Você está na página 1de 6

O QUE É RADIAÇÃO?

radiação (do termo latino radiatione) é a propagação de energia de um ponto a outro, seja


no vácuo ou em qualquer meio material, podendo ser classificada como energia em
trânsito, e podendo ocorrer através de uma onda eletromagnética ou partícula.[1] As
radiações podem ser emitidas tanto artificialmente em procedimentos médicos ou
atividades industriais, quanto naturalmente, como a luz solar por exemplo. Independente
do tipo, elas interagem com os corpos, até mesmo com o ser humano, e depositam neles
energia. Essa interação depende do tipo da energia de radiação e do meio em que está se
propagando.

CLASSIFICAÇÃO DA RADIAÇÃO

Pelo elemento condutor de energia[editar | editar código-fonte]


 Radiação eletromagnética - é a energia que se propaga através de uma onda
eletromagnética, constituída por um campo elétrico e um campo magnético oscilantes
e perpendiculares entre si, que se propaga no vácuo com a velocidade da luz, sendo
esta de 299 792 458 metros por segundo. Ela é caracterizada pelo seu comprimento
de ondaou por sua frequência e pelas diversas faixas que constituem o espectro
eletromagnético. Pode-se citar, como exemplo de radiação eletromagnética, os raios
gama, raios x e a luz do sol, dentre outros.
 Radiação corpuscular - A energia se propaga através de partículas subatômicas, como
elétrons, prótons e outras formadas através de fissão nuclear, como os nêutrons.
Assim, ela é caracterizada pela sua carga, massa e velocidade, podendo ser
carregada ou neutra, leve ou pesada e lenta ou rápida.
 Radiação gravitacional - A radiação gravitacional é uma previsão
das equações da relatividade geral. Elas podem ser emitidas em regiões do espaço
onde a gravidade é relativística, através de estrelas em colapso.
Pela fonte de radiação[editar | editar código-fonte]
 Radiação solar - É causada pela energia emitida do sol, provenientes de reações que
ocorrem na superfície do astro. A radiação solar se propaga por onda eletromagnética.
 Radiação de Cherenkov - Causada quando uma partícula carregada eletricamente,
com a velocidade superior à da luz no meio, atravessa um meio isolante. A cor azul
característica de reatores nuclear deve-se à radiação de Cherenkov. O nome é em
homenagem ao cientista soviético Pavel Cherenkov, vencedor do Prêmio Nobel de
Física de 1958.
 Radioatividade - Radioatividade (ou radiatividade) é a propriedade de certos tipos de
elementos químicos emitirem radiações, um fenômeno que acontece de forma natural
ou artificial. A radioatividade artificial ocorre quando há uma transformação nuclear,
através da união de átomos ou da fissão nuclear. Já A radioatividade natural ocorre
através dos elementos radioativos encontrados na natureza.
Pelos seus efeitos[editar | editar código-fonte]
 Radiação ionizante - É capaz de arrancar qualquer elétron de um átomo se tiver
energia maior que a da ligação dele ao átomo. As partículas carregadas eletricamente
como beta e alfa são consideradas ionizantes quando possuem uma energia suficiente
para ionizar átomos que estão em sua trajetória até que perder toda a sua energia.
Somente os raios X e gama são radiações ionizantes observando o espectro de onda
eletromagnética, ou seja, têm energia suficiente para ionizar átomos.
 Radiação não ionizante - É incapaz de ionizar moléculas, por não possuírem energia
suficiente para arrancar elétrons dos átomos, porém podem quebrar ligações químicas
e moléculas. A radiação ultravioleta é considerada não ionizante por não possuir
energia suficiente para arrancar elétrons dos principais átomos que constituem o corpo
humano e por ser muito pequena a sua penetração.
 Degradação de materiais por radiação - É um fenômeno físico resultante do efeito da
radiação ionizante sob a matéria inerte.
Pelo tipo de radiação[editar | editar código-fonte]
 Radiação alfa (α) - Ou partícula alfa. É constituído de dois prótons e
dois nêutrons (igual ao núcleo de um átomo de Hélio) , com carga positiva de 2e. Uma
determinada distância que uma partícula percorre até entrar em repouso é chamado
"alcance da partícula". Todas as partículas alfa em um meio qualquer e de igual
energia têm o mesmo alcance. Como o alcance das partículas alfa é muito pequeno,
elas são facilmente blindadas. Tem baixa velocidade (20 000 quilômetros por
segundo) ao ser comparada com a velocidade da luz. Sua trajetória em um meio
material é retilínea. As partículas alfa são produzidas principalmente
nos decaimentos de elementos como o urânio, rádio, plutônio, tório etc.
 Radiação beta (β) - São elétrons emitidos através do núcleo estável de um átomo. São
muito mais penetrantes que as partículas alfa. A radiação beta, ao passar por meio
material, perde energia, e assim, ionizando átomos que se encontram no caminho.
Tem velocidade de aproximadamente 270 000 quilômetros por segundo. Para a
blindagem de partículas beta, deve-se usar alumínio ou plástico.
 Radiação gama (γ) - A radiação gama é uma onda eletromagnética, e tem um poder
de penetração muito grande. Quando atravessam as substâncias, se chocam com
suas moléculas. Tem velocidade de 300 000 quilômetros por segundo.
 Radiação X: É uma onda eletromagnética que tem comprimento de onda muito
pequeno (entre 1 nanômetro e 5 picômetros). Os raios x possuem as mesmas
características dos raios gama, só diferindo em relação a formação, enquanto os raios
gama se formam no núcleo atômico, os raios x se formam fora. São muito usados
em exames médicos.[2]
 Nêutrons - Os nêutrons não possuem carga e não produzem diretamente ionização,
mas indiretamente transferem energia para outras partícula carregada que pode
produzir ionização. Eles atravessam toda a eletrosfera antes de interagir com o núcleo
dos átomos. São muito penetrantes e sua massa é 1,675 x 10ˉ²⁷ kg. Podem ser
blindados com água, parafina e outros materiais ricos em hidrogênio.

TIPOS DE RADIAÇÃO

A) Radiações não ionizantes

São as radiações que não são capazes de separar os átomos presentes


em uma molécula, não provocando, assim, alteração na composição do
material. Alguns exemplos são:

 Infravermelho (Produzida em um ferro de passar)

 Ultravioleta (Produzida pelo sol)

 Micro-ondas (presente em um aparelho de micro-ondas doméstico)

 Luz visível (produzida em lâmpadas comuns, por exemplo)

 Ondas de rádio (produzida em aparelhos de som, por exemplo)

1. Home 
2.  Ciências 
3.  Tipos de radiações

TIPOS DE RADIAÇÕES

Conheça quais são os tipos de radiações ionizantes e não ionizantes, assim como suas
possíveis fontes.

por Diogo Lopes Dias

O Sol produz a radiação


ultravioleta
Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL
PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar.
CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a
velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura.Play!Ouça este
conteúdo0:00AudimaAbrir menu de opções do player Audima.

Radiação é um assunto temido por muitas pessoas. Com certeza você já assistiu a
filmes e desenhos animados que tratam a radiação como algo que pode trazer danos ao
ser humano. Esse medo ocorre principalmente pela falta de informações sobre o
assunto.

Você sabe o que é radiação? Conhece os tipos existentes? Todo tipo de radiação é
prejudicial? Tem noção sobre quais são as utilizações das radiações? Vamos agora
responder a todas essas perguntas.

1) O que é radiação?

Radiação é o termo utilizado em referência às várias formas existentes de energia.

2) Quais são os tipos de radiação?


a) Radiações não ionizantes

São as radiações que não são capazes de separar os átomos presentes em uma molécula,
não provocando, assim, alteração na composição do material. Alguns exemplos são:

 Infravermelho (Produzida em um ferro de passar)

 Ultravioleta (Produzida pelo sol)

 Micro-ondas (presente em um aparelho de micro-ondas doméstico)

 Luz visível (produzida em lâmpadas comuns, por exemplo)

 Ondas de rádio (produzida em aparelhos de som, por exemplo)

b) Radiações ionizantes

São aquelas que partem do interior do núcleo do átomo de elementos radioativos, como
o césio-137. Essas radiações podem provocar alterações nos materiais, mas tudo
depende das características da radiação.

- Radiação Alfa (2α4)

Radiação representada pela sigla 2α4, sendo o 2 o seu número atômico e 4 o seu número
de massa (soma do número de prótons com o número de neutros). É formada por dois
prótons (número de prótons é igual ao número atômico) e dois nêutrons, ou seja, é
formada pelas partículas mais pesadas que formam o átomo.

A radiação alfa é a forma de radiação mais pesada que existe e, por isso, apresenta um
pequeno poder de penetração (não consegue atravessar sequer uma folha de papel) na
matéria e desloca-se no ar com uma velocidade igual a 10% da velocidade da luz.

- Radiação Beta (-1β0)

Radiação representada pela sigla-1β0 e possui número atômico igual a -1 e número de


massa igual a 0. Como não apresenta número de massa, não é formada nem por prótons
nem por nêutrons. Já o número atômico -1 indica que ela é composta por um elétron que
parte do interior do núcleo do átomo.

Como não apresenta massa, mas possui uma partícula na composição, a radiação Beta
possui um poder de penetração na matéria superior ao da radiação alfa, conseguindo
deslocar-se no ar com uma velocidade equivalente a 90% da velocidade da luz.

- Radiação Gama (0γ0)

Radiação representada pela sigla 0γ0 e que não apresenta número atômico nem número
de massa. Assim, não é formada por nenhuma partícula presente no átomo. Na
realidade, a radiação gama é uma perturbação (onda eletromagnética) formada sempre
que o núcleo de um átomo elimina radiações alfa e beta.
A ausência de partículas na sua composição faz com que ela seja a forma de radiação
com maior poder de penetração (consegue atravessar o corpo humano), além de
conseguir deslocar-se no ar com a velocidade da luz.

INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATERIA

A probabilidade de ocorrer interação da radiação com a matéria depende da energia de


incidência do fóton, da densidade do meio em que se propaga, da espessura do meio e de
seu número atômico.
Os principais fenômenos de interação da matéria com as radiações eletromagnéticas
(raios X e gama) são:

 O efeito fotoelétrico ocorre com a interação de um fóton com um elétron orbital,


transferindo toda a sua energia para o elétron. Parte desta é carregada pelo elétron
em forma de energia cinética e, assim, o fóton desaparece e o átomo é ionizado,
gerando a radiação característica, denominada radiação secundária (espalhada).
 O efeito Compton ou espalhamento Compton ocorre quando os raios X transferem
parte de sua energia para os átomos alvos. Nela, o fóton chega a colidir com o elétron,
mas apenas o faz vibrar dentro de seu orbital, e o fóton continua a se propagar,
porém, desvia sua trajetória e assim sofre um espalhamento, também denominado por
radiação secundária.
 E por último a produção de par, que é uma forma predominante da absorção da
radiação eletromagnética que ocorre entre o elétron e o prósiton. Nele os fótons de
alta energia interagem com o campo elétrico nuclear quando passam perto de núcleos
com um valor alto de numero atômico.

EFEITOS BIOLOGICOS DA RADIAÇÃO

A absorção da radiação em casos mais simples, por exemplo, exposição inadequada a luz
solar, pode causar desde leves queimaduras até uma insolação, em casos mais graves,
uma exposição a doses altas de radiação, como aconteceu no trágico Acidente nuclear de
Chernobil na Ucrânia, pode ocasionar doenças graves como Leucemia e até a morte. Os
resultados da exposição à radiação podem ser muito diferentes de um individuo para
outro, isso porque cada tecido biológico responde de uma forma. No entanto, um mesmo
tipo de exposição pode ocorrer em exames de diagnóstico, como o raio-X, ou em
tratamentos de radioterapia. Também podem ocorrer exposições periódicas em certos
trabalhos, mas este é monitorado para que não exceda do limite estabelecido. Os efeitos
sofridos por trabalhadores de usinas nuclear, mineradores de urânio e radiologistas, são
pequenas dores de cabeça, mal estar, possibilidade de desenvolver Catarata, e há certos
indícios da diminuição da expectativa de vida, dentre outros. Isto acontece pois a radiação,
quando penetra em tecidos vivos, em meio a diversas colisões e interações com átomos
e moléculas, perde energia, causando, assim, problemas no funcionamento das células.[3]

BENEFICIOS
DA RADIAÇÃO

A radiação tem seus benefícios para o ser humanoː a radiação solar, por exemplo, é um
meio natural de emissão e é primordial para a vida na Terra. Sem ela, não existiria vida
como conhecemos hoje.
As radiações emitidas artificialmente também são benéficasː na medicina moderna, várias
atividades médicas usam a radiação, como a radiografia, mais conhecida como raio x;
a radioterapia, usada no tratamento de tumores; e a medicina nuclear, que tem, por
objetivo, um diagnóstico. O perigo de um tratamento com radiação é inevitável. No caso da
radioterapia que trata um tumor, ele pode ser fatal, porém, por não haver outro tipo de
tratamento, os riscos são justificáveis. Nas radiografias, o nível de exposição é muito
baixo, mas ela só deve ser feita por um profissional com formação adequada. Da mesma
forma que a radioterapia, os benefícios da radiografia para o paciente superam os seus
riscos.

TRAGEDIA NO BRASIL
Em 13 de setembro de 1987, na cidade de Goiânia, o manuseio indevido de um aparelho
de radioterapia que continha Césio-137 e fora abandonado onde funcionava o Instituto
Goiano de Radioterapia, gerou um acidente que envolveu direta e indiretamente centenas
de pessoas. O aparelho foi encontrado por catadores de um ferro-velho local, que
entenderam tratar-se de sucata. Foi, então, desmontado e repassado para terceiros,
gerando um rastro de contaminação. Foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do
mundo ocorrido fora das usinas nucleares. O acidente foi classificado como nível 5
na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de zero a sete, onde 0
corresponde a um desvio sem risco para segurança, enquanto 7 é um desvio muito grave.

ACIDENTE EM CHENORBYL

Em 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobil, na Ucrânia (na antiga União


Soviética), aconteceu o maior acidente nuclear da história. Um reator explodiu, liberando
uma enorme cortina de fumaça com elementos radioativos que rapidamente se
espalharam por uma boa parte da Europa e da União Soviética. O governo Soviético
tentou manter o acidente em sigilo, sem que houvesse evacuação das pessoas nas
cidades mais próximas. Porém, habitantes da cidade a cerca de três quilômetros, foram
totalmente infectados e só foram retirados da cidade depois de terem passado horas
expostos a radiação. Dessa forma, outros países detectaram um alto nível de radiação no
ambiente e, a partir daí, resolveram ajudar a inibir os efeitos que o acidente poderia vir a
causar. Muitos países foram infectados com a radiação, entre eles podemos citar
a Dinamarca, Suécia, França e Itália. Esse acidente custou a vida de cerca de 4 mil
pessoas segundo a Organização das Nações Unidas.

Você também pode gostar