E-book

SISTEMAS PARA A
IMPERMEABILIZAÇÃO DE
LAJES EXPOSTAS
ÍNDICE
Apresentação 03

Parte 1. Lajes expostas: Uma tendência arquitetônica 04

Parte 2. Sistemas impermeabilizantes para lajes expostas 07

Parte 3. Cuidados executivos na impermeabilização com 12

membranas moldadas no local

Conclusão 19
 SISTEMAS PARA A IMPERMEABILIZAÇÃO DE LAJES EXPOSTAS
Apresentação
Alternativa à construção do telhado convencional, a laje plana
de concreto armado é uma solução arquitetônica cada vez mais
utilizada.

Expostas às intempéries, essas estruturas precisam ser

devidamente impermeabilizadas. Do contrário estão sujeitas a
manifestações patológicas graves que podem reduzir a vida útil
e a salubridade da edificação, gerar danos às instalações e causar
diversos prejuízos financeiros. 3

Estima-se que os problemas causados por umidade estejam

relacionados a mais da metade das manifestações patológicas
encontradas em edificações na fase de uso e operação.

Este E-book foi preparado para reforçar a necessidade de se

adotar boas práticas na proteção dessas coberturas. Ao longo das
próximas páginas, você poderá conhecer mais sobre os sistemas
de impermeabilização mais indicados para essas aplicações.

Tenha uma excelente leitura!

Foto: Divulgação/Vedacit
 SISTEMAS PARA A IMPERMEABILIZAÇÃO DE LAJES EXPOSTAS
Parte 1

Lajes expostas:
Uma tendência arquitetônica

Seja por questões estéticas, seja por funcionalidade, os

projetos de arquitetura têm explorado, cada vez mais, as
lajes expostas. Ao substituir os telhados convencionais,
esses elementos de cobertura viabilizam a exploração de
uma linguagem contemporânea e minimalista. Também
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possibilitam o aproveitamento do espaço como local de
convívio e lazer, valorizando o imóvel. As lajes expostas
permitem, ainda, a construção de coberturas verdes sobre
a área impermeabilizada, ou mesmo a instalação de
painéis para captação de energia solar.

Foto: Shutterstock / 1149746645

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O interesse pelas lajes expostas se justifica,
também, por fatores, como:

• Manutenção facilitada em comparação a telhado convencional.

• Menor peso sobre estruturas e fundações. A depender da

matéria-prima da telha e do número de águas, o telhado pode
adicionar sobrecargas à estrutura e fundações, enquanto a laje
tem apenas o peso da impermeabilização.

• Quando bem impermeabilizada, a laje exposta pode ser tão

eficiente quanto um telhado com relação à durabilidade e 5
estanqueidade.

• Agilidade de execução. A construção das lajes

impermeabilizadas é mais simples e exige uma quantidade
menor de componentes e acessórios.

• Custo. De modo geral, a laje impermeabilizada tem um

custo por metro quadrado inferior ao do telhado. Mas essa
comparação varia muito em função da extensão da área, dos
materiais utilizados e da mão de obra empregada.

Foto: Divulgação/Vedacit
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Cuidados na execução
de lajes expostas
As lajes de cobertura têm como principal característica
estarem expostas às chuvas, ventos, sol, e variações de
temperatura. A depender do uso, a estrutura pode estar
sujeita, ainda, ao tráfego de pessoas e de veículos.

Tais condições fazem com que esse elemento de concreto

armado seja submetido a intensas dilatações e contrações. Foto: Shutterstock / 1635319408

Esse comportamento favorece o surgimento de fissuras,
rachaduras, trincas que são uma porta de entrada para
umidade, infiltrações e outras manifestações patológicas,
como corrosão das armaduras, comprometimento das
instalações elétricas e destacamento de revestimentos.
Por isso mesmo, garantir estanqueidade a essas
estruturas é tão importante. A seleção do melhor sistema
para impermeabilização deve considerar as características
da laje de cobertura e o seu grau de exigência, como a
exposição ao tráfego de pessoas e veículos.
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Seja qual for o caso, a escolha deve recair sobre uma
tecnologia capaz de acompanhar as movimentações da
estrutura.
As coberturas, normalmente, estão expostas ao sol na
maior parte do dia. Por essa razão, é necessário especificar
corretamente um sistema de impermeabilização que
auxilie na redução da absorção de calor, proporcionando
assim conforto térmico para os ambientes internos da
edificação.
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Parte 2

Sistemas impermeabilizantes
para lajes expostas
Para proteger lajes de cobertura contra a ação da água e da umidade,
a principal regra é adotar uma impermeabilização flexível.
Há muitas soluções disponíveis no mercado que se encaixam nesse
grupo. Elas podem se distinguir em função da forma de aplicação
em pré-fabricadas ou moldadas in loco.

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Entre os sistemas pré-fabricados destacam-se as mantas asfálticas,
que atendem aos requisitos prescritos da Norma de Desempenho
(ABNT NBR 15.575).

Também podem ser utilizadas mantas pré-fabricadas de materiais

sintéticos, como o EPDM (etileno-propilenodieno-monômero), produto
competitivo para cobrir grandes extensões.

Foto: Shutterstock / 1597159888

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Já entre as soluções moldadas in loco destacam-se as
membranas acrílicas, as membranas de poliuretano
(resistentes às intempéries) e as membranas de
solução asfáltica elastomérica (necessitam de proteção
mecânica).

Esses sistemas costumam ser aplicados sobre a

estrutura como pintura e respeitando o consumo por m²
previamente previsto no projeto de impermeabilização.
Isso torna esses produtos especialmente adequados 8
para lajes com muitos recortes e interferências
construtivas.

No caso de lajes expostas que são acessíveis a

pessoas e veículos, há a necessidade de utilizar
impermeabilizantes que suportem a abrasão e a
movimentação na estrutura, como as membranas de
poliuretanto e as mantas asfálticas de 4 mm — essas
resguardadas com proteção mecânica.

Foto: Shutterstock / 1075634528

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Como escolher?
Na hora de optar por um ou outro sistema de impermeabilização, é importante considerar:

Uso. É preciso verificar se haverá trânsito de veículos,

de pessoas, construção de jardins, playgrounds etc.;

Dimensões e geometria da superfície;

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Grau de exposição a intempéries;

Revestimento final sobre a laje;

Cronograma de liberação da área e tempo disponível para

interdição da área.
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Além de especificar a melhor solução para o caso em questão, o projeto de impermeabilização
deve ser rico em detalhes executivos para evitar que falhas na aplicação do produto gerem
manifestações patológicas futuras. O trabalho também deve seguir as diretrizes da ABNT NBR
9575:2010 — Impermeabilização — Seleção e Projeto.

Entre os pontos mais críticos que merecem atenção redobrada durante a realização
desse serviço estão:

• Caimentos necessários aos ralos;

• Desnível entre área externa e interna;

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• Cotas para regularização;

• Proteção e revestimento final.

“O sistema de impermeabilização tem eficácia comprovada quando sua execução é compatibilizada

com as instalações prediais e com os equipamentos que possam ser inseridos nessas lajes”, explica
Rolando Infanti, gerente técnico comercial da Vedacit/SP.
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Normas técnicas aplicáveis em projeto e execução de
sistemas impermeabilizantes em lajes expostas

• ABNT NBR 9574: 2008 — Execução de impermeabilização.

• ABNT NBR 9575: 2010 — Impermeabilização – Seleção e projeto.

• ABNT NBR 9690: 2007 — Impermeabilização – Mantas de cloreto de polivinila (PVC).

• ABNT NBR 9952: 2014 — Manta asfáltica para impermeabilização.

• ABNT NBR 11.797: 1992 — Mantas de etileno-propileno-dieno-monômero (EPDM) 11

para impermeabilização — Especificação.

• ABNT NBR 13.321: 2008 — Membrana acrílica para impermeabilização.

• ABNT NBR 15.487: 2007— Membrana de poliuretano para impermeabilização.

• ABNT NBR 15.885: 2010 — Membrana de polímero acrílico com ou sem cimento,
para impermeabilização.

• ABNT NBR 5674: 2012 — Manutenção de edificações – Requisitos mínimos para

sistema de gestão de manutenção.

• ABNT NBR 9685: 2005 — Emulsão asfáltica para impermeabilização.

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Parte 3

Cuidados executivos na
impermeabilização com
membranas moldadas no local

A proteção de uma laje contra a ação da umidade

depende da correta especificação de um sistema de
impermeabilização. O que muitas vezes se esquece é que
cuidados anteriores e posteriores à aplicação do produto
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são igualmente decisivos para assegurar ótimo resultado.

Independentemente do método escolhido para a proteção

das lajes, uma etapa prévia importante é a regularização
da superfície, garantindo o caimento de no mínimo
1% em direção aos ralos. Base de ancoragem para os
produtos utilizados, o substrato precisa estar sempre bem
regularizado, limpo, livre de fissuras ou rachaduras.

Foto: Divulgação IBI

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Erros de execução são bastante comuns
e comprometem o desempenho e a
durabilidade da impermeabilização.
Para não correr riscos, a orientação é
recorrer somente a equipes capacitadas e
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especializadas. Também é recomendável
um rigoroso controle dos serviços
realizados. Isso deve ser feito não somente
pela empresa aplicadora, como também
pelo responsável pela obra.

Foto: Shutterstock / 668825944

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Impermeabilização de lajes expostas com
membranas moldadas no local de base acrílica

Com aplicação a frio e moldagem no local, as membranas acrílicas têm secagem rápida e
baixa emissão de compostos orgânicos voláteis. Essa solução tem como ponto forte ser
aplicada como pintura, com pincel, trincha, rolo de textura intensa ou airless elétrico.

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Foto: Divulgação Vedacit

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Procedimentos executivos
• Antes de aplicar a membrana, é importante certificar-se de que a superfície de concreto esteja limpa e
seca, sem a impregnação de produtos que prejudiquem a aderência. Os cantos devem ser previamente
arredondados. Além disso, a laje deve ter caimento de 1% em direção aos coletores.
• A aplicação da primeira camada do impermeabilizante deve se dar após a diluição do produto, seguindo
as orientações do fabricante.
• Passado o tempo indicado pelo fabricante do produto, pode-se aplicar as demãos seguintes, sempre
de maneira cruzada (horizontal e vertical).
• Uma recomendação importante é não realizar a aplicação em superfícies abaixo de 10 °C ou acima de 15
35 °C de temperatura, com o risco de comprometer os processos químicos de cura.
• As membranas exigem um rígido controle da espessura e, consequentemente, da quantidade de produto
aplicado por metro quadrado.

Manutenção
Para aumentar a durabilidade da impermeabilização é necessário atender às determinações da norma ABNT NBR 5674:2012
– Manutenção de edificações – Requisitos mínimos para sistema de gestão de manutenção. Além disso, é recomendada
uma inspeção anual da área impermeabilizada. Nessa ocasião, precisam ser identificadas falhas, como fissuras,
craqueamento, enrugamento, bolhas etc. Também devem ser verificados pontos críticos e arremates.
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Impermeabilização de lajes expostas
com manta asfáltica

Aplicadas com adesivo elastomérico, por colagem com asfalto

quente ou maçarico, as mantas asfálticas podem ser encontradas
em diferentes versões e espessuras. A ABNT NBR 9952:2014 —
Manta Asfáltica para Impermeabilização classifica os produtos
em função dos seus índices de tração, alongamento, flexibilidade
e espessura.

As lajes expostas podem receber mantas asfálticas revestidas 16

e protegidas mecanicamente. “De preferência devem ser
classe A e tipo III ou IV que são as mais resistentes ao trabalho
da estrutura”, explica José Miguel Farinha Morgado, diretor-
executivo do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI).

Também é possível utilizar mantas sem essa proteção. Nesses

casos, a escolha deve recair sobre as mantas asfálticas
autoprotegidas, como as aluminizadas (tem lâmina de alumínio
na face superior) e as ardosiadas (formadas por grânulos de
agregado mineral). Ambas são indicadas para áreas sem trânsito.

Foto: Divulgação/Vedacit
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Procedimentos executivos
• Antes de iniciar a aplicação da manta, a laje deverá receber uma demão de primer para auxiliar na aderência.

• Com a laje completamente seca, o profissional deve esticar a manta asfáltica sobre a área a ser
impermeabilizada e cortá-la no tamanho da superfície. Após esse recorte, deve enrolar a manta de novo para
começar a aplicá-la.

• A aplicação se dá com o desenrolar da manta acompanhada do aquecimento do seu plástico com um maçarico.

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• Cuidado especial deve ser dado nas áreas dos ralos e nos pontos de sobreposição das mantas, que são mais
suscetíveis a falhas de execução. No caso dos ralos, é preciso cortar um pedaço da manta com tamanho de 30 x
30 cm e colocar sobre eles, em seus vãos, em forma de x, virando suas pontas para dentro.

• As emendas devem ser realizadas com uma sobreposição de 10 cm de uma manta sobre a outra.

• O teste de estanqueidade deve ser realizado com o fechamento dos ralos e a manutenção de uma camada de
água com cerca de 5 cm por toda a área impermeabilizada por 72 horas.

• Se não houver vazamentos, pode-se finalizar o serviço com a realização de proteção mecânica com cerca de 2
cm de argamassa espalhada com ajuda de uma régua.
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Manutenção

Durante a etapa de uso e operação, é

importante evitar colocar peso em excesso
sobre a impermeabilização que não tenha
sido especificada para isso, bem como a 18
realização de perfurações nas mantas por
conta da instalação de antenas, por exemplo.
Em sistemas de mantas autoprotegidas devem
ser verificadas eventuais falhas no acabamento
aluminizado, ardosiado ou do geotêxtil por
inspeção visual, que serão avaliadas e reparadas
por profissional ou empresa qualificada.

Foto: Shutterstock / 468804833

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Conclusão

Ao longo deste E-book você pode perceber que as lajes

expostas são uma alternativa interessante à construção do
telhado convencional e um recurso arquitetônico bastante
alinhado com as exigências do mundo atual, com múltiplas
possibilidades de utilização.

O desempenho dessas estruturas, contudo, depende

de medidas eficazes para o controle da degradação 19
ocasionada por influências climáticas, pelo passar do tempo
e pelo próprio uso.

A impermeabilização bem projetada e executada é

obrigatória para garantir durabilidade e segurança às lajes
de cobertura.

Se você quiser mais informações sobre produtos indicados

para essas aplicações, visite a página da Vedacit.

Foto: Shutterstock / 96956324

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Colaboração técnica

Rolando Infanti Filho

Químico industrial com MBA em administração e gestão de empresas, 20
é gerente técnico comercial na Vedacit e conselheiro no Instituto
Brasileiro de Impermeabilização (IBI).