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DIRETORIA DE PROJETOS – CIVIL JÚNIOR CONSULTORIA

SISTEMA DRYWALL

Trainees:

Alice Flores

Allana Vimieiro

Ana Flávia Castro

Lidiane Gonçalves

Paula Martins
Sumário
1.Introdução.................................................................................................... 3
2. Instalações Elétricas................................................................................... 4
3. Instalações Hidráulicas............................................................................... 5
3.1. Nas instalações hidráulicas cuidados precisam ser tomados................. 7
3.2. Sistema construtivo................................................................................. 7
3.3 Montagens e reparações ......................................................................... 8
3.4 Manutenção e reparos.............................................................................. 8
4. Vantagens e desvantagens........................................................................ 11
5. Referências............................................................................................... 13
1. INTRODUÇÃO

O Drywall é um sistema construtivo industrializado que foi pensado como


uma solução econômica para construção e acabamento, apresentando
algumas vantagens em relação às técnicas tradicionais. Seu uso tem sido cada
vez mais disseminado na área da construção civil, principalmente por reduzir o
tempo de execução de obras e o desperdício de materiais, contribuindo para
que as construções sejam mais limpas e eficazes.

Atualmente essa técnica tem sido uma tendência no Brasil, utilizada


principalmente em empresas, escritórios, shopping centers e hospitais para
vedações internas, já que as paredes neste sistema são mais leves e com
espessuras menores que as das paredes de alvenaria, facilitando a
manutenção.

Existem algumas recomendações técnicas a respeito das instalações


elétricas e hidráulicas em paredes de drywall, que se diferem das
convencionais. As instalações elétricas, de som ou de telefonia, devem passar
em eletrodutos metálicos, ou plásticos rígidos ou flexíveis, enquanto as
hidráulicas podem ser executadas com tubulação rígida de PVC, cobre ou aço
ou ainda com tubulação flexível tipo PEX.

O drywall também possibilita fixação de peças suspensas, desde que


previstas em projetos, com o peso e o tipo da carga. Além disso, o drywall pode
receber qualquer tipo de acabamento (pintura, cerâmica, laminados, papel de
parede, etc.), e até mesmo projeto de impermeabilização, com revestimentos
sujeitos a ação da água.

A parede drywall é constituída por uma estrutura de perfis de aço galvanizado


na qual são parafusadas, em ambos os lados, chapas de gesso para
drywall. Aqui no Brasil ele é mais conhecido como o sistema composto de
estrutura metálica e placas de gesso acartonado.

Tais sistemas são usados somente em ambientes internos das


edificações, para os fechamentos externos, o sistema deverá utilizar perfis de
aço estruturais (steel frame) e chapas comentícias (resistentes à ação de
ventos e chuvas).

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Existem três tipos de chapas de drywall. A Standart é a mais comum,
destinada a paredes de áreas secas. A chapa tipo RU é empregada em áreas
de serviço, cozinhas e banheiros, por ser resistente à umidade, com detalhes
especiais de impermeabilização na base da parede e no encontro com o piso.
Entretanto, esse sistema não é recomendado para áreas sujeita a umidade
permanente, como sauna e piscina. Existe também a chapa RF que apresenta
resistência ao fogo, usadas em saídas de emergência por exemplo.

Um dos fatores mais questionados em construções com drywall é o


conforto acústico. O mais indicado é uma parede dupla e materiais acústicos
absorventes no miolo. O preenchimento feito com a lã de vidro, por exemplo,
garante excelente isolamento acústico. Contudo, pode ocorrer uma perda de
desempenho acústico quando existem muitos pontos de instalação elétrica e
caixas dos dois lados de uma parede. Para amenizar esse efeito, é
recomendável mudar a posição das instalações ou colocar um meio absorvente
entre as caixas.

2. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

As instalações elétricas são normalmente realizadas no "vazio" que


existe no interior das paredes em drywall, portanto é muito mais fácil realizar
uma instalação no drywall do que na alvenaria.

Após a montagem da estrutura através do encaixe há afixações


adequadas conforme todo o processo definido em procedimentos anteriores,
inicialmente tem-se o processo de instalações, ou seja, distribui e instala-se
todo e qualquer tipo de instalação elétrica, hidráulicas, ramais, telefônica,
reforços de madeira auto-clavada tratados contra cupim e outros evitando que
a parede tenha que ser aberta, como é de prática na alvenaria comum.

A rede elétrica é instalada dentro da parede drywall dentro de conduítes,


as caixas de elétrica devem ser fixadas conforme orientação de projeto –
podem ser comuns, fixas nos montantes, ou específicas para drywall fixas no
gesso (Imagem 1).

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Imagem 1. Detalhe da instalação de caixas eletétricas para gesso acartonado. Fonte:

Os condutores elétricos são instalados diretamente nos espaços ocos


das paredes, facilitando muito a sua colocação de forma que não há
necessidade de cortá-las.

Os condutores elétricos deverão ser instalados de tal maneira que não


sejam danificados por cantos vivos ou pelos parafusos de fixação das chapas.

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Isto significa que os estes jamais poderão ser instalados nos perfis de aço sem
o devido isolamento.

3. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

No sistema drywall as instalações ficam escondidas entre as placas de


gesso e não existe quebra de material e consequentemente não há desperdício
como na alvenaria convencional. Sendo assim essa tecnologia permite uma
praticidade na montagem e um maior acesso às instalações hidráulicas e
elétricas.

Com o intuito de analisar as instalações hidráulicas em um projeto que


utiliza o sistema Drywall utilizou-se como base a monografia de João Victor
Charles Leopoldo intitulada: Estudo dos processos produtivos na construção
civil objetivando ganhos de produtividade e qualidade apresentado ao Curso de
Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro
em março de 2015. Neste trabalho utilizou-se os dados de uma obra a qual
utilizava dois tipos de vedações: alvenaria e drywall.

A alvenaria é executada de maneira artesanal e lenta, por isso, durante


a confecção dos projetos o consórcio optou por ter a maior parte da vedação
em drywall (75%). “Os andares tipo possuem apenas 310 m² de alvenaria, e a
maioria está localizado em escadas com especificação de blocos corta-fogo.
Temos aproximadamente 2100 m² de drywall nos andares tipo. Essa diferença
reflete no curto prazo para execução da obra, o drywall é uma técnica muito
mais rápida quando comparado à alvenaria. O drywall também diminui a carga
sobre a fundação, possibilita eventuais mudanças de layout com maior
facilidade, temos uma obra mais seca e com menos resíduos.”

Através do acompanhamento da obra percebeu-se um procedimento


padrão na instalação do sistema hidráulico, listado abaixo:
a) Marcação das paredes;
b) Instalações das guias de piso, parede e teto;
c) Instalação de montantes;

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d) Confecção das aberturas;
e) Instalação das chapas de drywall em um dos lados da parede;
f) Passagem de instalações elétricas, hidráulicas e outras;
g) Colocação do isolamento acústico;
h) Instalação da outra placa de drywall;
i) Rejunte de chapas e cantos;

E as seguintes fotos são da obra acompanhada pelo autor da monografia:

Imagem 2. Fonte: João Victor Charles Leopoldo, 2015 Imagem 3. Fonte: João Victor
CharlesLeopoldo,2015.

3.1 Nas instalações hidráulicas cuidados precisam ser tomados:

a) utilizar protetores de material sintético nos furos dos montantes,


quando estes tiverem furos circulares;
b) utilizar isolamento com material sintético em torno de tubos e
conexões de cobre e bronze nos pontos de contato com a
estrutura, não permitindo seu contato direto com os perfis de aço
galvanizado, para evitar reações galvânicas e consequente
corrosão nesses pontos;

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c) vedar as frestas entre os pontos de saída das instalações e a
chapa de gesso com selante elastomérico (silicone, por
exemplo).

3.2 Sistema construtivo


Paredes e revestimentos em drywall são executados com chapas
resistentes à umidade (mais conhecidas pela sigla RU e diferenciadas pela cor
verde), as quais contêm hidrofugantes, como silicone, por exemplo. Na
execução dos sistemas, são necessários alguns cuidados básicos:

a) Montar a estrutura com espaçamento de 400 mm entre os perfis


verticais, o que aumenta a resistência mecânica da parede ou do
revestimento, possibilitando que receba acabamento com cerâmica,
granito ou mármore sem qualquer problema;
b) Utilizar lã mineral (de vidro ou de rocha) no interior da parede ou do
revestimento, com o objetivo de isolar os sons de água correndo pelas
tubulações; e
c) Antes de aplicar o acabamento cerâmico ou de pedra, impermeabilizar a
base da parede ou do revestimento até a altura de pelo menos 200 mm
acima do piso, utilizando um sistema de impermeabilização flexível;
d) Dependendo do sistema de impermeabilização escolhido, vedar a folga
entre a chapa e o piso com mastigue ou material similar; e
e) No caso de utilização de manta asfáltica, utilizar rodapé metálico de
impermeabilização para suportá-la.

3.3 Montagem das instalações


As instalações hidráulicas para água fria ou quente podem ser
executadas com tubulação rígida de PVC, cobre ou aço ou ainda com
tubulação flexível tipo PEX. Instalações sanitárias normalmente são
executadas com tubulação rígida de PVC. Os perfis estruturais de aço
galvanizado utilizados nos sistemas drywall já são fornecidos com furação
adequada para a passagem de tubulações com até 1,5 polegada de diâmetro.
Para tubos com diâmetro maior, como os utilizados em saídas de esgoto,

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recomenda-se utilizar paredes com dupla estrutura. Os pontos de saída das
instalações podem ser fixados na estrutura da parede, diretamente nos
montantes ou por meio de travessas horizontais metálicas ou de madeira
tratada ou ainda diretamente nas chapas de gesso utilizando peças
especialmente desenvolvidas para os sistemas drywall. Há peças para
diferentes aplicações, inclusive suportes especiais para louça sanitária
suspensa (pias, bidês e vasos sanitários).

3.4 Manutenção e reparos


Caso seja necessário efetuar reparos em tubulações embutidas em
paredes ou revestimentos em drywall, o procedimento é simples e executado
em cinco passos:

a) começa-se fazendo, com um serrote de ponta, uma abertura retangular


no ponto em que será efetuado o reparo;
b) em seguida, efetua-se o conserto;
c) fecha-se a abertura com o mesmo pedaço de chapa recortado,
parafusando-o no local com o auxílio de dois pedaços de perfil
estrutural;
d) faz-se o tratamento das juntas da abertura com massa e fita específicas
para esse fim; após a secagem desta, verifica-se se houve retração e se
é necessária uma segunda demão;
e) Finalmente, com o tratamento totalmente seco, faz-se a pintura.

Passo a passo para reparos:

1. Cortar a área a ser reparada com um serrote.

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4. VANTAGENS E DESVANTAGENS

O sistema de Drywall, embora não muito comum no Brasil, possui


diversas vantagens em seu uso, principalmente quando se trata da divisão de
ambientes, pois é de uso prático, funcional, e ótima estética. Além de
possibilitar projetos mais audaciosos, com versatilidade de diversas formas e
gostos. Dentre seus benefícios, pode-se destacar:

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 Possui uma espessura menor, ampliando em até 5% na área útil dos
ambientes;
 Seu peso é menor, e dispensa o uso de algumas vigas e pilares, o que
diminui a carga estrutural da edificação.
 É possível obter um ótimo isolamento acústico e térmico, dependendo
da estrutura interna projetada;
 É resistente ao fogo, pois 20% do seu peso é composto por água,
reduzindo a propagação da chama.
 Os projetos de instalações elétricas (lembrando que as caixas deverão
ser específicas para parede de Drywall), hidráulicas, de gás, de telefone
e outras são de fácil execução.
 É de fácil execução, por utilizar um sistema pré-fabricado modulado:
através de marcações, as guias são facilmente instaladas, sendo
parafusadas no piso e no teto, reduzindo o tempo de obra e de custos
com os prestadores de serviço;
 Sistema de construção a seco: não existe umidade durante a sua
construção, descarta pouco material e produz pouco resíduo (evitando
perdas e proporcionando mais higiene e limpeza);
 Permite vários tipos de acabamentos: como pintura, textura, colocação
de azulejos e pastilhas, revestimentos com papel de parede e até
mesmo revestimento com mármore e granito;
 O seu acabamento é preciso em suas medidas e proporciona uma
superfície única, com um aspecto liso.
 Caso sejam necessários reparos ou manutenção a produção de
resíduos será diminuída drasticamente.
 Tem custo mais baixo: O custo de uma placa de Drywall varia de R$
20,00 a R$ 40,00 o metro quadrado. Já o metro quadrado instalado do
drywall gira em torno de R$70 a R$100 (valores apenas como
referência, pesquisados em 2015). Quando comparado com o sistema
construtivo tradicional (em alvenaria), o custo é cerca de 10% menor -
segundo, por exemplo, um estudo de caso apresentado na Revista Pini
"Gesso Acartonado x Alvenaria de bloco cerâmico".

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Como nada é isento de desvantagens, as principais observadas são:

 Como existe espaços vazios entre as placas e estas são compostas por
gesso e papelão, existe a possibilidade de proliferação de fungos e
insetos no seu interior. Por isso, em locais quentes, principalmente, será
necessário um maior controle.
 Não é resistente à umidade: seu uso não é aconselhado em locais
externos, sujeitos à ação do tempo. Em locais onde a umidade é maior,
como cozinha e banheiros, é necessário o uso de um tipo de placa
especial, chamado de "chapa verde", que possui proteção antifungo e
resistência à umidade.
 É necessário um cuidado maior para instalar prateleiras sendo
necessário o uso de itens específicos, como buchas apropriadas, ou até
mesmo prever estruturas internas adequadas para o peso que irá
suportar.
 Por ser de uso recente na construção, exige uma mão de obra
qualificada, o que pode ser difícil de encontrar dependendo da região e
pode ter um custo mais alto.

4. REFERÊNCIAS

Manual de projeto de sistema drywall.


<http://www.gypsum.com.br/shared/manual_projeto_sistemas.pdf> Acesso:
04/02/15

Portal EA
<http://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/impressao/Default.aspx?
noticia=300> Acesso: 05/02/15

Reforma fácil <http://reformafacil.com.br/produtos/gesso-e-drywall/drywall-


seguro-em-areas-umidas/> Acesso: 05/02/15

13
Drywall. Associação Brasileira do Drywall
<http://www.drywall.org.br/dicas.php/0/2/53/como-instalar-tubulacoes
hidraulicas-em-drywall> Acesso: 05/02/15

Drywall Pacos: Infinitas possibilidades


<http://www.placo.com.br/consumidores_drywall/guia-morador-drywall/pdf/
manual-morador-drywall.pdf> Acesso: 05/02/15

Revista Pini "Gesso Acartonado x Alvenaria de bloco cerâmico".


<http://www.cliquearquitetura.com.br/artigo/12-motivos-para-utilizar-drywall-
como-parede.html> Acesso: 04/02/15

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