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PREPARATÓRIO RADIOLOGIA EAD

FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Prof.º Esp. Wallison Dutra


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

A imagem radiográfica forma-se através da variação de absorção de


raios X pelo material irradiado.
Os raios X têm origem no choque de elétrons acelerados contra o
obstáculo material (alvo), geralmente de metal (Tungstênio com
pequeno acréscimo de Tório).

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

A interação entre esses elétrons e os átomos do obstáculo resultará na


formação dos raios X e de calor.
A liberação dos elétrons ocorre no catódio (cátodo), em função da
energia térmica (aquecimento) fornecida ao filamento, processo
denominado emissão termiônica.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

O filamento helicoidal do catódio (cátodo) é aquecido até


aproximadamente 2.000°C, por intermédio de um transformador
especial de filamento, gerando, assim, os elétrons (nuvem eletrônica
ou carga espacial), que são acumulados em torno do filamento em
coletor eletrônico. Isto evita a dispersão.
O ajuste da intensidade do feixe de elétrons (quantidade de raios X) e
dado pela intensidade da corrente do tubo de raios X (mA).

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Com a aplicação de uma corrente de alta tensão (kV) no tubo de raios


X, de modo que o polo negativo seja o catódio (cátodo) e o polo
positivo seja o anódio (ânodo) os elétrons (em forma de feixe) serão,
simultaneamente, repelidos do catódio (cátodo) e atraídos pelo anódio
(ânodo).

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

O vácuo no interior do tubo tem as funções de evitar a redução da


velocidade no deslocamento dos elétrons do catódio (cátodo) até o
anódio (ânodo), isolar a alta tensão e evitar a oxidação.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

O circuito elétrico responsável pela geração dos elétrons (intensidade


do feixe de radiação - mA) é diferente do circuito gerador de alta
tensão (kV).
Os elétrons são desacelerados no anódio (no ponto ou pista focal), e
sua energia é convertida em calor e raios X.
O tipo de interação entre o elétron incidente e o alvo (anódio) irá
determinar o tipo de radiação formada.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Vácuo na ampola: Evitar a redução da velocidade do deslocamento


dos elétrons do cátodo para o ânodo.
Também evita a oxidação do tubo.

Componentes da ampola: São de Tungstênio (com pequeno


acréscimo de Tório).
Possui alto ponto de fusão e resfriamento rápido (não vaporiza
facilmente, evitando oxidação do tubo).

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Cátodo: É o polo negativo do tubo de raios X.


(Composto pelo Filamento e pela capa focalizadora ou copo de
focagem).

Filamento: Fio metálico em forma espiral, feito de tungstênio (com


pequeno acréscimo de Tório) com 2 mm de diâmetro e comprimento
de 1 a 2 cm, envolvido pela capa focalizadora.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Foco Fino: Permite maior resolução da imagem, mas também, tem


baixo poder de penetração, porque sua velocidade é baixa.
Foco Grosso: Permite maior carga (kV) com isso maior poder de
penetração, mas em compensação, tem imagem de menor resolução.
Capa Focalizadora: Envolve o filamento, é carregada negativamente
de maneira a manter os elétrons mais unidos (REDUZIR A
DISPERSÃO) e concentrá-los numa área menor do ânodo.
Copo de Focagem é a mesma coisa que Capa Focalizadora.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Ânodo: É o polo positivo do tubo de raios X.


Composto pelo Alvo (Local de interação dos raios X).
Quanto maior o n° atômico do ânodo maior a eficiência de produção
de RX.
Alvo: Pode ser Fixo ou Giratório:
Fixo: Encontrado em aparelhos de raios X portáteis e odontológicos.
Giratório: Tem a função de dispersar o calor e, assim, causar menor
dano ao tubo e permitir a utilização de energia (kV) mais elevados.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Ponto Focal: É a menor região do alvo em que o feixe de elétrons


incide.
É onde origina-se a produção de raios X.

Quanto menor o tamanho do ponto focal, melhor a resolução da


imagem e maior o aquecimento do tubo.
OBSERVAÇÃO: QUANDO SE TRATA DE ÂNODO GIRATÓRIO A
MENOR REGIÃO DO ALVO EM QUE O FEIXE DE ÉLETRONS
INCIDE CHAMA-SE PISTA FOCAL.
Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli
FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

KV: QUILOVOLTAGEM
PRINCIPAL FATOR QUE DETERMINA O CONTRASTE DA IMAGEM.

O contraste é responsável pela imagem preta e branca da imagem, ou


seja, é a diferença de densidade em áreas adjacentes.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Fórmula para calcular o KV:


KV= (Ex2) + K

E: Espessura da parte (medida pelo espessômetro).


K: Constante (determinada por um conjunto de informações do
equipamento).
Valor da Constante do gerador: Monofásico: 30 | Trifásico: 25

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

A qualidade do feixe de radiação é diretamente proporcional a tensão


(kV) aplicada ao tubo.
Quanto maior a tensão (kV) aplicada ao tubo, menor será o
comprimento de onda dos raios X e maiores serão energia de
aceleração dos elétrons, o poder de penetração do feixe de radiação
dos elétrons e, consequentemente, a qualidade desse feixe.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

mAs: MILIAMPERAGEM POR SEGUNDO


PRINCIPAL FATOR QUE DETERMINA A DENSIDADE DA IMAGEM.

A densidade radiográfica pode ser descrita como o grau de


enegrecimento da radiografia concluída.

Quanto maior o grau de enegrecimento maior a densidade e menor a


quantidade de luz que atravessará a radiografia quando vista através
de um negatoscópio ou de um foco de luz.
Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli
FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Quanto maior a intensidade da corrente (maior mA), maior será o


número de elétrons disponíveis. Assim, maior será a quantidade de
raios X.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


Raios X de Freamento (Bremsstrahlung)

Esse tipo de radiação ocorre com muita frequência na formação do


feixe de raios X e é originado na passagem de um elétron bem
próximo ao núcleo de um átomo do material do alvo (anódio).
A atração entre o elétron carregado negativamente e o núcleo
carregado positivamente faz com que o elétron seja desviado da sua
trajetória original, perdendo parte da sua energia cinética ou toda ela,
que é emitida na forma de raios X. Esse processo pode gerar raios X
com energias diferentes, indo de valores baixos até a energia máxima,
que é igual à energia total do elétron incidente.
Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli
Raios X de Freamento (Bremsstrahlung)

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


Raios X Característicos

Esse tipo de radiação é menos frequente na formação do feixe de


raios X.
Resulta de uma colisão entre o elétron incidente e um elétron orbital
das camadas mais internas do átomo do material do alvo (anódio).
O elétron incidente transfere energia suficiente ao elétron orbital do
átomo do material do alvo, de maneira que esse último é ejetado de
sua órbita, deixando um “buraco” em seu lugar.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


Raios X Característicos

Isso gera uma condição instável no átomo do material do alvo, que é


imediatamente corrigida com a passagem de um elétron de uma órbita
mais externa para este "vazio", resultando em uma redução da energia
potencial do elétron.
O excedente (de energia) é emitido na forma de raios X.
Como os níveis de energia dos elétrons são únicos para cada
elemento (material), os raios X originados nesse processo também
são únicos e, portanto, característicos de cada elemento (material).
Daí o nome de raios X característicos.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


Raios X Característicos

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Os raios X que saem pela janela da cúpula (carcaça) são


denominados feixe útil de radiação e correspondem a apenas cerca de
10% de toda a radiação gerada no tubo de raios X.
Como apenas o feixe útil de radiação tem importância na formação da
imagem radiográfica, toda referência aos raios X ou feixe de radiação
corresponderá ao feixe útil de radiação.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Lei do Inverso do Quadrado da Distância


A intensidade da radiação decresce proporcionalmente ao quadrado
da distância da fonte emissora.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Esquema ilustrando a “lei do inverso do quadrado da distância"


i: intensidade do feixe; i1: intensidade do feixe na distância d1;
i2: intensidade do feixe na distância d2.

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Efeito Anódico: Fenômeno no qual a intensidade da radiação emitida


da extremidade do cátodo do campo de raios X é maior do que aquela
na extremidade do ânodo.
Isso se deve ao ângulo da face do ânodo, de forma que há maior
atenuação ou absorção dos raios X na extremidade do ânodo.

*A diferença na intensidade do feixe de raios X entre cátodo e ânodo


pode variar em até 45%, dependendo do ângulo do ânodo.

*Bushong S: Radiologic Science for Technologist, ed 9, St. Louis, 2008; Elsevier/Mosby.


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Efeito Anódico

Fonte: Técnicas Radiográficas - Biasoli


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Efeito Fotoelétrico (EFE): Ocorre quando o fóton de RX transfere


toda a sua energia ao elétron, que então escapa do átomo.
É mais predominante para materiais de elevado n° atômico e para
baixas energias.
O produto final de um EFE será sempre radiação característica,
um íon negativo e um íon positivo;
O EFE é inversamente proporcional a energia;
O EFE é diretamente proporcional ao número atômico (Z);
O EFE usa o mecanismo de interação com os elétrons da camada
mais interna.
FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Efeito Compton (EC): É o principal responsável por quase toda a


radiação espalhada em radiodiagnóstico.
Ocorre quando um fóton com alta energia atinge um elétron livre da
última camada, ejetando-o de sua órbita.
A probabilidade de acontecer depende da energia da radiação e da
densidade do absorvedor.
O número de Interação Compton é independente do n° atômico.
FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADOGRÁFICA

Colimador: São dispositivos colocados na saída do feixe de raios X


com o objetivo de controlar o tamanho do campo e reduzir as
distorções do feixe primário.

Filtros: São materiais metálicos (usualmente alumínio) colocados


propositalmente diante de um feixe de raios X para que parte de suas
radiações de baixa energia sejam absorvidas, evitando que os fótons
atinjam o paciente.
FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADOGRÁFICA

Grade Antidifusora: Filtro de radiações secundárias, onde o feixe


primário passa livremente, enquanto os raios secundários são
absorvidos pelas lâminas da grade. Atua de forma a aumentar o
contraste e a nitidez da imagem.
FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADOGRÁFICA

Tipos de Grade Antidifusora

Focalizadas: Possui laminas de chumbo com angulação para


convergir o feixe para o mesmo ponto;
Não focalizadas: Possui laminas de chumbo paralelas;
Ortogonal: Possui laminas de chumbo cruzadas;
Estacionárias: Possui as laminas de chumbo fixas;
Móvel (Oscilante): Possui as laminas de chumbo móveis.
FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADOGRÁFICA
FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADOGRÁFICA

O que é imagem latente?


FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADOGRÁFICA

O que é imagem latente?


É a imagem ainda não revelada.
O filme radiográfico exposto e não processado possui uma imagem
não visível ao olho humano.
FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADOGRÁFICA

Écran – Tela Intensificadora


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Écran – Tela Intensificadora


Tela composta de fósforo que, ao receber os raios x, emite luz.
Sua finalidade é ajudar a sensibilizar os cristais do filme radiográfico
através da luz emitida.
A sensibilização dos cristais é cerca de 20 vezes maior por ação dos
écrans do que pelo feixe de raios x.
O uso do écran reduz a dose de radiação para o paciente, pois
permite a redução do mAs que resulta em períodos de exposição mais
curtos e menos artefatos de movimento.
FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADOGRÁFICA

Processamento Radiográfico

Procedimento que visa transformar a imagem latente em imagem


visível, através da ação de substancias químicas sobre a emulsão do
filme.

Ainda existe o processamento:


Manual e Automático.
FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADOGRÁFICA

Processamento Radiográfico Manual


 Revelação;
 Interrupção- Lavagem intermediaria;
 Fixação;
 Lavagem;
 Secagem.
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Processamento Radiográfico Automático

 Revelação;
 Fixação;
 Lavagem;
 Secagem.
FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADOGRÁFICA

Processamento Radiográfico Automático


PREPARATÓRIO RADIOLOGIA EAD
FÍSICA DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

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