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CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA.

Os Raios X descobertos pelo Físico Röentgen em 1895 foram utilizados


imediatamente para aplicações na medicina, no entanto, os benefícios para um
melhor diagnóstico e o tratamento de patologias estão acompanhados pelo risco
a saúde dos pacientes e dos operadores dos equipamentos. Os conceitos
abordam a relação entre os benefícios e os prejuízos à saúde.

Os conhecimentos das grandezas e unidades na física, cálculos de


blindagem, radioproteção, limites de doses e formação de imagem são
fundamentais para a formação do profissional.
Para o melhor conhecimento dos equipamentos do Radiodiagnóstico,
da Medicina Nuclear, da Radioterapia e da Industria é importante o operador ter
noções dos princípios físicos que envolvem a radiologia, as radiações
eletromagnéticas e corpuscular, a física nuclear, a física das radiações,
propriedades dos Raios X, formação da imagem, interação das energias com a
matéria, efeitos biológicos da radiação ionizante, entre outras temáticas.

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Conhecer o processo de formação da imagem dos exames, desde os modelos
atômicos aos princípios físicos de cada equipamento. Assim como também
conhecer a Energia Nuclear.

FÍSICA RADIOLÓGICA: RAIOS CATÓDICOS

O Termo Radiação: Vem do latim RADIARE, que indica um fenômeno


básico em que a energia se propaga através do espaço, ainda que
interceptada pela matéria. Radiação
Radiação é energia que viaja na forma de partículas ou ondas em pacotes de
energia chamados fótons. Alguns exemplos de todos os dias são microondas
usadas para cozinhar alimentos, ondas de rádio para rádio e televisão, luz, e
raios-x usados em medicina.

O Termo Irradiação: Vem do latim IN e RADIARE, que é empregado para indicar o tratamento
da matéria pela energia radiante. Os termos radiação e irradiação são todavia, na maioria das
vezes confundidos e usados indistintamente como sinônimos.

Tipos de Radiação: Há as chamadas corpusculares, feitas por intermédio de elétrons (raios


beta), núcleos de hélio (raios alfa), núcleos de hidrogênio (prótons; p. ou H1) ou neutrons (n ou
n1); e as eletromagnéticas, constituídas pelos raios de comprimento de onda muito curto, os raios
- X e os raios gama. Admite-se que a energia radiante emita partículas ínfimas denominadas
Fótons. Estas são absorvidas pela matéria e determinam os seguintes fenômenos:

1) Fazem vibrar os átomos das moléculas em seu eixo de conexão;

2) Fazem-nos rodar em torno desse mesmo eixo

3) Produzem modificações dos níveis energéticos dos elétrons.

Átomo: É a menor partícula da matéria e é formado por prótons e nêutrons no núcleo; e por
elétrons que circulam ao seu redor, na eletrosfera.

Raios de Frenagem: São resultantes da interação do elétron de um átomo com o núcleo de


outro átomo; ou seja, é quando os elétrons se chocam com os prótons, gerando energia alta,
energia baixa e fótons.

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Raios Característicos: São resultantes de saltos orbitais dos elétrons nas diferentes camadas
da eletrosfera, ou seja, são raios que se originam do desequilíbrio dos elétrons em suas
trajetórias.

Efeito Bremsstrahlung: Ocorre quando um elétron acelerado tem a sua trajetória


repentinamente frenada devido ao efeito da positividade do núcleo atômico.

Efeito Fotoelétrico: É um processo pelo qual os elétrons de condução em metais e em outras


substâncias absorvem energia do campo eletromagnético e escapam das suas órbitas. É a
absorção completa do Fóton com ejeção de um elétron (ionização).

Efeito Compton (irradiação secundária): Arrancamento de um elétron que continua a se


propagar mas com maior comprimento de onda do que a radiação incidente.

Anodo Fixo: Consiste no aparelho transportável, geralmente utilizado em cirurgias e exames


feitos no leito.

Anodo Giratório: Consiste no aparelho fixo para exames.

Aparelhos Fixos: São os aparelhos cujos discos anódicos são giratórios. São utilizados em
exames de rotina em ambulatórios.

Aparelhos Móveis: São os aparelhos cujos discos anódicos são fixos. São utilizados nos
exames em CTI e em Centros Cirúrgicos.
Aparelhos Portáteis: São os aparelhos cujas ampolas são feitas de anodo fixo. São utilizados
em exames em domicílio.

Composição do Tubo de Raios Catódicos:

- Ampola ou
Tubo de Vidro;
- Catodo; -
Anodo Fixo; -
Anodo
Giratório.

Finalidade do Vácuo na Ampola de Vidro: Impedir qualquer tipo de bloqueio no trajeto dos
elétrons até o anodo para gerar os raios X.

Produção de Íons Pares: O fóton vai de encontro ao núcleo, criando e emitindo um par de
elétrons. A absorção da luz ultravioleta e da infravermelha depende em geral da estrutura
molecular do material absorvente e, indiretamente da composição atômica do mesmo. Pelo
contrário as energias dos Raios X são quase inteiramente absorvida pelos elétrons que se ejeta
do átomo pelo qual eles passaram. Este processo independe completamente da maneira porque
os átomos estão combinados dentro das moléculas. Assim o átomo que recebe um certo quantun
de raios X para ejetar um elétron perde energia (ionização) e esta é armazenada no elétron
ejetado como energia cinética, capaz de produzir ionização de outros átomos por que passa.
Quase toda a ionização em radiologia, é produzida pelo elétron ejetado e muito pouco ou
desapercebida é a ionização pela absorção inicial do Quantun de raios X aplicados. Em
conseqüência desse fenômeno, os íons produzidos não se distribuem ao acaso nas soluções ou
nos tecidos, mas sim ao longo do trajeto do elétron ejetado.

Demonstração do Efeito Fotoelétrico em um écran:

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Produção dos Raios X e a Radioatividade
A Produção dos Raios X é explicada do seguinte modo: os elétrons emitidos pelo
catodo são fortemente atraídos pelo anodo, e chegam a este com grande energia cinética.
Chocando-se com o anodo, eles perdem a energia cinética, e cedem energia aos elétrons que
estão nos átomos do anodo. Estes elétrons são então acelerados. E acelerados, emitem ondas
eletromagnéticas que são os raios X. Já tínhamos visto, que os raios X são ondas
eletromagnéticas de comprimento de onda muito pequeno.

Propriedade dos Raios X:


Sendo ondas eletromagnéticas, os raios X possuem todas as propriedades gerais dessas
ondas, que o leitor já conhece para o caso da luz: sofrem reflexão, refração, interferência,
difração, polarização. Propagam-se em linha reta, com velocidade igual à da luz. Tornam
fluorescentes muitos corpos sobre os quais incidem, como por exemplo, platino cianureto de
bário (e por esta propriedade que permitiu sua descoberta). Provocam ação química em certas
substâncias. Por exemplo, impressionam chapas fotográficas. Esta propriedade é muito mais
intensa nos raios X que na luz, porque, como eles têm menor comprimento de onda, têm maior
energia que a luz. Eles impressionam chapas fotográficas mesmo quando elas estão protegidas
por superfícies que a luz não atravessa, como por exemplo, caixas de papelão, ou papel preto,
etc.. Atravessam grandes espessuras de materiais. A facilidade maior ou menor com que os raios
X atravessam as substâncias depende do comprimento de onda dos raios X, da espessura da
substância e do seu peso atômico. Os raios X de menor comprimento de onda, da ordem de
0,01A, têm maior facilidade para penetrar nos corpos: são chamados raios X duros. Os de maior
comprimento de onda, da ordem de 1A, penetram menos nos corpos: são chamados raios X
moles. Atravessam com grande facilidade as substâncias de pequeno peso atômico, como por
exemplo, os elementos fundamentais dos corpos orgânicos, carbono, hidrogênio, oxigênio e
nitrogênio. As substâncias pesadas são dificilmente atravessadas. Assim, o chumbo é usado
freqüentemente para barrar os raios X. Ionizam as moléculas dos gases por onde passam, isto
é, arrancam elétrons dessas moléculas. Como são ondas eletromagnéticas, e, portanto, não têm
carga elétrica, não são desviados por campo elétrico, nem por campo magnético. Os raios X são
usados em medicina para radiografias e para cura de certos tumores e certas moléstias de pele.

Produção dos Raios X:


São produzidos pela desaceleração dos elétrons em sua trajetória devido à positividade
do núcleo do átomo. Uma parte da energia cinética torna-se energia alta, outra parte, energia
baixa, e uma outra, ainda, os fótons, que são, justamente, os raios X.

Eficiência nos Exames de Imagem:

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- Para tecidos duros: As radiografias
- Para tecidos moles: As tomografias

Raios Catódicos:
São os raios resultantes dos elétrons em movimento em seus níveis orbitais. São os raios
que produzem os raios X.

Velocidade dos Raios X:


- velocidade da luz = 300.000km/seg.

Efeito Compton:
É o fenômeno que ocorre no átomo onde o elétron passa parte de sua energia para outro
elétron.

Efeito Pósitron:
Este fenômeno explica a transformação de um elétron em 2 catodos e 1 anodo (2E- e
1E+).

Radiação Corpuscular:
É toda radiação que é gerada a partir do núcleo do átomo; é também denominada
radiação nuclear. Ex.: alfa e beta.

Radiação Eletromagnética:
É toda radiação que é gerada a partir de ondas eletromagnéticas, originárias da trajetória
dos elétrons. Ex.: gama e raios X.

Radioatividade
Radioatividade é um processo natural e espontâneo, pelo qual os átomos
instáveis de um elemento emitem ou irradiam a energia excedente na forma de
partículas ou ondas. Estas emissões são coletivamente chamadas de radiações
ionizantes. Dependendo de como o núcleo perde este excesso de energia que
resultará um átomo energia inferior da mesma forma, ou um núcleo
completamente diferente e o átomo podem ser formadas.
Ionização é uma característica particular da radiação produzida quando a
decaem de elementos radioativos. Essas radiações são de energia tão alta que,
quando eles interagem com materiais, eles podem remover elétrons de átomos
no material. Este efeito é a razão de radiação ionizante é perigoso para a saúde
e fornece os meios pelos quais a radiação pode ser detectada.

Elemento Paralisador dos Nêutrons = água.

Tubo de Raios-X:
É um diodo de alta tensão e alto vácuo, composto por catodo, anodo, tubo de vidro
(ampola), rotor (tubo giratório) e o cabeçote (carcaça do tubo).
Catodo:
É a fonte de elétrons livres em um tubo de RX, com um filamento que é feito de
tungstênio.

Conceitos e Aplicações da Radioatividade:

CORRENTE mAs; TENSÃO kV e FORMAÇÃO DA IMAGEM

Corrente mAs:

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É responsável pela corrente do aparelho. A corrente mAs: Fator radiográfico que
representa a quantidade de raios-x, sendo também responsável pelos contrastes fortes (PRETO
e BRANCO). Essa quantidade depende do Tempo usado, pois o aumento de um pode ser
compensado com a diminuição do outro, daí o termo mAs (mA x tempo). O mA depende do
aquecimento fornecido ao CATÓDIO (-), pois quanto maior for o aquecimento, maior será a
quantidade de elétrons flutuando sobre o catódio, ou seja, maior será a nuvem eletrônica que
será projetada para a superfície do ANÓDIO, produzindo assim maior quantidade de raios-x. A
corrente não é calculada e sim calibrada na mesa de comando.

Tensão KV:
É a medida de energia, medida em quilovolts. A tensão (kV): Fator radiográfico que
representa a qualidade dos raios-x, sendo também responsável pelo poder de penetração dos
raios-x e pelos contrastes intermediários entre o PRETO e o BRANCO (tons de Cinza). OBS:
Quanto mais kV empregado, maior será o poder de penetração, ou seja, nos exames de maior
espessura a radiação secundária produzida é proporcional a quilovoltagem empregada.

Produção de Foco Fino e Foco Grosso:


É feita a partir de um circuito de baixa voltagem, gerador de tensão, que provê a corrente
para o filamento; Este é aquecido até 280ºC, fazendo com que aumente a velocidade dos elétrons
e, conseqüentemente, escapem de suas órbitas, transformando-os numa nuvem de elétrons
livres; a partir daí, são montados 2 filamentos de tamanhos diferentes: O foco grosso (para baixas
definições - osso) e o foco fino (para altas resoluções - órgão e tecidos moles em geral).

Goniômetro:
É um aparelho que tem a função de encontrar os graus, em ângulos, para o exame
radiológico.

Espessômetro:
É uma peça que tem a função de determinar a quantidade de KV a ser utilizada num
exame radiológico.

Vidro Pirex:
Resiste a altas temperaturas, sua composição = 67% de SiC (silício e carbono) e 23%
B2O3 (belírio e oxigênio). A ampola tem, ainda, uma janela feita de Belírio.

Origem dos Raios X:


Os raios X se originam no foco anódico e se projetam em todas as direções. A radiação
que sai do cabeçote espalha-se por áreas.
Possíveis Falhas no Tubo de Raios X:

- Temperaturas muito altas acarretam em perfurações no anodo;

- Elevadas exposições acarretam inutilização do anodo.

Efeito Anódio:
Consiste na maior concentração de energia no lado do catodo. Como conseqüência, a
intensidade dos raios X é menor no lado catódico, em relação ao lado anódico. É também
chamado de efeito talão.

Procedimento para Aumentar a Capacidade Técnica de um Exame Radiológico:

- colimação precisa na região radiografada;

- aumento do KV para exames no Bucky;

- Manutenção do mAs para não exposição do paciente.

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Inclinação da Borda do Anodo:
Sua utilidade é a geração do efeito anódio.

Finalidade do Isolamento do Cabeçote:


Garantia de uma maior vida útil da ampola, além da proteção do técnico de radiologia
dos efeitos da radiação.

Vantagem do Isolamento do Cabeçote:


Sendo o óleo um isolante térmico que fica na parte externa do tubo de Raios X, há uma
quebra de estabilidade da corrente e o conseqüente resfriamento do tubo, prolongando sua vida
útil.

Gerador de Raios X:
O gerador de raios X fornece energia elétrica para o tubo de Raios X e permite a seleção
de:

- mA = energia de raios X; - KVp = quantidade de raios X;

- mAs = tempo de exposição.

Produção de Raios X:
São produzidos quando os elétrons acelerados interagem com a matéria. Assim, uma
porção de energia cinética dos elétrons é convertida em radiação eletromagnética.

Efeito Edison:
É o aquecimento que causa a emissão de um elétron. Este aquecimento é que causa a
precipitação dos elétrons e os fazem saltar de suas órbitas.

Interação dos Elétrons e da Matéria:


Eles interagem com o alvo através de uma porção de energia cinética dos elétrons, que
é convertida em energia eletromagnética.

Efeito Forest:
É a aceleração dos elétrons pela grande potência do catodo (pólo negativo) para o anodo
(pólo positivo).

Relação entre Ponto Focal e Capacidade de Carga do Gerador:


A seleção da força do ponto focal e a capacidade de carga do gerador de Raios X devem
ser igualadas com as necessidades clínicas da imagem.

Transformador:
É um aparelho empregado para transferir a corrente elétrica e gerar uma alta voltagem
contínua. Ele opera apenas com correntes elétricas e em forma de ondas para ambos os lados.
Sua função é gerar uma alta voltagem contínua.

Classificação dos Transformadores:

- elevadores = têm rolamentos na bobina secundária e aumentam a voltagem de saída.

- isoladores = têm o mesmo número de rolamentos nas bobinas primária e secundária.

- redutores = têm uma proporção maior em rolamentos nas bobinas e têm a função de reduzir a
voltagem de saída.

Radiação Dispersa:

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É o mesmo que radiação secundária, formada pelos raios que não atravessam o objeto
radiografado.

Formação da Imagem Radiológica:


Quando os raios X se chocam contra o objeto, alguns atravessam e outros são
absorvidos. Os raios que atravessam irão formar a imagem radiológica.

Atuação dos Raios X nos átomos dos objetos:


Existem 2 formas de interação. Ora depositam sua energia no material radiografado; ora
atravessam o objeto a ser examinado.

Raios Primários:
São aqueles que atravessam o objeto radiografado e vão formar a imagem radiológica.

Raios Secundários:
São aqueles que não atravessam o objeto radiografado.

Fonte de Radiação Dispersa:


A principal fonte de radiação dispersa é a parte do paciente que se irradia, pois se
relaciona diretamente com o volume da matéria irradiada.

Redução da Radiação Dispersa:


Pode-se reduzir a radiação dispersa através do limite do feixe primário, que deve estar
no limite (tamanho e forma) da área de interesse a ser diagnosticada.

Spott Filme:
Abrange uma área pequena, na qual o técnico irá demarcar uma parte precisa a ser
trabalhada. Sua função é radiografar uma área pequena em relação ao exame solicitado, ou seja,
especificar ao máximo a área do exame.

Diafragma de Abertura:
Consiste em lâminas de chumbo com aberturas circulares ou retangulares colocadas
perto da janela do tubo.

Desenfoque da Grade:
Consiste no posicionamento onde o ponto focal do tubo coincida com o ponto focal da
grade; e que seu raio central atravesse o centro da grade perpendicularmente.

Potter Bucky:
É a bandeja que dissipa a radiação secundária. Ela é usada para aumentar a radiação
primária emitida pela fonte.

Índice ou Razão de Grade:


É a relação entre a altura das tiras de chumbo e a largura dos espaçadores.

Grades:
São dispositivos compostos de tiras alternadas de chumbo, envolvidas em capas
protetoras, que absorvem a radiação dispersa. No uso de uma grade, os itens a serem
observados são: ampola, grade, paciente, distância, velocidade, movimento.

Grade Focada:
Consiste em tiras progressivamente anguladas.

Grade Paralela:
Consiste em tiras e grade paralela e enfocada.

Fator de Grade:

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É a relação entre a altura da lâmina e a distância entre elas.

Material Espaçador:
É um material que pode ser feito de fibra ou de alumínio para uma baixa absorção de
raios X. Os espaçadores transparentes permitem a passagem da maioria dos raios X primários
até o filme.

Os Raios X e a Radiação Secundária:


Quando os raios X incidem sobre um objeto, a radiação secundária é maior quanto maior
for a densidade do corpo atravessado.

FORMAÇÃO DE IMAGEM
Os raios X, assim como a luz visível, irradiam de fontes em linhas retas em todas as
direções até que são detidos por um absorvente. Por este motivo, o tubo de raio-x está situado
em um alojamento de metal que detém a maioria da radiação X. Somente uma pequena
quantidade de raios úteis saem do tubo através de uma janela ou abertura. Estes raios úteis
constituem o feixe primário. O centro geométrico do feixe primário é chamado de raio central. Na
maioria dos equipamentos de raio X usados em medicina, a quilovoltagem pode ser variada
dentro de um amplo - comumente entre 40 Kv a 125 Kv ou mais. Quando as baixas quilovoltagens
são usadas, os raios x têm maiores comprimento de ondas (baixa energia) e são facilmente
absolvidos. Estes são algumas vezes referidos como raios X "suaves". As radiações produzidas
em alta quilovoltagem têm maior energia e menor comprimento de onda. Esta radiação mais
penetrante é algumas vezes chamada de radiação "dura". Feixes de raio X usados em radiografia
médica são heterogêneos porque eles consistem de radiação de diferentes comprimentos de
ondas e poderes de penetração.

ABSORÇÃO DE RAIOS X
Uma das principais propriedades dos raios X é a sua capacidade de penetrar a matéria.
Entretanto, nem todos os raios X que entram na matéria a penetram; alguns deles são absolvidos.
Aqueles que entram formam a imagem aérea

FATORES QUE AFETAM A ABSORÇÃO DE RAIOS X


Estes são alguns dos fatores que influenciam na absorção da radiação X: espessura do
corpo, densidade do corpo, número atômico do corpo, meios de contraste, kilovoltagem, forma
de onda de voltagem, filtragem, composição do ponto focal.

Espessura do corpo - A relação entre a absorção de raio X e a espessura é intuitivamente óbvia:


um pedação de material grosso absorve mais radiação X do que um pedaço fino do mesmo
material. Por exemplo, seis polegadas de água absorvem mais raios X do que uma polegada.

Densidade do Corpo - Para materiais que diferem em densidades (em unidade de volume), um
material de maior densidade é mais absorvente do que um de menor densidade, permanecendo
os demais fatores. Por exemplo, uma polegada de água absorverá mais raios X do que uma
polegada de vapor porque o vapor pesa menos por polegada cúbida do que a água.

Número Atômico do Corpo - O número atômico do material que compõe o corpo também afeta
as características de absorção de raio X. Por exemplo, uma folha de alumínio que contém um
número atômico menor do que o chumbo, absorve uma quantidade menor de raios X do que uma
folha de chumbo com a mesma área e peso. É por isso que se usa o chumbo em vez de alumínio
como alojamento do tubo e também como um revestimento para as paredes das salas de raio X,
assim como em luvas e aventais protetores. A absorção depende do número atômico de maneira
um tanto complicada que está relacionada com a energia da radiação X incidente. Assim, de
duas substâncias que contêm um número atômico próximo, uma pode ser mais absorvente do a
outra para raios X de determinadas energias. Entretanto, a situação pode se reverter para raios
X de energias diferentes. Estas relações entre o número atômico e a energia dos raios X são
fatores que entram na seleção de fósforo para ecrans intensificadores fluorescente.

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Meios de Contraste - Com o objetivo de acentuar as diferenças de absorção entre as estruturas
do corpo e as regiões ao redor das mesmas, algumas vezes, meios de contraste são introduzidos
a estas estruturas. Meios de contrastes são substâncias que diferem em densidade e número
atômico dos tecidos ao redor da região na qual eles são introduzidos. Algumas das substâncias
mais comuns usadas como meios de contrastes são: suspensões aquosa de sulfato de bário,
compostos orgânicos líquidos contendo iodo e gases, tais como o ar ou o dióxido de carbono. O
sulfato de bário ou o ar é usado para realçar o trato gastrointestinal. Os vários compostos de iodo
têm muitos usos, entre eles a radiografia dos sistemas vascular, urinário, linfático, ou respiratório,
e o canal vertebral.Substâncias tais como o sulfato de bário, as quais absorvem mais radiação
do que a área ao seu redor são conhecidas como radiopaco. Aquelas tais como o ar, que são
menos absorventes do que os tecidos adjacentes, são conhecidos como radiolucente.

Kilovoltagem - Raios X produzidos a baixas kilovoltagens, isto é, aqueles com grande


comprimento de onda - são facilmente absorvidos. Raios X de alta energia ou kilovoltagem, com
curto comprimento de onda, penetram materiais com mais facilidade.

Forma de Onda de Voltagem - Já foi dito que uma dada kilovoltagem aplicada em um tubo de
raios X por um gerador trifásico é maior do que a de um gerador monofásico por causa das
diferenças de forma de onda. Assim, mudando-se de um gerador monofásico a um trifásico tem
um efeito na energia média do feixe de raios X de certa forma semelhante ao aumento da
quilovoltagem. O feixe trifásico contém uma maior proporção de quanta energética e mais
penetrante do que o feixe produzido por um gerador monofásico funcionando com a mesma
kilovoltagem máxima. Como resultado, para um absorvente, um número relativamente maior de
quanta é removida de um feixe de raio X monofásico do que de um trifásico; isto é, a absorção
em feixe monofásico é maior.

Filtragem - Filtragem é a maneira preferida de se remover quanta (fótons) de baixa energia do


feixe de raios X através de um absorvente (filtro). Denomina-se filtragem inerente aquela que é
feita com elementos tais como a parede de vidro do tubo de raios X e pelo óleo isolante ao redor
do tubo. Chama-se filtragem adicional, o filtro que consiste de uma folha de metal inserida dentro
do feixe de raios X (normalmente alumínio no caso de radiografia médica). A filtragem total do
feixe (inerente mais a adicionada) é muitas vezes especificada em termos de espessura de
alumínio o qual produz a mesma absorção e é denominado de alumínio equivalente ou espessura
equivalente. O feixe de raios X é composto de fótons de diferentes energias e poderes de
penetração. Quando um filtro é colocado dentro de um feixe, ele elimina mais fótons de baixa
energia e menos penetrantes do que os fótons de alta energia. Assim pode-se dizer que os filtros
endurece o feixe de raio X, aumentando a proporção de quanta de alta energia e dando maior
poder de penetração ao feixe. Mesmo em instalações de alta kilovoltagem, o feixe contém
sempre alguns raios X de baixo poder de penetração, mais é pouco provável que estes raios X
de baixa energia passaram pelo corpo do paciente e formarão uma imagem útil. A maioria deles
irão somente adicionar-se à dose absorvida pelo paciente. Desta forma, é desejado e obrigatório
pelas leis federais que certas quantias de filtragem sejam colocadas no feixe para eliminar estes
raios inúteis. A quantidade de filtragem necessária depende da kilovoltagem usada. A filtragem
pode ser especificada em termos de equivalente de alumínio (a espessura do alumínio que
produziria a mesma ação de filtragem) ou em termos de camadas de meio de valor (CMV) - quer
dizer, a espessura do material necessários para reduzir a intensidade do feixe pela metade do
seu valor original. As agências federais , e estaduais de regulamentos e os fabricantes de
equipamentos podem fornecer maiores informações a respeito dos requerimentos de filtragem.

Composição do Ponto Focal - A distribuição de energia - quer dizer, a quantia relativa de


radiação de baixa e alta energia - no feixe de raio X é também afetada pelo material que compõe
o ponto focal. Como já notamos, na maioria das aplicações médicas, o ponto focal do tubo de
raios X é composto de tungstênio ou uma liga de rênio e tungstênio. Para algumas aplicações
especiais, por exemplo a mamografia, usa-se às vezes outros materiais tais como o molibdênio.
Em um dado equipamento, o feixe de raios X produzido em um ponto focal de molibdênio contém
uma maior porcentagem de fótons de baixa energia, facilmente absorvidos, do que um feixe de
um ponto focal de tungstênio.

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ABSORÇÃO DIFERENCIAL NO CORPO HUMANO
Em se considerando as aplicações médicas dos raios X, deve-se levar em conta que o
corpo humano é uma estrutura complexa constituída não somente de diferentes espessuras mas
também de diferentes matérias. Estas matérias absorvem os raios X em graus variáveis. Por
exemplo, o osso contém elementos de número atômico maior do que o tecido macio e também
a sua densidade é de certa forma maior do que o tecido macio. Por isso, o osso absorve mais
raios X do que o tecido macio. Além do mais, estruturas doentes mais vezes absorvem raios X
de forma diferente que os ossos e a carne normais. A idade do paciente também pode ter alguma
influência na absorção. Em pessoas idosas, os ossos podem ter menor quantidade de cálcio, e
por isso ter menor absorção de raios X do que em jovens. Devese lembrar também que a
diferença na absorção do osso e do tecido macio é também alterada pela kilovoltagem usada
para fazer a radiografia. Conforme a kilovoltagem aumenta, a diferença na absorção do osso e
do tecido diminui. Conforme o feixe de raios X emerge do corpo, diferentes áreas do feixe contém
diferentes intensidades de radiação. Este tipo de intensidade resulta das diferenças em absorção
que ocorrem quando o feixe passa através do corpo. Este padrão invisível ou distribuição de
intensidades de raios X no espaço é referido como imagem aérea ou imagem no espaço para
distingüi-la da imagem radiográfica. Considere, por exemplo, as intensidades de raios X que
emergem de uma parte do corpo que consiste de osso rodeado por tecido macio. Por causa de
seu número atômico e densidade maior, o osso é mais absorvente do que a carne ao redor,
conseqüentemente, a intensidade do feixe através do osso é menor do que a intensidade do feixe
através do tecido macio sozinho.

CONTRASTE DO SUJEITO
A relação entre intensidade de raios X que emerge de uma parte de um objeto e uma
intensidade que emerge de uma parte próxima mais absorvente é chamada de constraste do
sujeito ou da radiação. Por exemplo, se a intensidade da carne for três vezes maior do que a
intensidade na área do osso, o contraste do sujeito deverá ser 3. O contraste do sujeito depende
de sua própria natureza (diferença de espessura, e de composição), qualidade da radiação,
(kilovoltagem, voltagem da forma de onde, filtragem e material do ponto focal), em outras
palavras, ele depende dos fatores que afetam a absorção dos raios X, assim como também a
intensidade e distribuição da radiação dispersa. Entretanto, o contraste do sujeito é independente
do tempo de exposição, miliamperagem, das características e tratamento do filme e, para os
objetivos práticos, da distância. (De um ponto de vista prático, a miliamperagem usada pode
afetar a kilovoltagem real produzida por um aparelho de raios X, assim, influenciando até certo
ponto o contraste do sujeiro.)

FATORES DE EXPOSIÇÃO QUE AFETAM A IMAGEM AÉREA


Alguns fatores de exposição que afetam a imagem aérea (isto é, o padrão de intensidade
de raios X que emerge do corpo) são : miliamperagem, distância, kilovoltagem e forma de onda
de voltagem.

Miliamperagem - Aumentando-se a miliamperagem aumenta-se a intensidade de raios X, e


diminuindo a miliamperagem diminui-se a intensidade de raios X. Desta forma, conforme a
miliamperagem ou a intensidade da radiação X do ponto focal aumenta, todas as intensidades
correspondentes ao padrão que emergem do corpo também aumentam, isto é, as diversas
intensidades de raios X continuam a manter a mesma relação entre si. Por exemplo,
consideraremos que no inicio são medidas três unidades de intensidade de raios X sob a carne,
e somente uma unidade emerge sob o osso. Depois consideraremos que a miliamperagem que
flui através do tubo de raios X seja dobrada, resultando em uma duplicidade da produção do raio
X. Isto por sua vez dobra as intensidades que emergem da carne somente em seus unidades e
sob o osso em duas unidades, mantendo uma relação de 3:1 em contraste do sujeito, a mesma
que antes da miliamperagem ter sido dobrada. Em outras palavras a intensidade sob a carne
somente vai ser sempre três vezes maior do que a sob o osso, não importa se a miliamperagem
seja aumentada ou diminuída, permanecendo os demais fatores.

Distância - As intensidades de raios X na imagem aérea podem também ser alteradas


uniformemente de outra forma: colocando o tubo longe ou perto do objeto. Em outras palavras,
a distância entre o tubo e o objeto tem um efeito na intensidade da imagem. Isto pode ser

Física e Química Aplicadas á Radiologia 12


facilmente demonstrado: num quarto escuro, coloque uma lanterna a pIlha perto desta página;
quanto mais perto do livro está a luz, mais claramente iluminada é a página. Exatamente o
mesmo processo ocorre com os raios X. Conforme a distancia entre o objeto e a fonte de radiação
diminui, a intensidade de raios X no objeto aumenta, e conforme a distancia aumenta, a
intensidade da radiação no objeto diminui. Tudo isto acontece devido ao fato de que tantos os
raios X quanto a luz viajam em linhas retas divergentes. O efeito da mudança na distância é
similar ao da mudança da miliamperagem. Em outras palavras, o contraste do sujeito não é
afetado pelas mudanças nas distâncias. Deve-se mencionar que em se mudando a distância,
deve-se considerar o efeito que isto pode ter na borrosidade da imagem e em exposição não
qual se usa uma grade difusora para reduzir a dispersão de radiação. Pode-se calcular
aritmeticamente a quantia da intensidade geral da imagem quando se modifica a miliamperagem
ou distância.

Kilovoltagem e Forma de Onda da Voltagem - Previamente foi demonstrado que por causa
das diferenças na forma de onda da voltagem, o efeito da mudança de um gerador monofásico
a um trifásico é a mesma que um aumento na kilovoltagem e vice-versa. Desta forma, o efeito
nas mudanças de forma de onda no contraste do sujeito e na intensidade, energia e poder de
penetração dos raios X é similar às mudanças em kilovoltagem tratadas a seguir. Uma mudança
na kilovoltagem causa diversos efeitos. Em primeiro lugar, uma mudança na kilovoltagem resulta
em uma mudança no poder de penetração dos raios X, e a intensidade total do feixe também é
modificada. Esta mudança na intensidade ocorre mesmo que a corrente do tubo não seja
alterada. Além do mais, mudando-se a kilovoltagem, muda-se também o contraste do sujeito.
Quanto a kilovoltagem é incrementada produz-se radiação com menor comprimento de onda e
raios X mais penetrantes são produzidos. (O poder de penetração de feixe aumenta). Também,
todos os comprimentos de onda presentes no feixe de baixa kilovoltagem estão presentes na
alta kilovoltagem e em intensidade muito maior (a intensidade total do feixe aumenta). Resumo -
Com o propósito de revisar os fatores de exposição que afetam a imagem aérea, deve-se lembrar
os seguintes pontos:

1. A intensidade da imagem aérea é afetada por quatro fatores : miliamperagem,


distância, kilovoltagem e forma de onda.

2. Quando a miliamperagem ou distância é usada como um fator de controle de


intensidade, o contraste do sujeito não é afetado.

3. Quando a kilovoltagem ou forma de onda é modificada, altera-se não somente a


intensidade dos raios X, mas também o contraste do sujeito. Aumentando-se a kilovoltagem ou
mudando-se de um gerador monofásico a um trifásico diminue o contraste do sujeito;
diminuindo-se a kilovoltagem ou mudando-se de um gerador trifásico para um monofásico
aumenta-se o contraste do sujeito.

EFEITO DE TALÃO (efeito anódico)


Até este ponto assumiu-se que a intensidade de radiação na totalidade da área coberta
pelo feixe que entra no paciente é constante. Isto não é verdade. Na realidade, há uma variação
na intensidade devido ao ângulo no qual os raios X emergem a partir do material do ponto focal
. Aqueles raios X que viajam em ângulos quase paralelos da face do ponto focal tendem a ter
trajetos maiores, mais absorventes no material do ponto focal e também tem mais probabilidades
de serem bloqueados por irregularidades da superfície do que a radiação que emerge em ângulos
maiores da face do ponto focal. Esta variação em intensidade através do feixe dos raios X
associada com o ângulo da emissão dos raios X do ponto focal é chamada de efeito de talão
(efeito anódico). A intensidade do feixe diminui bastante a partir do raio central em direção ao
extremo anódico do tubo e aumenta levemente em direção ao extremo catódico. O efeito de talão
, efeito anódico, aumenta conforme o ângulo do ânodo diminui. O efeito de talão pode ser usado
para obter densidade equilibradas em radiografias das partes do corpo que diferem em absorção.
Por exemplo, em radiografias das vértebras torácicas, a área cervical fina deve receber a menor
intensidade de radiação da porção do ânodo do feixe enquanto que a área grossa do peito deve
ser exposto a uma radiação mais intensa da porção do cátodo do feixe. Devido a intensidade do
feixe de raios X ser mais uniforme perto do raio central, o efeito de talão é menos notado quando

Física e Química Aplicadas á Radiologia 13


só se usa a porção central do feixe, Este seria o caso quando a distância do receptor de fonte-
imagem (SID), quer dizer, a distancia do ponto de foco-filme, é maior ou quando dispositivos
limitadores de feixe reduzem a área do feixe de raios x, por exemplo, quando se expõe um filme
pequeno.

Filtros de Espessura Variável - Deve-se mencionar um outro método de se obter densidades


equilibradas em radiografia: o uso de filtros de espessura variável. Se colocarmos um filtro
cuneiforme ou afilado dentro do feixe de raios X, ele produzirá uma maior redução na intensidade
sob a extremidade grossa do que sob a extremidade fina. Esta mudança na distribuição de
intensidade pode ser usada para obter densidades equilibradas em radiografias de estruturas
anatômicas as quais variam em espessura, tais como o pé ou o peito. Isto se obtém através da
orientação adequada do filtro com respeito à estrutura.

Geometria da Formação de Imagem - O objetivo de uma radiografia é o de obter imagens as


mais exatas quanto possível. Os dois fatores que afetam esta nitidez são o grau de borrosidade
e o tamanho da imagem.

Borrosidade Geométrica e Amplificação - Pegue uma lâmpada pequena, clara tal como a de
7 watts e coloque-a a uns 90 centímetros da parede, acenda-a e coloque sua mão a ums 5
centímetros da parede. Note que a sombra produzida por esta pequena fonte de luz é quase que
do mesmo tamanho da sua mão e que os contornos são bem definidos. Agora mova sua mão
em direção à luz, observe como a sombra se torna maior e os contornas mais turvos. Em seguida,
substitua a pequena luz por um bulbo fosco e note que os contornos da sombra ficam um pouco
turvo mesmo quando sua mão está perto da parede. A borrosidade é causada por uma fonte de
luz maior. Novamente, mova sua mão em direção à luz e veja como a sombra se torna maior e
a borrosidade aumenta. Finalmente, mantenha a sua mão a uma distância fixa da parede e mova
a fonte de luz para perto de sua mão. Perceba como a sombra aumenta em tamanho e o seu
contorno parece mais borroso. Uma vez que a imagem aérea do raio X é também uma sombra
do objeto, estes mesmos princípios de formação de sombra são aplicados em radiografia. Quanto
menor for a fonte de radiação (ponto focal), quanto mais perto estiver o objeto do plano receptor
de imagem (filme) e quanto mais longe estiver o objeto da fonte, menos borrosa e mais nítida é
a imagem. Por outro lado, quando maior a fonte de radiação, mais longe estiver o objeto do plano
receptor de imagem, e mais perto da fonte estiver o objeto, maior é a borrosidade e a
amplificação.

Distorção - Se o ponto focal não estiver verticalmente acima do objeto, ele produzirá uma
amplificação da imagem, mas a sombra continuará sendo circular. Os objetos circulares
aparecem como sombras circulares. Se eles não forem paralelos, a sombra será distorcida. A
distorção e a amplificação podem muitas vezes serem úteis quando elas tornam fáceis examinar
estruturas que de outra maneira seriam obscuras. Em radiografia, não somente a sombra da
ponta de um objeto, mas todas as sombras das suas estruturas estão envolvidas porque os raios
X penetram o objeto. Os mesmos princípios se aplicam tanto para as sombras de estruturas
internas como para as bordas. Por exemplo, se uma destas estruturas internas estiver mais
afastada do plano receptor de imagem do que uma outra, a estrutura que estiver mais afastada
será menos nítida e mais amplificada. Esta informação pode ser útil no estabelecimento da
posição de uma lesão. Resumo - Esta discussão sobre a geometria da formação da imagem
pode ser resumida em cinco regras para a exata formação da imagem, como se segue:

1. O ponto focal dever ser o menor possível.


2. O receptor de imagem, filme, deve estar o mais perto possível do objeto a ser radiografado.
3. A distância entre o tubo de raios X e o objeto a ser examinado dever ser a maior possível.
4. De modo geral, o raio central deve ser perpendicular ao filme para gravar estruturas adjacentes
em suas verdadeiras relações espaciais.
5. Conforme possível, o plano de interesse no objeto dever ser paralelo ao filme. Um outro fator
que contribui para a borrosidade da imagem é o movimento.
Movimento - O movimento, tanto das estruturas sendo radiografadas quanto do equipamento de
exposição, podem causar severa borrosidade da imagem. Quanto possível, a parte que está

Física e Química Aplicadas á Radiologia 14


sendo examinada deve ser imobilizada. O tempo de exposição também dever ser o mais curto
possível de maneira a diminuir a borrosidade causada pelo movimento. Conceito de Raios X:

ESTUDO DIRIGIDO I

01. Quem foi Wilhelm Roentgen?

02. Quem desenvolveu uma ampola igual a uma pêra?

03. O que aconteceu em 08 de novembro de 1895?

04. O que você entende por átomo?

05. Defina raios de frenagem.

06. Defina raios característicos.

07. Quem foi Manuel de Abreu?

08. Quem foi Henrique Dodsworth?

09. Quem foi Álvaro Alvim?

10. Quem foi José Maria Cabello?

11. Quem foi Feres Secaf?

12. Descreva o efeito Bremsstrahlung.


13. Descreva o efeito fotoelétrico.

14. O que é e quem inventou a Abreugrafia?

15. Qual a finalidade no vácuo na ampola de vidro?

16. Como são produzidos os raios-X?

17. Quem foi o primeiro a incorporar a radiologia à medicina?

18. Quem descobriu a radioatividade do tório?

19. O que são aparelhos fixos?

20. Por que a radiografia comum não é eficiente para visualizar tecidos moles?

21. O que são raios catódicos?

22. Quem foi que radiografou o caso das xilófagas e instalou o 1º aparelho de raios X?

23. Qual a velocidade da luz?

24. O que são aparelhos móveis ou transportáveis?

25. O que é efeito Compton?

Física e Química Aplicadas á Radiologia 15


26. O que é efeito Pósitron?

27. O que é radiação corpuscular?

28. O que é radiação eletromagnética?

29. No que consiste a radioatividade?

30. Qual elemento paralisa a emissão do nêutron?

31. Quais radiações são geradas por eletromagnetismo?

32. Descreva o tubo de raios X?

33. Quais os principais componentes do tubo de raios X?

34. O que é catodo?

35. O que é mA?

36. Como é produzido o foco fino e o foco grosso?

37. Quando cada foco é utilizado?

38. O que é KV?

39. Qual a diferença entre partícula e radiação Alfa e Beta?


40. O que é Goniômetro?

41. O que é Espessômetro?

42. Caracterize o Vidro pirex da ampola?

43. Como é expressa a composição do vidro pirex?

44. Qual a composição química da janela da ampola de vidro?

45. Qual a origem dos raios X e como se propaga a radiação?

46. O que pode causar falhas no tubo de raios X?

47. O que é efeito anódio?

48. Qual o procedimento para se obter uma maior qualidade técnica no exame radiológico?

49. Qual o fundamento da borda inclinada do anodo?

50. Qual a finalidade do isolamento do cabeçote (tubo)?

51. Qual a vantagem do isolamento do tubo?

52. O que é efeito talão?

53. No que consiste o gerador de RX?

Física e Química Aplicadas á Radiologia 16


54. Explique o Efeito de Edison.

55. Como os elétrons interagem com o alvo?

56. Defina Efeito Forest.

57. Correlacione força do ponto focal e a capacidade de carga do gerador RX.

58. O que é um transformador?

59. Como o Como o transformador opera?

60. Qual a função do transformador?

61. Como se classificam os transformadores?

62. O que é radiação dispersa?

63. Como se forma a imagem radiológica?

64. Como os RX atuam nos átomos dos objetos?

65. O que são raios primários?

66. O que são raios secundários?


67. Quais são as fontes de radiação dispersa?

68. Como podemos fazer a redução da radiação dispersa?

69. O que é spott filme?

70. O que é diafragma?

71. O que significa desenfoque da grade?

72. O que significa Potter Bucky?

73. O que são grades?

74. O que é material espaçador?

75. Como pode ser feito esse material espaçador?

Física e Química Aplicadas á Radiologia 17

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