Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
b) Canteiro de obras
A dispensa de escoramento, a realização imediata de várias lajes e o
pequeno manuseio de materiais diversos reduzem a área necessária ao canteiro
de obras, proporcionando um ambiente limpo, com pouca geração de entulho,
evitando gastos associados a sua remoção e transtornos nas vias urbanas. As
boas condições do canteiro proporcionam, também, melhores condições se
segurança ao trabalhador.
e) Qualidade da obra
3
f) Adaptação
Diversos fatores podem determinar a obsolescência de uma edificação,
podendo ser citados a necessidade de modificação de áreas internas
(movimentação de paredes, instalação de novas escadas e elevadores), falta de
espaço, necessidade de melhoria nos serviços (instalação de ar condicionado,
sistemas de transmissão de dados), aumento de carga (novos equipamentos ou
equipamentos mais pesados) e a reconfiguração de espaços e serviços.
A adaptação de uma construção depende da facilidade com que ela possa
ser alterada, expandida ou melhorada para atender a novos requisitos. As
construções em estrutura metálica são mais facilmente adaptáveis do que as em
concreto, devido a facilidade com que os membros em aço podem ser ajustados,
reparados e reutilizados.
Acrescenta-se a isto, a facilidade de ligações aço/aço e aço/concreto e a
possibilidade de utilização de uma ampla gama de produtos no fechamento,
cobertura e acabamento da obra.
g) Economicamente
Além das vantagens citadas, outras características inerentes à construção
em estrutura metálica contribuem para sua competitividade econômica frente ao
concreto, principalmente se aliadas a um projeto adequado. Entre essas
características está a precisão de medidas – em milímetros contra centímetros no
caso do concreto – possibilitando economia significativa na mão-de-obra e
argamassa de regularização, a menos necessidade de madeiramento, retorno
mais rápido do investimento e menor necessidade de mão-de-obra.
A escolha do aço apropriado pode proporcionar uma maior vida útil para a
edificação e minimizar operações de manutenção e limpeza, reduzindo assim os
custos de conservação da obra.
4
Vantagens de Uso
a) Redução das cargas nas estruturas e fundações;
b) Redução do tempo de montagem, da mão de obra e do uso de
equipamentos devido a industrialização dos serviços de montagem;
c) Propiciam bom isolamento térmico e acústico das construções;
d) Economia de revestimento, as alvenarias são planas.
Detalhes Construtivos
a) Aberturas
Os painéis de verga são auto portantes. O apoio mínimo para um painel
verga é de aproximadamente 15 cm.
As peças de fixação dos batentes devem ser engastados nos painéis
cortados e posteriormente recobertos com argamassa comum conforme figuras:
b) Instalações Elétricas
Os sulcos para passagem de tubulação e cunduites deverão ser realizados
através de ferramentas como o rasga dor manual, rasga dor elétrico ou ainda a
serra com disco de corte para materiais pétreos.
As tubulações com diâmetro superior a 1/3 da espessura do painel
deverão ser embutidas em shafts (espaço entre painéis) e posteriormente
preenchidos com argamassa.
Deixar um espaço mínimo de 1,5cm entre a tubulação e a face dos painéis.
Inserir tela de reforço no revestimento ao longo de toda abertura quando esta
seccionar mais de 50% da espessura do painel.
Ligação Viga-Alvenaria
Deve ser usado:
Bloco de ajuste
Chapisco:
- Argamassa pronta
- Argamassa feita na obra
Traço: 1:3 (cimento e areia) + polímero acrílico.
A dosagem de polímero é fornecida pelo fabricante.
Ferro dobrado:
- ø = 3 mm (qualquer diâmetro pode ser utilizado).
- Espaçamento: a cada dois ou três fiadas de tijolos.
Tela:
- Tipo: eletro soldada.
Largura da tela:
- Tijolo Cerâmico = 4 cm.
- Outros tijolos: dois telas de largura dois cm.
b) Sistema deformável
- Ligação Pilar-Alvenaria
Pode ser feita com:
Chapa de EPS – A chapa pode ser colocada na estrutura
Argamassa comum.
Obs.: Na região da chapa EPS deve ser fixada uma cantoneira, para
proteção da chapa, com aba de cinco mm no mínimo.
Juntas de Dilatação
3. Lajes
Laje convencional
As lajes convencionais, maciças, moldadas “in loco” podem ser utilizadas
juntamente com estruturas (vigas e pilares) metálicas, de forma similar ao seu uso
nas estruturas em concreto.
Normalmente são posicionadas sobre a mesa superior dos perfis das
vigas, exigindo fôrma de madeira e escoramento com pontaletes ou com a
utilização de treliças metálicas ou de madeira, apoiadas nas mesas inferiores das
vigas.
Laje treliçada
Elementos Constituintes
O principal elemento constitutivo das lajes treliça das são as “vigotas treliça
das”, elementos estruturais pré-moldados, compostos por uma armação chamada
treliça nervurada e uma sapata em concreto, de pequena espessura.
Vantagens
A utilização de lajes treliçadas apresenta várias vantagens, entre as quais:
a) É um produto leve e de fácil manuseio.
b) Permite a execução das instalações elétricas sem aumentar a espessura
da laje.
c) Elimina fôrmas e reduz os escoramentos.
d) Reduzem-se os prazos e custos das obras.
e) Ocorre uma perfeita aderência entre a vigota treliçada e o concreto de
enchimento ou capeamento.
f) As vigotas treliça das são bastante resistentes, o que facilita sua
estocagem e manuseio.
g) Redução no consumo e perda de aço na obra.
h) Dispensam o acabamento inferior, dependendo da finalidade da edificação.
28
Painéis
Introdução
Para tornar mais rápida a execução da construção, guias e montantes vem
para a obra na forma de painéis.
Detalhe da porta
Detalhe da janela
Rigidez do painel
a) Contraventamento: promove a estabilidade do edifício.
b) Os contraventamentos são feitos, de uma maneira geral, com chapas
cujas dimensões são definidas pelo cálculo estrutural.
30
4.2 Coberturas
b) contraventamento em “X”
5. Cobertura
Tesouras
As tesouras devem ser calculadas em função do tipo de telha que será
utilizada, do vão a ser vencido, do espaçamento entre tesouras, e etc.
Terças
Introdução
Será apresentado o sistema de terças Metform. As terças são perfis “Z”
que podem ser ou não unidos por luvas.
Perfis disponíveis
Sistemas de Metform
a) Sistema Sleeved
Sistema aplicável em coberturas com dois ou mais vãos de terças e
espaçamentos entre tesouras de até 16m. São utilizadas luvas em todas as
ligações das terças da 2º e da penúltima tesoura e alternadamente nas ligações
das terças das tesouras internas.
Neste sistema, as luvas possuem a mesma espessura das terças
utilizadas.
b) Sistema HEB
Este sistema é aplicável em coberturas com cinco ou mais vãos de terças
e espaçamentos entre tesouras de até 16m. Utilizam-se terças de maior
espessura nos vãos de extremidade enquanto nos vãos internos são utilizadas
terças mais leves (menor espessura).
Em todas as ligações das terças devem ser colocadas luvas, exceto nas
tesouras de extremidade. Na 2º e na penúltima tesoura devem ser utilizadas luvas
de extremidade robustas (mesmas espessura das terças dos vãos da
extremidade) enquanto nas terças das tesouras internas devem ser utilizadas
luvas padrão (mesmas espessuras das terças de vãos internos).
36
d) Sistema Bi-Apoiado
Aplicável em coberturas com um ou mais vãos de terças e espaçamento
entre tesouras de até 16m, este sistema atente a vãos de dimensões variadas e
de despadronizados e pode ser usado apoiado ou de topo nas tesouras.
d) Sistema Metlap
O sistema Metlap caracteriza-se pelo trepasse das terças nos apoios
apresentando excelente desempenho, especialmente em coberturas de grande
extensão com vãos repetitivos. Este sistema se adequa particularmente a
situações onde exista alto carregamento devido ao vendo de sucção, com uma
quantidade mínima de tirantes e vãos entre tesouras de até 14,5m, dependendo
do carregamento e das condições de fixação das telhas (de acordo com as
37
6. Habitação Popular
Introdução
Histórico
Inicialmente, em 1997, foi proposto um sistema estrutural metálico para o
prédio padrão COHAB-MG de quatro pavimentos, com 16 apartamentos de 42m²
cada. Foram adotados os perfis formatados a frio (PFF) como vigas de seção
caixa (composta por dois perfis U enrijecido) e pilares em perfis dupla cartola,
unidos entre si por ligações soldadas. Para estes prédios foi desenvolvido o
sistema de viga mista aço-concreto com PFF e laje de concreto armado moldado
no local, sendo vigas e lajes escoradas.
Após a realização dos estudos teórico-experimentais, relativos à
resistência e ao comportamento dos subsistemas do prédio, tais como pilares,
ligações pilar-viga, interface alvenaria-estrutura metálica e vigas mistas aço-
concreto, a Usiminas passou a desenvolver o Projeto de Habitação Popular.
Foram aprimoradas e propostas soluções modernas, econômicas, simples
e rápidas para a construção de moradias populares. A partir daí, em parceria com
a iniciativa privada, órgãos públicos e prefeituras, foram construídos em Minas
Gerais diversos prédios e uma quantidade expressiva de casas, com áreas de
36m² e 42m².
40
Montagem
Prédios do CDHU/SP
Prédios de 5 pavimentos.
45
Protótipo concluído.
vigas mistas aço-concreto com painéis Sical sob capa de concreto moldado no
local.
7. Perfis em Aço
Perfis soldados
Introdução
Elemento estrutural constituído por três chapas de aço, unidas entre si por
soldagem a arco elétrico, formando aproximadamente, em sua sessão
transversal, um “I” ou “H”.
Classificação
Os perfis soldados são classificados em:
a) Série simétrica
Série VS: empregados em estruturas de edifícios industriais e comerciais
e em ponter rodoviárias e ferroviárias, onde 2<=d/bf<=4.
Série CS: utilizados em colunas de edifícios industriais e comerciais e
estocas para fundações, onde 1<=d/bf</1,5.
Série CS: utilizado em colunas de edifícios industriais e comerciais, onde
d/bf=1.
b) Série monossimétrica
Série VSM: perfis soldados monossimétricos tipo viga com relação
1<d/bf<=4,0.
c) Série estaca
Série PEQC: utilizados para estacas, fabricadas em aço de qualidade
comercial – NTU QC 250.
d) Série especial
Série PSE: composto de formato “T”, “U”, “L” e perfis “I” de abas
desiguais, para atender a casos especiais.
53
c) Denominação
CE: Coluna eletro-soldada (h = 100 a 300mm)
CVE: Colina e viga eletro-soldada (h=100 a 350mm)
VE: Viga eletro-soldada (h=100 a 500mm)
VEE: Viga-estaca eletro-soldada (h= 100 a 360mm)
54
Base de cálculo
Devido às suas características construtivas e à sua forma sensorial, a alma
não é capaz de transmitir tensões normais longitudinais significativas. Em termos
estáticos, isto significa que o perfil de alma senoidal pode ser representado por
um modelo de treliça, onde as mesas correspondem aos banzos e são
responsáveis pela resistência ao momento fletor e à força normal e a alma
corresponde aos montantes e às diagonais, sendo responsável pela resistência à
força cortante. Este modelo de treliça permite que se dimensionem os perfis de
alma senoidal de forma simples, rápida e segura, de acordo com as normas
internacionais mais modernas.
Tradicionalmente este tem sido o método de cálculo mais utilizado.
Entretanto, métodos menos conservadores para a obtenção da resistência de
perfis de alma senoidal levando-se diretamente em conta a flambagem lateral
com torção vêm sendo cada vez mais empregados conforme norma 8800/86.
Uma particularidade dos perfis leves é a sua concepção cada vez mais
esbelta, por meio da conformação de chapas com espessuras muito pequenas
em conseqüentemente, menor custo. Portanto, representam uma economia na
construção metálica leve, o que tem incentivado cada vez mais pesquisas
voltadas a esse produto.
Seu uso inclui galpões,em geral, edifícios residenciais, como elementos
estruturais principais, em vigas e pilares de pórticos, em sistemas “Steel frame” e
sistemas de cedação de edifícios em geral, com função estrutural ou não. E
também, em coberturas, fôrmas para concretagem, andaimes e escoramentos,
defensas rodoviárias, elementos de fixação de tapamentos laterais de galpões,
padrões residenciais para energia elétrica, produtos para o setor agropecuário
(cercas, porteiras, estábulos, etc.), armações para forro, estufas para plantas,
hangares, ginásios poliesportivos e auditórios, cobertura de postos de
abastecimento, pontilhões metálicos e guarda-copo e ainda, são empregados em
estruturas de carrocerias de ônibus e caminhões.
A diversidade de aplicações apresentadas pelo produto final é devida à
grande variedade das formas de seções transversais, podendo-se obter
concepções estruturais esbeltas e eficientes para os meia diversos usos nas
edificações.
No caso de estruturas de maior porte, a utilização de perfis formados a frio
duplos, em seção unicelular (tubular retangular), também conhecidos como seção
caixão ou perfil caixa, podem proporcionar, em algumas situações, estruturas
mais econômicas. Isso se deve à boa rigidez à torção (eliminando travamentos),
menor área exposta (reduzindo a áreas de pintura) e menor área de estagnação
de líquidos ou detritos (reduzindo a probabilidade de corrosão).
56
8. Corrosão
O que é a corrosão?
Corrosão pode ser definida como sendo a deterioração que ocorre quando
um material (normalmente um metal) reage com seu ambiente, levando à perda
de suas propriedades.O processo de corrosão pode ser visto como sendo o
inverso da metalurgia extrativa. No processo siderúrgico, muita energia é gasta
para transformar o óxido de ferro em um produto final. O minério de ferro entra no
alto-forno tanto na forma sintetizada quanto bitolada, e em conjunto com o coque
metalúrgico, fundentes e ar insuflado, forma uma liga impura conhecida como
ferro-gusa.
O ferro-gusa é processado, em seguida, na aciaria, onde os teores de
certos elementos químicos são reduzidos (como carbono, o silício, o fósforo e o
enxofre) e outros elementos são adicionados, para conferir certas propriedades
ao aço. A liga é, em seguida, conformada em chapas, perfis, etc. a corrosão é o
processo inverso ao da siderurgia, ou seja, o ferro retorna de forma espontânea
aos óxidos que lhe deram origem.
Meios corrosivos
A temperatura influi na corrosividade, porque há menor possibilidade de
condensação da umidade do ar quando a temperatura ambiente é alta. Quando a
temperatura é baixa há maior possibilidade de condensação e de absorção de
gases ácidos e corrosivos.
Critério do Projeto
a) Os desenhos devem ser simples, evitando-se a complexidade
excessiva.
b) As superfícies da estrutura de aço expostas aos meios corrosivos
devem ser pequenas em extensão.
c) As estruturas devem ter o menor número possível de irregularidades
(por exemplo: sobreposições, cantos e arestas vivas, bordas). As juntas
devem, preferencialmente, ser soldadas ao invés de aparafusadas ou
rebitadas, para conseguir superfícies mais lisas e sem saliências em
toda a extensão. Soldas descontínuas e pontos de soldas devem ser
usados somente onde o risco de corrosão é desprezível.
d) A norma cita os seguintes pontos a serem observados pelo projetista:
- Acessibilidade
- Frestas e espaços estreitos
- Retenção de água
- Arestas e bordas
- Soldas irregulares
59
Retenção de água
Configurações de superfícies nas quais a água pode ficar retida, assim
como a presença de materiais estranhos como sujeiras, que aumentam a
condição corrosiva, devem ser evitadas. O projetista deve também ter cuidado
com possíveis efeitos de escorrimentos, de ferrugem de um aço comum sobre um
aço inoxidável, com conseqüente corrosão ou mancha mento do aço inox.
Algumas precauções adequadas para ir de encontro a estes objetivos são:
▪ Desenhos com superfícies inclinadas ou chanfradas.
▪ Eliminação de seções abertas no topo ou arranjo em uma posição
inclinada.
▪ Evitar bolsas e reentrâncias nas quais a água e sujeiras podem ficar
retidas.
▪ Drenos que conduzam a água e líquidos corrosivos para fora da
estrutura.
61
Drenos, bicas, canos, tubos ou brechas podem ser usados para evitar a
formação de depósitos ou penetração de água. Deve ser considerada a
possibilidade de o vento soprar gotas de água pra dentro das frestas.