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Radiação ionizante

Radiação ionizante é a radiação que possui energia suficiente para ionizar átomos e
moléculas.

Energia e partículas emitidas de núcleos instáveis são capazes de causar ionização. Quando
um núcleo instável emite partículas, as partículas são, tipicamente, na forma de partículas
alfa, partículas beta ou nêutrons. No caso da emissão de energia, a emissão se faz por uma
forma de onda eletromagnética muito semelhante aos raios-x : os raios gama.

- Radiações Ionizantes Alfa (a), Beta (ß) e Gama (?)

As partículas Alfa, por terem massa e carga elétrica relativamente maior, podem ser
facilmente detidas, até mesmo por uma folha de papel (veja a figura a seguir); elas em geral
não conseguem ultrapassar as camadas externas de células mortas da pele de uma pessoa,
sendo assim praticamente inofensivas. Entretanto podem ocasionalmente, penetrar no
organismo através de um ferimento ou por aspiração, provocando, nesse caso lesões graves.
Têm baixa velocidade comparada a velocidade da luz (20 000 km/s).

Pode danificar nossas células e afetar o material genético (DNA), causando doenças graves
(por exemplo: câncer), levando até a morte. A radiação eletromagnética ultravioleta
(excluindo a faixa inicial da radiação ultravioleta) ou mais energética é ionizante. Partículas
como os elétrons e os prótons que possuam altas energias também são ionizantes. São
exemplos de radiação ionizante as partículas alfa, partículas beta (elétrons e posítrons), os
raios gama, raios-x e neutrons.

• Radiação de fundo

Os níveis naturais de radiação constituem a chamada radiação de fundo. Sua existência se


deve à presença de radionúclideos, tais como 40K, 238U e 232Th, na atmosfera, hidrosfera e
litosfera, e às ondas cósmicas, que atingem a Terra vindas do espaço. Uma porção menos
importante da radiação de fundo é devida a radionuclídeos de meia-vida curta formados nas
camadas superiores da atmosfera na interação de gases atmosféricos com ondas cósmicas.
(Pivovarov & Mikhalev 2004). Diferentes tipos de rocha emitem diferentes intensidades de
radiação, e alguns radionuclídeos, em especial o 40K, são encontrados em organismos vivos.
Segundo Pivovarov & Mikhalev (2004), a ação antrópica pode modificar essa radiação de
três maneiras principais: redistribuindo radionuclídeos artificiais; liberando no ambiente
radionuclídeos artificais recentes, resultantes da produção de energia por fissão nuclear; e
pela produção, uso e descarte de radionuclídeos, artificais e naturais, na ciência, medicina e
indústria.
• Uso da radiação na medicina

Radiações podem ser usadas para pesquisa, diagnóstico e tratamento na medicina estando
todos esses usos sujeitos às regulações governamentais. Nos EUA, esses usos constituem a
principal fonte de exposição humana a radiação (US-EPA 2007). Na pesquisa, normalmente
usam-se pequenas doses de radiação, na busca de novas formas de diagnosticar e tratar
doenças (Health Physics Society 2001). Um dos usos mais comuns, para diagnóstico, são os
raios-X; na Rússia 50% da população está sujeita a eles (Pivovarov & Mikhalev 2004), e nos
EUA raios-X são utilizados em mais de metade dos diagnósticos de ferimentos físicos (US-
EPA 2007). Também se destacam a tomografia computadorizada (CT scan) e o uso de
radionuclídeos para formação de imagens na medicina nuclear (Health Physics Society 2001).
Quando usada para tratamento, o principal destaque é o uso da radioterapia para combate ao
câncer; neste caso, os radionuclídeos mais usados são: 131I, 32P, 89Sr e 153Sm; 60Co é
usado externamente, como um potente emissor Gamma (Health Physics Society 2001). Caso
medidas adequadas de segurança sejam adotadas, a contaminação por radionuclídeos em
hospitais deve ser mínima. No entanto, Ho & Shearer (1992), ao analisarem a contaminação
em sanitários próximos aos laboratórios que utilizam radiação, recomendaram que sejam
designados sanitários especiais a pacientes realizando tratamento radioativo,
presumivelmente para evitar contaminação dos outros pacientes.

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