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ACULDADE ESTÁCIO DE CARAPICUÍBA

ENGENHARIA CIVIL

OBRAS SECAS - STEEL FRAME

Carapicuíba

2021
OBRAS SECAS - STEEL FRAME

Trabalho de Conclusão de curso


apresentado à Faculdade Estácio -
FNC, como parte dos requisitos para a
aprovação no Curso de Graduação em
Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Giovani Marques


Ferreira

Carapicuíba

2021
RESUMO

No final da Segunda Guerra Mundial, a abundância de aço começou a


tornar mais popular a utilização deste material na construção civil. A construção
frame tornou-se um método construtivo dominante na América do Norte devido à
utilização sustentável de recursos e materiais, velocidade de execução e devido
também a uma grande variedade de estilos arquitetônicos. No Brasil, as primeiras
obras utilizando o sistema de construção frame mais parecido com o executado
nos EUA começaram na década de 1980, eram algumas poucas e quase sempre
tinham um caráter experimental. No início dos anos 2000 começaram a aparecer
iniciativas voltadas a substituir o sistema tradicional de construção em alvenaria.
Hoje o segmento de construção STEEL FRAME possui crescimento exponencial
dentro do mercado da construção civil e já está presente em todas as regiões do
país, esta tecnologia construtiva tem muitas vantagens, podendo destacar:
segurança estrutural, conforto térmico e acústico, equilíbrio da umidade do
ambiente, rapidez na construção, sustentabilidade. O sistema de construção
energitérmica sustentável, embora exija mão de obra qualificada, também permite
a padronização da construção com a execução em série de edificações, A
tecnologia é capaz de executar projetos de maneira mais rápida e mais limpa que
as obras de alvenaria tradicional, gerando uma construção com qualidade
superior.

Palavras Chave: Steel Frame, construção energitérmica sustentável, aço.


ABSTRACT

At the end of World War II, the abundance of steel began to make the use of
this material more popular in construction. The frame construction has become a
dominant constructive method in North America due to the sustainable use of
resources and materials, speed of execution and also due to a wide variety of
architectural styles. In Brazil, the first works using the frame construction system
more similar to the one executed in the USA began in the 1980s, were a few and
almost always had an experimental character. In the early 2000s initiatives began
to appear aimed at replacing the traditional system of masonry construction. Today
the Steel Frame construction segment has an exponential growth in the civil
construction market and is already present in all regions of the country, this
constructive technology has many advantages, such as structural safety, thermal
and acoustic comfort, environmental humidity balance, Speed in construction,
sustainability. The sustainable energy-building system, while requiring skilled
manpower, also allows the standardization of construction with the serial execution
of buildings. The technology is able to execute projects faster and cleaner than
traditional masonry works, generating A construction with superior quality.

Keywords: Steel Frame, energy-efficient sustainable, steel.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1 INTRODUÇÃO 9

1.1. CONSTRUÇÃO ENERGITÉRMICA SUSTENTÁVEL (CES) 9

1.2. CARACTERISTICAS DO SISTEMA STEEL FRAME 10

1.3. HISTÓRIA DOS SISTEMAS 11

1.4. NORMAS TÉCNICAS PARA O SISTEMA STEEL FRAMING: 16

2 PROCESSO CONSTRUTIVO PARA EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS 17

1.1. FUNDAÇÃO 17

1.1.1. Radier 17

1.1.2. Sapata corrida 18

1.2. ESTRUTURA 19

1.2.1. Contraventamento 19

1.2.2. Perfis metálicos 21

1.2.3. Parafusos 21

1.3. FECHAMENTOS 23

1.3.1. Placas cimentícias 23

1.3.2. Placas OSB 23

1.3.3. Gesso Acartonado Ou Drywall 26

1.3.4. Isolamentos 28

1.3.5. Isolamento acústico 28

1.3.6. Isolamento térmico 29

1.4. INSTALAÇÕES 30

1.4.1. Hidráulica 30

1.4.2. Instalações de esgoto 31

1.4.3. Instalações de gás 31


1.4.4. Elétrica 32

1.5. COBERTURA 33

1.5.1. Estrutura para apoio de reservatórios de água 35

1.5.2. Telhado 36

1.6. ACABAMENTOS 39

3 MONTAGEM DE ESTRUTURA RESIDENCIAL EM SISTEMA STEEL


FRAME 42

2.1. CRONOGRAMA DE OBRA 42

4 CONCLUSÃO 48

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 49
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 9

1.1. CONSTRUÇÃO ENERGITÉRMICA SUSTENTÁVEL (CES) 9

1.2. CARACTERISTICAS DO SISTEMA STEEL FRAME 10

1.3. HISTÓRIA DOS SISTEMAS 11

1.4. NORMAS TÉCNICAS PARA O SISTEMA STEEL FRAMING: 16

2 PROCESSO CONSTRUTIVO PARA EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS 17

1.1. FUNDAÇÃO 17

1.1.1. Radier 17

1.1.2. Sapata corrida 18

1.2. ESTRUTURA 19

1.2.1. Contraventamento 19

1.2.2. Perfis metálicos 21

1.2.3. Parafusos 21

1.3. FECHAMENTOS 23

1.3.1. Placas cimentícias 23

1.3.2. Placas OSB 23

1.3.3. Gesso Acartonado Ou Drywall 26

1.3.4. Isolamentos 28

1.3.5. Isolamento acústico 28

1.3.6. Isolamento térmico 29

1.4. INSTALAÇÕES 30

1.4.1. Hidráulica 30

1.4.2. Instalações de esgoto 31

1.4.3. Instalações de gás 31


1.4.4. Elétrica 32

1.5. COBERTURA 33

1.5.1. Estrutura para apoio de reservatórios de água 35

1.5.2. Telhado 36

1.6. ACABAMENTOS 39

3 MONTAGEM DE ESTRUTURA RESIDENCIAL EM SISTEMA STEEL


FRAME 42

2.1. CRONOGRAMA DE OBRA 42

4 CONCLUSÃO 48

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 49
9

1 INTRODUÇÃO

O Steel Frame é um sistema construtivo formado por aço galvanizado que


juntos formam o principal elemento estrutural, além de ser muito efetivo em varias
áreas importantes para sociedade atual, visando ser Sustentável e Energitérmica.

Energitérmica: é a característica dada pela economia de energia, tanto


durante o processo construtivo, como após a obra acabada trazendo ótimo
desempenho térmico da edificação.

Sustentável: devido ao uso de materiais ecológicos (reciclados e recicláveis),


como o OSB, que permite melhor eficiência energética do sistema, ótimo
desempenho térmico e acústico, redução do desperdício de materiais, menor
geração de resíduos (menos de 1%), redução de consumo de água e baixa emissão
de CO².

Apresentar-se-á em detalhes o método construtivo STEEL FRAME,


descrevendo a sua montagem, materiais empregados, e as vantagens desse método
em suas aplicações.

1.1. CONSTRUÇÃO ENERGITÉRMICA SUSTENTÁVEL (CES)

Este sistema construtivo pode ser aplicado em qualquer estilo arquitetônico;


é indicado tanto para edificações unifamiliares de pequeno ou médio porte, como
para construções multifamiliares e em altura de até cinco pavimentos, cumpre todas
as exigências da NBR 15575 - Edifícios habitacionais de até 5 pavimentos e também
muito utilizado para a construção de galpões para diversas aplicações.

O sistema traz um ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel e pela


rapidez no retorno do capital investido; tem um custo até 30% menor, devido ao
menor prazo de execução, racionalização da mão de obra e de materiais; e redução
de até 60% no tempo da obra em comparação a processos convencionais.
O sistema utiliza produtos de alta tecnologia, as empresas garantem durabilidade de
até 30 anos. E como o sistema é constituído de perfis contraventados com painel
OSB, que confere resistência superior ao sistema convencional, resistindo a ventos
de até 300 km/h.
10

Este sistema contribui com a preservação do meio ambiente, emite,


aproximadamente, 5 vezes menos CO², quando comparado ao processo construtivo
convencional; e também contribui com a redução do consumo de energia na
construção em comparação aos sistemas tradicionais.

1.2. CARACTERISTICAS DO SISTEMA STEEL FRAME

O STEEL FRAME é um sistema construtivo estruturado em perfis de aço


galvanizado formado a frio, projetados para suportar as cargas da edificação e
trabalhar em conjunto com outros subsistemas industrializados, de forma a garantir
os requisitos de funcionamento da edificação.

É um sistema construtivo que permite a utilização de diversos materiais. Por


ser flexível, não apresenta grandes restrições aos projetos, racionalizado à utilização
dos recursos e o gerenciamento das perdas. É customizável permitindo total controle
dos gastos já na fase de projeto, além de ser durável e reciclável. Apresenta ótima
resistência a incêndio, pois é revestido por placas de gesso acartonado, material com
elevada resistência ao fogo.

Figura 2 – Estrutura de sistema STEEL FRAME

Fonte: https://iluviaengenharia.wordpress.com
11

1.3. HISTÓRIA DOS SISTEMAS

Para se entender a história do Sistema Steel Frame, deve-se entender a


história do Sistema Wood Frame, apesar das controvérsias de alguns autores e
pesquisadores quanto ao surgimento da técnica Wood Frame estes consideram
impossível atribuírem a um único autor este feito.

A Igreja de Saint Mary em Chicago que é conhecida como marco histórico e


como a primeira obra em Wood Frame. Feita por George W. Show em julho de 1833,
a igreja ainda foi desmontada e remontada três vezes.

Figura 3 – Primeira montagem da Igreja de Saint Mary em Chicago

Fonte: https://prefabricadosteelframe.wordpress.com
12

Figura 4 – Segunda montagem da Igreja de Saint Mary em Chicago

Fonte: https://prefabricadosteelframe.wordpress.com

Há também registro de casos anteriores, das primeiras casas em madeira


transportadas para o local de montagem que surgiram ainda no período colonial
norte americano, como os casos das casas pré-fabricadas em 1578 levadas da
Inglaterra ao Canadá e o da Great House, construída por Edward Winslow em 1624,
levada da Inglaterra até Massachussets e depois remontada em outros lugares.

A partir de então as construções desse tipo foram aplicadas ininterruptamente


até o ano de 1872, quando um grande incêndio destruiu todo o centro de Chicago.
Como consequência, passou-se a investir nas novas técnicas que se desenvolviam
nessa época, como as estruturas em concreto e ferro fundido. O Wood Frame, no
entanto, continua a ser utilizado até hoje, mas especialmente na construção de casas
unifamiliares.

Os registros apontam como a primeira construção feita em estrutura metálica


a ponte sobre o rio Severn, na Inglaterra, de ferro fundido em 1779, a partir de então
o ferro foi amplamente utilizado, diminuindo o tempo de montagem e substituindo a
madeira em muitas obras.
13

Figura 5 - Ponte sobre o rio Severn

Fonte: https://prefabricadosteelframe.wordpress.com

Foi James Borgadus (1800 – 1874), quem patenteou o primeiro sistema


construtivo a base de elementos pré-fabricados como vigas, pilares e painéis de
vedação em ferro fundido, bastante similar ao que utilizamos até hoje.

A partir de 1864 com a introdução do forno Siemens-Martin o ferro fundido


passa a dar lugar ao aço laminado

Com o desenvolvimento da tecnologia dos aços galvanizados é que o aço


começa gradualmente a substituir a madeira nos painéis autoportantes, isso ocorre
por volta da metade do século XX, quando as siderúrgicas americanas começaram a
disponibilizar aços com menores espessuras e maior resistência à corrosão.

Na Europa as primeiras construções em Steel Framing começaram a aparecer


após a segunda guerra mundial, devido à necessidade de urgência na reconstrução
de casas que haviam sido bombardeadas, a madeira utilizada nas construções foi
um agravante nos incêndios durante os ataques.
14

Dando assim, continuidade ao desenvolvimento das siderúrgicas, que


deixaram de produzir artigos bélicos e iniciaram a produção de material apropriado
para construção civil, e assim começou a industrialização de perfis leves de aço,
substituindo o uso da madeira, preservando os recursos florestais e
promovendo construções não inflamáveis.

Devido à globalização dos mercados, iniciou um esforço na década de 70


para padronizar as medidas da pré-fabricação. A adoção mundial do Sistema
Internacional de Medidas cujo módulo fundamental é 600 mm e os múltiplos de 3, só
ocorreu de fato na década de 1980 após pressão japonesa.

A partir da década de 1990, impulsionado pelo aumento no preço das


construções em madeira, há um aumento nas construções Steel Framing, e a
principal causa ocorreu após os desastres naturais que assolaram os EUA, primeiro
o furacão Andrew em 1992 e em 1994 o terremoto Northridge. A maioria das casas
em Wood Frame mostrou-se pouco resistentes aos desastres, causando em 1992, o
maior reembolso já pago pelas seguradoras e no segundo foram 25 mortes
relacionadas ao método construtivo em madeira. Assim, as companhias passaram a
sobretaxar as construções em Wood Frame e subtaxar as de Steel Frame
impulsionando esse mercado que passou de 500 casas construídas em 1992 para
500.000 em 2004.

No Brasil, a primeira obra em Steel Frame foi executada em 1998, pela


construtora paulista Sequência, um condomínio de casas de alto padrão no bairro do
Brooklin, executado em cem dias com quase todos os componentes importados.

Atualmente o mercado brasileiro desenvolveu-se bastante, tanto na procura


pela técnica, mas especialmente na cadeia de fornecedores: hoje os componentes
são todos feitos no Brasil com garantia de qualidade e até mesmo concorrência entre
empresas. Não há dados precisos quanto ao aumento do uso do Steel Frame no
Brasil, no entanto, o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), que acompanha os
números do aço no país, o consumo de galvanizados na construção aumentou 91%
no período entre 2000 e 2008.

Outro exemplo da Construtora Sequência são as instalações da Petrobrás no


campo de gás de Urucu, no meio da Amazônia, executada em 2006. O material foi
15

transportado de navio e balsa, trajeto de 40 dias. A construção tem 7.350m² e foi


concluída em 10 meses.

Figura 6 - Campo de gás de Urucu, Amazonas.

http://www.construtorasequencia.com.br

Outra tendência é a adoção do sistema para suprir o déficit habitacional no


Brasil, o que se tornou um a perspectiva possível com a nacionalização dos
componentes e barateamento dos custos de produção.

Países como Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, Japão, Portugal ,


Canadá, Chile já utilizam este sistema construtivo em grande escala, por ser um
sistema amplo, capaz de integrar todos os componentes necessários à construção
de uma edificação, tendo como principal fundamento a sustentabilidade.

No Brasil, segundo relatório da C.B.C.A. (Centro Brasileiro de Construção em


Aço) e do I.C.Z. (Instituto de Metais Não Ferrosos) de 2016, ano base 2015, foram
produzidas aproximadamente 46.000t de perfis para Steel Frame. Dessa produção
69% para edifícios industriais, 18% para edifícios comerciais e 13% para
residenciais.
16

1.4. NORMAS TÉCNICAS PARA O SISTEMA STEEL FRAMING:

● ABNT NBR 6.355/2012 – Perfis estruturais de aço formados a frio —


Padronização
● ABNT NBR – 14.715/2010 - Chapas de gesso para dry-wall
● ABNT NBR 14.762/2010 - Dimensionamento de estruturas de aço
constituídas por perfis formados a frio.
● ABNT NBR 15.217/ Perfis de aço para sistemas de gesso acartonado –
Requisitos
● ABNT NBR 15.253/ Perfis de aço formados a frio, com revestimento
metálico, para painéis reticulados em edificações – Requisitos gerais
● ABNT NBR 15575/2013 - Edifícios habitacionais de até 5 pavimentos
ABNT NBR 15.758/2009 - Sistemas construtivos em chapas de gesso para
dry-wall – Projeto e procedimentos executivos para montagem – Parte 1:
Requisitos para sistemas usados como parede; Parte 2: Requisitos para
sistemas usados como forro; e Parte 3: Requisitos para sistemas usados
como revestimento.
17

2 PROCESSO CONSTRUTIVO PARA EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

Freitas e Castro (2006, p.12) definem a expressão Steel Frame como sendo
um “processo pelo qual se compõe um esqueleto estrutural em aço formado por
diversos elementos individuais ligados entre si, passando estes a funcionar em
conjunto para resistir às cargas que solicitam a edificação e dando forma a mesma”.

Para demonstrar a construção em Steel Frame se fará a divisão em seis


etapas, a seguir:

1 - Fundações;
2 - Estruturas;
3 - Fechamentos;
4 - Instalações;
5 - Cobertura;
6 - Acabamentos.

1.1. FUNDAÇÃO

Para fundações de construções em Steel Frame pode-se optar por dois tipos
de fundação que são o radier, sapatas corridas.

1.1.1. Radier

O radier é um tipo de fundação rasa que funciona como uma laje de concreto
armado. O piso térreo fica diretamente apoiado sobre o solo. É necessário fazer
reforços nas laterais do radier, onde ficarão as paredes estruturais. É o sistema mais
econômico e rápido.

Depois de acertar e nivelar o terreno cavam-se as vigas baldrame onde


desembocam as paredes estruturais, que servirão também de gabarito.

Após isso são instaladas as tubulações de água, esgoto, fios de energia e as


fôrmas das bordas niveladas na cota final. Joga-se uma camada de brita graduada e
depois se compacta. Em seguida coloca-se uma lona plástica para servir de
impermeabilização. Sobre a lona, colocam-se as armaduras do vigamento em
sentido horizontal e vertical do corpo do radier.

Finalmente podem ser feitos a concretagem, o desempenamento e o


alisamento com polidora de piso. As fôrmas podem ser retiradas depois de três dias.
18

Figura 7 – Fundação Radier

Fonte: http://www.metalica.com.br

1.1.2. Sapata corrida

Fundação rasa constituída por vigas que absorvem as cargas das paredes e
as distribui linearmente sobre o solo.

Com o terreno nivelado e limpo, montam-se as fôrmas no gabarito das


paredes. Instalam-se as ferragens e inicia-se a concretagem. As barras que se
projetam para fora do concreto, no sentido vertical, podem ser usadas para ancorar
os painéis da laje.

Depois que o concreto curar, pode desenformar a sapata e começar a montar


a laje.

No caso do uso de sapatas corridas, existe a necessidade do uso de uma


plataforma de piso. Ela é composta por um vigamento sobre o qual são fixados os
painéis OSB.

As plataformas de piso têm como função formar uma superfície estável e


rígida sobre a qual se constroem as edificações.

Figura 8 – Fundação sapata corrida


19

Fonte: http://www.clubedoconcreto.com.br/2013

Todos esses sistemas de ancoragem são projetados de forma a racionalizar a


execução e montagem da estrutura, seguindo os critérios de qualidade. A fundação
deve sempre adequar-se a esse nível de qualidade, caso contrário o processo
poderá ter gargalos.

1.2. ESTRUTURA

Os elementos estruturais mais utilizados para garantir a estabilidade estrutural


dos painéis e, consecutivamente do sistema, são os contraventamentos e as placas
de fechamento estruturais, que podem ser: placas cimenticias, OSB ou placas de
gesso acartonado. Esses painéis são executados anteriormente em fábricas o que
garante uma melhor produtividade.

1.2.1. Contraventamento

Geralmente o contraventamento é executado com fitas de aço galvanizado


parafusadas em placas de Gusset, que se encontram nas quinas do painel. Os
contraventamentos podem assumir formas de X ou K, dependendo das condições do
projeto.
20

Figura 9 – Placa de Gusset

Fonte: techne.pini.com.br/engenharia-civil / 2008

O travamento horizontal é executado pelos bloqueadores, de perfis U ou Ue,


conectados aos montantes ou vigas. Introduz-se, também, uma fita metálica que une
os montantes do painel entre si e com os bloqueadores. Esse conjunto bloqueador-
fita aumenta a capacidade resistente do painel, pois diminui o comprimento de
flambagem dos montantes e tenta impedir a torção do montante em torno de seu
eixo longitudinal.

Nas extremidades das vigas onde estarão apoiados os painéis deve colocar-
se um enrijecedor de alma para combater a flambagem local da seção transversal
desse elemento, dada à ação das cargas normais verticais oriundas dos montantes
do painel do pavimento superior nessas extremidades.
21

Figura 10 – Contraventamento

Fonte: http://techne.pini.com.br/engenharia-civil /2008

1.2.2. Perfis metálicos

É utilizada como base uma estrutura de perfis leves de aço zincado por
imersão a quente. Estes perfis, devido à galvanização devem ter suas ligações
parafusadas estas são mais apropriadas do que as ligações soldadas que
necessitam de calor para sua execução, danificando, assim, a camada protetora do
perfil.

1.2.3. Parafusos

A NBR 14762 recomenda o uso de parafusos de aço com qualificação


estrutural, comum ou de alta resistência. Contudo, não apresenta prescrições a
respeito do dimensionamento de ligações com parafusos autobrocantes, que são os
mais usuais.

Os parafusos usados nas estruturas de aço leve são usualmente protegidos


contra a corrosão através de electrozincagem. Os revestimentos por electrozincagem
são normalmente menos espessos do que a galvanização a quente e, portanto,
fornecem menor proteção. Revestimentos Tipo II (testados segundo o documento
B633 da ASTM) são os recomendados como o mínimo nível de proteção contra a
corrosão a aplicar em parafusos destinados às estruturas em aço leve.
22

Os parafusos autobrocante são parafusos de alta performance, com cabeça


sextavada que pode, ou não, disponibilizar de uma EPDM (borracha de etileno-
propileno dieno). É utilizado na fixação de telhas, peças e estruturas metálicas. Para
a fixação dos parafusos auto brocantes, utiliza-se parafusadeira de baixa rotação e
pouco torque. A vedação é perfeita, graças à já mencionada borracha EPDM.

Os parafuso utilizados para as placas cimentícias possuem cabeça chata


escareante, fenda philips, rosca auto atarrachante, asas e ponta broca. Desenvolvido
para aplicação com parafusadeira.

Figura 11 – fixação de perfis.

Fonte: http://www.nexo3.com.br /2017


23

1.3. FECHAMENTOS

Os painéis de fechamento, usualmente, são de 400mm ou 600mm, são


utilizados fechamentos em placas cimentícias, OSB (Oriented Strand Board) ou
placas de gesso acartonado.

1.3.1. Placas cimentícias

As placas cimentícias surgiram no mercado nacional na década de 70. Sua


comercialização se intensificou após a década de 90, com o desenvolvimento do
mercado de construção seca e industrializada.

Elas são constituídas de uma mistura de cimento Portland, agregados


naturais, com reforço de fibras sintéticas, chamadas também de placas de
fibrocimento. Essa combinação de ingredientes a faz ser adequada tanto para áreas
secas quanto molhadas. O produto é bastante utilizado para revestimentos externos,
como fachadas, e também em áreas internas, como cozinhas e banheiros.

No caso de exteriores e de paredes que levem revestimentos do tipo pedras


e/ou cerâmicas, isto é, que sofrerão carga considerável exercida pelo vento e/ou pelo
peso do revestimento, deverão ser apoiadas a cada 40cm, pelo menos em uma
direção.

No caso de paredes internas pintadas ou revestidas com acabamentos leves


do tipo dos laminados melamínicos poderão ser apoiadas no máximo a cada 60 cm
em pelo menos uma direção.

É importante ressaltar que as placas devem atender aos requisitos da NBR


15575-4, que regulamenta edifícios habitacionais de até cinco pavimentos. Esta
norma estabelece os parâmetros mínimos de desempenho das paredes externas e
internas de edificações.

1.3.2. Placas OSB

OSB significa Oriented Stand Board - placa de painéis de partículas


orientadas. No Brasil, somente em 2002 o OSB começou a ser produzido e
comercializado em grande escala.

Estas placas são feitas predominantemente, cerca de 90%, de lascas de


madeira reflorestada, com uma liga de resina sintética de MUPF (resina fenólica,
24

uréia formol e melamina); feita de três camadas prensadas à alta temperatura com
tiras de madeira alinhada em escamas. É conceituado como produto sustentável,
pois é reciclável.

Figura 12 – Fabricação de placa de OSB

Fonte: www.hometeka.com.br

Estas placas utilizadas em conjunto com perfis metálicos possibilitam a


execução de construções tanto para residências de alto padrão quanto para casas
populares.

As chapas de OSB são estruturais e não necessitam de reforços para


contraventar a edificação. Ao realizar o fechamento da obra, as placas requerem
alguns cuidados devido a sua exposição. Por estar em contato constante com a
umidade, o material pode perder seu desempenho. Para evitar isso, existem
produtos específicos, que impermeabilizam as chapas e aumentam sua vida útil. A
impermeabilização ou também chamadas de membranas hidrofugantes, hidrofóbicas
– ou apenas membrana é fabricada com fibras de polipropileno. São também
conhecidas por barreira de água, devido a sua capacidade de repelir água, evita o
acúmulo de umidade e até mesmo a proliferação de fungos ao permitir a saída do
vapor d’água do interior das paredes.

A montagem das placas é muito simples, pois elas já vêm de fabrica com os
recortes necessários e seguem uma sequencia lógica e rápida. A maior
25

desvantagem neste sistema é a falta de mão de obra especializada pra esta


aplicação.

Figura 13 - Montagem da placa OSB.

Fonte: http://www.arquiteturadovale.com
26

1.3.3. Gesso Acartonado Ou Drywall

Para os fechamentos internos das paredes o gesso acartonado é o material


mais indicado. Podemos encontrar no mercado brasileiro 3 tipos diferentes de
placa de gesso:
Placas comuns, utilizadas em áreas secas, apresentam o cartão na cor
natural;
Placas resistentes a umidade, também chamadas de placas verdes, são
indicadas para ambientes úmidos;
Placa resistente ao fogo, utilizada quando há a necessidade de proteção
passiva, são diferenciadas pela cor vermelha do cartão envelopador do
gesso.(SAINT-GOBAIN,2021,Online).

Figura: 14 – Placas de Drywall

Fonte: http://www.mtgessoedrywall.com.br

Como as paredes são mais leves que o sistema de alvenaria tradicional, o


sistema de parede de drywall mais simples, corresponde a uma linha de perfil
e uma chapa de cada lado, pesa cerca de 25 Kg contra 150 kg de uma
parede de alvenaria, consegue-se com a utilização deste sistema uma
redução no custo das fundações e estruturas da edificação.
Sobre as placas gesso podem ser aplicados revestimentos usuais como
cerâmica, pintura e textura entre outros. O revestimento externo também pode
receber a aplicação dos materiais de acabamento, usualmente empregados,
como pastilhas, pedras (mármore ou granito) ou até mesmo reboco e pintura.
(SAINT-GOBAIN,2021,Online).
27

A instalação das paredes e dos forros em drywall tem algumas vantagens,


como:

● As instalações elétricas, hidráulicas, telefone, TV a cabo, os


isolantes térmicos e acústicos são colocados no interior das
paredes e forros,
Permite instalar televisores, prateleiras e outros objetos em sua
superfície, com segurança,
● Permite a criação e execução de projetos ousados
● Permite a colocação de pregos e parafusos e pode ser cortado,
inclusive em formas curvas.

Aceita sobre sua superfície outros materiais de revestimento: cerâmica,


pastilha de vidro, papel de parede, tecidos, tinta acrílica, tinta PVA e texturas.

Figura 15 - Estrutura parede drywall

Fonte: http://www.spydivisorias.com.br/Tecnica-DryWall.htm
28

1.3.4. Isolamentos

Várias são as maneiras de conservação energitérmica em uma construção,


entre elas conter infiltrações de água e a passagem de vento, evitar penetração e
formação de umidade, adequando o projeto de circulação de ar dentro da edificação
ou, reduzir as perdas térmicas entre o meio interno e externo.

1.3.5. Isolamento acústico

Utilizando-se materiais adequados, pode ser resolvido o problema de ruído


proveniente de outras dependências da casa ou mesmo do exterior. Erroneamente
acredita-se que a única forma de evitar a propagação do ruído é aumentar a largura
das paredes. Este problema poderia ser resolvido facilmente utilizando materiais que
comprovadamente são eficazes no isolamento acústico. Como as lãs minerais,
utilizadas na cavidade interior das paredes, são eficazes não só pela sua estrutura
como também pela sua densidade, sendo consideradas por testes laboratoriais de
alto poder de isolamento acústico.

Nas paredes interiores, a utilização do gesso cartonado contribui para reduzir


a transmissão do som. Nas paredes exteriores, além do gesso numa das faces, há
ainda o revestimento com OSB e ainda o poliestireno expandido. Por estes motivos,
uma casa com estrutura metálica tem uma sonoridade diferente de uma casa em
alvenaria. O som produzido no interior de uma divisão é refletido pelas paredes e não
absorvido por elas impedindo várias vezes mais a propagação do ruído do que uma
parede de tijolo. Este efeito provoca um som diferente, dando a sensação de parede
oca quando se bate nas paredes, visto que o som do impacto não é totalmente
transferido para a outra face.

Desta forma resolvem-se os problemas dos ruídos aéreos, que são aqueles
provocados pela conversação normal ou por aparelhos eletro eletrônicos. Quanto
aos ruídos de impacto, tal como a queda ou o arrastar de objetos ou os simples
passos de alguém num piso superior, utilizam-se também as lãs minerais colocadas
no espaço entre as vigas de piso, (com até 25 cm de largura), poderão minimizar
bastante este efeito de transmissão sonora, vantagem que não é possível obter
numa construção convencional. Ainda assim é sugerida a colocação de placas de lã
mineral de alta densidade, ou outros materiais adequados, diretamente sob o OSB
que reveste a estrutura e finalmente aplicar o pavimento final. Naturalmente, esta
29

solução deveria ser aplicada seja qual for o tipo de estrutura escolhida para a
execução da habitação.

Figura 16 – Instalação de manta para isolamento acústico.

Fonte: http://www.isover.com.br/

1.3.6. Isolamento térmico

Uma das mais apreciadas qualidades em uma residência e talvez a menos


conseguida, é o isolamento térmico. Os materiais deveriam conferir à habitação um
completo escudo contra as variações de temperatura e de umidade sentidas no
exterior. Nestes aspectos, recordemos que uma casa com estrutura em CES
(Construção Energitérmica Sustentável) é completamente isolada do exterior por
placas de poliestireno expandido, OSB, vários centímetros de lã mineral e gesso
cartonado. As características tanto do poliestireno como da lã mineral conferem a
edificação uma proteção térmica impossível de conseguir numa construção em
alvenaria.

Responsável por este alto desempenho térmico, as mantas de lã de vidro ou


de poliéster instaladas no interior das paredes e no forro de toda a edificação, estas
mantas são fabricadas em material poroso, com grande capacidade de absorção,
que reduzem consideravelmente a transição de calor entre ambientes.
Os vãos das janelas e portas exteriores, são providos de vidro duplo de forma a
30

garantir um perfeito isolamento, mesmo nestes pontos onde não podem ser
empregados materiais isolantes.

É desta forma que o interior de uma construção CES é considerada um


ambiente de clima controlado e com uma significativa economia de energia.

1.4. INSTALAÇÕES

De acordo com a Construtora Eco Verde “É um dos itens que abriga as


maiores inovações do sistema e onde se encontra a maior diferença de inteligência
construtiva em relação às instalações em alvenaria convencional”.

O diferencial do sistema para as instalações elétrico-hidráulicas é que não há


necessidade de quebrar as paredes para a execução, iniciam-se as instalações após
a finalização completa da estrutura das paredes e lajes e quando os revestimentos
externos e a cobertura já tiverem sido instalados, já as instalações sanitárias são
executadas antes da concretagem do radier.

1.4.1. Hidráulica

Não há muita diferença nos materiais utilizados nas tubulações de água fria-
quente, o PVC (policloreto de vinila), o CPVC (policloreto de vinila cloratado), o PEX
(polietileno reticulado), o cobre, o PPR (polipropilenocopolímetro random), alguns
fabricantes visando o aperfeiçoamento do sistema, vem lançando produtos
específicos para construções Steel Framing.

CPVC – este material apresenta as mesmas características do PVC, mas tem


maior durabilidade e resistência à corrosão, dispensa isolamento térmico pois
apresenta perdas de calor mínimas. O custo de instalação é menor quando
comparada ao cobre e ao PPR. Essas características tornam o CPVC uma solução
simples, eficaz e barata para instalações de água quente.

PEX – este material tem características diferenciadas pela flexibilidade e


racionalidade no canteiro. PEX é um dos materiais relativamente novos, surgiu a
partir da necessidade de corrigir vazamentos, corrosões e perdas de calor
solucionados pelo processo de termofusão na sua fabricação, tem um custo inicial
elevado, é encontrado apenas com fornecedores especializados, e ainda requer mão
de obra treinada. É um sistema interessante para instalações hidráulicas de água fria
31

e quente quando se busca a industrialização em escala, o que resultará em uma


redução do custo final do sistema. Tem resistência à alta temperatura, a alta pressão
e grande durabilidade.

PPR – igualmente ao PEX, também necessita de mão-de-obra especializada e


equipamento próprio para instalação, apresenta um custo inicial alto. Mesmo com
essas desvantagens é a solução mais eficiente para as instalações de água quente.

1.4.2. Instalações de esgoto

Quando há a necessidade de passagem de tubulações mais grossas, como as


de esgoto, é preciso empregar paredes duplas e shafts. Isso porque essas
tubulações têm diâmetro maior do que os próprios perfis metálicos do Steel Framing.

Se as tubulações hidráulicas estiverem sujeitas a vibrações, para evitar sua


transmissão à estrutura da edificação, fixam-se essas tubulações aos perfis com
braçadeiras ou se introduzem espumas ou peças plásticas especiais nos furos para
acomodá-las. Evitam assim a transmissão das vibrações e durante a execução
possíveis cortes nos tubos ou nos conduítes, pelo atrito com as bordas dos furos.

Figura 17 - Peças plásticas de proteção dos conduítes

Fonte: http://techne.pini.com.br

1.4.3. Instalações de gás

As tubulações de gás não devem ser instaladas dentro de paredes vazadas. O


mesmo ocorre em projetos em alvenaria, a recomendação é que essas instalações
32

sejam executadas fora das estruturas, evitando que eventuais vazamentos


provoquem explosões pela expansão do gás.

1.4.4. Elétrica

Na elétrica utilizamos o eletroduto corrugado, atualmente há a possibilidade de


usar caixas de energia específicas para drywall, que são fixadas diretamente nas
paredes de gesso, ou ainda pode se utilizar as caixas convencionais fixadas nos
montantes.

As caixas de chegada das instalações podem ser as comuns (2 x 4 e 4 x 4),


que devem ser fixadas nos montantes ou em travessas horizontais ligando os
montantes antes do fechamento da parede.

Figura 18 - Parede em Steel Frame funcionando como shaft

Fonte: http://techne.pini.com.br / 2008

As instalações de cabos para internet, TV a cabo e telefone seguem os


mesmos padrões de instalação elétrica, devem ser analisados ainda na fase de
projeto, para que não haja a necessidade de furar os perfis in loco.
33

1.5. COBERTURA

O conceito estrutural do Sistema Steel Frame, consiste em dividir as cargas


entre os perfis, também é utilizado para os elementos que suportam as lajes e
coberturas. Seus elementos trabalham bi apoiados e deverão transferir as cargas
continuamente, ou seja, cada perfil funcionando como elemento de transição até as
fundações.

As lajes devem receber impermeabilização adequada e ter inclinação


suficiente para o escoamento da água. O caimento deve ser executado pela variação
na espessura da camada de proteção mecânica.

Podem ser utilizados dois tipos distintos de fechamento, denominadas:

● Lajes secas – podem ser compostas por painéis de madeira (OSB) ou


placas cimentícias, apoiadas sobre perfis metálicos estruturais (vigas
de entrepiso).

Figura 19 – Montagem de laje seca

Fonte: http://www.imgrum.org
34

● Lajes úmidas – são compostas por formas de aço preenchidas com


concreto e tela eletrossoldada.

Figura 20 – laje úmida

Fonte: http://felipeschmitzhaus.blogspot.com.br / 2015

As separações entre pavimentos são constituídas por lajes leves, com


emprego de perfis de aço galvanizado, revestimentos de piso (madeira, placa
cimentícia etc.) e de forro leve (dry-wall, madeira, PVC etc.), ou de lajes pré-
moldadas de concreto.
35

Figura 21 – Detalhe de laje entre pavimentos

Fonte: http://construtoraecoverde.com.br

1.5.1. Estrutura para apoio de reservatórios de água

A laje de apoio formada por estrutura constituída por perfis do tipo montante,
espaçados no máximo a cada 600 mm. Transversalmente, sobre esses perfis, são
fixadas chapas de OSB estrutural com 18,3 mm de espessura.

Para executar as estruturas de coberturas utilizam-se os mesmos perfis de


aço galvanizado empregados na estrutura das paredes, que são os perfis U e Ue,
com alma de 90 mm, 140 mm ou 200 mm de altura.

Os elementos das coberturas são:

- a armação ou conjunto de elementos que dão suporte à cobertura, como


as ripas, caibros, terças, tesouras, treliças, elementos de contraventamento;

- as tesouras possuem seus elementos estruturais em perfis Ue e, são


constituídas pelo:

● banzo superior - possui a inclinação do plano da cobertura;

● banzo inferior - é horizontal e pode permitir a sustentação do forro;


36

● montantes - são os elementos estruturais da tesoura, instalados na


posição vertical ligados nas extremidades aos banzos;

● montante central – também chamado de pendural;

● diagonais - são elementos inclinados em relação aos montantes e


vinculam-se aos banzos superior e inferior;

● enrijecedores de apoio – servem para auxiliar na transmissão dos


esforços e impedir a flambagem local dos banzos.

● Contraventamento - o contraventamento deve atuar de maneira que as


tesouras do telhado trabalhem como uma estrutura única e possibilite
resistir e absorver as solicitações aplicadas às estruturas dentro dos
limites estabelecidos por Norma, tanto para os esforços como para as
deformações. O contraventamento lateral é composto por perfis U e Ue
que são fixados a tesouras paralelas e podem auxiliar também na
resistência dos banzos, diminuindo assim o comprimento de flambagem
das barras, servindo também na transmissão de esforços. A instalação
dos contraventamentos é para também absorver os efeitos de torção
que a estrutura como um todo pode observar a partir de ações como
vento, variações de temperatura entre outras e gradientes de esforços
entre estruturas e subestruturas.

1.5.2. Telhado

Há a possibilidade de se utilizar todos os tipos de telhas para a cobertura.


Dependendo do tipo de telha escolhido é o tipo de estrutura a ser realizada:
37

Figura 22 - Estrutura para telhas cerâmicas


Inclinação mínima de 20° com vãos livres de 2 a 45m.

Fonte: http://www.imecon.com.br

Figura 23 - Estrutura para telhas fibrocimento


Inclinação mínima de 10° com vãos livres de 2 a 45m

Fonte: http://www.imecon.com.br

Figura 24 - Estrutura para telhas metálicas


Inclinação mínima de 5° com vãos livres de 2 a 45m

Fonte: http://www.imecon.com.br

Diante da variedade oferecida pelo mercado de construção, as telhas


asfálticas retangulares – shingle – desempenham uma função luxuosa para a
cobertura das residências e são adaptáveis a qualquer projeto.

A fabricação desse tipo de telha é realizada com materiais (manta asfáltica


com grãos minerais) que possibilitam flexibilidade para aplicação, inclusive em
telhados curvos, conforto e extraordinária estanqueidade, isso quer dizer que o
38

produto é hermético, e, portanto, não corre o risco de furos, vazamentos,


porosidades e trincas. Assim, garante um acabamento perfeito. Não necessita de
peças metálicas – como calhas e rufos. É resistente a ventos de até 175 km/h. Até
30 anos de garantia.

A instalação é prática, sobre a estrutura de tesouras metálicas, é feita a


colocação de placas de madeira ou placas cimentícias com fibrocelulose. Sobre o
mesmo é instalado o feltro asfáltico ou um não tecido de polietileno de alta
densidade, para maior vedação e proteção contra a água ou umidade, fixado com
grampos ou pregos, com sobreposições variando entre 5 a 10 cm para telhados com
inclinação entre 30 a 50% e 50 cm para telhados com inclinação entre 16 a 30%. A
seguir instalam-se em todo o perímetro dos beirais, oitões, chaminés, tubulações
transpassantes, águas furtadas etc.. As chapas galvanizadas utilizadas nos
arremates são fixadas com pregos e seladas com mástique asfáltico específico.

Apesar do custo maior que as demais, sua durabilidade garante o


investimento: tem vida útil de até 25 anos, isso contando também a durabilidade
relacionada a estrutura que será utilizada. É mais leve que as demais (pesa seis
vezes menos que as coberturas tradicionais), é resistente a impactos, garante
proteção e valoriza o projeto.

Atualmente há no mercado uma grande variedade de cores e texturas, o que


contribui para a elaboração de projetos mais sofisticados e elegantes.
39

Figura 25 – Detalhe de telhado com telha shingle

Fonte: http://construtoraecoverde.com.br / 2013

1.6. ACABAMENTOS

Atualmente já existem no Brasil revestimentos vinílicos para paredes internas


e externas, desenvolvidos especialmente para o sistema Steel Framing, que consiste
em um material composto de PVC (policloreto de vinila) de fácil instalação que
dispensa pinturas e possui baixa manutenção, pode apenas ser lavado com água e
sabão neutro.

O siding vinílico é utilizado para o acabamento externo, as peças tem


dimensões de 249mm de altura, 3.800mm de comprimento e 1mm de espessura;
para a instalação as peças são posicionadas sobre a barreira impermeável
ou membrana hidrófuga, para proteger as paredes da umidade e permitir sua
ventilação, e fixadas às chapas de OSB com parafusos tipo cabeça flangeada,
autoatarrachante, ponta agulha. Os fabricantes oferecem garantia de 20 anos, mas a
durabilidade estimada é de 40 anos. É resistente aos raios UV, à poluição e à
maresia.
40

Figura 26 - Siding vinílico

Fonte: http://www.centerplaster.com.br/

Dependendo do fabricante o siding vinílico recebe as seguintes


nomenclaturas:

● Siding de PVC;
● Siding de vinil;
● Perfis rígidos de PVC;
● Clapboard;
● Revestimento em PVC;
● Madeira plástica para fachada;
● Revestimentos de vinil;

EIFS - Sistema de Isolamento e Acabamento Externo - Este sistema é


multicamada, composto por uma base de sustentação (OSB), isolamento térmico
(EPS) e revestimento especial (argamassa polimérica), contem ainda tela de fibra de
41

vidro para melhorar a resistência e durabilidade do material. Este é o revestimento


mais utilizado no Brasil.

Figura 27 – acabamento EIFS

Fonte: http://www.tuti.arq.br / 2015

As placas OSB e drywall podem receber os acabamentos após a aplicação de


impermeabilizante, esses acabamentos podem ser os mais variados:

● Pintura com utilização de tintas 100% acrílicas,


● Revestimentos vinílicos,
● Revestimentos cerâmicos e com pedras
Deve-se avaliar o acabamento quanto ao peso que este exercerá sobre a
estrutura, para evitar danos estruturais, assim sendo recomenda-se a utilização de
acabamentos mais leves.
42

3 MONTAGEM DE ESTRUTURA RESIDENCIAL EM SISTEMA STEEL


FRAME

2.1. CRONOGRAMA DE OBRA

O primeiro passo como em qualquer obra é o projeto. Apesar de ser uma obra
industrializada, e aceita qualquer estilo, qualquer tamanho e com diferentes
distribuições internas, com ou sem desníveis, o sistema aceita praticamente todas as
formas. Permite calcular precisamente a quantidade de material utilizado, e da
limpeza da obra e do canteiro, por ser um sistema seco, formado por materiais com
medidas específicas. Se ao elaborar o projeto se trabalhar as medidas conforme a
modulação desses materiais, é possível um melhor aproveitamento, evitando cortes
e emendas que significariam desperdício de dinheiro e de tempo. Não há
desperdícios, pois os perfis de aço galvanizado são colocados com espaçamento
pré-definido pelos cálculos estruturais e seguindo Normas bem específicas quanto ao
dimensionamento de perfis e forma de construção.

A partir deste ponto a construção será demonstrada em detalhes e dividida em


semanas:

Na primeira semana realiza-se a base para receber a estrutura da casa.

Por ser uma construção muito mais leve que o sistema convencional, os tipos
de fundação mais econômicos e viáveis são o radier e a sapata corrida.

Geralmente o fator determinante para a escolha da fundação é a topografia do


terreno e o projeto arquitetônico. Terrenos com inclinação pequena podem usar o
radier ou a sapata corrida sem nenhum problema, terrenos mais inclinados, pedem
outras soluções.

Usa-se como exemplo uma fundação em pedra grês e blocos de concreto que
formam a estrutura de sustentação da laje. Esse procedimento levou cinco dias para
ser concluído e após um período de 20 dias o concreto estava pronto para receber a
estrutura.

Na segunda semana, realiza-se a execução da estrutura (fase industrial). A


estrutura é modulada e os perfis já são fornecidos pela fábrica cortados e pré-
43

montados, obedecendo às medidas especificadas em projeto, evitando desperdício e


perda de tempo, permitindo que os operários apenas realizem a montagem dos
painéis, isto ocorre enquanto a fundação é executada, o que possibilita ainda mais a
velocidade da obra.

Figura 28 – montagem industrial da estrutura

Fonte: http://wwwo.metalica.com.br

Na terceira semana as estruturas já estão prontas para o transporte para o


local da obra, esse tempo para montagem da estrutura varia de acordo com o
tamanho da construção. Tomou-se como exemplo uma construção residencial
padrão de pequeno porte.
44

Figura 29 – Painéis prontos para transporte

Fonte: http://wwwo.metalica.com.br

Na quarta semana iniciam-se os preparativos para montagem das paredes. Os


módulos receberam fita de neoprene (banda acústica) na soleira inferior para evitar o
contato direto da estrutura com a laje, para compensar imperfeições do concreto,
além de ajudar na estanqueidade das paredes. Em seguida os módulos são
colocados sob a laje e fixados à pólvora por pinos. A união dos painéis é feita por
parafusos autobrocantes que dão rigidez e resistência à estrutura cuidando para
manter o alinhamento e nivelamento do conjunto. Por último, chumbadores e
cantoneiras em aço complementam a ancoragem das paredes.

A quinta semana é a da finalização da montagem do frame e a colocação do


OSB no restante dos módulos, nem todos os módulos saem da fábrica montados
totalmente, quando são muito grandes o OSB é colocado no local da construção.
Após a finalização das paredes a equipe inicia a montagem das vigas de bordo e a
colocação das tesouras. Neste caso medindo 15m de comprimento por 0,55m de
45

altura, as vigas são fixadas sobre as paredes de uma lateral à outra. Essa viga, além
da função estrutural, configura a platibanda que posteriormente ocultará a cobertura.
Em seguida são fixadas às tesouras em intervalos de 1,20m seguindo o projeto. Por
fim, completou-se a colocação dos painéis de OSB, é nesse ponto que se tem o
esqueleto da construção pronto.

É na sexta semana que se faz a colocação da membrana impermeabilizante e


se dá início à execução das instalações hidráulicas e elétricas. Após fixar as últimas
chapas de OSB, a equipe inicia o trabalho de proteção da estrutura com a fixação da
membrana. Com a face externa protegida pela membrana, a estrutura está pronta
para receber os revestimentos e acabamentos finais. Em paralelo, inicia-se a
execução das instalações hidráulicas e a passagem dos eletrodutos. As tubulações
em polipropileno para condução da água quente e fria foram executadas em sua
maioria sob a fundação, facilitando o trabalho. Já os pontos de luz receberam caixas
de passagem e eletrodutos conectando-se ao quadro de distribuição.

Figura 30 – Membrana Impermeabilizante instalada.

Fonte: http://wwwo.metalica.com.br

Na sétima e oitava semana uma equipe dá início à colocação das telhas de


cobertura, calhas e rufos. Essa tarefa é importante porque junto com a membrana
impermeabilizante, complementa a vedação da casa. A outra equipe finaliza as
instalações hidráulicas e a passagem dos eletrodutos e quadro de distribuição. Ao
46

mesmo tempo, iniciam-se os serviços de carpintaria com a colocação dos marcos


das esquadrias e o revestimento nas paredes externas. Terminadas as instalações o
miolo das paredes é preenchido com lã para garantir o isolamento acústico e térmico,
e em seguida são instaladas as chapas de gesso acartonado que são parafusadas
nos perfis da estrutura. A vedação completa-se com a instalação das esquadrias e
das portas que são parafusadas na estrutura metálica. Pode-se utilizar qualquer tipo
de esquadria, sejam elas de alumínio, ferro, PVC, madeira.

Figura 31 – Fase final de construção

Fonte: http://fastcon.com.br /2015

Na nona e última semana são realizados os últimos trabalhos no telhado e a


finalização dos acabamentos internos. Depois de pronta não é possível identificar
quando uma construção foi feita de Steel Frame ou de outro sistema construtivo.
47

Figura 32 - Casas em Steel Frame

Fonte: http://casasonhoreal.com.br
48

4 CONCLUSÃO

Demonstrou-se neste trabalho que com a adoção do método construtivo Steel


Frame as pessoas poderiam ter acesso à moradia mais rápido, o que, contribuiria
para o atendimento da demanda habitacional do País com maior rapidez.

A adoção desse método também traz uma modernização para a Construção


Civil no Brasil, além de proporcionar maior sustentabilidade. Percebe-se então que o
sistema construtivo Steel Frame se mostra viável para ser empregado como sistema
construtivo de habitações de interesse social, por isso vem sendo amplamente
utilizado na construção de conjuntos habitacionais nos moldes do projeto
governamental “Minha Casa Minha Vida”.

Outro ponto relevante do Sistema é a geração mínima de resíduos no


canteiro, além de utilizarem como matéria prima em quase todos os materiais
utilizados, os materiais reciclados e reutilizáveis, trazendo uma visão sustentável e
com um impacto ambiental mínimo com baixa emissão de CO², emite 5 vezes menos
comparado aos outros processos construtivos.

Assim conclui-se que apesar de ainda haver muita resistência por parte de
alguns construtores, e muitos tabus o Sistema Steel Frame, é uma realidade que
vem crescendo e deverá predominar no mercado de pequenas construções.
49

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

____ ABNT NBR 15.253: Perfis de aço formados a frio, com revestimento
metálico, para painéis reticulados em edificações – Requisitos gerais

____ ABNT NBR 15.217: Perfis de aço para sistemas de gesso acartonado –
Requisitos

____ ABNT NBR 14.762: Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por


perfis formados a frio

BRASILIT. Sistema construtivo brasiplac paredes internas e externas: catálogo.


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<http://construtoraecoverde.com.br/site/servicos/ /2013> Acesso em: 01/04/2021

FASTCON, construtora - Saiba o que é Steel Frame e porque usá-lo na sua


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