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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

SUPERIOR TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

Ellen Cristina Bertoloto

ATIVIDADE PRÁTICA

DOSIMETRIA DAS RADIAÇÕES

CORNÉLIO PROCÓPIO

2023
INTRODUÇÃO

Este trabalho visa atingir os seguintes objetivos: verificar o efeito da


atenuação do feixe na dosimetria de equipamentos emissores de
raios-X, calcular a camada de semi-redução dos feixes de radiação;
entender o processo de calibração de dosímetros individuais para
fins de proteção radiológica; a distância do radiômetro para verificar o
efeito da atenuação do feixe na dosimetria para equipamentos
emissores de raios X. Atividades assumidas na lista de atividades
propostas

DESENVOLVIMENTO

ATIVIDADE: Qual objetivo dos atenuadores de cobre e alumínio?

A intensidade da radiação é reduzida devido a interações com


materiais que absorvem radiação. As principais interações da
radiação com a matéria ocorrem na forma de efeito fotoelétrico, efeito
Compton e geração de pares. A atenuação da energia radiante
ocorre exponencialmente de acordo com a espessura do material
absorvedor. Isso significa que quanto mais espesso o material,
menos energia radiante deixará o material depois de passar por ele
(se é que passará). Por outro lado, quanto maior a energia do fóton
da radiação incidente, mais penetrante ela é, embora a probabilidade
de interação também aumente – a radiação viaja mais longe e,
portanto, interage mais. A medida da qualidade do feixe, também
conhecida como CSR ou HVL (Semi-Reducing Layer e Half Value
Layer, respectivamente), envolve a determinação da quantidade de
material necessária para reduzir a intensidade de um feixe pela
metade. Esse valor varia de acordo com o material utilizado, que
normalmente é Cobre ou Alumínio. A espessura necessária é
determinada pela densidade do material, pois materiais mais densos
podem atenuar mais radiação. Assim, a relação entre espessura e
densidade difere entre diferentes materiais. A taxa de emissão de
cada radiação determina que, quando fótons de energia variável são
emitidos de uma fonte, diferentes valores do coeficiente de
atenuação total, µ, devem ser empregados. A energia do feixe
incidente e do material atenuador também afetam muito µ, conforme
afirmado por Tauhata et al. em 2014. Ao se tratar de uma fonte que
emite fótons de energias variadas, valores distintos de μ devem ser
implementados. Esses valores correspondem às distintas taxas de
emissão de cada radiação e às diferentes energias do feixe. Para
reduzir parcialmente a intensidade de um feixe de fótons, uma
camada semi-redutora (HVL = Half Value Layer) é empregada como
parâmetro experimental. Sua definição é a espessura do material
que diminui a intensidade do feixe em 50%, pois a blindagem não
consegue atenuar totalmente a intensidade do feixe. Os fótons,
aquelas minúsculas partículas de luz, fascinam os cientistas há anos.
Eles foram estudados extensivamente, mas seu comportamento
ainda é um mistério. Piscando dentro e fora da existência, seus
movimentos são difíceis de rastrear. No entanto, avanços recentes
na tecnologia permitiram aos pesquisadores entender melhor as
propriedades dos fótons. Ao estudar suas interações com a matéria,
bem como sua dualidade onda-partícula, os cientistas esperam obter
uma visão mais profunda da natureza da luz e do próprio universo.
Em última análise, o estudo dos fótons pode levar a descobertas
inovadoras que moldarão nossa compreensão científica nos próximos
anos.

A camada semi-redutora pode ser medida sob quais condições


específicas?

Na radiologia diagnóstica, a dose absorvida pelo paciente e a


qualidade da imagem dependem da energia e do número de fótons
associados ao feixe de raios X utilizado para gerar a imagem.
Portanto, o equipamento de raios X deve gerar um feixe de raios X
constante para o mesmo procedimento de radiografia. A energia de
um fóton de raios X está relacionada com a voltagem de pico
aplicada ao tubo de raios X, da ordem de kVp. A camada de semi-
redução depende do valor da tensão utilizada. Portanto, camadas
semi-reduzidas podem ser utilizadas como uma técnica adicional
para determinar a energia efetiva associada ao feixe de raios X
produzido pelo dispositivo (LEIDENS; GÓES, 2013).
O coeficiente de atenuação linear (μ) é a probabilidade de um feixe
sofrer atenuação devido a eventos de espalhamento Compton,
absorção fotoelétrica ou formação de pares (KNOLL, 1979), e é
considerado como a soma desses efeitos. O parâmetro para medir a
eficiência da blindagem de raios-X é o coeficiente de atenuação
linear (μ). No modelo exponencial, μ está relacionado com a camada
semi-redutora (CSR) do material absorvente. Pode ser medido sob
condições específicas, como um feixe de fótons monoenergéticos
colimados incidente sobre materiais absorventes de espessura
variável (SEMPAU, 1997). Para determinar a espessura de um
material absorvente para uso em blindagem de feixe único e com boa
geometria, o método da camada pela metade (CSR), definido como a
espessura do material reduz pela metade a intensidade do feixe de
fótons dos Raios X (KNOLL, 1979). A atenuação da
energia radiante ocorre exponencialmente em função da espessura do
material absorvedor ou CSR, definida como a espessura do material
absorvedor necessária para reduzir a intensidade do feixe à
metade do seu valor original (ROS, 2000).

Cite exemplos práticos da aplicabilidade da camada semi-


redutora.

A camada semi-redutora é utilizada também para cálculo de blindagens, ou


seja, possui importância para a proteção radiológica.

Atividade 2: calibração do dosímetro

Realizar a leitura do dosímetro para todos os parâmetros de qualidade


disponíveis e analisar a diferença na leitura.

Tabela 1- Leitura Eletrômetro

Qualidade ISO Carga Corrente


N-40 0,500 (nC) 7,5 (mA)
N-60 0,3800 (nC) 9,9 (mA)
N-80 0,3500 (nC) 10,8 (mA)
N-100 0,3500 (nC) 10,7 (mA)
N-120 0,3600 (nC) 10,3 (mA)
N-150 0,3800 (nC) 9,9 (mA)

Tabela 2 – Leitura Dosímetro


Qualidade ISO Carga
N-40 17,1 (nC)
N-60 14,1 (nC)
N-80 12 (nC)
N-100 18,5 (nC)
N-120 11,5 (nC)
N-150 11,1 (nC)

Com base nos seus conhecimentos, como você explica o princípio de


funcionamento do dosímetro ?

O dosímetro termoluminescente, abreviado como TLD, é


um dosímetro passivo de radiação que mede a exposição à radiação
ionizante medindo a intensidade da luz visível emitida por um cristal
sensível no detector, quando o cristal é aquecido. A intensidade da luz
emitida é medida com um leitor DPN e
depende do nível de exposição à radiação. Seu funcionamento
é baseado nos seguintes princípios: Quando a radiação ionizante
passa pelo detector (chip), o chip absorve a radiação e sua estrutura
muda ligeiramente. Em materiais termoluminescentes, como os
elétrons podem atingir a banda de condução quando são excitados,
por radiação ionizante. Mas, neste caso, existem defeitos no material
ou impurezas são adicionadas para prender os elétrons no gap e
mantê-los lá. Esses elétrons presos representam a energia
armazenada no momento em que os elétrons ficam presos e a
quantidade dessa energia.
Para obter a dose recebida, o chip TLD deve ser
aquecido neste leitor TLD. Os elétrons presos retornam ao estado
fundamental e emitem fótons de luz visível. A quantidade de luz
emitida em relação à temperatura
é conhecida como curva de luminância. Uma vez concluída a leitura, o
TLD é recozido em
alta temperatura. Este processo remove essencialmente o material TL,
liberando todos os elétrons presos.

Influência de atenuação do feixe


Qual a função do eletrômetro no sistema de medição?

As medições da carga ou corrente gerada na câmara


de ionização são feitas com um instrumento de
medição chamado galvanômetro. Este aparelho, quando conectado a
uma câmara de ionização, forma um dosímetro que, quando utilizado
em radioterapia, é chamado de dosímetro clínico. O tacômetro mede o
valor da dose aplicada ao paciente. Para
que indique um valor de dose preciso, deve ser
calibrado com critérios estabelecidos em protocolo específico por um
laboratório de
padronização reconhecido (PERES, 1999) diferentes grandezas como
tensão, corrente, resistência, carga, etc. dependendo do uso pretendid
o. Este instrumento multifuncional é comumente utilizado em
laboratórios
de medição ou calibração, podendo também ser utilizado em dosimetri
a em radioterapia. Além da capacidade de medir exposição ou dose
absorvida, o galvanômetro utilizado também é capaz de medir carga e
corrente.

Qual a importância de ajustar a bancada de modo que a radiação


fique posicionada na horizontal?

É imperativo que sejam utilizados corretamente os fatores de


exposição radiográfica e o posicionamento da região anatômica
determinado para cada incidência.

CONSIDERAÇÃOES FINAIS
Esse trabalho
verificou o efeito da atenuação do feixe na dosimetria do aparelho de r
aios X, calculando a camada semi-redutora do feixe de radiação; discu
te o procedimento de calibração de dosímetros individuais utilizados p
ara fins de proteção radiológica e a verificação do efeito na atenuação
do feixe na dosimetria de um aparelho de raios
X, sujeito a um ajuste do alcance, distância entre a fonte e
o radiômetro. Assim, por meio das experiências e atividades
realizadas, ganha-se maior clareza sobre o real dia a dia de
um especialista na área de radiologia.

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