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CAPITULO II: PROCESSOS CONSTRUTIVOS:

OPERAÇÕES E MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO

COFRAGENS
1. COFRAGENS
Termo que designa a estrutura provisoria que sustenta o
betão fresco e lhe confere a forma final pretendida para a
obra a realizar enquanto este não tem resistência para se
auto-sustentar.
É uma construção provisória, facilmente montada, solicitada
durante pouco tempo durante a colocação do betão e
passado poucos dias é desmontada para preferencialmente
ser reutilizada.
2. ELEMENTOS QUE COMPÕEM A COFRAGEM

a) ELEMENTOS DE CONTACTO (Chapas, Moldes ,Tabuleiros , Paineis )

que estão em contacto directo com betão


b) ELEMENTOS DE SUPORTE (Prumos)

NOTA: Os prumos de cofragens verticais devem estar fixos na


base, fazendo um ângulo de aproximadamente 45º com a
mesma. Os prumos de cofragens horizontais devem ter o seu
eixo completamente perpendicular à base
c) Vigas de Cofragem

NOTA: As vigas pricipais ficam posicionadas por baixo das vigas


secundarias e as vigas pricipais são posicionadas na menor
direcção e devem ser de maior rigidez.
d) ELEMENTOS DE FIXAÇÃO ( Grampos, pregos, etc)
3. CARACTERÍSTICAS EXIGIDAS AS COFRAGENS

 Ser RESISTENTES o suficiente para suportar as


pressões, o peso do betão e das sobrecargas impostas;

Ser suficientemente RÍGIDAS a fim de manter a forma


sem sofrer deformações assinaláveis;

Ser ECONÓMICAS em termos de do custo total (


Montagem, desmontagem, materiais)

NOTA: O Dimensionamento de sistemas de cofragens evita sub-


dimensionamento ou sobre-dimensionamento com consequências graves tanto
em custos, segurança e durabilidade da estrutura.
3. Cont.
 Devem ser de facil MANEIO, de maneiras a permitir
betonagem e descofragem;
Elementos pré-fabricados e REUTILIZÁVEIS embora o
custo inicial seja mais elevado, o custo por aplicação é
reduzido

 A PERMEABILIDADE e ABSORÇÃO deverão ser


suficientemente reduzidas para que a água ou as partículas
finas do betão fresco não se dissipem podendo afectar as
características desejadas para o betão.

 Adaptação às CONDIÇÕES CLIMÁTICAS, TEMPERATURA


E HUMIDADE;
4. MATERIAIS

A selecção dos materiais para a fabricação dos elementos


de cofragem é normalmente uma função de:

 Disponibilidade;
 Economia;
 Necessidade;

 Combinação dos factores


a) MADEIRA

Todo tipo de madeira florestal pode ser usada para cofragens,


mas POR RAZÕES ECONÓMICAS mundialmente empregam-
se, sobretudo o PINHO, E O EUCALIPTO, este ultimo
principalmente para prumos, porem localmente pode ser
empregado outro tipo de madeira desde que obedeça as
características gerais dos materiais para cofragens

NOTA: Não devem ser de podridão rápida;


Razões da utilização da madeira para cofragens

 É abundante na natureza estando desde logo praticamente


apta a ser utilizada;
 É um material com resistência significativa e leve, o que facilita
o seu transporte movimentção;
 É fácil de cortar e ligar;

 É passível de ser transformado industrialmente em outros


materiais para cofragens;

 Permitem o ajuste a qualquer forma geométrica dos


elementos;

 São de custo relativamente baixos


b) METAL

Utiliza-se, sobretudo a chapa de aço queinada ou


reforçada com perfis, mas de há alguns anos para cá se
procura desenvolver o emprego de cofragens em liga de
alumínio moldado, o que é interessante por causa da sua
leveza
Características das cofragens metálicas

 Muito duráveis quando bem utilizados o que permitem um


grande número de reutilizações;

 Permitem a obtenção de superfícies muito regulares;

 Possuem alta condutibilidade térmica que dificulta as


betonagens a temperaturas extremas;

 Menos adaptáveis a diferentes formas geometricas;

 Possuem custo de aquisição elevado quando


comparadas com as de madeira
c) Outros materiais

 ALVENARIA (Podem ser constituídas em betão ou


blocos que ficam perdidos após a betonagem).

 CHAPA DE ALUMÍNIO ( Pouco indicadas uma vez que o


alumínio reage com o cimento Portland e cofragem tende a
ficar colada à peça betonada);
5. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE COFRAGENS

Os sistemas de cofragens podem ser classificadas sob


varios pontos de vista,

1. QUANTO A UTILIZAÇÃO DAS COMPONENTES


PRINCIMPAIS
1.1. RECUPERÁVEIS ( São a maioria dos casos, são
reutilizaveis apois o endurecimento do betão);

1.2. PERDIDAS ( São integradas na contrução);

1.3. DESCARTÁVEIS, apois o endurecimento não tem mais


utilidade
1.1. COFRAGENS RECUPERÁVEIS (QUANTO A EVOLUÇÃO
DOS SISTEMAS)
1.1.1.Cofragem Tradicional/Artesanais
(Sem normalização dos processos e procedimentos- não calculadas e não
sistémicos)

1.1.2. Cofragem Racionalizada ou Modular


( Elementos Normalizados e calculados como sistemas, permitem maior
numero reutilizações )

1.1.3. Cofragem Tradicional Melhorada ou Semi-


Racionalizada
(Introdução de elementos calculados porem não sistémicos )

1.1.4. Cofragem Especiais (Ex: vigas de lançamento e Carro


de avanço)
1.1.2. Cofragem Racionalizada ou Modular

Cofragens ligeiras ou desmembráveis

Contemplam uma separação entre os elementos de suporte e os de contacto


1.1.2. Cofragem Racionalizada ou Modular

Cofragens Semi-Desmembráveis

São sistemas em que os próprios painéis de cofragem incluem os elementos de


suporte, movimentando-se sempre em conjunto, necessitando apenas de alguns
prumos para realização de escoramento em função da altura e do elemento a
betonar
1.2. COFRAGENS PERDIDAS (QUANTO A ESTRUTURA)

 Estruturais ou colaborantes

 Não-Estruturais ou Não-colaborantes (Tubos metálicos,


Abobadilhas, Blocos, Cofragem Plástica)
2. QUANTO A FUNCIONALIDADE

2.1. COFRAGENS HORIZONTAIS ( Sistemas usados para


construção de elementos Horizontais ex: Lajes)

2.2. COFRAGENS VERTICAIS ( Sistemas usados para


construção de elementos verticais, ex: Pilares)

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