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CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

1.0 Construção do Aço no Brasil


Foi na década de 20, que o Brasil começou realmente a desenvolver utilização do
Aço, com a criação da Companhia Siderúrgica Belgo Mineira. Nesta mesma década,
considerando-se também a produção de outras pequenas fundições, a produção de aço no
Brasil atingiu a casa de 35 mil toneladas. No final do decênio, já alcançava a casa de 96mil
toneladas.
Em 1940, foi instituída no Brasil a Comissão Executiva do Plano Siderúrgico
Nacional, que entrou em operação em 12 de outubro de 1945, com a finalidade de
produzir chapas, trilhos e perfis nas bitolas americanas.
Para consolidar o mercado, entraram em operação na década de 60 as usinas da
Usiminas e Cosipa, para a produção de chapas e mais recentemente a entrada a Açominas
para a produção de perfis laminados de abas paralelas.
A partir da década de 1970, surgiu no país um grande número de profissionais
(projetistas, fabricantes desenhistas e outros) em construção de estruturas metálicas,
passando o Brasil a produzir cerca de 500 mil toneladas de aço.
Das primeiras obras - como a Ponte Ironbridge na Inglaterra, de 1779 - aos
ultramodernos edifícios que se multiplicaram pelas grandes cidades, a arquitetura em aço
sempre esteve associada à idéia de modernidade, inovação e vanguarda, traduzida em
obras de grande expressão arquitetônica e que invariavelmente traziam o aço aparente.
No entanto, as vantagens na utilização de sistemas construtivos em aço vão
muito além da linguagem estética de expressão marcante; redução do tempo de
construção, racionalização no uso de materiais e mão de obra e aumento da produtividade,
passaram a ser fatores chave para o sucesso de qualquer empreendimento.
Essas características que transformaram a construção civil no maior mercado
para os produtores de aço no exterior, começam agora a serem percebidas por aqui.
Buscando incentivar este mercado e colocar o Brasil no mesmo patamar de
desenvolvimento tecnológico de outros países.
Capítulo 1 Introdução

1.1 Campos de Aplicação


A competitividade da construção metálica tem possibilitado a utilização do aço em
obras como: edifícios de escritórios e apartamentos, residências, habitações populares,
pontes, passarelas, viadutos, galpões, supermercados, shopping centers, lojas, postos de
gasolina, aeroportos e terminais rodo-ferroviários, ginásios esportivos, torres de
transmissão, indústrias, universidades, etc.

1.2 Vantagens das Estruturas Metálicas


O sistema construtivo em aço apresenta vantagens significativas sobre o sistema
construtivo convencional:

1.2.1 Liberdade no projeto de arquitetura


A tecnologia do aço confere aos arquitetos total liberdade criadora, permitindo a
elaboração de projetos arrojados e de expressão arquitetônica marcante.

1.2.2 Maior área útil


As seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente mais esbeltas do que as
equivalentes em concreto, resultando em melhor aproveitamento do espaço interno e
aumento da área útil, fator muito importante principalmente em garagens.

1.2.3 Flexibilidade
A estrutura metálica mostra-se especialmente indicada nos casos onde há
necessidade de adaptações, ampliações, reformas e mudança de ocupação de edifícios.
Além disso, torna-se mais fácil a passagem de utilidades como água, ar condicionado,
eletricidade, esgoto, telefonia, informática, etc.

1.2.4. Compatibilidade com outros materiais


O sistema construtivo em aço é perfeitamente compatível com qualquer tipo de
material de fechamento, tanto vertical como horizontal, admitindo desde os mais
convencionais (tijolos e blocos, lajes moldadas in loco) até componentes pré-fabricados
(lajes e painéis de concreto, painéis "dry-wall", etc).
Capítulo 1 Introdução

1.2.5 Menor prazo de execução


A fabricação da estrutura em paralelo com a execução das fundações, a
possibilidade de se trabalhar em diversas frentes de serviços simultaneamente, a
diminuição de formas e escoramentos e o fato da montagem da estrutura não ser afetada
pela ocorrência de chuvas, pode levar a uma redução de até 40% no tempo de execução
quando comparado com os processos convencionais.

1.2.6 Racionalização de materiais e mão-de-obra


Numa obra, através de processos convencionais, o desperdício de materiais pode
chegar a 25% em peso. A estrutura metálica possibilita a adoção de sistemas
industrializados, fazendo com que o desperdício seja sensivelmente reduzido.

1.2.7 Alívio de carga nas fundações


Por serem mais leves, as estruturas metálicas podem reduzir em até 30% o custo
das fundações.

1.2.8 Garantia de qualidade


A fabricação de uma estrutura metálica ocorre dentro de uma indústria e conta com
mão-de-obra altamente qualificada, o que dá ao cliente a garantia de uma obra com
qualidade superior devido ao rígido controle existente durante todo o processo industrial.

1.2.9 Antecipação do ganho


Em função da maior velocidade de execução da obra, haverá um ganho adicional
pela ocupação antecipada do imóvel e pela rapidez no retorno do capital investido.

1.2.10 Organização do canteiro de obras


Como a estrutura metálica é totalmente pré-fabricada, há uma melhor organização
do canteiro devido entre outros à ausência de grandes depósitos de areia, brita, cimento,
madeiras e ferragens, reduzindo também o inevitável desperdício desses materiais. O
ambiente limpo com menor geração de entulho, oferece ainda melhores condições de
segurança ao trabalhador contribuindo para a redução dos acidentes na obra.
Capítulo 1 Introdução

1.2.11 Precisão construtiva


Enquanto nas estruturas de concreto a precisão é medida em centímetros, numa
estrutura metálica a unidade empregada é o milímetro. Isso garante uma estrutura
perfeitamente aprumada e nivelada, facilitando atividades como o assentamento de
esquadrias, instalação de elevadores, bem como redução no custo dos materiais de
revestimento.

1.2.12 Reciclabilidade
O aço é 100% reciclável e as estruturas podem ser desmontadas e reaproveitadas.

1.2.13 Preservação do meio ambiente


A estrutura metálica é menos agressiva ao meio ambiente pois além de reduzir o
consumo de madeira na obra, diminui a emissão de material particulado e poluição sonora
geradas pelas serras e outros equipamentos destinados a trabalhar a madeira.

2.0 Aspectos de Projeto

2.1. Definição do Partido Arquitetônico


Estrutura metálica aparente ou revestida? Essa é a primeira decisão que o arquiteto
deve tomar ao trabalhar com estrutura de aço. Ao contrário do que muitos possam pensar,
a maior parte das obras em aço existentes no exterior são realizadas com o aço revestido.
Essa solução, que pode significar redução nos custos de pintura e proteção contra
incêndios, deve ser adotada quando o que importa são as inúmeras vantagens do aço como
material estrutural e não a "estética do aço".
Cabe ao arquiteto definir qual a solução mais adequada para cada obra. Nessa etapa
do projeto é interessante uma consulta a um calculista que poderá orientar sobre as
melhores alternativas.

2.2. Detalhamento
É necessário um bom detalhamento do projeto estrutural que leve em conta
possíveis interferências com os projetos de instalações elétricas, hidráulicas, ar
condicionado, etc. e evitar improvisações no canteiro de obras.
Capítulo 1 Introdução

Independentemente do tipo de aço e do esquema de pintura empregados, alguns


cuidados básicos nas etapas de projeto, fabricação e montagem da estrutura podem
contribuir significativamente para melhorar a resistência à corrosão:
• Evitar regiões de empoçamento de água e deposição de resíduos;
• Prever furos de drenagem em quantidade e tamanho suficiente
• Permitir a circulação de ar por todas as faces dos perfis para facilitar a secagem
• Garantir espaço suficiente e acesso para realização de manutenção(pintura, etc);
• Impedir o contato direto de outros metais com o aço para evitar o fenômeno de
corrosão galvânica.
• Evitar peças semi-enterradas ou semi-submersas.

2.3. Ligações
Outro ponto importante na etapa de projeto, é a definição do sistema de ligação a
ser adotado entre os elementos que compõem a estrutura metálica como: vigas, pilares e
contraventamentos. É fundamental que os elementos de ligação (chapas, parafusos, soldas,
etc.) apresentem resistência mecânica compatível com o aço utilizado na estrutura.
A escolha criteriosa entre um sistema de ligação soldado e/ou parafusado, pode
significar uma obra mais econômica e tornar a montagem mais rápida e funcional.
Alguns aspectos são importantes para essa escolha:
• Condições de montagem no local da obra;
• Grau de dificuldade para fabricação da peça;
• Padronização das ligações.
Se a intenção do projeto for deixar as estruturas aparentes, o desenho das ligações
assume uma importância maior. O formato, posição e quantidade de parafusos, chapas de
ligação e nervuras de enrijecimento, são alguns dos itens que podem ter um forte apelo
estético se convenientemente trabalhados pelo arquiteto em conjunto com o engenheiro
calculista.

2.3.1 Ligações Soldadas


Para que se tenha um maior controle de qualidade, as ligações soldadas devem ser
executadas sempre que possível na fábrica. É o tipo de ligação ideal para união de peças
com geometria complicada.
Capítulo 1 Introdução

Os processos de soldagem mais utilizados são a solda a arco elétrico, que pode ser
manual ou com eletrodo revestido e automático, com arco submerso.
Quando a obra empregar aços resistentes à corrosão atmosférica (família COS AR COR)
deve-se empregar eletrodos apropriados.

2.3.2 Ligações Parafusadas


As ligações parafusadas podem utilizar dois tipos de parafusos:
• comuns: Apresentam baixa resistência mecânica, sendo portanto utilizados em
ligações de peças secundárias como guarda-corpos, corrimãos, terças e outras
peças pouco solicitadas;
• alta resistência: São especificados para ligações de maior responsabilidade.
Devido à característica de alta resistência, as ligações geralmente tem um número
mais reduzido de parafusos, além de chapas de ligação menores.

É importante destacar que, quando a obra empregar aços resistentes à corrosão


atmosférica (família COS AR COR) deve-se empregar parafusos de aço com as mesmas
características.

3.0 Aços Estruturais


Para compreender o comportamento das estruturas de aço é essencial que o
calculista esteja familiarizado com as propriedades do aço. Os diagramas tensão-
deformação representam uma informação valiosa e necessária para entender como será o
comportamento do aço em uma determinada situação.
São as seguintes as propriedades mecânica do aço:
Massa especifica .................................... ρ = 7,85 tf/m3;
Módulo de elasticidade .......................... E = 205000 MPa = 2050
tf/cm2.

3.1 Classificação dos Aços


A definição de aço proposta acima permite uma distinção entre os aços carbonos
comuns e os aços ligados:
Capítulo 1 Introdução

Aço-carbono são ligas de Ferro-Carbono contendo geralmente de 0,008%


até 2,11% de carbono, além de certos elementos residuais dos processos de
fabricação;
Aço-liga são os aços carbono que contém elementos de liga, ou apresenta
os elementos residuais em teores acima dos que são considerados normais.
Os aços-carbonos se dividem em:
Aços de baixo teor de carbono, com C < 0,3% são aços que possuem
grande ductilidade, bons para o trabalho mecânico e soldagem( construção
de pontes, navios, edifícios, caldeiras e peças de grandes dimensões em
geral);
Aços de médio carbono, com 0,3%> C 0,7%, são os aços utilizados em
engrenagens etc.
Aço de alto teor de carbono, com C > 0,7%, são os aços de elevada dureza
e resistência, são utilizados em componentes agrícolas sujeitos ao desgaste
e pequenas ferramentas.
Os aços-liga, por sua vez, podem ser subdivididos em dois grupos;
Aços de baixo teor de ligas, contendo menos de 8% de elemento de liga;
Aços de alto teor de ligas, contento elementos de liga acima de 8%.
Existem diversos tipos de aços adequados para utilização em estruturas metálicas.
Alguns dos mais empregados são:

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Capítulo 1 Introdução
Capítulo 1 Introdução
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Capítulo 1 Introdução

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Capítulo 1 Introdução

4.0 Perfis Estruturais

Os perfis de aço podem ser obtidos pelos seguintes métodos:


Laminação;
Solda;
Dobramento (Chapas finas)

4.1 Perfil Laminado


Os perfis laminados são utilizados em estruturas de grande importância e são feitas
por laminação.
A oferta de perfis laminados estruturais de padrão americano fabricados no
país é bastante restrita, devido ao fato de as principais siderúrgicas brasileiras
deixaram de produzi-los. Além disso, os perfis laminados de padrão americano de
abas inclinadas apresentam algumas limitações quanto à disponibilidade de tipos e
à variedade de tamanhos nominais.
Capítulo 1 Introdução

4.2 Perfil Soldado

Os perfis soldados permitem abranger uma vasta gama de tamanhos e atendem às


necessidades estruturais com economia. São obtidos pelo corte, composição e
soldagem de chapas planas de aço, permitindo grande variedade de formas e
dimensões de seções.
Os perfis soldados são classificados em séries, de acordo com a sua
utilização na estrutura. Destaca-se a seguir os perfis das séries empregadas em
edificações:
Série VS: compreende os perfis soldados para vigas, em que 2 < d/bf <
4;
Série CVS: compreende os perfis soldados para vigas e pilares, em que 1
< d/bf < 1,5;
Série CS: compreende os perfis soldados para pilares, em que d/bf = 1.
Capítulo 1 Introdução

Abreviaturas das Características Geométricas do Perfil


d - altura do perfil;
bf - largura da mesa;
tw - espessura da alma;
tf - espessura da mesa;
h - altura da alma;
ec - espessura do cordão de solda (dimensão efetiva mínima do filete,
compatível com a maior espessura do metal base na junta).
Capítulo 1 Introdução

4.3 Perfil Dobrado

São perfis obtidos pelos processos de dobramento a frio de chapas de aço.


Embora possuam dimensões padronizadas, podem ser produzidos pelos fabricantes
de acordo com a forma e os tamanhos solicitados dando uma flexibilidade com
uma infinidade de variedades de perfis.
De modo geral, são recomendados para construções leves, sendo utilizados
em elementos estruturais, como barras de treliças e terças. As vantagens
econômicas desse tipo de perfil estão no baixo peso de aço, consequentemente um
menor custo de montagem e diminuição do prazo de execução.

Exemplos de Composição de perfis formados a frio:


Capítulo 1 Introdução

4.4 Perfil Tubulares

Os perfis tubulares podem ser de dois tipos: sem costura e com costura. Os perfis
com costura são aqueles obtidos pela calandragem ou pela prensagem das chapas, sendo
soldados.
A utilização mais vantajosa dos perfis tubulares de médio e grande diâmetro é nos
pilares. Pela própria geometria das seções, seja ela circular, quadrada ou retangular, esses
perfis apresentam ma maior resistência a flambagem. Para os de menor diâmetro, a
aplicação mais usual esta nas treliças planas e nas treliças espaciais.

Processo de fabricação de perfis tubulares redondos pela prensagem e soldagem.


Capítulo 1 Introdução

5.0 Estrutura
5.1 Conceito de Estrutura
Estrutura é a parte ou conjunto das partes de uma construção que se destina a
resistir a cargas. Cada parte peça estrutural deve resistir aos esforços incidentes e
transmiti-los a outras peças, através de vínculos que as unem, com finalidade de conduzi-
los ao solo.

5.2 Classificação das Peças, de Acordo com as Dimensões


Conforme as duas dimensões, as peças estruturais podem ser classificadas em
blocos, folhas e barras.

5.2.1 Blocos
Os blocos possuem as três dimensões com valores da mesma ordem de grandeza.
Destacam-se os blocos de fundação.
Capítulo 1 Introdução

5.2.2 Folhas
As folhas possuem uma das dimensões com valor muito inferior ao das outras.
Destacam-se as lajes, as paredes estruturais e as cascas de cobertura.

5.2.3 Barras
As barras possuem uma das dimensões com valor muito superior ao das outras
duas. Destacam-se as vigas e os pilares. Estas podem ser subdivida em barras sólidas
(concreto) e barras com paredes delgadas (metálicas).

5.3 Classificação das Peças, de Acordo com os Carregamentos


As peças estruturais são classificadas também quanto ao modo de aplicação do
carregamento. Podem ser dividida em: placas ou lajes, chapas ou paredes estruturais, vigas
e pilares.
5.3.1 Placas ou Lajes
São folhas que sofrem carregamento perpendicular à face formada pelas duas
maiores dimensões.
Capítulo 1 Introdução

5.3.2 Chapas ou Paredes Estruturais


São folhas que sofrem carregamento paralelo à face formada pelas duas maiores
dimensões.

5.3.3 Vigas
São barras que sofrem carregamento transversal ao seu eixo.

5.3.4 Pilares
São barras que sofrem carregamento axial.
Capítulo 1 Introdução

5.5 Classificação dos Vínculos


Os vínculos são classificados em função do movimento que impedem. Os mais
utilizados são os seguintes:

5.5.1 Articulação Móvel


Impede o movimento perpendicular à reta de vinculação, permitindo o movimento
paralelo à mesma reta e a rotação da peça em torno do ponto vinculado.

5.5.2 Articulação Fixa


Impede o movimento perpendicular e paralelo à reta de vinculação, permitindo o
movimento paralelo à mesma reta e a rotação da peça em torno do ponto vinculado.

5.5.3 Engastamento
Impede o movimento perpendicular e paralelo à reta de vinculação e também a
rotação da peça em torno do ponto vinculado.
Capítulo 1 Introdução

6.0 Sistemas Estruturais


Toda estrutura formada por barras vinculadas entre si é denominada pórtico
espacial.

É possível, na prática, isolar subconjuntos do pórtico espacial e analisá-las como se


fossem estruturas independentes ligadas uma às outras por vínculos. As reações de apoio
de um subconjunto são o carregamento do outro, que serve de apoio ao primeiro.
Capítulo 1 Introdução

6.1 Pórticos, Treliças


6.1.1 Pórticos
É a estrutura formada por barras coplanares sujeitas a carregamentos pertencentes a
esse mesmo plano.

6.1.2 Treliça Plana


Um caso particular importante de pórtico plano é o da treliça plana, que é a
estrutura formada por barras coplanares articuladas entre si e submetida a carregamentos
nodais.

6.1.3 Treliça Espacial


É uma estrutura formada por barras não-coplanares articuladas entre si e submetida
a carregamentos nodais.
Capítulo 1 Introdução

7.0 Deformações
Entende-se por deformação a mudança de forma de uma peça, traduzida pelo
deslocamento de seus pontos em conseqüência da aplicação do carregamento.

As barras pertencentes a um pórtico plano podem apresentar deformações axiais e


por flexão, porém não sofrem deformação por torção.
As barras pertencentes a uma treliça plana ou espacial apresentam apenas
deformações axiais.
Capítulo 1 Introdução

8.0 Pórticos Deslocáveis e Indeslocáveis


8.1 Pórticos Deslocáveis
Aqueles em que o deslocamento de um ou mais de seus nós depende da
deformação por flexão das barras;
8.2 Pórticos Indeslocáveis
Aqueles em que o deslocamento de todos os seus nós depende da deformação axial
de barras. Este deslocamento pode ser desprezado, se comparado com os valores de
deslocamento encontrados nos pórticos deslocáveis.

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