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19/09/2019 TECNIQUITEL | TECNIQUITEL

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Arquivo do Autor: TECNIQUITEL

Reservatórios Metálicos para Armazenamento de Águas

Publicado em Novembro 16, 2012 por TECNIQUITEL

Enquadramento

Atualmente, os reservatórios são peças estruturantes nos sistemas de armazenamento e distribuição de água potável. De relevar também a sua
aplicação em redes de incêndio, redes de rega, redes de águas residuais e redes de processos industriais. A aplicabilidade deste tipo de estruturas é
vasta, contribuindo para ainda para a utilização racional de outros recursos essenciais à sociedade moderna, como são os casos dos cereais e
combustíveis, entre outros.

Sendo utilizados em várias aplicações e podendo ser construídos de formas distintas, os reservatórios têm sido objeto de diversas classificações. O
Decreto Regulamentar nº 23/95, que aprova o Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de
Águas Residuais, classifica os reservatórios da seguinte forma:

“Os reservatórios classificam-se:

a) Consoante a sua função, em: de distribuição ou equilíbrio, de regularização de bombagem e de reserva para combate a incêndio;

b) Consoante a sua implantação, em: enterrados, semienterrados e elevados;


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c) Consoante a sua capacidade, em: pequenos, médios e grandes, respectivamente, para volumes inferiores a 500 m 3, compreendidos entre 500 m3 e 5000 m3 e
superiores a este último valor.”

A norma Americana API 650 classifica os reservatórios metálicos soldados, para efeitos de dimensionamento estrutural, pelas suas proporções
dimensionais, sendo considerados baixos se a Altura/Raio ≤ 1,5 e altos se Altura / Raio > 1,5.

Outras classificações importantes serão a sua forma volumétrica (p. e. cilíndricos, paralelepipédicos e poliédricos), o material em que são feitos (p. e.
betão armado, betão pré-esforçado e metálicos), a natureza do recurso armazenado (p. e. água, vinho, recursos granulares, hidrocarbonetos), a
localização (p. e. interiores e exteriores) e complexidade da sua construção (p. e. não compartimentados, compartimentados, sobrepostos e
sobrepostos e compartimentados), o modo de encerramento (p. e. não cobertos e cobertos), entre outras.

Em determinadas obras de engenharia a regulamentação torna a utilização de reservatórios obrigatória. Por exemplo, a Portaria n.º 1532/2008, que
aprova o Regulamento Técnico de Segurança Contra Incêndio em Edifícios, define como obrigatório a utilização de reservatórios, apoiados por
grupos sobrepressores, a partir da 3.ªcategoria de risco de incêndio. Se não existirem garantias de continuidade de pressões e caudais a partir da
rede pública, também serão obrigatórios para a 1ª e na 2ª categoria de risco.

Quanto à sua difusão, os reservatórios com formatos cilíndricos e paralelepipédicos são os que se apresentam em maior número devido a razões de
facilidade de execução, adequação aos espaços e requisitos de desempenho. Quando se trata de grandes reservas líquidas os reservatórios de
conceção cilíndrica são em geral os mais económicos. A distribuição de esforços na estrutura é mais eficiente que num reservatório retangular,
permitindo uma menor espessura das paredes e possibilitando um menor consumo de material.

Elementos construtivos

Geralmente, quando um reservatório é classificado como metálico é devido ao facto do seu corpo principal o ser. No entanto, outros elementos
construtivos de diferentes materiais são essenciais à segurança e funcionalidade dos reservatórios. Quanto à solidariedade do corpo metálico esta
pode ser maioritariamente realizada através do recurso a soldadura ou a aparafusamento de chapas e componentes.

Os reservatórios metálicos podem ser divididos pelos seguintes componentes principais (ver Fig.1):

Fundação em betão armado, para suporte do reservatório e transmissão dos esforços ao terreno;
O corpo metálico que servirá de apoio à cobertura, retenção do líquido e fixação de acessórios,
Cobertura, normalmente metálica, para impedir a intrusão de resíduos e garantia da estanquidade à entrada de águas;

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Ligações e acessórios diversos (tais como inibidores de vórtice, descarregadores de superfície, passagens de inspeção, manómetros de carga,
válvulas diversas, escadas de acesso, aquecedores de imersão, etc.).

(h ps://tecniquitel.wordpress.com/2012/11/16/reservatorios-metalicos-para-armazenamento-de-aguas/reservatorio-tecniquitel-14-4/)

Fig.1 – Esquema de um reservatório metálico

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Revestimentos

O aço e outros metais não protegidos, quando em contacto com a atmosfera, com a água e com o solo, estão sujeitos à corrosão, pelo que as
estruturas de aço e outras estruturas metálicas são normalmente protegidas.

Uma forma de proteger o aço contra a corrosão é através da galvanização. Poder-se-á recorrer à galvanização a quente por imersão, garantindo os
padrões de espessura do zinco e aspeto através de controlo de processo, pelo cumprimento da norma EN ISO 1461. Para componentes onde os
principais requisitos tenham a ver com a moldagem a frio e a resistência à corrosão, a galvanização deverá ser realizada conforme a norma EN
10327.

Em ambientes ou aplicações onde os elementos metálicos sejam sujeitos a grandes agressividades provocados por outros agentes químicos e
biológicos, poder-se à recorrer a outro tipo de proteções. Por exemplo, no armazenamento de águas de processos industriais ou águas residuais,
onde as chapas das paredes estão sujeitas a ataques diretos de agentes agressivos, é recomendado o recurso de chapas metálicas revestidas com
tintas epóxicas ou mesmo vidro, cozidas em forno.

Quando se trata de armazenar água para consumo, convém que o material em contacto com a água não liberte substâncias capazes de a contaminar.
O aço revestido a vidro ou a pintura epóxica cozida em forno é um bom material para esta aplicação. Poder-se à recorrer a membranas certificadas
para o efeito. A Water Regulation Advisory Scheme (WRAS) certifica membranas para consumo de água, de acordo com a norma BS6920.

Estanquidade

Em reservatórios metálicos aparafusados, mesmo garantindo o aperto adequado de parafusos, não é possível garantir a estanquidade sem recorrer a
técnicas de vedação que envolvam outros materiais que não o aço. As duas soluções de vedação mais correntes em reservatórios metálicos
aparafusados passam pela utilização de uma membrana interior ou pela vedação através de mástiques.

Aquando da utilização das membranas, a estrutura das paredes em aço servirá apenas para proteção e suporte da membrana interior e de diversos
acessórios. São amplamente utilizadas em reservatórios metálicos as membranas em borracha de Etileno Propileno de Terpolímero (EPDM) e as
membranas em borracha butílica. As membranas EPDM são em geral mais baratas, no entanto existem diversas que estão certificadas para uso em

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redes de combate a incêndio. As membranas butílicas, ao contrário das EPDM, podem ter características que as tornam como boas para a utilização
de água potável.

Aquando da utilização de mástiques, são recomendados os monocomponentes de poliuretano com elevada aderência ao aço tratado e que
apresentem cura sem retração se expostos à atmosfera e à humidade. Outras características importantes são a resistência ao corte, a resistência à
exposição ambiental e ao envelhecimento, a consistência tixotrópica, a trabalhabilidade e desnecessidade de colagem contínua, serem não corrosivos
e a capacidade de absorverem vibrações e ruídos de impacto.

Coberturas

Estão disponíveis no mercado diversas soluções para as coberturas dos reservatórios. Os elementos fundamentais que condicionam a escolha de
uma cobertura serão em primeira instância o tipo de produto a armazenar e as necessidades de estanquidade e ventilação; o diâmetro do
reservatório; o grau de incidência de ações da natureza como por exemplo a neve e o vento e a envolvente e as exigências estéticas.

Para determinados tipos de aplicação as coberturas terão que ser estanques ou evitar a intrusão de elementos estranhos que contaminem o produto
armazenado e o tornem impróprio para o fim a que se destina ou que deteriorem a sua capacidade de conservação.

A obrigação do cumprimento de requisitos de vedação e não contaminação do produto armazenado encontra-se presente na legislação e normas
relacionadas. Por exemplo, na aplicação de reservatórios de aço galvanizado para serviços de incêndio, a norma inglesa LPS 1276 que define os
requisitos para certificação LPCB para reservatórios para redes de sprinklers obriga a que uma cobertura cumpra os seguintes requisitos:

Seja rígida;
Permita excluir os raios solares diretos;
Evite que a água seja contaminada com materiais estranhos;
Ser concebida para suportar cargas de neve de acordo com a zona em que o reservatório venha a ser montado (mínimo de 0,75 kN/m2); e
Ser concebida de tal forma que qualquer das suas partes se localize no mínimo 500 mm acima do ponto mais elevado do nível de água
(incluindo todas as estruturas de suporte, com exceção única para os pilares centrais de suporte).

Por outro lado o Decreto Regulamentar nº 23/95, que prova o Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de
Drenagem de Águas Residuais, no artigo 72.º refere um conjunto de disposições que devem ser observadas pelos reservatórios para protecção
sanitária da água armazenada.

“Para garantia de protecção sanitária da água armazenada, os reservatórios devem:


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a) Ser perfeitamente estanques às águas subterrâneas e superficiais;

b) Possuir um recinto envolvente vedado, de acesso condicionado;

c) Possuir as aberturas protegidas contra a entrada de insectos, pequenos animais e luz;

d) Utilizar materiais não poluentes ou tóxicos em contacto permanente ou eventual com a água;

e) Ter a entrada e a saída da água em pontos suficientemente afastados para evitar a formação de zonas de estagnação;

f) Ser bem ventilados de modo a permitir a frequente renovação do ar em contacto com a água;

g) Ter, quando necessário, adequada protecção térmica para impedir variações de temperatura da água.”

É usual a utilização de coberturas planas com pendentes ou em formato de cúpula. Outros formatos poderão também ser utilizados nomeadamente
a abobada, este com vantagens de aplicabilidade em reservatórios retangulares de grandes dimensões.

As cúpulas, com formato próximo do hemisférico são estruturas ideais para reservatórios cilíndricos de grandes vãos. Estas estruturas têm um
grande potencial arquitetónico. Aquando da utilização do alumínio na construção da estrutura reticulada de suporte podem obter-se soluções com
enumeras vantagens comparadas com outros materiais, nomeadamente o aço. Comparativamente com o aço as coberturas de alumínio levam em
vantagem na resistência à corrosão, custo de construção e manutenção, construção rápida, flexibilidade de conceção. A nível de custos, poderão
ficar em desvantagem em relação a estruturas de aço ou betão em casos de necessidades de resistências mecânicas excecionais.

Para vãos menores utilizam-se coberturas planas devido ao seu mais baixo custo de construção. Este tipo de coberturas, com aplicabilidade tanto
em reservatórios cilíndricos como paralelepipédicos, podem apresentar vários tipos de recobrimento, nomeadamente chapas caneladas; painéis
sandwich, no caso de exigências mecânicas e térmicas maiores, ou outro tipo como por exemplo plásticos reforçados com fibras de vidro.

Inibidor de vórtice

O inibidor de vórtice pode ser uma peça muito importante para o bom funcionamento hidráulico do sistema e prevenção dos acidentes de
funcionamento. Como sugere o próprio nome, este acessório específico para tubagens previne o início de vórtices em reservatórios quando o líquido
está a ser extraído por grupos hidropneumáticos, contribuindo também para o máximo aproveitamento do líquido armazenado.

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O conceito e utilização são simples. Amarrado internamente às flanges do atravessamento das paredes do reservatório, este acessório responde, sem
necessidade de grandes requisitos resistentes, que o líquido é drenado de uma área abrangente, reduzindo drasticamente as velocidades dos fluxos
no interior do reservatório e evitando a criação de vórtices à superfície.

A conversão do escoamento linear para escoamento radial previne a aspiração sobre zonas localizadas e o risco de formação de vórtices. A entrada
de ar e consequente choque hidráulico são eliminados ao mesmo tempo que se evitam danos no grupo hidropneumático.

Os inibidores de vórtice geralmente não são necessários em escoamentos gravíticos, devendo ser utilizados quando as velocidades de escoamento
ultrapassam 1 m/s.

Uma das vantagens da utilização do inibidor de vórtice é maximização do aproveitamento do volume de água armazenado. Numa aspiração
convencional, sem inibidor de vórtice, o nível mínimo de água recomendado em condições de serviço são 2 diâmetros acima da conduta de
aspiração para impedir a entrada de ar. A soleira da conduta deverá situar-se 1 diâmetro acima do nível do pavimento, o que na prática significa
que deverá existir uma altura mínima de água de 4 diâmetros. Utilizando o inibidor de vórtice, e sendo a sua altura geralmente de ½ diâmetro da
aspiração, pode tomar-se como referência prática 1 diâmetro da aspiração para nível mínimo de água de serviço. O aumento do aproveitamento em
reservatórios de pequenas dimensões pode ser considerável, podendo existir melhorias relativas até 20% (ver Fig.2).

(h ps://tecniquitel.wordpress.com/2012/11/16/reservatorios-metalicos-para-armazenamento-de-aguas/fig22/)

Fig.2 – Formação de vórtices

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Segurança estrutural

O dimensionamento estrutural de reservatórios metálicos implica a consideração dos fenómenos de falha mais comuns. Um importante acionador
dos fenómenos de falha de reservatórios é a ocorrência de um sismo. Um sismo só por si pode implicar diminuição das capacidades resistentes do
solo de fundação, proporcionar a movimentação do líquido armazenado, transmitir vários tipos de ações capazes de cortar ou arrancar as
ancoragens, encurvar as paredes do reservatório, provocar assentamentos e danificar as ligações hidráulicas.

Quando as paredes do reservatório são sujeitas a um conjunto de ações muito elevadas, compostas por momentos derrubadores e tensões de
membrana provocadas pelas pressões estáticas e hidrodinâmicas, ocorre a plastificação da parte inferior da parede provocando aqui uma
encurvadura. Este tipo de falha é conhecido como “pata de elefante” (ver primeira imagem da Fig.3).

Outra falha por encurvadura ocorre nas paredes aquando de tensões axiais elevadas, mas sendo as tensões de membrana inferiores à tensão de
cedência, as chapas deformar-se-ão em forma de diamante (ver segunda imagem da Fig.3).

Uma resposta típica às ações sísmicas é o movimento de líquido à superfície. Como resultante deste movimento surgem movimentos de massas de
ar que por sucção podem danificar o topo das paredes do reservatório e as próprias chapas da cobertura. Terá que ser garantido ainda em projeto
que a cobertura se encontra a uma distância tal, do nível máximo de líquido contido, de forma a não ser atingida pela onda calculada (ver terceira
imagem da Fig.3).

(h ps://tecniquitel.wordpress.com/2012/11/16/reservatorios-metalicos-para-armazenamento-de-aguas/fig3-2/)

Fig.3 – Falhas estruturais nas paredes metálicas

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Em reservatórios não ancorados à fundação podem verificar-se ainda as roturas por deslizamento horizontal ou por levantamento parcial. O
deslizamento horizontal ocorre quando as forças de corte no topo da base vencem as forças de atrito. O levantamento parcial decorre da existência
de momentos derrubadores que não são devidamente contrabalançados com o peso próprio ou pela amarração à base. Os resultados mais visíveis
destas formas de falha são a rotura das ligações hidráulicas.

Os diversos modos de rotura da fundação são geralmente gravosos para as ligações hidráulicas, danificação das vedações em reservatórios
aparafusados e muitas vezes para a própria estabilidade da estrutura. Em primeira instância deverá ser garantida a segurança da estrutura em
estados limites últimos e o bom desempenho em condições normais de utilização. Deverão ser consideradas em projeto as interações solo-fundação
e fundação-estrutura metálica. É extremamente importante a consideração das deformações estruturais e do solo ao longo da vida útil do
reservatório, ou pode correr-se risco elevado de danificação das ligações em situações de serviço. Um exemplo de deformações que podem tomar
proporções inadmissíveis é o fenómeno de consolidação de solos argilosos que podem resultar em assentamentos muito pronunciados e rotura das
ligações hidráulicas.

Tendo o solo características geotécnicas inconstantes poder-se-ão verificar assentamentos diferenciais que se manifestam logo em danos na vedação
e perda da estanquidade. Em solos arenosos submersos a ocorrência de ações sísmicas pode originar a liquefação das areias e um assentamento
global acentuado, não controlado, destruindo todas as ligações hidráulicas, a estrutura do reservatório e a própria fundação.

A norma NP EN 1997 – Projecto geotécnico (Eurocódigo 7) contempla análises de segurança geotécnica aos seguintes estados limites:

Perda de estabilidade global do terreno;


Rotura por insuficiente capacidade resistente do terreno;
Rotura por deslizamento da fundação;
Rotura conjunta do terreno e da estrutura;
Grandes excentricidades de cargas;
Rotura estrutural por movimento da fundação;
Assentamento excessivo;
Empolamento excessivo do solo e
Vibrações excessivas.

A regulamentação nacional e europeia em vigor relacionada com o dimensionamento de reservatórios metálicos e fundações é a seguinte:

DL 235/83 – Regulamento de segurança e acções para estruturas de edifícios e pontes (RSAEEP);


DL 349-C/83 – Regulamento de estruturas de betão armado e pré-esforçado (REBAP);
DL 211/86 – Regulamento de estruturas de aço para edifícios (REAE);
NP EN 1991 – Acções em estruturas (Eurocódigo 1);
NP EN 1992 – Projecto de estruturas de betão (Eurocódigo 2);
NP EN 1993 – Projecto de estruturas de aço (Eurocódigo 3);
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NP EN 1994 – Projecto de estruturas mistas aço-betão (Eurocódigo 4);


NP EN 1997 – Projecto geotécnico (Eurocódigo 7);
NP EN 1998 – Projecto de estruturas para resistência aos sismos (Eurocódigo 8);

Outra regulamentação de referência:

API 650 – Welded tanks for oil storage;


NP EN 206-1 – Betão: Especificações, produção desempenho e conformidade e
NP EN 10025 – Produtos laminados a quente em aços de construção não ligados. Condições técnicas de fornecimento.

Considerações de aplicação

A possibilidade de incorporação de vários revestimentos, nas chapas e outros componentes metálicos permitem o seu uso em diversos tipos de
aplicações e ambientes. O custo do produto final é grandemente influenciado pelo revestimento utilizado, sendo de esperar que as soluções
galvanizadas sejam as mais económicas.

Os reservatórios de aço galvanizado são altamente competitivos, em termos de preço e funcionalidade, quando aplicados em redes de extinção de
incêndio, sendo muito mais económicos que o betão armado. Aquando da sua aplicação em água potável, terão que ser utilizadas membranas
próprias para o efeito, o que poderá encarecer a solução. Outra desvantagem é a vida útil que se situa entre os 20 e 30 anos, inferior à do betão.

As soluções de aço revestidas a vidro fundido são a excelência para o armazenamento de água potável, dando elevadas garantias de salubridade da
água. Com baixos requisitos de manutenção e um longo ciclo de vida, apresentam custos totais inferiores às soluções em betão. Outras vantagens
são a rapidez de construção e a possibilidade de aumentos de capacidade durante a exploração. A desvantagem principal desta solução será o
investimento inicial que poderá ser superior ao de betão armado.

As soluções de revestimento epóxico são ótimas para o armazenamento de água potável, líquidos industriais e águas residuais. O investimento
inicial é inferior ao do aço revestido a vidro. Devido à necessidade de pouca manutenção, os custos durante o ciclo de vida são também mais baixos
que os de betão armado.

Os reservatórios metálicos aparafusados apresentam ainda as vantagens de modularidade e rapidez de construção. No fim do ciclo de vida, é fácil a
desmontagem e separação dos componentes, o que lhes dá vantagens ambientais comparativamente com outras soluções.

Artigo escrito por Martinho Carneiro – Eng.º Civil – Tecniquitel


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