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Fissão nuclear e bomba atômica

Bombardeando urânio com nêutrons, os cientistas tentavam obter elementos transurânicos.


Foi desta forma que, em 1938, Hahn e Strassmann, na Alemanha, acabaram por fissionar
(quebrar) urânio (235U).

Frisck e Lise Meitner interpretaram as experiências de Hahn afirmando que, se um núcleo


pesado sofre fissão, obtêm-se átomos de massa mediana e enorme quantidade de energia.

A física Lise Meitner saiu da Alemanha por causa do nazismo. Ela foi para a Dinamarca
levando consigo algumas informações sobre a cisão nuclear. Essas informações foram
posteriormente divulgadas em Washington durante uma reunião de físicos.

Com isto, outros cientistas executaram experimentos e constataram a "quebra" do núcleo do


urânio através de nêutrons.
 
 

235U + 1,0n => 141,56Ba + 92,36Kr + 3 1,0n


 
 

Nessa quebra, vários produtos de fissão são possíveis, ou seja, temos diversas reações
nucleares ocorrendo simultaneamente.

Em qualquer quebra são liberados nêutrons (2 ou 3), que como desencadeantes da fissão
provocam novas cisões nucleares (reação em cadeia). Essas reações podem ser usadas na
bomba atômica. A primeira bomba atômica foi detonada em uma região desértica do Novo
México (julho de 1945), comprovando-se sua incrível potência.
Porém, suas conseqüências desastrosas se fizeram sentir em 6 de agosto de 1945.

Nessa ocasião, contrariando a posição de um conjunto de cientistas, os Estados Unidos


detonaram a bomba em Hiroshima e logo depois em Nagasaki (Japão).

A bomba de Hiroshima ocasionou a morte de aproximadamente 70 000 pessoas e devastou


completamente 9 quilômetros quadrados.

Na bomba de Hiroshima foi usado o 235U e na de Nagasaki o 239Pu. Porém, em qualquer


dos casos há formação de novos elementos, os quais também podem ser radioativos.

Devido aos efeitos nocivos das radiações, os habitantes de Hiroshima e Nagasaki foram
vitimas de vários problemas de saúde. Houve inúmeros casos de crianças que nasceram
defeituosas em conseqüência de alterações genéticas e muitos casos de leucemia, só para citar
alguns exemplos.

A bomba de Hiroshima tinha potência equivalente a 20 000 toneladas do explosivo químico


TNT (trinitrotolueno) - 20 quilotons.

A fissão nuclear pode ser controlada e empregada em usinas nucleares.


 

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