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A Importância da Estrutura Metálica na Construção Civil


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1. Introdução

Vantagens de uso das estruturas de aço


O aço, com suas características peculiares, permitiu um enorme avanço em
soluções de arquitetura além de proporcionar diversas vantagens como elemento
construtivo em relação ao concreto, podendo ser citadas:

a) Alívio das fundações


A maior resistência do aço permite a realização de um projeto mais leve,
garantindo uma grande redução nos custos com fundações.

b) Canteiro de obras
A dispensa de escoramento, a realização imediata de várias lajes e o
pequeno manuseio de materiais diversos reduzem a área necessária ao canteiro
de obras, proporcionando um ambiente limpo, com pouca geração de entulho,
evitando gastos associados a sua remoção e transtornos nas vias urbanas. As
boas condições do canteiro proporcionam, também, melhores condições se
segurança ao trabalhador.

c) Redução do tempo de construção


A redução do tempo de construção é alcançada através de vários fatores,
como a fabricação da estrutura, com a execução dos elementos de passagem e
de fixação de utilidades elétricas e hidráulicas, a simplificação do escoramento, a
dispensa do uso de formas e a possibilidade de abertura de maior número de
frentes de serviços. Além disso, a construção em estrutura metálica não é afetada
por condições climáticas, como a ocorrência de chuvas.

d) Maior espaço útil


A estrutura metálica permite o emprego de pilares de menos seção, de
vigas com menor altura e maiores vãos livres (reduzindo o número de pilares),
com conseqüente aumento do espaço útil da construção.

e) Qualidade da obra
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O maior grau de industrialização da estrutura metálica, além de


proporcionar um resultado perfeito no alinhamento da construção, oferece
também a garantia dos materiais serem previamente testados, oferecendo um alto
grau de segurança na sua utilização.

f) Adaptação
Diversos fatores podem determinar a obsolescência de uma edificação,
podendo ser citados a necessidade de modificação de áreas internas
(movimentação de paredes, instalação de novas escadas e elevadores), falta de
espaço, necessidade de melhoria nos serviços (instalação de ar condicionado,
sistemas de transmissão de dados), aumento de carga (novos equipamentos ou
equipamentos mais pesados) e a reconfiguração de espaços e serviços.
A adaptação de uma construção depende da facilidade com que ela possa
ser alterada, expandida ou melhorada para atender a novos requisitos. As
construções em estrutura metálica são mais facilmente adaptáveis do que as em
concreto, devido a facilidade com que os membros em aço podem ser ajustados,
reparados e reutilizados.
Acrescenta-se a isto, a facilidade de ligações aço/aço e aço/concreto e a
possibilidade de utilização de uma ampla gama de produtos no fechamento,
cobertura e acabamento da obra.

g) Economicamente
Além das vantagens citadas, outras características inerentes à construção
em estrutura metálica contribuem para sua competitividade econômica frente ao
concreto, principalmente se aliadas a um projeto adequado. Entre essas
características está a precisão de medidas – em milímetros contra centímetros no
caso do concreto – possibilitando economia significativa na mão-de-obra e
argamassa de regularização, a menos necessidade de madeiramento, retorno
mais rápido do investimento e menor necessidade de mão-de-obra.
A escolha do aço apropriado pode proporcionar uma maior vida útil para a
edificação e minimizar operações de manutenção e limpeza, reduzindo assim os
custos de conservação da obra.
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Um outro aspecto importante associado à construção em estrutura


metálica, frente a construção em concreto, é seu caráter menos agressivo ao
meio ambiente. Atualmente, 50% do aço produzido no mundo é proveniente de
reciclagem. No caso da construção civil, parafusos, conexões e membros
estruturais podem ser desmontados e reutilizados, implicando em uma reciclagem
de 100%, sem perda de resistência mecânica quando da reutilização.
Dentro da filosofia da reciclagem, quando a vida útil de uma construção
termina, deve-se prioritariamente:
- reformar ao invés de demolir
- desmontar e reutilizar os componentes
- demolir e reciclar os componentes
Entre os diversos sistemas construtivos, a estrutura metálica é a que
melhor se adequa a estas três opções. Um aspecto importante da reciclagem na
fabricação de um dado produto é a redução do consumo de energia no processo
produtivo. A produção de aço a partir da sucata consome apenas de 35% a 40%
da quantidade de energia requerida para a produção a partir do minério de ferro.

Aços para a construção civil

Os aços fabricados pelo sistema Usiminas para a construção civil podem


ser divididos em duas categorias:

a) Com fins estruturais: destinados principalmente a fabricação de perfis


soldados e eletro soldados (colunas e vigas) e perfis leves para o sistema
Steel Frame.
b) Sem fins estruturais: destinados a fabricação de telhas, tapamentos
laterais, esquadrias e tubos para estruturas especiais.
Posto isto, este trabalho tem o objetivo de avaliar a importância do aço na
construção civil, tanto que este tema se fez necessário nos dias presentes por se
tratar de uma tecnologia em ascensão e através dela se pode construir
edificações cada vez mais arrojadas e econômica e tecnologicamente viáveis.
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Tipos de peças em aço:

Tabela: Modelo de Perfis

Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)


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2. Sobre as peças de Aço

Concreto Celular Auto Clavado

Vantagens de Uso
a) Redução das cargas nas estruturas e fundações;
b) Redução do tempo de montagem, da mão de obra e do uso de
equipamentos devido a industrialização dos serviços de montagem;
c) Propiciam bom isolamento térmico e acústico das construções;
d) Economia de revestimento, as alvenarias são planas.

Detalhes Construtivos
a) Aberturas
Os painéis de verga são auto portantes. O apoio mínimo para um painel
verga é de aproximadamente 15 cm.
As peças de fixação dos batentes devem ser engastados nos painéis
cortados e posteriormente recobertos com argamassa comum conforme figuras:

Figura 01: Espaço para portas


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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Figura 02: Espaço para janelas


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

b) Instalações Elétricas
Os sulcos para passagem de tubulação e cunduites deverão ser realizados
através de ferramentas como o rasga dor manual, rasga dor elétrico ou ainda a
serra com disco de corte para materiais pétreos.
As tubulações com diâmetro superior a 1/3 da espessura do painel
deverão ser embutidas em shafts (espaço entre painéis) e posteriormente
preenchidos com argamassa.
Deixar um espaço mínimo de 1,5cm entre a tubulação e a face dos painéis.
Inserir tela de reforço no revestimento ao longo de toda abertura quando esta
seccionar mais de 50% da espessura do painel.

Concreto Celular Polimerizado

Estrutura em aço e fechamento em concreto

a) Estabilidade/dimensões dos painéis de concreto


Deve-se adotar painéis com dimensões inferiores a 2,44m x 3,81m x
0,10m (este painel teve o seu desempenho técnico avaliado).
Para painéis com altura superior a 2,44m aconselha-se a colocação de
treliça metálica H8 ou similar.
Não devem ser adotados painéis com largura superior a 3,81m. Os pilares
em geral, de perfil de chapa dobrado e cartola duplo devem ter este
espaçamento.
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Figura 03: Fechamento em concreto


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Ligação Viga-Alvenaria
Deve ser usado:
 Bloco de ajuste

Figura 04: Fechamento em Alvenaria


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

A estrutura metálica deve ser chapiscada com a mesma argamassa usada


para chapiscar o pilar.

a) Sistema Semi Rígido


- Ligação Pilar-Alvenaria
Chapisco + Ferro dobrado ou tela soldada
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Chapisco:
- Argamassa pronta
- Argamassa feita na obra
 Traço: 1:3 (cimento e areia) + polímero acrílico.
 A dosagem de polímero é fornecida pelo fabricante.

Ferro dobrado:
- ø = 3 mm (qualquer diâmetro pode ser utilizado).
- Espaçamento: a cada dois ou três fiadas de tijolos.

Tela:
- Tipo: eletro soldada.

Figura 05: Dimensões para “Ferro dobrado” e “Tela”

Largura da tela:
- Tijolo Cerâmico = 4 cm.
- Outros tijolos: dois telas de largura dois cm.

Figura 06: Ligação Aço-alvenaria


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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b) Sistema deformável
- Ligação Pilar-Alvenaria
Pode ser feita com:
 Chapa de EPS – A chapa pode ser colocada na estrutura
 Argamassa comum.
Obs.: Na região da chapa EPS deve ser fixada uma cantoneira, para
proteção da chapa, com aba de cinco mm no mínimo.

Figura 07: Ligação Coluna-Alvenaria


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Figura 08: Ligação Viga-Alvenaria


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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Juntas de Dilatação

Tabela: Dimensões Bloco-Alvenaria

Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

a) Estes valores são válidos para alvenarias até 3,5m de altura.


b) As juntas devem ser abertas, utilizando perfis metálicos, pilaretes ou
outros recursos capazes de promover desconexão do pano.
c) Entre os pilaretes deve ser colocada uma chapa de EPS para absorção
das tensões.

Figura 09: Junta entre Pilares-Alvenaria


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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Figura 10: Junta entre Perfil Metálico


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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3. Lajes

Laje convencional
As lajes convencionais, maciças, moldadas “in loco” podem ser utilizadas
juntamente com estruturas (vigas e pilares) metálicas, de forma similar ao seu uso
nas estruturas em concreto.
Normalmente são posicionadas sobre a mesa superior dos perfis das
vigas, exigindo fôrma de madeira e escoramento com pontaletes ou com a
utilização de treliças metálicas ou de madeira, apoiadas nas mesas inferiores das
vigas.

Figura 11: Montagem da Estrutura


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Em edifícios, para que as lajes sejam consideradas diafragmas rígidos,


capazes de transmitir as ações horizontais à estrutura metálica, é necessária a
utilização de conectores de cisalhamento, com espaçamento máximo de 1m,
dispostos nas vigas do perímetro da edificação.

Figura 12: Espaçamentos


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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Laje treliçada

Elementos Constituintes
O principal elemento constitutivo das lajes treliça das são as “vigotas treliça
das”, elementos estruturais pré-moldados, compostos por uma armação chamada
treliça nervurada e uma sapata em concreto, de pequena espessura.

Figura 13: Vigota de Laje


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

As treliças nervuradas, geralmente em aço CA60, são comportas por um


fio (vergalhão) longitudinal superior que, além de garantir rigidez ao conjunto,
também pode colaborar como armadura resistente ao momento fletor negativo
após a retirada dos escoramentos e também como armadura de compressão
durante a montagem e concretagem da estrutura treliça da.
As diagonais, além de serem responsáveis pela resistência à força
cortante, servem para promover uma perfeita coesão entre o concreto do
elemento pré-moldado e o concreto de preenchimento ou de capeamento,
enquanto os fios longitudinais inferiores constituem a armadura principal
(resistência ao momento fletor positivo) da laje.
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Figura 14: Esquema de Montagem de Treliça


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Figura 15: Nomenclatura de cada item


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Ainda compõe a laje treliçada os elementos de enchimento (EPS ou lajota


cerâmica), a tela soldada e a armadura adicional, determinada em cada caso pelo
fabricante da vigota treliçada.

Figura 16: Montagem em Perfil


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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Vantagens
A utilização de lajes treliçadas apresenta várias vantagens, entre as quais:
a) É um produto leve e de fácil manuseio.
b) Permite a execução das instalações elétricas sem aumentar a espessura
da laje.
c) Elimina fôrmas e reduz os escoramentos.
d) Reduzem-se os prazos e custos das obras.
e) Ocorre uma perfeita aderência entre a vigota treliçada e o concreto de
enchimento ou capeamento.
f) As vigotas treliça das são bastante resistentes, o que facilita sua
estocagem e manuseio.
g) Redução no consumo e perda de aço na obra.
h) Dispensam o acabamento inferior, dependendo da finalidade da edificação.
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4. Sistema Steel Frame – Estrutura Formada por Perfis Leves

Painéis

Introdução
Para tornar mais rápida a execução da construção, guias e montantes vem
para a obra na forma de painéis.

Figura 17: Painéis já montados


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Uma parede pode ser composta de um ou mais painéis.


Obs.: Painéis de andares adjacentes devem ter montantes alinhados.

Figura 18: Painel com mais de um perfil, alinhados.


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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Detalhe da porta

Figura 19: Espaço da Porta


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Detalhe da janela

Figura 20: Espaço da janela


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Rigidez do painel
a) Contraventamento: promove a estabilidade do edifício.
b) Os contraventamentos são feitos, de uma maneira geral, com chapas
cujas dimensões são definidas pelo cálculo estrutural.
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Figura 21: Detalhe do reforço


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Bloqueador e fita: promove a estabilidade dos elementos do painel.


Promovem a estabilidade dos elementos componentes do painel. O
bloqueador é instalado nos cantos, formando um conjunto rígido, esta rigidez é
transmitida ao restante dos montantes pela fita.

Figura 22: Montagem de Perfil


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Obs.: Ambos os elementos devem ser definidos pelo cálculo.

4.2 Coberturas

4.2.1 Cobertura com mais de duas águas


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Figura 23: Perfil Telhado


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

5.2.4 Rigidez da cobertura


A estabilização da estrutura é obtida através de:
a) contraventamento lateral

Figura 24: Perfil Treliça


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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b) contraventamento em “X”

Figura 25: Detalhe de Contraventamento


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

O número de travamentos longitudinais e/ou contraventamentos deve ser


definido no cálculo.

4.3 Instalações elétricas e hidráulicas


As tubulações, de uma maneira geral, passam pelos furos estampados nos
montantes.[Durante a montagem deve-se tomar os devidos cuidados para que os
orifícios dos perfis fiquem alinhados.Para evitar o contato dos tubos com os
montantes deve-se colocar um protetor de polietileno na borda dos furos.
As caixas devem ser fixadas em perfis “U” que, por sua vez, estarão
fixados nos montantes.
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5. Cobertura

Tesouras
As tesouras devem ser calculadas em função do tipo de telha que será
utilizada, do vão a ser vencido, do espaçamento entre tesouras, e etc.

Terças
Introdução
Será apresentado o sistema de terças Metform. As terças são perfis “Z”
que podem ser ou não unidos por luvas.

Figura 26: Estrutura sendo montada


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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Perfis disponíveis

Tabela: Perfis dispiníveis no mercado


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Sistemas de Metform
a) Sistema Sleeved
Sistema aplicável em coberturas com dois ou mais vãos de terças e
espaçamentos entre tesouras de até 16m. São utilizadas luvas em todas as
ligações das terças da 2º e da penúltima tesoura e alternadamente nas ligações
das terças das tesouras internas.
Neste sistema, as luvas possuem a mesma espessura das terças
utilizadas.

Figura 27: Detalhe das Luvas


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

b) Sistema HEB
Este sistema é aplicável em coberturas com cinco ou mais vãos de terças
e espaçamentos entre tesouras de até 16m. Utilizam-se terças de maior
espessura nos vãos de extremidade enquanto nos vãos internos são utilizadas
terças mais leves (menor espessura).
Em todas as ligações das terças devem ser colocadas luvas, exceto nas
tesouras de extremidade. Na 2º e na penúltima tesoura devem ser utilizadas luvas
de extremidade robustas (mesmas espessura das terças dos vãos da
extremidade) enquanto nas terças das tesouras internas devem ser utilizadas
luvas padrão (mesmas espessuras das terças de vãos internos).
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Figura 28: Detalhamento do reforço


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

d) Sistema Bi-Apoiado
Aplicável em coberturas com um ou mais vãos de terças e espaçamento
entre tesouras de até 16m, este sistema atente a vãos de dimensões variadas e
de despadronizados e pode ser usado apoiado ou de topo nas tesouras.

Figura 29: Detalhamento de Vão


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

d) Sistema Metlap
O sistema Metlap caracteriza-se pelo trepasse das terças nos apoios
apresentando excelente desempenho, especialmente em coberturas de grande
extensão com vãos repetitivos. Este sistema se adequa particularmente a
situações onde exista alto carregamento devido ao vendo de sucção, com uma
quantidade mínima de tirantes e vãos entre tesouras de até 14,5m, dependendo
do carregamento e das condições de fixação das telhas (de acordo com as
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instruções do fabricante) que pode ou não oferecer travamento lateral para a


terça.
Com um número reduzido de componentes e a marcação
computadorizada dos mesmos, sua montagem é simplificada. Terças de grande
comprimento devem ser manuseadas com cuidado.
Este sistema é aplicável em coberturas com quatro ou mais vãos de terças
e espaçamento entre tesouras de até 15m. As terças se sobrepõe em cada
ligação com as tesouras. São utilizadas terças de maior espessura nos vãos de
extremidade e de menos espessura nos vãos internos.
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6. Habitação Popular

Introdução

Figura 30: Sistema de Habitação Popular em Bloco


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

No Brasil, durante a última década, algumas siderúrgicas e fabricantes de


estruturas, em parceria com instituições de pesquisa e ensino passaram a
impulsionar o desenvolvimento de novos conceitos de soluções construtivas
estruturadas em aço.
A utilização de sistemas construtivos em estrutura metálica traz a
necessidade de compatibilizar sistemas de vedação e de piso com esta inovação.
Os desenvolvimentos buscavam soluções simples e de custo relativamente
baixo, que pudessem ser aplicadas também em larga escala em programas
habitacionais de interesse social, por exemplo. Dentro desta filosofia foi
desenvolvido o sistema habitacional popular.

Figura 31: Sistema de Habitação Popular CDHU/SP


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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Figura 32: Sistema de Habitação Popular Isolados


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Histórico
Inicialmente, em 1997, foi proposto um sistema estrutural metálico para o
prédio padrão COHAB-MG de quatro pavimentos, com 16 apartamentos de 42m²
cada. Foram adotados os perfis formatados a frio (PFF) como vigas de seção
caixa (composta por dois perfis U enrijecido) e pilares em perfis dupla cartola,
unidos entre si por ligações soldadas. Para estes prédios foi desenvolvido o
sistema de viga mista aço-concreto com PFF e laje de concreto armado moldado
no local, sendo vigas e lajes escoradas.
Após a realização dos estudos teórico-experimentais, relativos à
resistência e ao comportamento dos subsistemas do prédio, tais como pilares,
ligações pilar-viga, interface alvenaria-estrutura metálica e vigas mistas aço-
concreto, a Usiminas passou a desenvolver o Projeto de Habitação Popular.
Foram aprimoradas e propostas soluções modernas, econômicas, simples
e rápidas para a construção de moradias populares. A partir daí, em parceria com
a iniciativa privada, órgãos públicos e prefeituras, foram construídos em Minas
Gerais diversos prédios e uma quantidade expressiva de casas, com áreas de
36m² e 42m².
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Montagem

Figura 33: Execução de formas


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Figura 34: Formas concretadas


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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Figura 35: Montagem de Pilares e Viga


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Figura 36: Estrutura Metalica montada e alinhada


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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Figura 37: Concretagem das lajes


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

 Estrutura em Perfis Formados e Frio


Com ligações (rígidas e flexíveis) e vigas com conectores de cisalhamento
para compor o sistema de vigas mistas aço-concreto. Fundações sobre blocos de
concreto. Cintamento em concreto moldado no local.

Figura 38: Perfis Formados a Frio


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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 Estrutura em Perfis a Frio


Com ligações (rígidas e flexíveis). No detalhe, uma ligação flexível
segundo a menos inércia do pilar, sendo também observado o contraventamento
em diagonal com perfil U simples também formado a frio.

Figura 39: Estrutura em perfil a frio


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Figura 40: Prédio em Nova Lima – MG


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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Habitação Popular – prédios do CDHU-SP


A partir de 2001, foram construídos mais de uma centena de prédios de
cinco pavimentos, com quatro apartamentos de 42m², por pavimento, sendo
adotados os Sistemas Construtivos de Habitação Popular.
Os pisos foram construídos com pré-lajes de concreto com 3cm de
espessura e uma capa de 5cm de concreto moldado no local. No sistema
Habitação Popular foi utilizado o novo conceito em viga mista aço-concreto, com
as pré-lajes sobrepostas por uma camada de concreto moldada no local. As
vedações, sem função estrutural, foram executadas com alvenaria de bloco
cerâmico ou de bloco de concreto.
Nestes prédios, foram utilizados como conectores de cisalhamento os
perfis U simples como tecnologia inovadora, já que as vigas mistas assim
constituídas ainda não têm prescrições específicas para o seu dimensionamento
em normas técnicas, quer sejam nacionais ou estrangeiras.
Para estes prédios, além do sistema de vigas mistas com pré-lajes de
concreto sob a capa de concreto moldada in loco, foram também desenvolvidas
pesquisas sobre as ligações semi-rígidas entre as vigas e os pilares em perfis
formados a frio e também as ligações na interface alvenaria-estrutura metálica.
Em todos os casos acima citados, foi considerado para as vigas mistas o efeito da
interação total.

Prédios do CDHU/SP
Prédios de 5 pavimentos.
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 Montagem do protótipo. Observam-se na horizontal os protótipos pré-


montados.

Figura 41: Protótipos Prontos


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

 Observam-se na vertical os porticos pré-montados sendo aprumados.

Figura 42: Protótipo sendo montado


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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 Observam-se na vertical os pórticos aprumados e alinhados.

Figura 43: Estrutura pronta


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

 Protótipo concluído.

Figura 44: Bloco Pronto


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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 Prédios em fase de construção, observando-se a montagem das pré-


lajes.

Figura 45: Estrutura armada


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

 Prédios em fase de construção, observando-se a montagem das lajes.

Figura 46: Armada já com as lajes


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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 Prédios em fase de construção, observando-se a construção das


paredes externas com alvenaria de blocos cerâmicos.

Figura 47: Fechamento Alvenaria


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

 Ligações em alvenaria e estrutura metálica

Figura 48: Ligações das estruturas metálicas


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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Habitação Popular – prédios da SUDECAP-MG


Em 2003 foram construídos 13 prédios, todos de quatro pavimentos. Como
inovação tecnológica, está o fato de terem sido dispensadas as diagonais
metálicas para o contraventamento da edificação, com base em estudos
realizados sobre o comportamento de ligações semi-rígidas.

Habitação Popular – prédios COHAB-Campinas


Com base no Sistema de Habitação Popular, foi construído pela COHAB-
Campinas o protótipo de um prédio de quatro pavimentos, estruturado em PFF
unidos por ligações parafusadas. Nestes prédios foi incorporada a tecnologia para
vedações moldadas no local, com concreto leve polimerizado e sem tela metálica
estrutural para o enrijecimento das paredes.
Para o piso foram empregados painéis de concreto celular autoclavado,
sendo aplicada sobre os mesmos uma capa de concreto moldado no local para
compor o sistema de viga mista aço-concreto-painel. Neste sistema não é
necessário escorar os painéis e as vigas para aguardar a cura do concreto.

Figura 49: Viga mista aço-painel sical


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Prédio COHAB-Campinas, construído com o sistema estrutural Aço - Com


desenvolvido na UFMG, a partir do Sistema de Habitação Popular, com Perfis
Formados a Frio, ligações parafusadas, sistema estrutural sem contraventamento,
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vigas mistas aço-concreto com painéis Sical sob capa de concreto moldado no
local.

Figura 50: Fechamento Painel


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Habitação Popular – pesquisas atuais


São empregados rebites tubulares com rosca interna nas ligações
parafusadas (união de perfis caixa, por exemplo) e como conectores de
cisalhamento nas vigas mistas aço-concreto em Perfis Formados a Frio,
representando assim a mais recente inovação tecnológica para a construção civil,
desenvolvida para os prédios de Habitação Popular com até sete pavimentos.
Estes prédios contarão ainda com o sistema de laje mista com forma de
aço incorporada, empregando-se para isto o Deck 60 da Usiminas.
Como ponto de partida do emprego destas inovações tecnológicas, foi
concluído o projeto ideal de um Prédio Usiteto de quatro pavimentos, com
apartamentos de 37m², com todas as ligações empregando o conceito das
ligações semi-rígidas parafusadas (com parafusos e barra ou rebites com rosca
interna), sistema estrutural dispensando contraventamento e qualquer tipo de
escoramento para lajes (conforme o caso) e estrutura metálica e vigas mistas com
interação parcial.
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 Rebite com rosca interna empregado como conector de cisalhamento


em vigas mistas aço-concreto com perfis formados a frio dos prédios de
Habitação Popular e simuiliares.

Figura 51: Parafusos para prender peças


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

 Rebites com rosca interna empregados como meios de ligação entre


vigas e pilares dos Prédios Habitação Popular e similiares.

Figura 52: Encaixe das peças


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)
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7. Perfis em Aço

Perfis soldados

Introdução
Elemento estrutural constituído por três chapas de aço, unidas entre si por
soldagem a arco elétrico, formando aproximadamente, em sua sessão
transversal, um “I” ou “H”.

Classificação
Os perfis soldados são classificados em:

a) Série simétrica
 Série VS: empregados em estruturas de edifícios industriais e comerciais
e em ponter rodoviárias e ferroviárias, onde 2<=d/bf<=4.
 Série CS: utilizados em colunas de edifícios industriais e comerciais e
estocas para fundações, onde 1<=d/bf</1,5.
 Série CS: utilizado em colunas de edifícios industriais e comerciais, onde
d/bf=1.

b) Série monossimétrica
 Série VSM: perfis soldados monossimétricos tipo viga com relação
1<d/bf<=4,0.

c) Série estaca
 Série PEQC: utilizados para estacas, fabricadas em aço de qualidade
comercial – NTU QC 250.

d) Série especial
 Série PSE: composto de formato “T”, “U”, “L” e perfis “I” de abas
desiguais, para atender a casos especiais.
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Detalhes dos produtos


a)Produtos
Fabricados hoje conforme padrão de tolerância da NBR 15279: 2005.
- Aço ASTM A572 grau 50.
- Cos Ar Cor 350

Figura 53: Modelo de Perfil


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

b) Calandragem em alguns projetos é algo necessário

Figura 54: Calandragem


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

c) Denominação
 CE: Coluna eletro-soldada (h = 100 a 300mm)
 CVE: Colina e viga eletro-soldada (h=100 a 350mm)
 VE: Viga eletro-soldada (h=100 a 500mm)
 VEE: Viga-estaca eletro-soldada (h= 100 a 360mm)
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Figura 55: Área do perfil


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Base de cálculo
Devido às suas características construtivas e à sua forma sensorial, a alma
não é capaz de transmitir tensões normais longitudinais significativas. Em termos
estáticos, isto significa que o perfil de alma senoidal pode ser representado por
um modelo de treliça, onde as mesas correspondem aos banzos e são
responsáveis pela resistência ao momento fletor e à força normal e a alma
corresponde aos montantes e às diagonais, sendo responsável pela resistência à
força cortante. Este modelo de treliça permite que se dimensionem os perfis de
alma senoidal de forma simples, rápida e segura, de acordo com as normas
internacionais mais modernas.
Tradicionalmente este tem sido o método de cálculo mais utilizado.
Entretanto, métodos menos conservadores para a obtenção da resistência de
perfis de alma senoidal levando-se diretamente em conta a flambagem lateral
com torção vêm sendo cada vez mais empregados conforme norma 8800/86.

7.2 Perfis leves


Os perfis formados a frio ou perfis leves, compostos pelo dobramento a frio
de chapa fina de aço, possuem leveza, facilidade de fabricação, de manuseio e
de transporte, além de resistência e ductilidade adequadas ao uso em estruturas
civis.
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Uma particularidade dos perfis leves é a sua concepção cada vez mais
esbelta, por meio da conformação de chapas com espessuras muito pequenas
em conseqüentemente, menor custo. Portanto, representam uma economia na
construção metálica leve, o que tem incentivado cada vez mais pesquisas
voltadas a esse produto.
Seu uso inclui galpões,em geral, edifícios residenciais, como elementos
estruturais principais, em vigas e pilares de pórticos, em sistemas “Steel frame” e
sistemas de cedação de edifícios em geral, com função estrutural ou não. E
também, em coberturas, fôrmas para concretagem, andaimes e escoramentos,
defensas rodoviárias, elementos de fixação de tapamentos laterais de galpões,
padrões residenciais para energia elétrica, produtos para o setor agropecuário
(cercas, porteiras, estábulos, etc.), armações para forro, estufas para plantas,
hangares, ginásios poliesportivos e auditórios, cobertura de postos de
abastecimento, pontilhões metálicos e guarda-copo e ainda, são empregados em
estruturas de carrocerias de ônibus e caminhões.
A diversidade de aplicações apresentadas pelo produto final é devida à
grande variedade das formas de seções transversais, podendo-se obter
concepções estruturais esbeltas e eficientes para os meia diversos usos nas
edificações.
No caso de estruturas de maior porte, a utilização de perfis formados a frio
duplos, em seção unicelular (tubular retangular), também conhecidos como seção
caixão ou perfil caixa, podem proporcionar, em algumas situações, estruturas
mais econômicas. Isso se deve à boa rigidez à torção (eliminando travamentos),
menor área exposta (reduzindo a áreas de pintura) e menor área de estagnação
de líquidos ou detritos (reduzindo a probabilidade de corrosão).
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Figura 56: Modelos de perfis


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

7.2.1 Processo de fabricação


Dois são os processos de fabricação dos perfis formados a frio: contínuo e
descontínuo.
O processo contínuo, adequado à fabricação em série, é realizado a partir
do deslocamento longitudinal de uma chapa de aço, sobre os roletes de uma linha
de perfilação. Os roletes vão conferindo pouco a pouco à chapa a forma definitiva
do perfil. Quando o perfil deixa a linha de perfilação, o mesmo é cortado no
comprimento indicado no projeto.
O processo descontínuo, adequado a pequenas quantidades de perfis ou a
seções com formas muito especiais, é realizado mediante o emprego de uma
prensa dobradeira. A lâmina da dobradeira é prensada contra a chapa de aço,
obrigando-a a formar uma dobra. Várias operações similares à essa, sobre a
mesma chapa, fornecem à seção do perfil a geometria exigida no projeto. O
comprimento do perfil fica limitado à largura da prensa.
O processo contínuo geralmente é utilizado por fabricantes especializados
em produções de grande escala de perfis formados a frio e o processo
descontínuo pode ser utilizado pelos fabricantes de estruturas metálicas.
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8. Corrosão

O que é a corrosão?
Corrosão pode ser definida como sendo a deterioração que ocorre quando
um material (normalmente um metal) reage com seu ambiente, levando à perda
de suas propriedades.O processo de corrosão pode ser visto como sendo o
inverso da metalurgia extrativa. No processo siderúrgico, muita energia é gasta
para transformar o óxido de ferro em um produto final. O minério de ferro entra no
alto-forno tanto na forma sintetizada quanto bitolada, e em conjunto com o coque
metalúrgico, fundentes e ar insuflado, forma uma liga impura conhecida como
ferro-gusa.
O ferro-gusa é processado, em seguida, na aciaria, onde os teores de
certos elementos químicos são reduzidos (como carbono, o silício, o fósforo e o
enxofre) e outros elementos são adicionados, para conferir certas propriedades
ao aço. A liga é, em seguida, conformada em chapas, perfis, etc. a corrosão é o
processo inverso ao da siderurgia, ou seja, o ferro retorna de forma espontânea
aos óxidos que lhe deram origem.

Meios corrosivos
A temperatura influi na corrosividade, porque há menor possibilidade de
condensação da umidade do ar quando a temperatura ambiente é alta. Quando a
temperatura é baixa há maior possibilidade de condensação e de absorção de
gases ácidos e corrosivos.

Tabela: Tipos de Agentes


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Vamos considerar atmosferas agressivas as que contêm poluentes e


névoas salinas. Como poluentes, podemos citar os vapores, os gases e as
poeiras não naturais.

Proteção contra corrosão


A pintura é sem dúvida o método mais barato e apropriado para proteção
de estruturas e equipamentos de aço contra a corrosão. A facilidade de aplicação
e de manutenção faz da pintura o método mais viável para a proteção destas
superfícies. A tinta é muito eficiente ma proteção anticorrosiva, basta verificar que
as películas mais espessas de esquemas de pintura para aço exposto à corrosão
atmosférica, são da ordem de ¼ de mm, ou 250 micrometros. No entanto é
necessário escolher bem as tintas apropriadas para executar esta tarefa de
proteger a superfície metálica. Por isso vamos conhecer como as tintas atuam e
como são seus mecanismos de ação.

Critério do Projeto
a) Os desenhos devem ser simples, evitando-se a complexidade
excessiva.
b) As superfícies da estrutura de aço expostas aos meios corrosivos
devem ser pequenas em extensão.
c) As estruturas devem ter o menor número possível de irregularidades
(por exemplo: sobreposições, cantos e arestas vivas, bordas). As juntas
devem, preferencialmente, ser soldadas ao invés de aparafusadas ou
rebitadas, para conseguir superfícies mais lisas e sem saliências em
toda a extensão. Soldas descontínuas e pontos de soldas devem ser
usados somente onde o risco de corrosão é desprezível.
d) A norma cita os seguintes pontos a serem observados pelo projetista:
- Acessibilidade
- Frestas e espaços estreitos
- Retenção de água
- Arestas e bordas
- Soldas irregulares
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- Conexões parafusadas (ligadas à força cortante com parafusos de


alta resistência; chapas de ligação parafusadas)
- Parafusos, porcas, arruelas
- Vigas alveolares e Perfis tubulares
- Chanfros
- Enrijece dores
- Prevenção de corrosão galvânica
- Manuseio, transporte e montagem.

Frestas e espaços estreitos


Frestas, espaços estreitos e juntas sobrepostas são pontos em
potencial de corrosão onde o ataque ocorre devido a retenção de umidade e de
sujeira, incluindo o abrasivo usado no preparo da superfície parara pintura. O
potencial de corrosão deste tipo de ocorrência pode ser evitado com o uso de um
selante ou uma massa de vedação.

Figura 57: Frestas e como evitar


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Na maioria dos ambientes corrosivos o espaço deve ser preenchido com


uma lâmina de aço que ultrapassa a seção da junta e é soldada em toda a volta.
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Figura 58: Situações ruins e como melhorar


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Nota: estes exemplos apenas ilustram o princípio. O exemplo nem sempre


pode ser empregado e não consta da norma, mas pode ser considerado, pois há
acesso por todos os lados para a limpeza e repintura.

Retenção de água
Configurações de superfícies nas quais a água pode ficar retida, assim
como a presença de materiais estranhos como sujeiras, que aumentam a
condição corrosiva, devem ser evitadas. O projetista deve também ter cuidado
com possíveis efeitos de escorrimentos, de ferrugem de um aço comum sobre um
aço inoxidável, com conseqüente corrosão ou mancha mento do aço inox.
Algumas precauções adequadas para ir de encontro a estes objetivos são:
▪ Desenhos com superfícies inclinadas ou chanfradas.
▪ Eliminação de seções abertas no topo ou arranjo em uma posição
inclinada.
▪ Evitar bolsas e reentrâncias nas quais a água e sujeiras podem ficar
retidas.
▪ Drenos que conduzam a água e líquidos corrosivos para fora da
estrutura.
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Figura 59: Alguns casos que ajudam a corrosão


Fonte: Construindo em Aço (Sistema Usiminas)

Drenos, bicas, canos, tubos ou brechas podem ser usados para evitar a
formação de depósitos ou penetração de água. Deve ser considerada a
possibilidade de o vento soprar gotas de água pra dentro das frestas.

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