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Quelimane, Março 2022

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1. Introdução

Apresenta-se neste trabalho um estudo do Espectro dos Raios X, como exigência


do programa de aulas Práticas da disciplina de Física da 12ª. O físico alemão Wilhelm
Röntgen (1845-1923) descobriu que num tubo de descarga eléctrica a baixas pressões eram
emitidos, a1ém dos raios catódicos, raios desconhecidos com o poder de atravessar corpos
opacos. Estes raios forarn denominados raios X (hoje também são conhecidos por raios
Röntgen).

A descoberta dos raios X deu um grande impulso ao desenvolvimento da Física. Em


princípio raios X São ondas electromagnéticas cujo comprimento de onda se situa entre
0,01 Â e 800 Â que se obtêm pela travagem dos raios catódicos a alta velocidade no
impacto com o ânodo.

2. Objectivos
2.1. Objectivo Geral
 Fazer o estudo dos Raios X, sua produção e propriedades.

2.2. Objectivos Específicos


 Conceitualizar o termo raio X;
 Indentificar e numerar as suas propriedades;
 Apresentar o método usado para produção dos raios X;
 Abordar de forma clara e simples o conceito de Espectro dos Raios X.

3. Metodologia
A metodologia opcionada para a realização deste trabalho foi o método descritivo, esta
opção justifica o facto do método escolhido permitir uma descrição clara e flexível em
relação as ideias que foram reunidas e analisadas neste trabalho. Enquanto procedimento,

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o trabalho realizou-se por meio da observação directa e indirecta.

4. Definição de Raios x

Como já citado acima, os raios X são uma forma de radiação eletromagnética localizada
entre a radiação ultravioleta (comprimentos de onda maiores) e os raios gama
(comprimentos de onda menores) no espectro eletromagnético. Tipicamente, suas energias
estão na faixa entre 100 eV e 100 keV, apesar de algumas aplicações industriais e
medicinais utilizarem raios X com energias da ordem e 1 MeV.

5. Produção dos Raios X

Para a produlao de raios X usa-se uma ampola como a da figura l, conhecida por tubo
de raios X, constituido por dois eléctrodos (o ânodo e o cátodo) submetidos a uma ddp da
ordem dos 50 a 200 quilovolts. Entre o ânodo e o cátodo surge um forte campo eléctrico.
Os electrões emitidos pelo cátodo (raios catódicos) so acelerados a alta velocidade por meio
deste campo eléctrico chocando, assim, com um alvo metalico colocado no ânodo.

Figura 1: Tubo de raios X de ernissão termoeléctrica.

Ao chocarem com o alvo metálico no ânodo, os electrões provenientes do cátodo cedem


a sua energia aos átomos do alvo metálico, penetrando até nas camadas internas destes
átomos. Os átomos do alvo metálico emitem, de imediato, a energia por si absorvida sob a
foma de raios X. Repare-se que no processo de produção dos raios X acima descrito ocorre
transformação de energia potencial eléctrica em energia cinética devido à migração dos
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raios catódicos para o ânodo. Ou seja: E p = Ec ⇔ e−¿¿ . U p = m. v
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A energia cinética cedida pelos raios catódicos aos átomos do alvo metálico é emitida
na forma de energia dos fotões que constituem os raios X; isto é:

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Ec = hf ⇔ m. v = hf
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6. Propriedades dos Raios X

Os raios Röntgen, ou simplesmente raios X, possuem as seguintes propriedades:

 Propagam-se em linha recta;


 Não sofrem deflexão quando submetidos a um campo eléctrico ou magnético;
 Quase não se refractam ao passarem de um meio para outro, pois o seu índice de
refracção é aproximadamente igual a um;
 Permitem a gravação de imagens em chapas fotográficas;
 Atravessam corpos opacos devido ao seu grande poder de penetração.

7. Aplicações do Raios X

Os raios X têm numerosas aplicações práticas na medicina, na técnica, na arte e noutras


áreas do conhecimento.

 Na medicina, visto que permitem a gravação de imagens em chapas fotográficas, os


raios X são usados para diagnosticar doenças (por exemplo a tuberculose), detectar
a presença de objectos estranhos no corpo (por exemplo balas), bem como para
identificar fracturas no organismo humano através da radiografia;
 Devido ao quadro de difracção que apresentam, os raios X são empregues para
verificar a estrutura dos cristais (ordem de ligação dos átomos dos cristais) e ainda

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para verificar a estrutura das ligações orgânicas (por exemplo as proteinas) - foi
com o uso dos raios X que se determinou a estrutura da hemoglobina;
 Na técnica, devido ao seu grande poder de atravessar corpos opacos, os raios X são
usados na detecção de imperfeições em peças (defeitos de fabrico);
 Na arte, os raios X são aplicados na verificação de imagens ocultas em pinturas.

8. Espectro de Raios X

O espectro dos raios X pode ser obtido através da sua difracção das ondas
electromagnéticas. O espectro dos raios X apresenta-se como um espectro contiínuo com
uma série de picos:

Figura 2: Espectro dos raios X

Nesta figura estão apresentadas curvas obtidas a dois valores de ddp diferentes
sendo U 1 < U 2. O espectro continuo dos raios X é devido à súbita desaceleração dos raios
catódicos que produziram a ejecção de electrões (fotões) dos átomos do alvo metálico.

Parte doos electrões que colidem com os átomos do alvo metálico, tendo adquirido
energia suficiente, deslocam um dos electrões interiores de um átomo do alvo metálico, por
exemplo um da camada K. O espaço vago ou lacuna é imediatamente ocupado por um dos

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electrões da camada L, M ou N. Isso ocorre com a diminuição da energia do átomo e com a
emissão de um fotão de raios X.

Os picos de lntensidade no espectro dos raios X têm características únicas para cada
material usado corno alvo.

Estes picos correspondem a transições electrónicas de electrões de níveis superiores


para níveis mais profundos do átomo deixados vagos após a colisão.

São possiveis todas as riscas de qualquer das séries (K, L, M ou N) quando o


electrão proveniente dos raios catódicos tem a energia necessária para arrancar ao átomo
um electrão do nível K.

Se o electrão bombardeante possuir energia suficiente apenas para arrancar um


electrão do nível L, surgem só as séries L, M, N, …, correspondentes às transições
energéticas de electrões de níveis superiores para os níveis inferiores deixados vagos.

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9. Conclução

Com base no estudo desenvolvido neste trabalho pode-se concluir que: no que toca a
sua produção, tiramos a conclusão de que a produção dos raios X é um processo inverso de
emissão fotoeléctrica, pois na emissão fotoeléctrica a energia dos fotões (energia da fonte
luninosa) é tansfonnado em energia cinética dos electrões (fotaelectrões), enquanto na
produção dos raios X a energia cinética dos electrões (raios catódicos) é transformada em
energia dos fotões (raios X).

A descoberta do raios X deu grande impulso na medicina e em diversas áreas fora do


campo medicinal, por isso a importância dos raios X serem estudados.

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10. Referências Bibliográficas

Pré-Universitário – Física 12, Longman Moçambique, Creda Communications N8792,


Estevão Manuel João;

G. Bunker, Introduction to XAFS, (2010);

M.Newville, Fundamentals of XAFS, Consortium for Advanced Radiaton Sources,


University of Washington (1995);

E. A. Ster. Xray Absorption. John Wiley & Sond, (1988).

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