso em: 3 mar. 2020.
FIGUEROLA, V. Telhado cerâmico. In: CONSTRUÇÃO passo a passo. São Paulo: PINI,
2009. v. 1.
MARQUES, D. F. C. Análise estrutural e dimensionamento de estruturas de membrana. 2015.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade do Minho, Braga, 2015.
REBELLO, Y. C. P. A concepção estrutural e a arquitetura. São Paulo: Zigurate, 2000.
YAZIGI, W. A técnica de edificar. 10. ed. São Paulo: PINI, 2009.

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